Tolkien

Crítica – Tolkien

Sinopse (imdb): Os anos de formação do autor órfão J.R.R. Tolkien, quando ele encontra amizade, amor e inspiração artística entre um grupo de colegas excluídos da escola.

Tolkien. Sim, o próprio JRR Tolkien, autor de O Hobbit e O Senhor dos Anéis. Um filme contando a vida dele. A ideia era boa.

Era. Mas, na minha humilde opinião, focou no ângulo errado.

Dirigido pelo desconhecido finlandês / cipriota Dome Karukoski, Tolkien (idem, no original) é uma exuberante produção de época – não há queixas aqui. Mas, vamulá, quem vai ver um filme sobre John Ronald Reuel Tolkien, vai querer ver muitas citações aos livros. E o filme só dá uma pincelada na sua obra.

Claro que tem algumas citações – algumas visualmente, outras em diálogos. Mas é muito pouco, o filme foca mais na juventude e vida universitária do “João Ronaldo”, do que no universo fantástico criado pelo escritor JRR Tolkien. E, pra piorar, a narrativa é leeenta…

O elenco é ok. Nicholas Hoult e Harry Gilby se alternam no papel título; ainda no elenco, Lily Collins, Colm Meaney e Derek Jacobi.

Ok, reconheço que caí na armadilha do head canon. Não estou julgando o filme pelo que ele apresentou, e sim pelo que heu queria ter visto. Sei que é errado. Mas sou fã, queria “fan service”… 😛

Espelho, Espelho Meu

Crítica – Espelho, Espelho Meu

Depois de Branca de Neve e o Caçador, vamos ao outro filme sobre a Branca de Neve…

A história é a de sempre: órfã, Branca de Neve mora com sua madrasta, a Rainha Má. Quando Branca completa 18 anos, a Rainha tem planos para matá-la, e ser a mais bela do reino.

Espelho, Espelho Meu (Mirror, Mirror, no original) foi dirigido por Tarsem Singh, o mesmo de A Cela e Imortais. Por aí, a gente já consegue antecipar como será a sua versão do conto da Branca de Neve. Cenários grandiosos e estilizados, tudo muito cheio de pompa, tudo meio… carnavalesco. Singh é uma espécie de Joãosinho Trinta hollywoodiano.

Pra quem gosta do estilo, Espelho, Espelho Meu nem é ruim. Heu, particularmente, achei tudo muito plástico, muito artificial. Esse visual estilizado e farsesco até combina com alguns tipos de filmes, mas não gostei muito do resultado aqui.

A comparação com Branca de Neve e o Caçador é inevitável, né? Afinal, foram dois filmes simultâneos trazendo versões para o mesmo conto dos Irmãos Grimm… Bem, Branca de Neve e o Caçador foi lançado um pouco depois, mas é bem melhor que este Espelho, Espelho Meu – apesar da Kristen Stewart ser uma péssima Branca de Neve.

Sobre o elenco: Julia Roberts está bem como a Rainha, ela tem umas boas tiradas irônicas. Mas preferi a Rainha da Charlize Theron – enquanto Julia é má e ao mesmo tempo engraçada, Charlize é má “de verdade”. Já Lily Collins está melhor que Kristen Stewart. Mas aí também é covardia, qualquer uma seria melhor que Kristen… Ainda no elenco, Nathan Lane, Armie Hammer (o gêmeo Winklevoss de A Rede Social), Mare Winningham e uma ponta de Sean Bean. Todos estão no limite da caricatura, mas pelo estilo do filme, até que funciona.

Novo parágrafo para falar dos anões. Se em Branca de Neve e o Caçador os anões eram interpretados por atores “normais” alterados digitalmente, aqui são sete atores anões, quase todos desconhecidos (acho que só reconheci Martin Klebba, da série Piratas do Caribe). E eles têm boa química juntos, fazem um bom time. Ponto positivo!

Ainda preciso falar do número musical bollywoodiano que encerra o filme. Sei lá, achei que não teve nada a ver. Achei meio fora de propósito.

Ainda me falaram de outra versão, mais antiga, com a Sigourney Weaver como Rainha Má. Vou procurar…

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Branca de Neve e o Caçador
Alice no País das Maravilhas
Imortais