Deus Branco

Crítica – Deus Branco

Sinopse (imdb): Lili, de 13 anos, luta para proteger seu cachorro Hagen. Ela fica arrasada quando seu pai acaba por libertar Hagen nas ruas. Ainda acreditando inocentemente que o amor pode vencer qualquer dificuldade, Lili sai para encontrar seu cachorro e salvá-lo.

Inicialmente a gente pensa que vai ver um filme no formato Disney, uma menina e um cachorro se separam, e vão passar por muitas confusões até o reencontro. Que nada, o filme húngaro Deus Branco (White God em inglês, ou Fehér isten em húngaro) é bem diferente.

O cachorro Hagen passa por um monte de roubadas. Foge da carrocinha, é capturado, vendido e transformado em cão de briga em rinhas, briga, mata, lidera uma rebelião de cachorros… A gente começa achando que o filme vai seguir uma linha mais realista, mas o tom muda para o fantástico, tem momento que lembra filme de terror, depois vira filme de vingança, filme de fuga da cadeia…

Não conheço ninguém do elenco, acho que foi o primeiro filme húngaro que heu vi. Na verdade, o que mais me chamou a atenção foi a atuação do cachorro – na verdade eram dois cachorros alternados. Fiquei me imaginando como seria filmar assim, o cachorro passa por muita coisa!

O filme traz uma sutil crítica ao preconceito dos europeus, porque cachorros sem raça pura são os que pagam multa. E, de propósito, aparentemente a produção do filme só usou cachorros vira latas. Foram quase 280 cachorros, e todos foram encaminhados pra adoção depois do filme.

O filme é húngaro, achei legal ter a música Rapsodia Húngara como parte importante do roteiro.

Por fim, o nome. Não tenho ideia do que seria o Deus Branco. Existe um filme de 1982 chamado White Dog, mas o diretor Kornél Mundruczó declarou que não conhecia este filme. Se alguém souber, pode comentar aqui embaixo.