RIPD 2

Crítica – R.I.P.D.2

Sinopse (imdb): Situado no oeste americano de 1876, R.I.P.D.2: Rise of the Damed é uma sequência de R.I.P.D. de 2013. O xerife Roy Pulsipher não está muito feliz por se encontrar morto após um tiroteio com uma notória gangue fora da lei, mas ele tem uma segunda chance de retornar à Terra depois de ser recrutado pelo R.I.P.D. (Departamento Descanse em Paz.). Mas vingar seu próprio assassinato pode ter que ficar em segundo plano para salvar o mundo quando um portal para o inferno é aberto na antiga cidade mineira de Red Creek, ameaçando não apenas os habitantes locais… mas toda a própria humanidade.

Em 2013 foi lançado o primeiro RIPD, que parecia uma versão de MIB mas com fantasmas no lugar de alienígenas. Heu achei o filme bem divertido na época, mas ele flopou nas bilheterias, e parecia que a franquia estava morta (sem trocadilhos). Aí do nada aparece esta continuação, sem ninguém conhecido no elenco. Bora ver qualé.

Primeiro uma boa notícia pra quem não viu o primeiro ou viu só na época mas não se lembra: essa história é completamente independente daquela. Tem até uma cena explicando como as coisas funcionam no tal Departamento. Ou seja, não precisa (re)ver o primeiro.

O problema é que o filme dirigido pelo pouco conhecido Paul Leyden é genérico demais. A gente já viu dezenas de filmes iguais. Não tem nada que nos conecte aos mocinhos Roy e Jeanne, e o plano do vilão é rocambolesco e não faz o menor sentido. Acho que a única coisa que me surpreendeu foi uma revelação sobre a personagem Jeanne que acontece perto do fim.

Os efeitos especiais seguem a linha do “genérico para produção de baixo orçamento”. E a sequência final com o plano rocambolesco é péssima, nada faz sentido – e num cenário desses, efeitos especiais genéricos ficam em evidência.

Teve uma coisa que não funcionou. Quando um vivo vê um agente do RIPD, vê uma pessoa diferente, que seria o seu avatar (isso já acontecia no primeiro filme). Roy, homem branco, é visto como se fosse uma mulher negra. Aliás, Jeanne também, são duas mulheres negras. A princípio achei forçado por ser uma história no velho oeste, mas existe uma justificativa dentro do filme – se a justificativa é boa ou não, aí é com cada um, mas existe uma justificativa. Mas aí vem o meu problema com isso: faltou direção de atores. Se dois atores vão interpretar o mesmo papel, eles precisam atuar como se fossem a mesma pessoa. E não teve nada que me indicasse que fosse assim. Só pra dar um exemplo: acabou o filme, vejo as duas mulheres negras e não sei quem é o Roy e quem é a Jeanne. E vou além: o diretor podia ter colocado algumas gags aproveitando uma mulher no corpo de um homem.

O elenco do primeiro filme tinha Jeff Bridges, Ryan Reynolds, Kevin Bacon e Mary Louise Parker. Já nesta continuação, a única pessoa que heu já conhecia era o vilão Richard Brake (que esteve aqui no heuvi recentemente, em The Munsters e Barbarian). O elenco não é bom, mas serve para o que filme precisa: Jeffrey Donovan, Penelope Mitchell, Rachel Adedeji, Evlyne Oyedokun e Jake Choi.

No fim, fica aquele gostinho de Sessão da Tarde. Você pode até se divertir, mas vai esquecer do filme algumas horas depois.

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