Ouija – O Jogo dos Espíritos

OuijaCrítica – Ouija – O Jogo dos Espíritos

Um grupo de amigos precisa enfrentar seus mais aterrorizantes medos quando eles acordam algo sombrio depois de uma sessão usando uma antiga tábua ouija.

Com relação aos lançamentos no cinema, 2014 foi um ano mais fraco para os fãs de terror do que o ano anterior. Se em 2013 a gente teve A Invocação do Mal, Sobrenatural 2 e Mama, este ano nenhum filme se destacou. Tivemos Annabelle, Livrai-nos do Mal, O Espelho, A Marca do Medo… Filmes legais, mas nenhum memorável. Este Ouija segue o mesmo nível fraco.

Estreia na direção de Stiles White (roteirista de Presságio e Possessão), Ouija – O Jogo dos Espíritos (Ouija no original) nem é ruim. Mas é tudo tão clichê, tudo tão previsível, que o filme não consegue empolgar em momento algum.

Como ponto positivo, Ouija tem um bom clima, e alguns sustos aqui e acolá, além de um plot twist interessante (mas nada bombástico). Pouco, não?

Olivia Cooke (A Marca do Medo) lidera um elenco de jovens desconhecidos – ninguém se destaca positiva ou negativamente. Gostei de ver a veterana Lin Shaye (que estava nos dois Sobrenatural) num papel pequeno, mas importante.

Enfim, que 2015 seja melhor para o cinema de horror!

V/H/S: Viral

vhs-viralCrítica – V/H/S: Viral

Nem me empolguei quando soube de um terceiro V/H/S. Mas como passou no Festival do Rio e agora vai ser lançado no circuito resolvi dar uma chance.

Assim como aconteceu com os outros dois filmes da franquia, V/H/S: Viral é um filme irregular, já que são historinhas independentes. E, assim como nos outros dois, a historinha que serve para ligar as outras é a mais fraca.

Vamos a cada uma delas?

– “Vicious Circles” – Uma bicicleta tenta alcançar um carro numa confusa perseguição que parece disputar o prêmio de câmera mais tremida da história. Para seguir a “tradição”, o pior segmento.

– “Dante The Great” – Um ilusionista encontra uma capa que o permite fazer mágica de verdade. Bom ritmo, boa história, bons efeitos especiais. Mas ignora completamente o conceito de “câmera encontrada”. É um “mocumentário”, um documentário fake que usa entrevistas, programas de tv, câmeras de segurança e, também, câmera encontrada.

– “Parallel Monsters” – Uma agradável surpresa. Nacho Vigalondo, o mesmo diretor de Los Cronocrimenes, criou uma história curtinha sobre universos paralelos, com um dos finais mais WTF que já vi. Se não quiser ver o filme todo, avance direto pra essa, que vale a pena!

– “Bonestorm” – Garotos skatistas marrentos vão para o México filmar manobras de skate e acidentalmente despertam criaturas do além. História confusa, e prejudicada por personagens com carisma zero – quando os vemos sendo atacados, duvido que algum espectador estivesse torcendo por eles. Achei estranho que do nada eles viraram assassinos experientes… Pelo menos os efeitos das caveiras são legais.

Uma vantagem aqui: por ter apenas 3 histórias, este filme é mais curto – no primeiro V/H/S são 5, no segundo são 4. Se fosse um best of de todas os 12 curtas (mais os 3 segmentos de ligação), até seria legal ter um filme longo. Mas em um filme irregular, “o menos é mais”.

Dentre os diretores pouco conhecido deste terceiro filme, destaque para Nacho Vigalondo, vou procurar mais coisa dele. Os outros curtas são dirigidos por Marcel Sarmiento (Deadgirl), Gregg Bishop, Justin Benson e Aaron Moorhead (Primavera / Spring).

Por fim, acho que eles deviam abandonar o nome da franquia. Se nos outros filmes nem todos usavam fitas vhs, aqui nenhum usa. E, como disse ali em cima, “Dante The Great” nem é exatamente “found footage”. O conceito do filme não era pra usar “material encontrado em fitas de vhs”?

Resumindo: mais um filminho de episódios, como tantos por aí. Quem estiver no clima vai se divertir. E quem perder este, não duvido que tenha um V/H/S 4 em breve.

p.s.: O imdb fala de mais um curta, “Gorgeous Vortex”, que foi limado da edição final, por falta de qualidade. Deve ser bem ruim mesmo…

Macabre

Macabre-PosterCrítica – Macabre

Depois de ter visto The Raid 2 – Berandal, fiquei curioso pra ver outro filme com a Julie Estelle, a “Hammer Girl”. Achei este filme de terror, co-produção entre Singapura e Indonésia. Gosto de terror oriental, vamos ver qualé?

Cinco amigos dão carona a uma misteriosa mulher. Ao deixá-la em casa, aceitam o convite para ficarem para o jantar. Grande erro.

Ok, a trama não é nada demais, a gente já viu essa história outras vezes – mais alguém se lembrou de O Massacre da Serra Elétrica e Quadrilha de Sádicos? O que Macabre tem de diferente é a quantidade de sangue e gore. Acho que desde Martyrs não vejo tanto sangue!

O clima de terror presente no filme é muito bem construído. E o melhor é que o terror é “real” – Macabre tem um elemento sobrenatural, mas o foco da trama é a dor e o sofrimento das pessoas que estão ali. E vou te falar que pulei da poltrona na cena que Astrid tem a mão machucada.

No elenco, temos dois dos atores de The Raid 2: Julie Estelle e Arifin Putra. Ok, foi legal rever os atores de um dos melhores filmes de 2014, mas Macabre é aquele tipo de filme onde o talento do ator não é tão importante. Quem chama a atenção é Shareefa Daanish, com sua Dara com cara de maluca. No resto do elenco de rostos conhecidos, achei alguns exagerados, mas isso é algo comum no cinema oriental.

Agora tenho que catar mais filmes dos diretores Kimo Stamboel e Timo Tjahjanto, os “Mo Brothers”. É, tô ficando fã do cinema indonésio, já vi que tem outro filme dos irmãos lançado este ano…

Zombeavers

0-Zombeavers-posterCrítica – Zombeavers

Pára tudo! Castores zumbis!!!

Três amigas vão passar um fim de semana em uma cabana isolada ao lado de um lago – onde moram castores zumbis.

Em primeiro lugar, trata-se de um filme trash sobre castores zumbis. Então, neste texto, não cabe nenhum comentário do tipo “ah, mas isso é ridículo!”. CLARO que é ridículo! São CASTORES ZUMBIS!!!

Partindo do princípio de que estamos falando de um filme de castores zumbis, a gente aceita o roteiro absurdo. Porque, acreditem, um “castor zumbi” não é a coisa mais absurda que acontece ao longo do filme! Escrito e dirigido pelo estreante Jordan Rubin, Zombeavers me lembrou Black Sheep, filme neo zelandês com ovelhas assassinas…

Uma boa notícia: Zombeavers não abusa do cgi. Os efeitos especiais dos castores são à moda antiga: bonecos e animatronics. Mas… a má notícia agregada é que os castores parecem Muppets… Não dá pra ter medo de um Muppet, né?

Ah, claro, o roteiro tem seus furos, mas isso já era previsto, né? Tipo, eles acordam e vão nadar no lago, mas logo encontram os castores zumbis e voltam correndo para a cabana – e logo já está de noite… Mas os furos estão dentro de um limite, não são tantos furos bizarros como um Sharknado, por exemplo.

No elenco, claro que não tem ninguém conhecido. Mas isso pouco importa neste tipo de filme. As três meninas principais, Courtney Palm, Rachel Melvin e Lexi Atkins, são bonitinhas, pena que só a primeira tira a roupa (ofilme tem nudez e sexo,mas bem pouco). Os meninos são piores, Peter Gilroy não tem nenhum talento para artes dramáticas, e os outros dois não são muito melhores. Bem, pelo menos gostei das cenas com os entregadores no caminhão – não tem nada nos créditos, mas aquele de óculos e bigode não parece o Bill Hader?

Por fim, aguarde o final dos créditos. Rolam alguns out takes antes dos créditos, mas ainda tem mais. Espere até o fim, por uma curta cena, talvez a melhor piada do filme!

Drácula – A História Nunca Contada

Dracula-A-Historia-Nunca-Contada-posterCrítica – Drácula – A História Nunca Contada

Sabe quando um filme nem é muito ruim, mas o roteiro tem tantos furos que a gente nem consegue acompanhar?

Enfrentando ameaças ao seu reino e à sua família, Vlad Tepes negocia com perigosas forças sobrenaturais, enquanto tenta evitar sucumbir à escuridão.

Dirigido pelo estreante Gary Shore, Drácula – A História Nunca Contada (Dracula Untold, no original) segue mais ou menos o conceito dos recentes Frankenstein – Entre Anjos e Demônios e Hércules: um personagem icônico em uma história inventada – que não tem nada a ver com a história clássica. No caso deste Drácula, o filme tenta criar uma origem para o mito de Vlad, o Impalador. Às vezes parece que estamos vendo um filme de super herói, uma espécie de “Drácula Begins“.

Li muitas críticas reclamando da falta de apuro histórico sobre Vlad Tepes ou sobre a Transilvânia, mas isso não me incomodou – ora, a proposta era justamente apresentar uma nova versão pra história que a gente conhece. O meu problema com o filme foi outro, foi cinema mesmo. Foi com o roteiro preguiçoso.

No fórum de leitores do imdb de vez em quando abrem um tópico “100 coisas que aprendi com o filme x”. Fiquei pensando nesta lista durante toda a sessão…

Posso citar alguns exemplos?

SPOILERS LEVES!

SPOILERS LEVES!

SPOILERS LEVES!

– Uma mulher cai de uma altura de centenas de metros, em queda livre, e, quando chega no chão, ainda consegue conversar antes de morrer.

– Vampiros temem a luz do sol. Mas, se estiver o maior sol lá fora e o vampiro estiver na sombra, parece que não tem problema.

– “Impalar” uma pessoa deve ser apenas espetar numa lança. Não importa por onde a lança atravessa a vítima.

– Depois que você vira vampiro, tem um período de três dias como um “test drive”. Se não gostar, pode voltar a ser humano, como se nada tivesse acontecido.

– Você sabe que um vampiro não suporta prata, então cria uma armadilha cheia de prata para enfrentá-lo. Claro, não precisa usar uma armadura de ouro.

– Leve milhares de moedas com você, mesmo que você esteja indo para uma batalha.

A lista poderia seguir, mas chega, né?

FIM DOS SPOILERS!

O elenco não está mal, mas ninguém se destaca. Luke Evans combina com o tipo físico pedido pelo estilo, depois de ter feito O Hobbit, Imortais e Fúria de Titãs. Charles Dance, de Game of Thrones, cheio de maquiagem, faz o vampirão. Ainda no elenco, Sarah Gadon e Dominic Cooper.

Como boa notícia, os efeitos especiais são muito bons. Se a ideia era fazer um filme de super heróis (como foi o Frankenstein), pelo menos na parte técnica Drácula – A História Nunca Contada é bem feito.

Mas, no fim, o ar de filme vagabundo proporcionado pelo roteiro ruim prevalece. Apesar de tecnicamente bem feito, Drácula – A História Nunca Contada é um belo trash…

Der Samurai

kinopoisk.ruCrítica – Der Samurai

Outro filme alemão underground…

Jakob é um jovem policial em uma pequena cidade que é constantemente aterrorizada por lobos. Quando um misterioso pacote é entregue na delegacia, Jakob sai à procura do remetente na floresta. Em uma cabana, encontra um homem com olhar selvagem trajando uma vestimenta branca, que abre o pacote e revela uma katana – a espada dos samurais. Tem início então um jogo de gato e rato entre o samurai e o policial, que tenta conter a todo custo o que está sendo ofertado por seu periogoso opositor: as fantasias transgressoras.

Muitas vezes fico curioso com filmes desconhecidos. Às vezes encontramos ótimos filmes fora do radar, mas, claro, nem sempre isso acontece. O fórum do imdb ajuda a ter uma noção, mas num festival, com filmes ainda não lançados, ainda não tem nada no imdb. Aí a gente tem que arriscar.

Arrisquei, e me decepcionei. Der Samurai é bem fraquinho.

Li por aí que Der Samurai é o TCC (trabalho de conclusão de curso) do estreante Till Kleinert. Tá, visto como trabalho de faculdade, nem é tão ruim – tecnicamente o filme é ok, os atores também estão bem, e temos um pouco de gore bem feito. Mas, como filme “de verdade”, fica devendo.

Parece que Kleinert quis fazer um ensaio sobre a homossexualidade reprimida, e colocou várias metáforas sobre isso na luta do policial Jakob contra o samurai travesti. O filme tem um pé no slasher e outro na história da Chapeuzinho Vermelho, mas o foco sempre volta na arrastada luta interna do reprimido Jakob. Ah, e a dancinha que ele faz quando confronta o travesti causa vergonha alheia de tão ridícula.

Se tem algo aproveitável aqui é o vilão construído pelo ator Pit Bukowski. Taí, queria ver este mesmo personagem em um filme bom. Porque este Der Samurai ficou devendo.

Alleluia

ALLELUIA-AFF 120x160.inddCrítica – Alleluia

Vamos de filme belga underground?

Uma mulher se relaciona com um homem que vive de enganar mulheres, mas, em vez de largá-lo, torna-se cúmplice de uma série de assassinatos de viúvas, seduzidas por ele através de sites de relacionamento. Inspirado no caso real do notório casal Raymond Fernandez e Martha Beck.

Alleluia é um daqueles filmes que promete muito mas cumpre pouco. A história é boa – e baseada em fatos reais, que chegaram a inspirar outro filme baseado no casal, The Honeymoon Killers, de 1969 (não vi esse outro, não posso comparar.)

O problema é que pouca coisa acontece aqui, a trama é linear e arrastada demais. Além disso, alguns lances do roteiro parecem forçados – como assim o cara já casou de novo e ainda levou a namorada a tiracolo, chamando de irmã? E onde ficou a filha dela?

A mania do diretor Fabrice du Weltz de filmar tudo em close não ajuda. Dá nervoso, parece que estamos vendo uma tv com o zoom ligado. Demorei um tempo pra conseguir ver a cara do personagem principal, já que a tela do cinema mostrava só do queixo até a testa. Ok, deve ser estilo. Mas não ficou legal.

Sobram as boas atuações do casal principal, Lola Duenas e Laurent Lucas. Mas é pouco, muito pouco. Alleluia deixa a desejar.

Annabelle

annabelleCrítica – Annabelle

Spin-off de A Invocação do Mal!

Um casal vivencia terríveis eventos sobrenaturais envolvendo uma velha boneca, logo depois de ter sua casa invadida por praticantes de um culto satânico.

Confesso que heu estava com um grande pé atrás com esse Annabelle. James Wan, o diretor dos dois Sobrenatural e de A Invocação do Mal passou a batuta para o seu diretor de fotografia, John R. Leonetti (que já tinha dirigido o fraco Efeito Borboleta 2). E a história do cinema nos conta que quando bons diretores passam a bola, o resultado muitas vezes deixa a desejar.

Ok, Annabelle é inferior a A Invocação do Mal. Mas isso não significa que seja um filme ruim, longe disso! Leonetti mostra que aprendeu com Wan (aqui como produtor) e faz um filme no mesmo estilo dos três citados no parágrafo anterior. Terror “old school” – truques de câmera, trilha sonora tensa, poucos efeitos especiais e pouco gore. E, o principal: muitos sustos.

Falando em poucos efeitos especiais: uma coisa que achei bem legal é que a boneca Annabelle não se mexe. Não é um boneco com vida, como o Chucky, de Brinquedo Assassino. Annabelle só se move quando ninguém está vendo… Dá mais medo assim, né?

Alguns lances de Annabelle são muito bons. Por exemplo, a sequência da máquina de costura e da pipoca é um exemplo de perfeita construção da tensão – takes simples bem costurados, sem a necessidade de efeitos especiais. Resultado: todo mundo nervoso no cinema!

No elenco, uma coisa curiosa: a atriz principal se chama Annabelle Wallis. Mais ou menos como se o Jason Momoa estrelasse um Sexta Feira 13 ou o Freddy Rodriguez, um A Hora do Pesadelo. Deve ter rolado um monte de piadas no set de filmagens… Também no elenco, Ward Horton, Alfre Woodard e Tony Amendola. Os personagens de Vera Farmiga e Patrick Wilson, de A Invocação do Mal, são citados, mas não aparecem.

Por fim, ver um filme desses num cinema cheio é muito legal. Como é um filme que mexe com medo e com sustos, muitas pessoas na plateia reagem de maneira divertida. Recomendo!

Primavera / Spring

spring-posterCrítica – Primavera / Spring

Depois que sua mãe morre, um jovem de vinte e poucos anos decide realizar o sonho de fazer uma viagem pela Europa com destino incerto. Chegando à Itália, descobre uma pequena cidade no sul do país onde conhece uma linda habitante local. Os dois iniciam um romance delicado que é ameaçado por um sinistro e avassalador segredo dela.

Dirigido pela dupla Justin Benson e Aaron Moorhead, Primavera (Spring, no original) traz um novo conceito de “monstro” – mas não vou entrar em detalhes pra não dar spoilers. Só digo que é um conceito interessante, apesar de me parecer meio furado (Ela usa injeções para controlar, mas como fazia antes de inventarem a seringa? E como ela aprendeu sobre as células tronco no passado?). Mesmo assim, gostei da nova criatura.

Mas o problema é que o filme parece que quer focar mais no relacionamento amoroso do casal do que na criatura fantástica. Aí, em vez de filme de terror, Spring vira um romance ensolarado, aproveitando belas paisagens italianas… Nada contra, mas, poxa, heu preferia ver mais a criatura e menos “DR” turística. Parecia um filme do Richard Linklater, uma espécie de “Before the Twilight Zone”…

O casal principal (Lou Taylor Pucci e Nadia Hilker) está ok, e os efeitos especiais são discretos e funcionam bem. Pena que tudo é muito lento, pouca coisa acontece ao longo do filme.

Por fim, um comentário parecido com o de Deus Local: mais uma vez a música brasileira atrapalha o clima. Sempre que leio o título brasileiro, começo a ouvir, na minha cabeça, os versos da música do Cassiano – “É primavera / Te amo / É primavera…”

Buriyng the Ex

Buriyng the ExCrítica – Burying the Ex

Filme novo do Joe Dante!

Um jovem que trabalha em uma loja de artigos de filmes de horror tem medo de terminar com sua namorada, uma ecologista vegan que tenta condicioná-lo a seu estilo de vida. Entretanto, o destino age, e ela morre atropelada. O problema é que pouco depois ela volta como um zumbi para perturbar sua vida e interferir no novo relacionamento do rapaz.

Sabe qual o problema da frase “Filme novo do Joe Dante”? É a expectativa de ver “o novo filme do diretor de Gremlins. Burying the Ex é legal, mas, claro, perde na comparação.

Se não é genial, pelo menos Burying the Ex é leve e divertido, e sabe dosar bem entre a comédia e o terror, alem de recriar um delicioso clima oitentista (apesar de se passar nos dias de hoje).

Além disso, a gente tem que reconhecer que a carreira de Dante já viu melhores dias. Se nos anos 80 ele fez Um Grito de Horror, Gremlins, No Limite da Realidade, Viagem ao Mundo dos Sonhos, As Amazonas na Lua e Viagem Insólita; nos últimos 10 anos só fez um filme para o cinema, o mal lançado The Hole (além disso, ele dirigiu algumas produções para a tv).

Burying the Ex tem uma boa dose de humor negro, e várias referências a outros filmes de terror – não só nos diálogos (“tem um filme do Tim Burton na sua sala!”), como também em posters e em trechos de filmes que passam ao fundo – os “conosseurs” dos clássicos do terror vão se divertir! O roteiro tem seus bons momentos, mas às vezes tudo soa forçado demais. Acredito que um “viúvo” precisaria de um pouco mais de tempo de luto, não?

O elenco está bem. Anton Yelchin (o Tchekov do novo Star Trek) funciona bem como o protagonista, e Ashley Greene, auxiliada por um excelente trabalho de maquiagem, está ótima como a namorada obsessiva. Só achei que deveriam escolher outra atriz para o papel da nova namorada – Alexandra Daddario é boa atriz, mas ela me parece muito bonita para fazer uma mulher tão “disponível”. Fechando o elenco principal, Oliver Cooper, o filho de Hank Moody em Californication. Ah, temos Dick Miller numa ponta, ele mesmo, que acho que esteve em absolutamente todos os outros filmes de Dante.

No fim dos créditos, rola uma cena de bastidores. Preferia ver uma cena extra…