V/H/S: Viral

vhs-viralCrítica – V/H/S: Viral

Nem me empolguei quando soube de um terceiro V/H/S. Mas como passou no Festival do Rio e agora vai ser lançado no circuito resolvi dar uma chance.

Assim como aconteceu com os outros dois filmes da franquia, V/H/S: Viral é um filme irregular, já que são historinhas independentes. E, assim como nos outros dois, a historinha que serve para ligar as outras é a mais fraca.

Vamos a cada uma delas?

– “Vicious Circles” – Uma bicicleta tenta alcançar um carro numa confusa perseguição que parece disputar o prêmio de câmera mais tremida da história. Para seguir a “tradição”, o pior segmento.

– “Dante The Great” – Um ilusionista encontra uma capa que o permite fazer mágica de verdade. Bom ritmo, boa história, bons efeitos especiais. Mas ignora completamente o conceito de “câmera encontrada”. É um “mocumentário”, um documentário fake que usa entrevistas, programas de tv, câmeras de segurança e, também, câmera encontrada.

– “Parallel Monsters” – Uma agradável surpresa. Nacho Vigalondo, o mesmo diretor de Los Cronocrimenes, criou uma história curtinha sobre universos paralelos, com um dos finais mais WTF que já vi. Se não quiser ver o filme todo, avance direto pra essa, que vale a pena!

– “Bonestorm” – Garotos skatistas marrentos vão para o México filmar manobras de skate e acidentalmente despertam criaturas do além. História confusa, e prejudicada por personagens com carisma zero – quando os vemos sendo atacados, duvido que algum espectador estivesse torcendo por eles. Achei estranho que do nada eles viraram assassinos experientes… Pelo menos os efeitos das caveiras são legais.

Uma vantagem aqui: por ter apenas 3 histórias, este filme é mais curto – no primeiro V/H/S são 5, no segundo são 4. Se fosse um best of de todas os 12 curtas (mais os 3 segmentos de ligação), até seria legal ter um filme longo. Mas em um filme irregular, “o menos é mais”.

Dentre os diretores pouco conhecido deste terceiro filme, destaque para Nacho Vigalondo, vou procurar mais coisa dele. Os outros curtas são dirigidos por Marcel Sarmiento (Deadgirl), Gregg Bishop, Justin Benson e Aaron Moorhead (Primavera / Spring).

Por fim, acho que eles deviam abandonar o nome da franquia. Se nos outros filmes nem todos usavam fitas vhs, aqui nenhum usa. E, como disse ali em cima, “Dante The Great” nem é exatamente “found footage”. O conceito do filme não era pra usar “material encontrado em fitas de vhs”?

Resumindo: mais um filminho de episódios, como tantos por aí. Quem estiver no clima vai se divertir. E quem perder este, não duvido que tenha um V/H/S 4 em breve.

p.s.: O imdb fala de mais um curta, “Gorgeous Vortex”, que foi limado da edição final, por falta de qualidade. Deve ser bem ruim mesmo…

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