Um Homem Sério

Um Homem Sério

Opa! Filme novo dos irmãos Coen! Já? É, parece que eles entraram num ritmo “woodyalleniano” de um filme por ano… Mas, diferente dos últimos, Um Homem Sério não é bom. Infelizmente!

Neste drama de humor negro, tudo na vida de Larry Gopnik parece que está indo errado. Problemas no trabalho, sua esposa quer o divórcio, seu irmão problemático está morando no seu sofá, ele está sem dinheiro e ainda tem problemas com a religião.

Fico me imaginando o que diabos aconteceu com os irmãos Coen. Os caras sempre fizeram filmes bons. Em 2007, foram reconhecidos pela academia com Oscars de melhor roteiro, melhor filme e melhor direção para Onde Os Fracos Não Têm Vez. No ano seguinte, fizeram o leve e divertidíssimo Queime Depois de Ler. E agora, em 2009, veio este Um Homem Sério. Parte da crítica até gostou. Mas heu não – pra mim, foi uma das maiores decepções dos últimos tempos.

Sabe quando acaba um filme e você não sabe exatamente o que viu? Pois isso acontece com Um Homem Sério. Pra começar, rola um prólogo, em outra língua (acho que é hebraico), em outro formato de tela, e com uma historinha que nada tem a ver com o filme em si.

Aí rola o filme. Acompanhamos aquela família judia de losers, e o desenvolvimento em si nem é ruim. Mas ficamos esperando para ver onde aquela trama nos levará.

Falei que o filme tem uma introdução sem sentido, né? Pois bem, o fim do filme é ainda pior. Acaba do nada, assim, de repente. Se não viessem os créditos, heu ia achar que estava faltando um dos rolos do filme. E ainda esperei acabarem os créditos, pra ver se tinha alguma conclusão depois. Nada…

No elenco, diferente do habitual nos filmes dos irmãos Coen, quando vemos vários rostos conhecidos, praticamente só temos atores obscuros: Michael Stuhlbarg, Richard Kind, Aaron Wolff, Fred Melamed, Sari Lennick, Jessica McManus, Peter Breitmayer, Amy Landecker, David Kang, Adam Arkin. Os atores estão bem, mas senti falta de personagens bizarros e esquistões – uma das especialidades dos irmãos roteiristas/diretores. Ah, para os fãs da série The Big Bang Theory, Simon Helberg, o Wolowitz, faz um pequeno papel como um rabino júnior.

Até acredito que exista algo de interessante que não reparei no filme. Aliás, o filme está bem cotado no imdb, está com nota 7.3, e tem gente dizendo que é pouco. Olha, discordo dessas pessoas. Não consegui ver nada disso. Pra mim, trata-se do pior filme dos irmãos Coen. De longe!

Joel e Ethan Coen têm uma boa reputação, fizeram vários bons filmes, acumulam prêmios na carreira. Não acredito que este filme os queimará. Mas heu não faria a mesma afirmação se estivéssemos falando de alguém em início de carreira.

Férias Frustradas de Verão

Férias Frustradas de Verão

Recém formado no colégio, James Brennan (Jesse Eisenberg) pretendia viajar para a Europa. Mas, sem dinheiro, ele é obrigado a desistir da viagem e pegar um emprego de verão no parque de diversões Adventureland.

Férias Frustradas de Verão (Adventureland no original) é um bom filme. Mas, infelizmente, está sendo vendido da maneira errada por aqui – a divulgação dá a entender que trata-se de uma comédia – primeiro pelo diretor, Greg Mottola, o mesmo de SuperbadÉ Hoje; depois, pelo título em português, copiando aquela famosa franquia com cara de Sessão da Tarde. E não tem nada de comédia aqui!

Trata-se de um drama, um filme sério, sobre amadurecimento e entrada no “mundo adulto”. James tem seu primeiro contato com problemas no trabalho e, mais importante, com problemas com garotas.

O elenco está muito bem. Eisenberg convence como protagonista (apesar de seu personagem ter a cara de Michael Cera, de Juno). Ryan Reynolds, normalmente exagerado, aqui está contido como o papel pede. O elenco ainda conta com Martin Starr, Bill Hader (talvez um pouco caricato demais), Kristen Wiig e Margarita Levieva. A bola fora é Kristen Stewart, que aqui repete todos os maneirismos da sua Bella, da saga Crepúsculo. (Stewart estará em breve nos cinemas interpretando Joan Jett, no filme Runaways. Tomara que ela não estrague o filme!)

A trilha sonora do filme, que se passa em 1987, foi bastante elogiada. Só temos músicas dos anos 80. Mas nem toda a trilha fez sucesso por aqui. Talvez os fãs das festas Ploc achem algumas músicas estranhas…

Ah, sim, já falei mas vou repetir: é preciso criticar o título nacional do filme. Por mais que exista um sentido em chamar de Férias Frustradas de Verão – afinal, James teve suas férias de verão frustradas pela falta de grana – este nome remete à clássica franquia Férias Frustradas (National Lampoons Vacation), estrelada por Chevy Chase. Ou seja, cuidado ao procurar este Adventureland na locadora, porque estão rotulando-o como algo que ele não é!

p.s.: em 2009, Jesse Eisenberg fez este Adventureland e o já falado aqui Zombieland. Qual será o seu próximo “land”?

Preciosa – Uma História de Esperança

Preciosa – Uma História de Esperança

Tudo na vida de Clareece Precious Jones está errado. Pobre, analfabeta e gorda, muito gorda, ela está grávida do segundo filho, ambos frutos de estupros cometidos pelo próprio pai. Detalhe: Precious tem apenas 16 anos! E isso não é tudo, ainda tem coisa pior a ser revelada…

É complicado falar sobre um filme como Preciosa – Uma História de Esperança. Afinal, o filme dirigido por Lee Daniels é muito bom no que se propõe: causar desconforto ao espectador. Acho inclusive que usar a câmera na mão, como se fosse algo documental, ajudou nesse sentido. Trata-se de um filme muito pesado. Em vários momentos, a gente torce para acontecer algo de muito ruim com aquela mãe!

A atriz Mo’Nique, que interpreta a mãe, é um show à parte. Muito merecidamente, ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante este ano, para guardar ao lado do Globo de Ouro, do Bafta (o Oscar inglês), do prêmio do sindicato de atores e do Critics Choice. Tudo isso por interpretar um dos personagens mais repugnantes da história do cinema.

A estreante Gabourey Sidibe também está muito bem como a protagonista Precious. Pena que ela já tinha 24 anos na época das filmagens. Isso é um dos pontos fracos do filme, afinal, ela parece velha demais para uma adolescente.

O bom elenco, que ainda conta com uma ótima atuação de Paula Patton como a professora, traz também dois grandes nomes da música. Lenny Kravitz faz o enfermeiro, enquanto uma Mariah Carey, despida do visual habitual, faz a assistente social.

O filme ainda traz uma coisa interessante: achei muito boa a solução criada para as fugas internas de Precious – nos momentos mais difíceis, ela se imagina glamourosa como uma pop star.

Teve uma coisa que não gostei: o nome original. “Preciosa, baseado no livro Push, de Saphire“. Precisava disso tudo no nome do filme? Imagine se a moda pega. Aquele filme do qual falei outro dia seria “Renascido das Trevas, baseado no romance O Caso de Charles Dexter Ward, de H.P. Lovecraft“…

Preciosa – Uma História de Esperança não é para qualquer hora. Mas é uma boa opção para aqueles dias que você acha que sua vida é ruim.

O Segredo dos seus Olhos

O Segredo dos seus Olhos

E, pela segunda vez, a Argentina ganha o Oscar de melhor fime em língua estrangeira, enquanto o Brasil ainda não tem nenhum. Bem, bairrismos à parte, não é que O Segredo dos seus Olhos é bom?

Benjamín Espósito (Ricardo Darín), já aposentado, resolve escrever um romance, contando um caso marcante da época que trabalhava no Tribunal Penal de Buenos Aires, na década de 70. Assim, a trama volta 25 anos no tempo, até 1974, época que Espósito ficou obcecado com o cruel estupro seguido de assassinato de uma jovem.

O Segredo dos seus Olhos se parece com uma história policial – e traz todos os elementos característicos a este tipo de filme. Mas, na verdade, lá no fundo, trata-se de uma história de amor não resolvido. Sim, pode ver com a patroa, ela vai gostar.

O filme foi dirigido por Juan José Campanella, que tem alternado uma carreira de sucesso no cinema argentino (seu filme de 2001, O Filho da Noiva, também foi indicado ao Oscar de filme estrangeiro) com trabalhos em Hollywood, dirigindo de episódios de séries como House, Law & Order e 30 Rock.  Aqui, Campanella repetiu o casal de atores de O Mesmo Amor, A Mesma Chuva, de 1999, Ricardo Darín (seu “ator assinatura”) e Soledad Villamil. Ainda no elenco, Guillermo Francella, Pablo Rago e Javier Godino.

Preciso falar de uma cena, a melhor cena do filme, que acontece num estádio de futebol. Na verdade, começa fora, num travelling aéreo, sobrevoa o campo (durante o jogo!), encontra os personagens no meio da arquibancada lotada e começa uma perseguição. Tudo isso em um único plano sequencia que dura exatos cinco minutos! Só esta cena já vale o ingresso!

Bom filme. Talvez um pouco longo (pouco mais de duas horas), mas mesmo assim, vale a pena.

Vírus

Vírus

Um perigosíssimo vírus mata quase toda a população. Dois casais viajam juntos num carro, atrás de algum lugar seguro.

O argumento do filme escrito e dirigido pelos irmãos Àlex e David Pastor prometia, é realmente uma boa ideia. Mas, pena, o filme não é lá grandes coisas. Principalmente quando a divulgação nos faz pensar que se trata de um filme de terror, e o filme é um drama!

Às vezes o filme lembra o ótimo Extermínio, de Danny Boyle, onde poucos sobreviventes também procuram um lugar seguro. A diferença é que o filme de Boyle é terror com um vilão a ser batido (os infectados que parecem zumbis). Aqui é um filme sério, e, sem antagonistas, ficamos só com o drama dos personagens. Talvez por isso, o filme caia num grande marasmo e fique cansativo, apesar de ter menos de uma hora e meia.

Brian, o protagonista, é interpretado por Chris Pine, o capitão Kirk do novo Star Trek. Acho que ele gostou do papel, Brian traz alguns trejeitos iguais ao do capitão da Enterprise. Além de Pine, o elenco traz Piper Perabo, Lou Taylor Pucci e Emily VanCamp.

Vírus ficou devendo. No mesmo estilo, prefira a série inglesa Survivors, da BBC, que tem um desfecho fraco, mas pelo menos tem situações e personagens melhor desenvolvidos.

O Desinformante!

O Desinformante!

Mark Whitacre (Matt Damon), um executivo de uma grande empresa no ramo de produtos alimentícios, resolve testemunhar ao FBI sobre um suposto cartel de formação de preços. O problema é que ele é um mitômano, um grande mentiroso, e cada vez que ele conta sua história, algo importante fica de fora.

O filme, dirigido por Steven Soderbergh, tem um problema: não se decide entre drama ou comédia. O filme foi vendido como comédia, e realmente os monólogos internos de Matt Damon são muito engraçados. Mas parece que são os únicos momentos onde o filme tenta fazer graça.

Matt Damon, esse sim, merece ser lembrado pela sua atuação. Deixou de lado o papel de galã, engordou, e aqui aparece de bigode, óculos e cabelos desarrumados. E ele passa credibilidade – ele realmente parece ser sincero nas suas mentiras. Ainda no elenco, Scott Bakula, Scott Adsit, Melanie Lynskey e Clancy Brown.

O visual do filme é bem interessante. Apesar de se passar nos anos 90, a fotografia, os cenários, a trilha sonora, até o estilo do poster (aí em cima), tudo remete a filmes dos anos 70.

A filmografia de Soderberg passeia entre diferentes estilos. Há pouco falei aqui do filme independente Confissões de Uma Garota de Programa, e confesso que não vi seu épico político duplo sobre Che. Diferente destes dois exemplos, O Desinformante! tenta se aproximar mais do seu lado pop, como 11 Homens e um Segredo e suas continuações. Mas o seu ritmo arrastado, aliado à indecisão entre o tom sério e a galhofa, o deixam num degrau um pouco mais baixo.

Um Olhar do Paraíso

Um Olhar do Paraíso

Pára tudo! Estreou ontem no Rio The Lovely Bones, o novo filme do Peter Jackson, um dos meus diretores favoritos, diretor de Trash – Náusea Total, Meet The Feebles, Fome Animal, Almas Gêmeas, Os Espíritos, a trilogia Senhor dos Anéis e King Kong!

No filme, a adolescente Suzie Salmon narra a sua própria história: ela foi assassinada, aos 14 anos de idade, e, antes de entrar no paraíso, continuou observando a sua família – e seu assassino. Ela agora precisa deixar o sentimento de vingança para trás e seguir em frente.

Baseado no best seller “Uma Vida Interrompida”, de Alice Sebold, Um Olhar do Paraíso é um drama com toques fantásticos, mais próximo de Almas Gêmeas (1994) do que os filmes mais recentes de Peter Jackson, depois que ele foi para Hollywood (os três Senhor dos Anéis e King Kong).

O filme lembra muito Amor Além da Vida, de Vincent Ward – ambos tratam de famílias que perderam um filho, e em ambos o visual do pós morte é deslumbrante. Coincidência ou não, ambos os diretores são neo zelandeses!

Me faltam palavras para descrever o visual criado por Peter Jackson para as cenas depois que Suzie morre. Imagens lindíssimas, dá vontade de rever o filme só pelo visual.

O tema – morte de uma criança – é muito delicado. Pelo menos para mim, tenho experiências ruins e traumáticas com esse assunto. Por isso, fica difícil de dar uma opinião mais isenta, como faço nos outros posts. Peço desculpas aos meus leitores habituais.

Voltando ao filme… Stanley Tucci foi indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante por causa de sua boa atuação no papel de vizinho pervertido e assassino. Susan Sarandon e Rachel Weisz estão bem como sempre, e Mark Wahlberg não atrapalha. E a jovem Saoirse Ronan, que interpreta Suzie, cativa a todos, de lá de onde ela está. Ainda no elenco, Michael Imperioli, Reece Ritchie, Rose McIver e Carolyn Dando.

Li pela internet várias críticas negativas ao filme, mas tive a impressão de que as pessoas falavam sobre uma má adaptação do livro de Sebold. Bem, não li o livro, apenas vi o filme. E não vi todas essas críticas…

Amor Sem Escalas

Amor Sem Escalas

Ryan Bingham (George Clooney) é um especialista em demitir pessoas. Por isso, ele passa a maior parte do ano viajando de cidade em cidade, de aeroporto em aeroporto. Até que a sua empresa resolve cortar os custos com viagens, e Ryan precisa pensar em se assentar.

Este novo filme de Jason Reitman (Obrigado Por Fumar, Juno) está badaladíssimo, foi até indicado a Oscar de melhor filme. Mas heu achei tão fraquinho…

George Clooney está bem, interpretando o mesmo George Clooney de sempre. E a bonitinha Anna Kendrick, apesar das manchas no currículo (ela é coadjuvante da saga Crepúsculo), foi até indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante! Ainda no elenco, Vera Farmiga, Jason Bateman, Amy Morton, Melanie Lynskey e Dany McBride, isso sem contar com pontas de J. K. Simmons, Sam Elliott e Zach Galifianakis.

A edição do filme é bem interessante – as sequências de Clooney arrumando e desarrumando as malas são muito boas. Mas, de resto, o filme é apenas “correto”. Não achei motivo para as seis indicações ao Oscar – além de filme e atriz coadjuvante (Anna Kendrick), o filme ainda concorre a diretor, roteiro adaptado, ator (Clooney) e novamente atriz coadjuvante (Vera Farmiga). Sei lá, parece que o pessoal da Academia não viu direito os concorrentes…

O filme não é ruim, não me entendam errado. Só não achei isso tudo o que estão falando por aí…

Antes do Por do Sol

Antes do Por do Sol

Mais cedo falei de Antes do Amanhecer, agora é a vez de sua continuação, o também simpático Antes do Por do Sol.

Nove anos depois dos eventos do primeiro filme, Jesse virou escritor e está em Paris lançando o livro onde conta a noite do primeiro filme. Algumas horas antes de seu vôo sair, ele reencontra Celine.

O que é legal aqui é que é o mesmo diretor Richard Linklater e os mesmos atores Ethan Hawke e Julie Delpy, criando o mesmo clima intimista do primeiro filme!

Antes do Por do Sol é tão simpático quanto o primeiro filme. Inclusive, temos uma coisa muito interessante aqui: o roteiro foi escrito a seis mãos, pelo diretor Linklater junto com o seu casal de protagonistas, Hawke e Delpy.

Pena que não há muita história a ser contada. O filme tem um pouco menos de uma hora e vinte minutos, e algumas das cenas são desnecessárias (como, por exemplo, quando Jesse descreve o seu próximo livro; ou então Celine imitando a Nina Simone no palco). Acho que eles não tinham material para um longa, mas mesmo assim queriam mostrar o que aconteceu com o casal.

Não é tão bom quanto Antes do Amanhecer, mas que gostou de um vai curtir o outro.

Antes do Amanhecer

Antes do Amanhecer

Um jovem casal se conhece em um trem na Europa e resolve passar uma apaixonada noite caminhando por Viena. O problema é que ele tem um vôo para pegar de manhã, e ambos sabem que provavelmente nunca mais vão se reencontrar.

Este simpático filme de 1994 é uma prova que bons diálogos são o suficiente para se fazer um bom filme. Escrito por Richard Linklater (também diretor) e Kim Krizan, Antes do Amanhecer é verborrágico, praticamente só tem diálogos entre dois personagens – mas em momento nenhum é chato.

Boa parte do mérito do filme está no talento e carisma de seu casal de protagonistas. Ethan Hawke e Julie Delpy estão ótimos como Jesse e Celine, o casal que vive a noite mágica.

A proposta é muito boa. Afinal, como eles só têm uma noite, a relação é perfeita. Não existe desgaste por causa do tempo da relação, e amigos ou parentes não têm como atrapalhar. Em uma noite não dá tempo de surgirem problemas! Aliás, nem dá tempo de se “discutir a relação”!

O diretor Linklater é eficiente em diferentes estilos de filmes. Ele é bom em filmes modestos, como esse, sua continuação, e também Jovens Loucos e Rebeldes, filmes mais focados nos atores e nos personagens. Mas ele também dirigiu o divertido Escola do Rock. Isso sem contar com dois filmes feitos usando animação em rotoscopia, Waking LifeO Homem Duplo.

O filme teve uma continuação nove anos depois, Antes do Por do Sol, com os mesmos atores e o mesmo diretor, mostrando o reencontro de Jesse e Celine. Ainda hoje vem para cá para o blog!