Ash vs Evil Dead

Ash vs Evil DeadCrítica – Ash vs Evil Dead

Evil Dead está de volta!

Ash passou os últimos 30 anos evitando a responsabilidade e a maturidade, até que o livro volta a  libertar demônios que ameaçam destruir toda a humanidade. Ash se torna a única esperança de salvação!

Voltemos no tempo. Em 1981, Sam Raimi revolucionou o cinema de terror com Evil Dead – A Morte do Demônio, um filme engraçado e ao mesmo tempo assustador, que trazia travellings de câmera alucinados, ângulos fora do óbvio e efeitos especiais e de maquiagem criativos no limite entre o genial e o vagabundo – até hoje o filme está presente tanto em listas de melhores filmes de terror quanto em listas de filmes trash. Em 87, tivemos a continuação, tão genialquanto, apesar de parecer uma refilmagem com ênfase na comédia de humor negro. O terceiro filme, lançado em 92, foi mais fraco, mas não impediu que o nome de Raimi ficasse registrado entre os maiores nomes do terror contemporâneo.

Diz a lenda que Sam Raimi tinha planos de fazer um quarto filme da saga Evil Dead, e surgiu a oportunidade de transformar este filme numa série curta de 10 episódios de meia hora cada, pelo canal Starz (o mesmo da boa série Spartacus). Não sei se este foi o melhor caminho, afinal um “filme” de 5 horas tem suas “barrigas” – se tivesse os tradicionais 90 minutos seria mais enxuto. Mas, apesar dos pontos baixos, o resultado foi positivo!

Logo de cara vemos que estamos diante de um legítimo Evil Dead – diferente da refilmagem que rolou alguns anos atrás, que era apenas mais um filme de terror ordinário. A direção do piloto é do próprio Raimi (também roteirista e produtor), que repete o mesmo estilo no limite entre o genial e o trash – temos mais efeitos especiais práticos do que cgi – efeitos geniais, diga-se de passagem. E de quebra, Bruce Campbell está de volta ao seu mais icônico papel

Bruce Campbell também é peça chave nesta série. Se a série é uma continuação dos filmes, precisávamos ter de volta o mesmo ator, o adorável canastrão, que está ótimo, preconceituoso e rabugento ao extremo. Campbell nunca foi um grande ator. Mas seu personagem Ash não caberia em outra pessoa! O outro rosto conhecido no elenco é Lucy Lawless, a Xena. Mas seu personagem não disse ao que veio, talvez numa segunda temporada…

Ash vs Evil Dead ainda tem outro atrativo: a trilha sonora traz vários clássicos do rock. Gostei de ouvir Deep Purple e Styxx, e confesso que achei o máximo ouvir Emerson Lake and Palmer (minha banda-favorita-que-ninguém-conhece) no segundo episódio – fica aqui minha homenagem ao grande tecladista Keith Emerson, falecido semana passada.

Um presente para os fãs da franquia. Que venha a segunda temporada!

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