O Juízo

Crítica  – O Juízo

Sinopse (google): Em crise no casamento devido ao alcoolismo e por ter perdido o emprego, Augusto Menezes decide se mudar com esposa e o filho para uma fazenda herdada de seu avô. O que ele não imaginava era que a propriedade fosse assombrada por Couraça e Ana, escravos decididos a se vingar dos antepassados de Augusto.

Oba! Mais filme de gênero nacional!

O Juízo é um “suspense sobrenatural”*. Mas, diferente da maior parte dos filmes nacionais fantásticos feitos com poucos recursos, O Juízo tem pedigree, é uma produção da grande Conspiração Filmes. Digo mais: parece ser um projeto da família Torres Waddington – o filme é dirigido por Andrucha Waddington, roteirizado por sua esposa Fernanda Torres, e tem no no elenco Fernanda Montenegro (mãe da Fernanda Torres) e Joaquim Torres Waddington (o filho mais velho do casal). Curioso que uma família tão ligada ao cinema tradicional tenha um projeto com cinema de gênero…

O Juízo não é um grande filme, não é um “novo clássico do cinema nacional”. Mas tem seus méritos. Gosto muito da câmera do Andrucha Waddington. Os cenários no casarão no meio do mato são ótimos – o detalhe de não ter energia elétrica na casa ajuda no clima. A trama ainda tem plot twists, e adorei a cena do acidente de carro.

O elenco é excelente. O casal principal, Felipe Camargo e Carol Castro, está bem; Joaquim Torres Waddington, em seu primeiro filme, também segura a onda. Fernanda Montenegro e Lima Duarte, monstros da atuação brasileira, são sempre ótimos. Mas, pra mim, o destaque é Criolo, que está assustador.

Agora, uma história pessoal. Meu filho estuda no colégio com o filho caçula do Andrucha. Num evento na escola, comentei que estava ansioso pra ver o filme, e ele me disse “vou te chamar pra pré estreia”. Veio o convite, fui feliz ao cinema, acompanhado do meu amigo Sergio Junior, do podcast Frequência Fantasma – ver um filme de graça, com direito a pipoca e refri, já era um bom programa por si só. Mas, encontrei a Fernanda Torres, e a sessão virou um evento inesquecível. Ela me perguntou qual sala que heu estava. “Vem ver o filme com a gente, na nossa sala”, e a assessora me deu dois convitinhos com um “R” escrito no canto. Entramos na sala, nos informaram “o ‘R’ é de reservado, vocês podem sentar ali, junto com a equipe e o elenco”. Sentamos numa fileira meio vazia, e aos poucos vieram sentar em volta. Na poltrona ao meu lado, Lima Duarte. Ao lado dele, Carol Castro, e logo depois, Felipe Camargo. Fernanda Montenegro e Gilberto Gil se sentaram pouco atrás.

É, amigos. Ver um filme com essa galera em volta foi uma grande noite!

*Lima Duarte, ao meu lado, antes do filme, puxou papo, e disse que esse era um “suspense sobrenatural”. Gostei, vou usar!

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