O Garoto de Liverpool

O Garoto de Liverpool

Um filme mostrando a adolescência de John Lennon? Ok, vamos ver.

Aos 15 anos, John é um adolescente normal, inteligente e rebelde, que vive desde os cinco anos de idade com a rígida tia Mimi. Um dia, se reencontra com sua mãe, que tem um estilo de vida completamente diferente da tia, o que gera um certo atrito na família.

Um aviso aos beatlemaníacos: este filme não é sobre os Beatles! Vemos o primeiro encontro de John Lennon com Paul McCartney e, pouco depois, com George Harrison. E o filme termina com John se despedindo da tia porque estão indo para a Alemanha, tocar com “aquela outra banda”. Mas o nome Beatles sequer é citado!

Apesar do fundo musical, o principal foco de O Garoto de Liverpool (Nowhere Boy no original), longa de estreia da diretora inglesa Sam Taylor-Wood, é nas conturbadas relações entre John Lennon, sua mãe e sua tia.

Ainda assim, a parte musical é bem legal. Lennon, então com 15 anos, aprende a tocar banjo, muda para o violão e monta, com colegas da escola, a banda The Quarrymen, através da qual conhece Paul e George. E o resto é história da música pop…

Lennon é interpretado por Aaron Johnson, o protagonista de Kick-Ass. Ele faz um bom trabalho, mas acho que poderiam ter usado um ator mais parecido com o músico. Aliás, defeito igual acontece com Paul e George. Custava eles terem feito como em Backbeat? Lembro que o ator Ian Hart foi chamado para o filme devido à sua semelhança com Lennon! Já Kristin Scott Thomas e Ann-Marie Duff, respectivamente a tia e a mãe, estão ótimas.

Bom filme. Só não sei se beatlemaníacos vão gostar…

Os Delírios de Consumo de Becky Bloom

Os Delírios de Consumo de Becky Bloom

Rebecca Bloomwood é uma jovem jornalista que tem um defeito grave: não consegue viver sem gastar mais do que ganha em futilidades.

Dirigido por P. J. Hogan (das comédias românticas O Casamento de Muriel e O Casamento do Meu Melhor Amigo), Os Delírios de Consumo de Becky Bloom é um filme leve, bobinho, comédia romântica para ver ao lado da namorada. Só isso, está longe de ser um filme bom.

Acho que o pior problema do filme é a sua protagonista. Rebecca é fútil e mentirosa. Ela se mete em um monte de problemas por causa da suposta “doença” citada no título original (Confessions of a Shopaholic), que menciona o tal “vício em comprar”. Aliás, as cenas que mostram um grupo de ajuda no estilo dos Alcoólicos Anônimos, só que para os viciados em comprar, são patéticas e ridículas.

E ainda tem as mentiras. Precisa mentir daquele jeito tão escrachado, principalmente para o chefe e provável futuro par romântico?

Tem outra coisa, mas aí é a minha opinião. Há muito tempo heu não via roupas tão feias! Se bobear, aqui tem mais roupas feias do que em Sex And The City! Taí, em ambos os filmes, o gosto (ou falta de) para roupas é semelhante – as roupas são horrorosas!

Ah, sim, também rola a pervisibilidade. Desde o início já conseguimos antever tudo o que vai acontecer nas próximas cenas. Mas isso já era esperado, pelo menos por mim. Uma comédia romântica sempre será previsível, isso não a torna ruim.

No elenco, todos estão meio caricatos, mas acho que é de propósito. Isla Fisher interpreta o papel título, num elenco que ainda conta com Hugh Dancy, Krysten Ritter, Leslie Bibb, Joan Cusack, John Goodman e Kristin Scott Thomas. E, infelizmente, um John Lithgow completamente desperdiçado…

Enfim, se visto com o cérebro de lado, pode funcionar, pelo menos se você estiver com uma companhia feminina. A minha companhia feminina gostou. 😉