O Telefone Preto

Crítica – O Telefone Preto

Sinopse (imdb): Após ter sido raptado por um assassino de crianças e trancado num porão à prova de som, um menino de 13 anos começa a receber chamadas num telefone desligado das vítimas anteriores do assassino.

O diretor Scott Derrickson tinha feito alguns bons filmes de terror, aí foi pra Marvel fazer o primeiro Doutor Estranho, que não tem nada de terror. Ele ia dirigir o segundo Doutor Estranho, mas acabou substituído por Sam Raimi – que conseguiu finalmente trazer uma pegada de terror para a Marvel. Derickson voltou ao seu habitat natural, com este O Telefone Preto (The Black Phone, no original).

O Telefone Preto é adaptação do conto homônimo escrito por Joe Hill, filho do Stephen King. E o espectador atento pode achar referências à obra de King aqui e ali, como a cartola que Ethan Hawke usa (como a Rose the Hat em Doutor Sono) ou a capa de chuva amarela (como Georgie em It).

Uma das melhores coisas aqui é a ambientação. Tanto a ambientação de época (o filme se passa no fim dos anos 70) quanto o clima de tensão e desespero vivido pelos personagens – a gente sente a angústia do garoto preso no porão. E gostei dos efeitos dos garotos falando ao telefone. Efeitos simples e eficientes.

O Telefone Preto é uma mistura de “filme de sequestro de criança” com “filme sobrenatural”. Rolam alguns jump scares aqui e ali, mas o forte do filme não é isso, e sim a tensão vivida pelo personagem. E vou te falar que teve um momento onde quase pulei da poltrona!

Ethan Hawke está muito bem, num papel onde ele quase não mostra o rosto. Quase todo o tempo ele está usando máscaras que cobrem partes de seu rosto. E mesmo sem mostrar o rosto, o trabalho de Hawke é impressionante! E as máscaras são outro ponto forte do filme. Assustadoras, foram confeccionadas por ninguém menos que Tom Savini!

Gostei dos garotos. Mason Thames, o principal, aparece sozinho em várias cenas, um papel difícil, mas que ele consegue cativar o espectador – ficaremos de olho nesse rapaz! A menina Madeleine McGraw também está bem, em um papel que poderia facilmente virar a “menininha chata”.

Tenho um comentário sobre o fim, mas antes preciso do aviso de spoilers:

SPOILERS!
SPOILERS!
SPOILERS!

O filme tem um final feliz, o garoto é resgatado. Mas, na minha cabeça, acho que um final melhor seria com o garoto saindo da casa e encontrando os outros fantasmas, aí descobriria que estava morto, ao lado deles, e veria o Grabber enterrando o seu corpo.
Mas, é o meu head canon. O fim de O Telefone Preto não é ruim.

Nem tudo é perfeito, achei que o vilão poderia ser melhor desenvolvido. E, quando a gente vê que o filme foi produzido pela Blumhouse, a gente logo pensa em uma possível nova franquia. Será que veremos novamente o “The Grabber”?

Preenchimento obrigatório *

You may use these HTML tags and attributes:
<a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*