Black Friday

Crítica – Black Friday

Sinopse (imdb): Um grupo de empregados de uma loja de brinquedos deve proteger-se mutuamente de uma horda de compradores infectados por parasitas.

Confesso que achei que a ideia podia funcionar. Um filme satirizando a ânsia do consumidor numa black friday, comparando com zumbis (lembrei da cena de Shaun of the Dead, onde o Shaun está num marasmo tão grande que não repara que todos viraram zumbis). E ainda tinha Bruce Campbell, Devon Sawa, Ivana Baquero e Michael Jai White no elenco! Ok, dificilmente seria um filme bom. Mas pelo menos poderia ser divertido.

E não, não é.

Dirigido pelo desconhecido Casey Tebo, Black Friday falha miseravelmente em quase tudo. É um filme curto (uma hora e vinte e quatro minutos) e mesmo assim consegue ser um filme arrastado. Tudo é previsível, e as atuações, claro, são caricatas.

Tem umas coisas que não fazem sentido. Uma delas nem sei se cabe reclamação: pelo que entendi a loja vai abrir às 9 horas da noite – se é pra abrir essa hora, por que não ficar aberto direto? Pra mim faria mais sentido se fosse abrir meia noite. Mas, não sei se isso é um costume do varejo dos EUA, então não sei se cabe a crítica. Agora, tem outras coisas dentro do roteiro que não tem lógica, como os infectados que vão embora sem motivo. E tem uma cena que aparentemente aparecem umas pessoas saqueando a loja, e isso foi deixado pra lá.

Mas, quando a gente vê um filme com uma proposta dessas, a gente espera algumas tosqueiras, tipo infectados que às vezes repassam a infecção rapidamente, mas quando encontram um personagem importante, demoram para reagir. Agora, o que a gente não espera é um filme chato. Black Friday tem uma longa cena no meio do filme onde os personagens se escondem numa sala e ficam batendo papo e trocando experiências, tipo há quantos anos trabalham na loja. Caramba, se você não tem história pra contar, não estique pra fazer um longa!

O elenco traz alguns nomes importantes. Bruce Campbell, um dos maiores ícones do terror / trash das últimas décadas, pelo menos sabe fazer o personagem canastrão carismático – coisa que metade do elenco não consegue, e param no “canastrão”. Devon Sawa, de Premonição e Idle Hands, funciona para o que o filme pede. Também no elenco, Michael Jai White, que foi o Spawn no filme de 1997, e Ivana Baquero, que era a menininha de Labirinto do Fauno. Poxa, com esse elenco o resultado poderia ser menos ruim!

Se alguma coisa se salva, gostei dos efeitos práticos e da maquiagem dos zumbis. Numa Hollywood repleta de cgi mal feito, é legal ver efeitos old school.

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