The Doors

Crítica – The Doors

Nos anos 90 tive uma banda cover de The Doors, chamada The Windows (bom nome, não?). Rolou uma proposta pra talvez uma reunião agora em 2012. Me empolguei e peguei o filme pra rever.

Cinebiografia da banda californiana The Doors, um dos maiores nomes da música americana do fim dos anos 60 e início dos anos 70. O filme é focado no vocalista Jim Morrison, um dos ícones da época, que faleceu em 1971 com apenas 27 anos.

Dirigido por Oliver Stone e lançado em 1991, The Doors tem uma característica que é ao mesmo tempo boa e ruim: o filme é “a maior viagem”. Isso é ruim porque às vezes o filme se torna enfadonho; por outro lado, isso é bom, porque Jim Morrison era assim mesmo.

The Doors traz vários acontecimentos ligados à história e à mística da banda. Muita gente questiona se o que aparece na tela é real ou não. mas não dei muita bola para isso. O que me pareceu mais importante foi ver como um grande talento da música foi desperdiçado por causa das drogas, tão comuns na época.

O talento do diretor Oliver Stone é inquestionável. O seu problema é que muitas vezes seus filmes são chatos – Pauline Kael, uma famosa crítica norte-americana, uma vez declarou que estava feliz ao se aposentar porque não precisaria mais ver filmes de Stone. Heu particularmente acho que ele faz muitos filmes políticos – só sobre a guerra do Vietnam foram três! Este The Doors é um dos poucos filmes que nada têm a ver com política. Coincidência ou não, é o meu Oliver Stone favorito.

Val Kilmer como Jim Morrison vale um texto à parte. Talvez esta seja uma das caracterizações mais perfeitas da história do cinema. Kilmer não ficou parecido, ele ficou IGUAL a Morrison. Uma das cenas mostra a sessão de fotos de onde saiu a famosa foto de Morrison sem camisa com os braços abertos, foto usada à exaustão em posters até hoje. E na cena é Kilmer, igualzinho a Morrison. E tem mais: é Kilmer quem canta as músicas no filme. Não só a aparência física estava igual, a voz também estava. Diz a lenda que, na época, levaram gravações com a voz de Kilmer para Ray Manzarek, tecladista do Doors, e este não teria reconhecido, num teste cego, quem era o cantor e quem era o ator.

Val Kilmer é o grande nome do filme, mas não é o único conhecido. O elenco é estelar: Meg Ryan, Kyle MacLachlan, Kathleen Quinlan, Kevin Dillon, Frank Whaley, Michael Madsen, Michael Wincott, Kelly Hu e Mimi Rogers, além de algumas pontas, como Crispin Glover de Andy Warhol, e o próprio John Densmore (baterista da banda) como o técnico do estúdio, quando Morrison já está gordo e barbudo.

A trilha sonora é basicamente composta de músicas do The Doors. Pra quem curte o som da banda, é um prato cheio. Pra quem não curte, pode cansar… Pelo menos as músicas estão muito bem regravadas.

Filme obrigatório para qualquer fã de rock’n’roll!

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Vingança Entre Assassinos / The Tournament

Vingança Entre Assassinos / The Tournament

A cada sete anos, uma cidade aleatória é escolhida para sediar um torneio entre os melhores assassinos profissionais do mundo. Só um sobreviverá, e ganhará o premio de dez milhões de dólares.

A ideia é muito boa. Fiquei imaginando um seriado explorando melhor cada competidor. Ou mais filmes, mostrando outras edições do torneio – imaginem um torneio destes no sec XIX?

Pena que este filme não conseguiu explorar tão bem a ideia. Alguns personagens poderiam ser melhor construídos, como o enlouquecido Miles Slade, de Ian Sommerhalder (o Boone de Lost), que ficou parecendo uma imitação do Comediante de Watchmen.

O elenco tem alguns nomes famosos. Os principais são Robert Carlyle, Ving Rhames e Kelly Hu. De quebra, além de Sommerhalder, também temos Sebastien Foucan, um dos criadores do parkour (e que também esteve em 007 – Cassino Royale), com um visual parecido com o Blade de Wesley Snipes – mais ou menos como se o Blade fizesse parkour.

Mesmo assim, Vingança Entre Assassinos não decepcionará os fãs de filmes de ação. Boas brigas coreografadas, bons tiroteios, boas explosões, boas perseguições de carro, tudo está lá, com a dose de mentira e de exagero necessários para o estilo.