Antes que o Diabo Saiba que Você está Morto

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Antes que o Diabo Saiba que Você está Morto

Filme novo do veterano diretor Sidney Lumet, famoso por filmes policiais nos anos 70, como Serpico, Um Dia de Cão e Rede de Intrigas.

Andy (Phillip Seymour Hoffman), um executivo decadente viciado em drogas, convence o irmão Hank (Ethan Hawke), cheio de problemas financeiros e com a ex-mulher, a participar de um assalto à joalheria dos pais. Mas, no dia do assalto, sua mãe acaba sendo assassinada acidentalmente.

Ou seja, um filme de anti-heróis, que cada vez mais se afundam em problemas maiores ao tentar resolver os problemas menores.

A ideia é boa, mas o ritmo do filme é às vezes um pouco lento demais. Por outro lado o roteiro é cheio de brilhantes idas e vindas na linha do tempo, com bem sacados flashbacks. Daqueles que a gente tem que ficar ligado nos detalhes, porque eles voltarão através de outro ponto de vista.

O filme não agradou muito à crítica de um modo geral. Acredito heu que seja por causa das altas expectativas geradas pelos nomes envolvidos. Além do diretor Lumet e dos atores Phillip Seymour Hoffman e Ethan Hawke, ainda contamos com Albert Finney e Marisa Tomei. Com tanta gente boa, espera-se algo de alto nível. Mas este está no meio termo…

Uma coisa me intrigou nesse filme: a nudez de Marisa Tomei. Lembro dela, em 98, então com 34 anos, usando dublê de corpo em Slums of Beverly Hil (não me lembro do título em português). E neste filme, agora com 43 anos, está bem desinibida numa “caliente” cena de sexo, e ainda mostra os seios em outras duas cenas! E, pelo que li por aí, ela repete a nudez em “O Lutador. Bem, nada contra a nudez feminina, que fique bem claro! A dúvida é: pra que esperar ter quarenta anos para isso? Pelo menos podemos ver que, apesar de quarentona, Marisa está com tudo em cima, e com um corpo melhor do que muita menininha de 20… (diferente da Meg Ryan, que aos 42, quando resolveu tirar a roupa no Em Carne Viva, já estava meio caída…)

Resumindo, pode interessar, desde que não se espere muito do filme.

Testemunha Muda

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Testemunha Muda

Outro dia passei numa locadora que estava vendendo títulos antigos por 9,90. Trouxe pra casa esse Testemunha Muda, interessante filme de suspense dos anos 90.

Billy é uma jovem americana muda que trabalha como técnica de maquiagem numa produção de um filme B, na Rússia. Ela presencia um assassinato, mas ninguém acredita nela. Nem a polícia, nem os companheiros americanos.

O grande mérito deste filme é que é um filme despretensioso. Bons atores desconhecidos, poucos e eficientes cenários, e um roteiro muito bem amarrado garantem a diversão. A atriz russa Maria Zudina, que interpreta a protagonista, não fez mais nada conhecido por aqui. E ela funciona muito bem dentro do roteiro cheio de situações de gato-e-rato.

A brincadeira com a meta-linguagem também é bem interessante. Afinal, o que é filme e o que é real?

E o filme ainda guarda uma última surpresa: sir Alec Guiness num pequeno e importantíssimo papel não creditado! (Nos créditos, há um “Mystery Guest Star”…)

Alien – O Oitavo Passageiro

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Alien – O Oitavo Passageiro

Outro dia meu amigo Bebeto Pires sugeriu uma resenha deste ótimo filme, que este ano completa 30 anos. Claro que heu já tinha visto, mais de uma vez, mas é sempre bom rever antes de escrever, né? Então aproveitei o feriadão de páscoa pra rever este clássico.

Alguém aí não conhece a história? A Nostromo, uma enorme nave espacial cargueira, com apenas sete tripulantes, para no meio do caminho de volta para a Terra, para checar um S.O.S num planeta desconhecido. Alguns tripulantes vão até lá, algo dá errado, e na volta para a Nostromo trazem algo desconhecido com eles.

É difícil falar de um fime desses. Afinal, o que posso falar sobre esse filme que já foi falado por pessoas com mais propriedade que heu? Bem, posso falar duas coisas:

1- O visual do filme não está “velho”. Os cenários e efeitos ainda estão bons, algo surpreendente para um filme feito 30 anos atrás. As únicas coisas que denunciam a idade são os gráficos dos monitores de computador. E talvez alguns penteados femininos…

2- Vi este filme junto com um “quase sobrinho”, de 18 anos. Que não tinha ideia do que se tratava o filme. E que me disse que o filme continua bom!

Alien é simplesmente um marco. É a perfeita interseção entre ficção científica, suspense e terror. Nasci em 71, então não vi na época do lançamento. Mas tive a sorte de ver no cinema, numa reprise, antes da continuação, ou seja, sem saber do que se tratava, sem saber o que era o “alien”. Afinal, o suspense é criado em cima do desconhecido: não sabemos o que é aquilo; até a cena final, apenas vemos partes do bicho.

Foram 3 continuações: Aliens, de James Cameron (86); Alien 3, de David Fincher (92); e Alien – A Ressurreição, de Jean Pierre Jeunet (97). O de Cameron também é excelente, é uma das poucas continuações da história tão boas quanto o original. Não gostei do de Fincher, mas prometo que um dia ainda reverei para uma segunda opinião. O de Jeunet é bizarro, mas não se pode esperar algo diferente vindo do mesmo diretor de Delicatessen

(Não estou contando os filmes da franquia Alien vs Predador. São muito ruins, principalmente se comparados a esses!)

Mais alguns fatos legais sobre Alien:

– Era o segundo filme de um tal de Ridley Scott. Que logo depois fez um tal de Blade Runner. E que já foi indicado 3 vezes ao Oscar de melhor diretor, por Thelma & Louise (91), Gladiador (2000) e Falcão Negro em Perigo (2001).

– Os cenários e criaturas foram desenhadas pelo artista suíço H. R. Giger, o mesmo que fez a criatura em A Experiência, e a capa do disco “Brain Salad Surgery, da banda Emerson, Lake & Palmer.

– O responsável pelos efeitos especiais foi Carlo Rambaldi, que ganhou um Oscar por este filme e outro por E.T.. Rambaldi ainda fez efeitos especiais em filmes legais como o King Kong de 76, Duna e Possessão, aquele que a Isabelle Adjani cria um monstro no banheiro.

– Sigourney Weaver era quase desconhecida antes da série Alien. Depois de estrelar os 4 filmes da franquia, passou a ser associada sempre ao filme.

– O roteirista Dan O’Bannon fez outros roteiros para filmes legais, como Força Sinistra (Lifeforce) e O Vingador do Futuro (Total Recall). Mas no seu currículo tem duas coisas curiosas: 1- Só dirigiu dois filmes. Um deles é o cultuadíssimo A Volta dos Mortos Vivos; 2- Realizou, em 1974, como projeto de faculdade, uma ficção científica trash divertidíssima chamada Dark Star, que também foi o primeiro filme de John Carpenter (O Enigma de Outro Mundo, Fuga de Nova York).

Chega, o texto vai ficar grande demais. Se você ainda não viu o filme, corra para ver. E se já viu, é uma boa opção de reprise!

P2 – Sem Saída

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P2 – Sem Saída

Costumo dizer que o espectador deve se preparar para o que vai ver. Se o filme em questão é um suspense cheio de clichês, não devemos esperar uma maravilha da sétima arte. Devemos esperar justamente um suspense cheio de clichês. Aí o programa pode até sair divertido…

A sinopse: na véspera de natal, uma jovem e bonita executiva fica presa na garagem do edifício comercial onde trabalha. E, claro, tem um psicopata atrás dela.

O filme, escrito por Alexandre Aja e dirigido pelo estreante Franck Khalfoun, é repleto de clichês de filme-de-suspense-com-um-maluco-psicopata-atrás-da-mocinha-indefesa. Alguns desses clichês funcionam, outros não. Como era de se esperar, claro.

Os atores principais até que funcionam. Rachel Nichols (e seu decote maravilhoso) está bem como Angela, a tal mocinha indefesa (mas que sabe comprar briga na hora certa). Wes Bentley, de Beleza Americana também funciona como o “stalker”, aquele cara obcecado que segue cada passo de sua vítima, que, na verdade, é o seu objeto de admiração. Por fim, o cenário é interssante – quase todo o filme se passa dentro de uma grande garagem comercial.

Resumindo: não vai mudar a vida de ninguém, mas pode ser uma boa hora e meia pra quem estiver na pilha certa.

Presságio

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Presságio

Em 1959, alunos de uma escola fazem desenhos prevendo o futuro para serem guardados numa cápsula do tempo, que será aberta 50 anos depois. Ao abrir a cápsula, John Koestler, um professor de astrofísica, descobre uma previsão de todas as grandes catástrofes que aconteceram no mundo nos últimos 50 anos. Mais: eles descobre que três catástrofes ainda estão por vir!

Presságio é o novo filme de Nicolas Cage, e mistura filme catástrofe, suspense e ficção científica. Ok, o roteiro é previsível e cheio de clichês. Mas em compensação, as cenas de catástrofe são sensacionais.

Os efeitos especiais deste filme merecem um texto à parte. Sou um fã de efeitos especiais desde que conheci a sétima arte, no início dos anos 80. Efeitos especiais sempre me fascinaram, porque heu sempre ficava imaginando “como eles fizeram isso?” Heu poderia fazer um post inteiro com efeitos especiais marcantes, mas vou deixar pra outro dia.

Mas aí surgiram os “cgi”, os efeitos criados em computador. Se por um lado o cgi ajudou e muito a credibilidade dos filmes – afinal, agora TUDO é possível; por outro lado não existe mais o desafio de descobrir como foi feito – afinal, agora é TUDO “desenhado no computador”.

Não sou maluco de ser contra cgi, mas confesso que de um tempo pra cá, é difícil heu me impressionar com os efeitos de um filme…

Aí aparece um filme como Presságio, e a alegria de se curtir efeitos especiais volta: vemos um desastre de avião acontecendo em volta da gente, tudo no mesmo plano, sem cortes; depois ainda vemos um desastre no metrô, lá de dentro, do ponto de vista das pessoas que estão sofrendo o acidente! Olha, sou “burro velho” de efeitos especiais no cinema, e posso dizer que não me lembro de cenas de acidentes tão espetaculares como essas…

O diretor é Alex Proyas, que em 94 fez O Corvo, com Brandon Lee; e depois chamou a atenção em 98 com o interessante Cidade das Sombras, um “pré Matrix” com Kiefer Sutherland e Jennifer Connelly no elenco. E anos depois fez o fraco Eu, Robô, com Will Smith…

Sobre o elenco, ninguém se destaca, mas pelo menos também ninguém atrapalha. Podemos dizer que, de uns anos pra cá, Nicolas Cage se especializou em interpretar ele mesmo, Nicolas Cage. Mas ele funciona aqui. Ainda temos uma convincente Rose Byrne e as crianças Lara Robinson e Chandler Canterbury.

Muita gente pela internet tem falado mal do fim do filme. Heu, particularmente, não tenho nada a criticar sobre a opção. Achei até interessante…

Femme Fatale

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Femme Fatale

Tem muita gente burocrática trabalhando no cinema. Mas, pra nossa sorte cinéfila, tem uma meia dúzia que realmente faz arte. Brian de Palma é um desses caras.

Seu currículo é impressionante: Os Intocáveis, Dublê de Corpo, Scarface, Carrie, A Estranha, O Pagamento Final, Um Tiro na Noite, Vestida Para Matar… e ainda tem mais um monte de coisas boas! Não é à toa que tem gente por aí que o compara a Alfred Hitchcock…

Bem, em 2002, depois de um dos poucos filmes fracos de seu currículo – Missão Marte, De Palma nos deu essa pequena obra prima: Femme Fatale.

A trama é rocambolesca, como todo bom filme “depalmiano”. Rebecca Romijn-Stamos interpreta uma ladra de jóias que ganha uma chance de deixar o passado para trás, até ser fotografada pelo papparazzo Antonio Banderas. (Aliás, a modelo que está com a jóia no início do filme é a Rie Rasmussen!)

Mas, calma! Nada é tão simples!

Cada detalhe do roteiro tem uma explicação. Ao fim do filme, com uma espetacular virada de rumo, descobrimos que nem tudo é o que parece… Dá vontade de rever o filme – o que heu fiz! E assim pude constatar várias coisas que a princípio passam desapercebidas…

E não é só o roteiro que é bem feito. De Palma mostra que  fazer cinema pode ser uma tarefa próxima a de um artesão. Muita câmera lenta, ângulos não usuais, telas divididas, flashbacks… Algumas cenas são belíssimas!

Outro ponto forte do filme é a atriz Rebecca Romijn-Stamos. Dona de uma beleza estonteante, ela realmente entrou no clima sexy exigido pelo filme – mulheres fatais, diamantes, sexo e assassinato fazem parte da trama. Inclusive, em um dos extras, ela explica a cena do mergulho, onde, totalmente nua, teve que mergulhar diversas vezes, até conseguirem o resultado da câmera lenta mostrado nas telas.

Filmaço. Pra se ver e rever. E dizer “é verdade, eu não tinha reparado!”

Eu Sei Quem Me Matou

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Eu Sei Quem Me Matou

Filme fraco, mas tão fraquinho… Sabe quando você lê pela internet que um filme é ruinzinho, mas não acredita? Às vezes vale a pena acreditar…

Lindsay Lohan interpreta Aubrey, uma jovem “certinha”: vive numa boa casa, boa família, um namorado apaixonado, estuda piano e ainda escreve contos. Um dia ela é sequestrada, drogada e torturada. E, quando é encontrada, alguns dias depois, sem partes do braço e da perna, diz que seu nome é Dakota, é uma stripper filha de uma junkie, e que nunca ouviu falar de Aubrey nem de ninguém dos seus amigos e familiares.

A idéia nem é tão ruim. Talvez, se o roteiro fosse bem escrito, e o filme não tivesse tantos clichês mal utilizados, não fosse tão ruim. E o fim do filme acho que não convence ninguém…

Vou dar um exemplo de clichê: a idéia das cores saturadas – azul para Aubrey e vermelho para Dakota – ficou óbvia, previsível e sem graça…

Este filme é o recordista de prêmios “Framboesa de Ouro” – uma espécie de Oscar ao contrário, escolhendo os piores filmes do ano – ganhou 8 em 2008, batendo o recorde anterior de 7 prêmios que Showgirls teve!

Alguns ainda vão pensar “Lindsay Lohan como stripper talvez valha a pena…” Nem isso, a atriz bem comportada de Sexta Feira Muito Louca e do novo Herbie está vestida o tempo todo (bem comportada diante das câmeras, ela tem uma certa fama ruim longe das mesmas…).

Resumindo: use uma hora e meia com algo mais útil, como jogar paciência no computador, por exemplo…

Fim dos Tempos

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Fim dos Tempos

Inexplicavelmente, pessoas nas grandes cidades perdem a vontade de viver e começam a cometer suicídio em massa. A princípio se pensa em atentados terroristas, mas logo se descobre que a natureza está se vingando dos maus-tratos.

Algum tempo, um trailer como o do Fim dos Tempos, seguido da informação “do mesmo diretor de O Sexto Sentido” poderia ser uma boa promessa. O trailer é muito legal, e ainda por cima o cartaz nos remete a Contatos Imediatos do Terceiro Grau.

Mas… Depois do Sexto Sentido, veio Corpo Fechado, que é muito legal, mas apenas copia a idéia do filme anterior. E depois veio Sinais, que é um bom filme, mas com um fim péssimo. E depois tivemos A Vila, que poderia ser um episódio de Twilight Zone, mas não se sustentava como filme longa metragem. E depois veio Dama na Água, que é ruim, muito ruim, mas tão ruim que não vale nem como filme trash.

E aí ficamos com pé atrás: será que o cara conseguiu se recuperar?

Bem, infelizmente, não. O filme é bem fraquinho… Só não é tão ruim quanto o Dama na Água, afinal, se leva menos a sério. (O principal problema do Dama na Água é que o filme é pretensioso e se propõe a ser um filme sério! Se se assumisse trash, talvez fosse divertido…)

M Night Shyamalan, depois do fracasso de seu último filme, prometia aqui uma volta por cima. Mas agora fica uma dúvida no ar: será que ele é um bom diretor vivendo maus momentos, ou apenas um diretor tosco que teve apenas uma grande idéia para um grande filme – O Sexto Sentido?

As cenas são paupérrimas. Os diálogos são fracos, as atuações são fracas… Pouca coisa se salva no filme, talvez a trilha sonora de James Newton Howard.

O elenco todo está ruim. Mark Wahlberg interpreta Elliot Moore, um professor que traça teorias enquanto foge do inexplicado. Talvez se ele se assumisse um pouco mais vagabundo, fosse melhor. Afinal, existe até um monólogo dele com uma planta de plástico! Completam o elenco John Leguizamo e Zoey Deschanel, além da garotinha Ashlyn Sanchez.

Fica a dica: veja pensando que é um filme trash. Talvez você se divirta…

Dublê de Corpo

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Dublê de Corpo

Ao filmar Vestida para Matar, em 1980, Brian de Palma precisou usar uma dublê de corpo para as cenas de Angie Dickinson. Daí veio a idéia para o filme Dublê de Corpo, lançado em 84.

Jake, um ator desempregado – que faz o papel de um vampiro num filme B, mas como tem claustrofobia, não consegue ficar dentro do caixão – é despejado da casa da namorada. Sem trabalho e sem ter onde morar, consegue ficar de favor numa mansão de uma amigo de um amigo. E melhor, num clima hitchcockiano, ele observa através de uma luneta uma vizinha que faz strip tease todos os dias.

Isso é só o começo de uma trama rocambolesca bem ao estilo do Brian de Palma, que também nos deu Um Tiro na Noite, Scarface, Os Intocáveis, O Pagamento Final, Olhos de Serpente, Femme Fatale, e, mais recentemente, Dália Negra. Como diz o cartaz: “Não acredite em tudo o que vê!”

Apesar do visual do filme estar um pouco datado, a trama continua “redondinha”. O elenco, encabeçado por Craig Wasson, é quase todo de rostos pouco conhecidos – a exceção é Melanie Griffith, num papel chave importantíssimo.

Tenho um trauma terrível relacionado a esse filme. Vi no cinema no fim dos anos 80, achei sensacional, e quando a Globo anunciou que ia passar, programei o videocassete para gravar e rever. Heu nunca devia ter feito isso, foi uma das maiores decepções da minha vida! Não só o filme estava completamente cortado (o trecho onde Jake vai participar de um filme pornô, com a música Relax no fundo, parecia um videoclip), como, na cena inicial, foi tirado um pedaço do filme e incluído um pedaço de outro filme!!! Quando Jake chega em casa, vai até o quarto e vê a sua namorada transando com outro, em vez disso tinha uma mulher deitada coberta por um lençol!!! Nunca soube de falta de respeito igual depois do fim da ditadura!!!

Os Estranhos

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Os Estranhos

Um jovem casal é cercado numa casa por estranhos e violentos vizinhos mascarados. É, a idéia pode parecer interessante. Além do mais porque a atriz principal é a Liv Tyler, ou seja, o filme não deve ser totalmente vagabundo.

Queria heu que todos os atores fossem desconhecidos… Aí a gente desconfiaria mais do filme…

O desenvolvimento da trama não é ruim. O diretor sabe criar um interessante clima de tensão ao longo da pequena duração do filme (pouco menos de uma hora e meia). Depois de um episódio frustrante, um casal de namorados vai passar a noite numa casa isolada. E, no meio da madrugada, os tais estranhos mascarados começam a cercar a casa e aterrorizar o casal.

SPOILERS ABAIXO!!!

SPOILERS ABAIXO!!!

O grande problema do filme é que ficamos o tempo todo construindo uma expectativa de que algo interessante acontecerá. Quem são esses mascarados? Por que eles estão com as máscaras? Qual o motivo que os leva a fazer isso? Qual é o grande “por que” do filme?

Acaba o filme e  isso não é explicado. Perdemos uma hora e meia acreditando que a história terá um fim decente, uma explicação pra tudo isso… e nada.

E aí a gente começa a pensar na quantidade de furos do roteiro. Os mascarados que se movem na velocidade da luz. Pessoas que abrem a porta às 4 da madrugada num lugar deserto. Amigos que chegam em casa e, ao encontrar tudo revirado, não gritam os nomes das pessoas. E por aí vai.

Dispensável…