22 Milhas

Crítica – 22 Milhas

Sinopse (imdb): Um oficial da inteligência americana de elite, auxiliado por uma unidade de comando tático ultrassecreta, tenta transportar um misterioso policial com informações sigilosas para fora do país.

Filme novo do Mark Wahlberg dirigido pelo Peter Berg? Fuen. Filme hollywoodiano com o Iko Uwais? Opa, quero ver!

Esta é a quarta parceria entre Berg e Wahlberg. O primeiro, O Grande Herói, é tecnicamente bem feito, mas o maniqueísmo excessivo me incomodou. O segundo, Horizonte Profundo: Desastre no Golfo, é bonzinho, mas é só mais um filme de ação genérico. O terceiro, O Dia do Atentado, nem vi, só o trailer bastou. Este quarto, 22 Milhas (Mile 22 no original) parecia ser mais um genérico. Mas a presença do astro de ação indonésio me chamou a atenção.

Pra quem não conhece Uwais: ele é o ator principal dos dois The Raid, filmes indonésios que constam em qualquer lista seria dos melhores filmes de ação feitos nos últimos dez anos. Quem gosta do estilo, pode ir lá procurar os dois filmes, e depois volta aqui pra me agradecer. 😉

(Também vi Merantau e Headshot, outros dois filmes estrelados por Uwais, mas são inferiores aos dois The Raid)

Mas o problema é que 22 Milhas tem muito falatório e pouca coisa acontece. As narrações em paralelo chegam a ficar cansativas – sem contar que o filme fica bem confuso com tanto bla bla bla. E o roteiro ainda traz algumas coisas desnecessárias – pra que o avião russo, se tudo podia ser feito dentro de um escritório? Pra piorar, Wahlberg construiu um personagem mal humorado e com manias irritantes. Fica difícil nutrir alguma simpatia por um cara assim.

Sobram as cenas de ação. Diferente dos outros filmes da parceria Berg Wahlberg, teoricamente baseados em histórias reais, 22 Milhas é assumidamente ficção sem se preocupar com a realidade. Assim, entre um falatório aqui e outro ali, temos algumas boas sequências de “tiro porrada e bomba”. Claro, não são sequências top, mas funcionam pro que o filme pede.

No elenco, além de Wahlberg e Uwais, o filme conta com Lauren Cohan, Ronda Rousey, John Malkovich e Carlo Alban. E o curioso é que Ronda não briga nenhuma vez!

No fim rola um gancho pra uma possível continuação. Será que precisa?

O Predador (2018)

Crítica – O Predador (2018)

Sinopse (imdb): Quando um menino acidentalmente aciona os caçadores mais letais do universo para retornar à Terra, apenas uma tripulação desorganizada de ex-soldados e uma professora de ciências descontente pode impedir o fim da raça humana.

No meio de tantos reboots e releituras, por que não voltar com a franquia Predador?

Em primeiro lugar aviso logo que não sou contra continuações. Mas não gosto da ideia de chamar o quarto (ou sexto) filme de uma saga do mesmo nome do primeiro filme. Gente, qual é o problema de ter um título novo? Mesmo erro de The Thing – o prequel de 2010 tem o mesmo nome do original de 1982.

Dito isso, vamos ao filme. O Predador (The Predator, no original) é uma boa continuação. Boas cenas de ação, humor na dose certa, efeitos especiais top de linha, referências ao filme original, e toda a violência gráfica que um filme desses pede.

O diretor Shane Black tem uma história curiosa com a franquia. Ele estava no primeiro filme, como ator – ele é o magrelo de óculos, o primeiro a morrer. Recentemente, ele disse numa entrevista que foi contratado apenas como ator, e quando chegou ao set, pediram pra ele rever o roteiro (ele tinha escrito o roteiro de Máquina Mortífera pouco antes). Ele se recusou, porque tinha sido contratado como ator e não como roteirista. Segundo ele, esse seria o motivo de seu personagem ser o primeiro a morrer. E ele disse que teria aprendido uma lição: nunca discutir com os produtores!

Black tem um currículo maior como roteirista, mas também tem alguns filmes como diretor. Seu estilo frequentemente mistura ação com humor (Beijos e Tiros, Dois Caras Legais). E o roteiro aqui foi escrito por Black e por Fred Dekker, que escreveu e dirigiu o divertido Noite dos Arrepios, de 1986. A parceria vem de longa data, a dupla escreveu o roteiro de Deu a Louca nos Monstros, de 87. Claro que O Predador não seria um filme sério. O filme é quase uma paródia do filme original.

O fato de ter um diretor e roteirista ligado à saga faz de O Predador um filme cheio de referências. Além da trilha sonora trazer o mesmo tema, o roteiro tem algumas citações aqui e ali. Get to the choppa!

O elenco é bom. O papel principal é do pouco conhecido Boyd Holbrook, vilão de Logan, mas o filme é bem equilibrado entre vários personagens – os melhores estão em um núcleo de loucos, que conta com Trevante Rhodes, Keegan-Michael Key, Thomas Jane, Alfie Allen e Augusto Aguilera. Sterling K Brown (em cartaz também no Hotel Artemis) também manda bem. Os papéis de Jacob Trembley e Olivia Munn às vezes soam forçados, mas não chegam a atrapalhar o filme. Ainda no elenco, Yvonne Strahovski e Jake Busey.

No fim tem uma desnecessária cena curta com um gancho para uma provável continuação. Achei que podia ser uma cena pós créditos à lá Marvel, daquelas que, se não tiver filme novo, deixa pra lá…

Tem gente por aí que odiou O Predador. Sinceramente não entendo por que. Achei divertido. Que venha o quinto (ou sétimo)!

p.s.: Na verdade é a sexta vez que temos Predadores nas telas, mas, na minha humilde opinião, os dois Alien Vs Predador não fazem parte da saga. Por isso pra mim este é o quarto filme.

Hotel Artemis

Crítica – Hotel Artemis

Sinopse (imdb): No Hotel Artemis, localizado em uma Los Angeles devastada por distúrbios, trabalha a Enfermeira, que dirige um hospital secreto de emergência para criminosos.

Heu queria gostar de Hotel Artemis. Afinal, não é todo dia que temos uma trama de ação com toques de ficção científica, estrelada por Jodie Foster, Jeff Goldblum, Sofia Boutella, Dave Bautista, Sterling K. Brown, Charlie Day e Zachary Quinto.

Mas, sabe quando um filme simplesmente não decola? É o caso. O elenco é acima da média, a premissa é muito boa, e a ambientação do hotel é ótima. Mas o tempo vai passando, e parece que o filme não começa nunca.

Um bom exemplo (sem spoliers) de que as coisas simplesmente não funcionam aqui é o personagem da policial. Tire o personagem, nada muda. E quase todo o filme é assim, tudo parece sem propósito.

Hotel Artemis é a estreia na direção de Drew Pearce, roteirista de Missão Impossível Nação Secreta. Só que aqui o roteiro também é dele, então acho que temos um culpado. De que adianta ter bons atores e uma boa ideia, se os personagens são rasos e o filme tem sérios problemas de ritmo?

Será que é cedo pra pedir uma refilmagem? 😉

O Predador (1987)

Crítica – O Predador (1987)

Sinopse (imdb): Uma equipe de comandos em uma missão na selva da América Central é caçada por um guerreiro extraterrestre.

Tem filme novo do Predador chegando por aí, que tal rever o primeirão?

Antes de falar do O Predador (Predator, no original), vamos contextualizar. Em 1987, Arnold Schwarzenegger era um dos maiores nomes do cinema de ação, com filmes como O Exterminador do Futuro (1984), Comando Para Matar (85) e Jogo Duro (86) no currículo. O Predador tinha um pé na ficção científica mas está muito mais próximo de Comando Para Matar do que Vingador do Futuro. A trama traz um alienígena assassino, mas tudo no filme parece desculpa para mostrar músculos e armamentos pesados.

A direção é de John McTiernan, que depois ainda faria outros filmes importantes no cinema de ação dos anos 80 / 90,como Duro de Matar (88), Caçada ao Outubro Vermelho (90) e O Último Grande Herói (93). O elenco ainda tinha Carl Weathers, o Apollo Creed da saga Rocky. O resto do elenco era desconhecido e assim continuou.

Claro que os efeitos especiais venceram – já se passaram mais de 30 anos! Mesmo assim, como o foco do filme é a ação, os efeitos toscos atrapalham pouco. Outra coisa que “perdeu o prazo de validade” são os clichês oitentistas, mas foi por isso que disse que precisávamos contextualizar – um filme desses, nessa época, tinha que ter esses clichês.

Nos anos seguintes, Schwarzenegger continuou sua carreira de action hero e se firmou como um dos maiores nomes de Hollywood (tanto que, anos depois, chegou a ser eleito governador da Califórnia). O Predador fica como um bom exemplo de sua carreira nos anos 80.

Aguardem, que em breve posto o texto sobre o novo Predador.

O Protetor 2

Crítica – O Protetor 2

Sinopse (imdb): Robert McCall pratica uma justiça inabalável para os explorados e oprimidos, mas até onde ele vai quando é alguém que ama?

O Protetor foi uma tentativa de liamneesonizar o Denzel Washington – um ator consagrado que vira action hero depois de “velho”. E foi um bom filme. E como foi bem na bilheteria, a regra de Hollywood é clara: é a hora da continuação.

A direção ficou com o mesmo Antoine Fuqua do primeiro filme, diretor sempre competente. E o carisma de Denzel Washington vale qualquer filme. Mas, mesmo assim, O Protetor 2 (The Equalizer 2, no original) é bem mais fraco que o filme anterior.

O roteiro de Richard Wenk perde muito tempo construindo histórias paralelas para McCall. Acho que isso foi pra termos mais empatia com o personagem, mas isso acabou causando sérios problemas de ritmo. Além disso, o espectador acostumado com filmes de ação vai achar tudo muito previsível.

Tem outra coisa que me incomodou. McCall pode ser excelente em brigas, mas se ele cutuca gente graúda, haveria alguma retaliação. Quando ele bate nos playboys estupradores ricos, estes sabem onde encontrá-lo depois. O mesmo com os traficantes do prédio.

Mas como falei lá em cima, a dupla Fuqua / Denzel sempre vale o ingresso. É só não ter muita expectativa.

Megatubarão

Crítica – Megatubarão

Sinopse (imdb): Depois de escapar de um ataque do que ele afirma ser um tubarão de 70 pés, Jonas Taylor precisa enfrentar seus medos para salvar os que estão presos em um submersível afundado.

Admito que fiquei intrigado com um filme B de tubarão estrelado pelo Jason Statham e com lançamento no circuitão, em vez de ser exibido no canal Syfy. Claro que deveria ser ruim, mas será que seria tão ruim quanto os filmes de tubarão que infestam a grade do canal? Vamos ver qualé.

Pra começar, muita gente reclamou deste Megatubarão (The Meg, no original), por ser um filme vagabundo. Heu digo o contrário: é um filme honesto. Ninguém vai ver um filme chamado “Megatubarão” esperando um grande filme.

Outra coisa em defesa do filme dirigido por Jon Turteltaub: é tecnicamente bem feito. Boas imagens submarinas, o tubarão em cgi funciona, e as cenas de tensão, apesar de absurdas, são bem construídas. Está longe da indigência técnica da série Sharknado. Sim, o roteiro é péssimo, mas se o espectador ignorar a lógica, pode até se divertir.

Agora, temos que reconhecer que o roteiro é repleto de coisas sem o menor sentido. Senti falta do fórum de discussão do imdb, que sempre tinha um tópico “100 coisas que aprendi com o filme tal”. Neste Megatubarão ia ser divertido, o filme inteiro é cheio de coisas absurdas, começando pela introdução do filme – se o megalodonte só foi liberado anos depois, como é que atacou o submarino no início do filme?

No elenco, além de Statham, temos Cliff Curtis, Winston Chao, Shuya Sophia Cai, Ruby Rose, Page Kennedy, Robert Taylor, Ólafur Darri Ólafsson, Jessica McNamee e Masi Oka (sim, o Hiro de Heroes).

Enfim, Megatubarão é ruim, ninguém está questionando isso. Mas vai divertir quem estiver na pilha certa.

Missão: Impossível – Efeito Fallout

Crítica – Missão: Impossível – Efeito Fallout

Sinopse (imdb): Ethan Hunt e sua equipe do IMF, juntamente com alguns aliados conhecidos, correm contra o tempo depois de uma missão que deu errado.

Sexto filme da franquia Missão Impossível!

Pela primeira vez na franquia, temos a repetição de um diretor. Christopher McQuarrie tem pouca experiência (este é apenas o seu quarto filme como diretor), mas ele segura bem a responsabilidade, e entrega um dos melhores filmes do ano até agora.

(Aliás, McQuarrie deve ser um bom amigo de Tom Cruise. Não só ele escreveu e dirigiu o quinto Missão Impossível e o primeiro Jack Reacher, como escreveu os roteiros de Operação Valquíria, No Limite do Amanhã e A Múmia. Seis filmes com Cruise em 11 anos!)

Missão: Impossível – Efeito Fallout (Mission: Impossible – Fallout no original) segue o estilo dos outros filmes: trama rocambolesca através de belos cenários internacionais, ação desenfreada e sequências de tirar o fôlego. Com o detalhe que a gente já conhece: Tom Cruise dispensa dublês!

Cruise aproveita para fazer marketing em cima disso. Se no filme anterior ele ficou pendurado fora de um avião, agora ele aprendeu a pilotar um helicóptero para fazer manobras arriscadas. Além disso, ele faz cenas de moto sem capacete, pula de para quedas e corre pelos telhados (num desses pulos, quebrou o tornozelo). Isso aos 56 anos de idade!

No elenco, além de Cruise, claro, temos a volta de Simon Pegg, Ving Rhames, Rebecca Ferguson, Alec Baldwin, Michelle Monaghan e Angela Bassett. A grande novidade é Henry Cavill, com seu bigode que causou problemas nas refilmagens de Liga da Justiça.

Se teremos um sétimo filme? Não sei. Mas se mantiver a qualidade, que venham mais!

p.s.: Achei um erro de casting termos Rebecca Ferguson e Michelle Monaghan no mesmo filme. Gosto das duas, mas, ninguém mais acha que elas são parecidas?

p.s.2: JJ Abrams está na produção. Mas às vezes parece que é ele na direção, visto a grande quantidade de lens flare…

Arranha-Céu: Coragem Sem Limite

arranha ceuCrítica – Arranha-Céu: Coragem Sem Limite

Sinopse (imdb): Um pai faz um grande esforço para salvar sua família de um arranha-céu em chamas.

Depois de Jumanji e Rampage, olha o The Rock de novo em cartaz! Três filmes em 7 meses!

Escrito e dirigido por Rawson Marshall Thurber (que até agora só tinha feito comédias), Arranha-Céu: Coragem Sem Limite (Skyscraper, no original) é um típico filme de ação descerebrado. Quem procura uma boa história, deve evitar.

Parece um Duro de Matar misturado com filme catástrofe, mas com um roteiro desleixado e previsível do início ao fim. Muita coisa não faz o menor sentido. Aliás, rolou uma divertida polêmica quando saiu o cartaz do filme uns meses atrás – várias “teorias” tentando explicar como aquele salto funcionaria.

Mas, por outro lado, temos Dwayne Johnson. Ele sozinho vale o ingresso. Grande, forte, simpático e muito carismático, The Rock faz o filme valer a pena (para aqueles menos exigentes). O cara é tão bom que tiveram que tirar uma perna do personagem, pra facilitar um pouco pro vilão caricato da vez. A sumida Neve Campbell lhe faz companhia.

Enfim, é difícil recomendar um filme desses – porque o filme não é bom. Mas acredito que vai agradar o seu público alvo.

Homem-Formiga e a Vespa

Homem Formiga e VespaCrítica – Homem-Formiga e a Vespa

Sinopse (imdb) Enquanto Scott Lang se equilibra tanto como super-herói quanto como pai, Hope van Dyne e Hank Pym apresentam uma nova missão urgente que encontra o Homem-Formiga lutando ao lado da Vespa para descobrir segredos de seu passado.

Voltemos ao MCU!

Uma continuação de Homem-Formiga já era esperada. Mas a expectativa cresceu por este ser o primeiro filme depois de Guerra Infinita. Como será que os filmes se encaixariam?

Bem, “in Marvel we trust”. Sem entrar em spoilers, Homem-Formiga e a Vespa (Ant-Man and the Wasp no original) se insere perfeitamente no MCU. A única “má notícia” aqui é que o filme depende dos outros, quem quiser ver apenas esse pode ficar um pouco perdido.

Dirigido pelo mesmo Peyton Reed do filme anterior, Homem-Formiga e a Vespa tem a mesma pegada de ação misturada com comédia. As sequências de ação são excelentes, e o filme tem piadas muito boas (não à toa, Paul Rudd está no time de roteiristas).

Aliás, Paul Rudd é “o cara” aqui. Carismático e bom ator, consegue acertar o ponto exato entre o herói de ação e o cara engraçadinho. Do filme anterior, voltam aos sues papeis  Evangeline Lilly, Michael Douglas, Michael Peña, Bobby Cannavale e Judy Greer. Michelle Pfeiffer tem um papel importante, com pouco tempo de tela, mas seu papel deve crescer nos próximos filmes. Laurence Fishburne podia ter um papel melhor, vamos ver se ele volta. Também no elenco, Walton Goggins e Hannah John-Kamen.

Os efeitos especiais são excelentes, para surpresa de ninguém. Personagens aumentados ou diminuídos funcionam perfeitamente. Agora, o que me deixou boquiaberto foi o novo “rejuvenescimento por cgi”. Aparece a Michelle Pfeiffer nova!

Como já era de se esperar, são duas cenas pós créditos. Uma tem uma piadinha boba (vai ter gente saindo do cinema com raiva…), mas a outra tem um bom gancho para o próximo filme, que vai gerar teorias na cabeça dos fãs.

E que venha o filme da Capitã Marvel!

Sicário: Dia do Soldado

Sicario 2Crítica – Sicário Dia do Soldado

Sinopse (imdb): A guerra às drogas na fronteira entre os EUA e o México aumentou à medida que os cartéis começaram a traficar terroristas pela fronteira dos EUA. Para combater a guerra, o agente federal Matt Graver se reencontra com o imprevisível Alejandro.

Sicario: Terra de Ninguém, de 2015, é um filme de ação cultuado entre os críticos, por ter Dennis Villeneuve na direção e Roger Deakins na fotografia – o que realmente dava um visual mais bem elaborado do que a maioria dos filmes de ação. Esta continuação não tem nem Villeneuve nem Deakins, mas mesmo assim o resultado ficou muito bom.

Sicario: Dia do Soldado (Sicario: Day of the Soldado, no original) não tem o visual elaborado do filme anterior, mas o pouco conhecido diretor Stefano Sollima (ele já fez bastante coisa na Itália, mas acho que é seu primeiro trabalho em Hollywood) mandou bem. O filme é tenso e tem cenas de ação muito bem filmadas.

Parte do mérito é do roteirista Taylor Sheridan, o mesmo do primeiro filme. Sheridan consegue entregar uma trama muito bem amarrada (tirando alguns escorregões na parte final). Sicario: Dia do Soldado tem um bom ritmo, bons personagens e uma trama que prende o espectador.

Sobre a dúvida que paira sobre toda continuação: não, não é preciso (re)ver o primeiro filme. Inclusive, a protagonista do filme anterior (Emily Blunt) nem foi citada aqui. Dá pra acompanhar tudo sem problemas.

Entrando no elenco, não tem como reconhecer que Josh Brolin vive um momento excelente na carreira – no intervalo de poucos meses, ele foi a figura central de Guerra Infinita, o antagonista de Deadpool 2, e agora estrela outro filme de ação. Papéis centrais em três grandes filmes seguidos! Brolin, mais uma vez, está muito bem, assim como Benicio Del Toro (que, por coincidência, também estava em Guerra Infinita). Também no elenco, Isabela Moner, Catherine Keener, Matthew Modine, Jeffrey Donovan e Manuel Garcia-Rulfo.

O fim do filme tem uns furos de roteiro meio feios, tipo o cara baleado encontrar os carros que deveriam estar a quilômetros de distância. E achei que o personagem de Josh Brolin não tomaria aquela atitude. Entendo isso como uma decisão de deixar pontas soltas para um Sicario 3