Belo Desastre

Crítica – Belo Desastre

Sinopse (imdb): Abby, caloura na faculdade, tenta se distanciar de seu passado sombrio enquanto resiste à atração pelo bad boy Travis.

Não conhecia o diretor nem ninguém do elenco principal, o poster não era atrativo e muito menos a sinopse. Mas sabe quando a expectativa é zero, e mesmo assim o filme decepciona? Pois é…

Escrito e dirigido por Roger Kumble, Belo Desastre (Beautiful Disaster, no original) é a adaptação do livro homônimo escrito por Jamie McGuire e que conta uma história besta e cheia de clichês baseada apenas no romance do casal principal. Pior: romantiza um relacionamento abusivo. Ou seja, são dois problemas: é ruim como cinema e ruim pelo lado comportamental. Mas este é um site que fala de cinema, então vou deixar o lado social para ser comentado por gente com mais propriedade.

(Depois de ver o filme fui catar informações pela internet, e descobri que tem muita gente falando mal do livro. Parece que o relacionamento tóxico do livro é bem pior do que o que vemos no filme.)

Vamulá. Menininha certinha chega e encontra bad boy mulherengo. E eles passam dois terços do filme numa onda de quero / não quero. Personagens desinteressantes e história chata. Chata e mal contada, chega a ter uma cena onde ela está na sala de aula vendo o Instagram dele e comentando em voz alta, e ele está na fileira de trás, e eles começam a discutir. E ainda piora: a professora dá uma bronca, e eles continuam discutindo!!!

Existe um livro chamado Manual do Roteiro, do Syd Field, que traz uma fórmula de três atos. Um filme não precisa usar a fórmula do Syd Field, mas a grande maioria dos longa metragens feitos atualmente usam essa fórmula: meia hora de apresentação dos personagens e da situação, acontece um ponto de virada que direciona a trama para outro caminho, até que meia hora antes do fim acontece outro ponto de virada e o filme direciona para uma conclusão.

Belo Desastre só tem ponto de virada no terço final (a não ser que você considere a aposta como um ponto de virada – pra mim, não mudou nada do que estávamos vendo). No terço final aparece uma parada a ser resolvida em Las Vegas, envolvendo o pai da protagonista. Ok, mudança de rumo da trama. Pena que na parte “cinema” o filme continua tão ruim quanto antes. Um exemplo simples: ela precisa ganhar dinheiro num cassino. Ela vai, ganha, e quando está saindo, um segurança diz que ela é menor de 21 então não pode jogar. Amigo, você deveria ter impedido a menina durante o jogo, naquele momento ela não estava fazendo nada de errado, apenas carregando um dinheiro. E ela entrega sem ao menos questionar!!! E a cena de sexo no quarto de hotel em Las Vegas causa vergonha alheia.

Falei que era ruim, né? Se a história é ruim e mal contada, colocar um casal de atores ruins e sem nenhuma química só atrapalha. Os personagens são muito mal construídos, o cara quer passar que é um bad boy mas fica com ciuminho adolescente, a menina diz que não quer nada com ele mas fica dando mole o tempo todo. E ainda tem o problema recorrente da idade do elenco – Virginia Gardner tem 27 anos e não consegue convencer ninguém que tem menos de 21.

Ah, tem um nome conhecido no elenco, Brian Austin Green. E quando a gente vê ele aqui, entende por que sua carreira não deslanchou.

Agora, preciso dizer que talvez heu não seja o público alvo. Duas fileiras atrás de mim tinham duas mulheres rindo alto algumas vezes. Aparentemente, elas estavam se divertindo. Ou seja, o filme deve agradar algumas pessoas. Boa sorte se você for ver, porque existe uma série de livros – deve ter continuação…

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