Contatos de Quarto Grau
No início do filme, a atriz Milla Jovovich aparece na tela, fora de sua personagem, para explicar que veremos uma dramatização feita a partir de gravações reais, feitas pela psicóloga dra. Abbey Tyler, na cidade de Nome, no Alasca.
Gostei deste novo estilo de narrativa, usando atores de verdade para dramatizar personagens supostamente reais. É um pouco diferente do “reality cinema”, tão em voga atualmente, estilo “Bruxa de Blair” – “encontramos uma câmera e nela estava gravado isso que vamos ver agora!”, que, só nos últimos três anos, já nos deu “[REC]” (07), “Diário dos Mortos” (07), “Cloverfield” (08) e “Atividade Paranormal” (09) – isso porque não estou falando de “Quarentena“, refilmagem de “[REC]”.
Só que, hoje, em 2010, vejo dois problemas para um filme assim. Um deles é o citado no parágrafo acima: depois de tantos outros usando este artifício de “realidade”, não é mais novidade e não engana mais ninguém. E o outro problema é que já existem sites na internet desmentindo todas as supostas verdades de “Contatos de Quarto Grau”…
Mesmo assim, é só a gente “comprar a ideia” que o filme funciona. Afinal, quem vai ao cinema ver o Super Homem acredita que ele voa, né?
Dito isso, o filme é muito eficiente, independente de ser verdade ou não. Algumas cenas de tensão são realmente muito boas, e o uso da tela dividida com imagens de arquivo de um dos lados funciona muito bem.
Durante o filme, é explicado que o quarto grau do título se refere a abdução (o “terceiro grau” do filme clássico de Steven Spielberg seria o contato físico). Este “Contatos de Quarto Grau” trata disso: os relatos são de pessoas que foram abduzidas por alienígenas!
No elenco, além da já citada Milla, temos Elias Koteas, Will Patton e Hakeem Kae-Kazim. E o diretor Olatunde Osunsamni também aparece, entrevistando a dra. Abbey “real”.
Enfim, um bom filme sobre alienígenas. Apesar de não mostrar nenhum na tela!