O Rei Leão (2019)

Crítica – O Rei Leão (2019)

Sinopse (imdb): Após o assassinato de seu pai, um jovem príncipe leão foge de seu reino apenas para aprender o verdadeiro significado de responsabilidade e bravura.

A Disney descobriu uma nova fonte de bilheterias milionárias: versões live action dos seus desenhos clássicos. Só este ano já tivemos Dumbo e Aladdin (e parece que o próximo vai ser A Dama e o Vagabundo). Apesar de não ser exatamente live action, O Rei Leão é mais um dessa lista.

(Uma produção live action deveria ter atores. Este Rei Leão é todo em cgi. É outro tipo de animação, tem cara de real, mas continua sendo animação.)

Dirigido por Jon Favreau (que, além de ser uma pessoa importante para o MCU, já tinha dirigido um outro live action, o Mogli), O Rei Leão (The Lion King, no original) tem um problema óbvio: é igual ao desenho.

Ok, a gente entende que a garotada de hoje não vai querer ver um desenho animado feito 25 anos atrás, então esta nova versão sem dúvida vai vender muitos ingressos. Mas, para quem viu o original recentemente, o filme novo é muito sem graça.

(E ainda tem outra coisa que me incomodou (apesar de não ter lido nada sobre isso por aí). Ter um filme com o visual mais “national geographic” atrapalha a suspensão de descrença. Por exemplo, é mais fácil ver um desenho animado onde um filhote de leão só come insetos e larvas e apesar disso cresce saudável, do que ver a mesma coisa com um leão que parece de verdade.)

Bem, pelo menos temos que reconhecer que a qualidade da animação é um absurdo. Fica difícil imaginar se existe algo mais perfeito que isso. Ouvi gente reclamando que os animais têm poucas expressões, mas, justamente, são animais, e animais têm poucas expressões. E a piada com a referência a A Bela e a Fera foi muito boa.

O elenco tem um monte de gente legal, como Chiwetel Ejiofor, Donald Glover, Beyoncé, Seth Rogen e Alfre Woodard. Mas a maioria do público vai ver dublado, então tanto faz. Acho que James Earl Jones é a única voz do desenho que volta, ele dublou o Mufasa nos anos 90 e repete aqui. Pena que não chamaram Matthew Broderick pra ser o Simba de novo…

O Rei Leão vai ter uma grande bilheteria. Mas, continua sendo um filme desnecessário.

Homem-Aranha: Longe de Casa

Crítica – Homem-Aranha: Longe de Casa

Sinopse (imdb): Após os eventos de Vingadores: Ultimato (2019), o Homem-Aranha deve se impor para enfrentar novas ameaças em um mundo que mudou para sempre.

Em primeiro lugar, é preciso falar que este não é apenas “o novo filme do Homem Aranha”. Este é “o filme depois de Vingadores Ultimato“. Se no início do MCU os filmes eram independentes, e você conseguia assistir a filmes “avulsos”, isso não acontece aqui. Quem chegou agora vai ficar perdido…

Dito isso, Homem-Aranha: Longe de Casa (Spider-Man: Far from Home, no original) é um bom epílogo para esta fase do MCU. Não é um filme épico como o anterior (claro), mas é um filme leve e divertido (assim como o primeiro Homem Aranha), e que explica algumas coisas sobre o mundo “depois do blip” (como foi chamado o período onde metade da população desapareceu).

Mais uma vez dirigido por Jon Watts (o mesmo do primeiro Aranha), Homem-Aranha: Longe de Casa segue a vida do jovem que ainda não sabe como ser um super herói. Os fãs das HQs estão reclamando “porque este não é o meu Peter Parker”, mas achei coerente com tudo o que já foi mostrado no MCU.

No elenco principal, a única novidade é Jake Gyllenhaal, com um personagem que a princípio lembra o Doutor Estranho (isso é até falado no filme), mas que se revela bem diferente, e que é responsável por uma das melhores sequências do filme. Temos de volta Tom Holland, Marisa Tomei, Jon Favreau, Zendaya, Jacob Batalon, Tony Revolori, Samuel L. Jackson e Cobie Smulders. Tem algumas outras participações especiais, mas seria spoiler dizer quem são.

No fim, duas cenas pós créditos, como de praxe. Uma delas vai explodir a cabeça de muita gente, seja pelo que é falado, seja pelo ator escolhido!