Palm Springs

Crítica – Palm Springs

Sinopse (imdb): Quando o despreocupado Nyles e a relutante dama de honra Sarah têm um encontro casual em um casamento em Palm Springs, as coisas ficam complicadas, pois eles não conseguem escapar do local, de si mesmos ou um do outro.

Ok, a gente já viu algumas vezes esse formato “Feitiço do Tempo”, onde os personagens ficam presos num loop temporal e vivem de novo o mesmo dia várias vezes. Não é novidade, mas já gerou bons filmes – A Morte te Dá Parabéns, No Limite do Amanhã, lembro até de um episódio de Supernatural. Será que tem fôlego pra mais uma versão, agora voltando à comédia romântica?

Estreia em longas do diretor Max Barbakow, Palm Springs (idem no original) é isso: uma ideia requentada, mas mesmo assim um filme bem divertido. O filme sabe que não é novidade e não engana o espectador, o roteiro brinca com os clichês do estilo. Diversão leve e despretensiosa por uma hora e meia de projeção.

O elenco ajuda, Andy Samberg e Cristin Milioti mostram boa química e parecem se divertir junto com a gente. E ainda tem J.K. Simmons e Peter Gallagher como coadjuvantes de luxo!

Ontem falei aqui de A Vastidão da Noite, um filme distribuído pela Amazon; Palm Springs foi distribuído pela Hulu. Ainda sem cinemas, vamos de streaming!

Burlesque

Crítica – Burlesque

A jovem Ali vai para Los Angeles, em busca do sonho de viver como cantora e dançarina. Logo que conhece o clube Burlesque, se apaixona pelo local e faz de tudo para trabalhar lá.

Em sua estreia cinematográfica, a cantora Christina Aguilera parece que não quis ficar atrás de colegas como Mariah Carey e Britney Spears. Sim, seu filme decepcionou. Burlesque pode até não ser tão ruim quanto Glitter e Crossoroads (primeiros filmes de Mariah e Britney, respectivamente). Mas é tudo tão clichê que fica difícil gostar do filme.

Por si só, o enredo do filme escrito e dirigido pelo desconhecido Steven Antin já é batido ao extremo: jovem do interior que sonha com o estrelato vai para a cidade grande, começa a trabalhar no bar de um clube noturno e acaba virando a estrela. Some a isso vários personagens unidimensionais: o barman galã com um relacionamento complicado, o milionário que quer comprar tudo em volta, a dançarina rival, a ex-estrela que hoje é dona do clube, seu ex-marido sempre preocupado com a parte financeira… Tudo aqui é extremamente previsível.

Pelo menos os números musicais são quase todos bons, e Aguilera canta muito bem. Na parte musical, Burlesque é bastante eficiente, tanto nas performances vocais quanto nas coreografias.

(Falando nos números musicais, um dos pontos fracos do filme, na minha humilde opinião, foi justamente o da cantora Cher. Claro que ela iria cantar, mas a sua música não teve nada a ver com o momento do filme – o clube está se reerguendo, e a dona do clube sobe a um palco vazio para cantar uma música deprê?)

O elenco é bom, além de Christina Aguilera e Cher, temos Kristen Bell, Cam Gigandet, Peter Galagher, Eric Dane, Diana Agron, Julianne Hough, Alan Cumming e Stanley Tucci. Pena que quase nenhum dos atores consegue desenvolver algo convincente, devido aos clichês do roteiro.

Como show, Burlesque seria interessante. Mas como filme, ficou devendo. E, sobre a carreira cinematográfica de Christina Aguilera, aguardemos para saber se será fraca como as duas citadas acima ou como Justin Timberlake, que veio da indústria musical e já contabiliza alguns sucessos em sua carreira de ator…