Guerra nas Estrelas (Episódio IV – Uma Nova Esperança)

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Guerra nas Estrelas (Episódio IV – Uma Nova Esperança)

A long time ago, in a galaxy far far away…

Na verdade, esse “a long time ago” foi há 30 anos atrás. George Lucas, um diretor pouco conhecido, que tinha feito apenas dois filmes (o esquisito THX 1138 e o sucesso de bilheteria American Graffitti), lançou em 1977 um filme que mudaria a história do cinema.

Qualquer um pode listar inúmeras “regras” de Hollywood que foram modificadas a partir de Guerra nas Estrelas, como as datas para os lançamentos dos grande blockbusters ou o merchandising que acompanha os filmes hoje em dia. Então aqui não vou falar de mercado nem de Hollywood. Vamos ao filme!

Por que um filme de ficção científica velho é importante até hoje?

Guerra nas Estrelas criou um novo universo, pegando elementos aqui e acolá. É a eterna luta do bem contra o mal, o mocinho querendo resgatar a mocinha das garras do vilão, elementos místicos e mágicos ensinados por velhos sábios, – está tudo lá! Mas com uma roupagem nova. E com efeitos especiais até então nunca vistos.

Antes de 77, o único filme com efeitos especiais que não causava gargalhadas de tão mal-feitos era 2001 – Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrik (de 1969!!!). Todo o resto era caricato. Até que, em 77, dois filmes usaram efeitos um passo muito à frente dos outros (o outro filme foi Contatos Imediatos do Terceiro Grau, de Spielberg, não por coincidência, amigo de Lucas). Naves espaciais, batalhas com “espadas laser”, robôs e vários seres estranhos estavam lá, de uma maneira finalmente convincente!

(Claro que hoje em dia os efeitos estão velhos e não convencem mais ninguém. Por isso mesmo, Lucas refez quase todos os efeitos e relançou o filme nos anos 90. Mas heu ainda recomendo a versão original, onde as pessoas certas atiram antes…)

O universo criado por Lucas era complexo, e a história renderia outros filmes (e, posteriormente, um universo expandido, com muitos livros e revistas). Por isso, Guerra nas Estrelas é o “episódio IV”. Em 80 foi lançado o V, O Império Contra-Ataca (considerado por muitos o melhor da série), e em 83 veio o VI, O Retorno do Jedi, com a redenção final do mocinho e do vilão.

Em 99, 02 e 05, foram lançados os episódios I, II e III. Mas não cabe falar deles aqui, já que fazem parte de outro contexto, apesar de usar o mesmo universo.

Os elementos apresentados por Guerra nas Estrelas são cultuados até hoje. Darth Vader é o melhor vilão do século XX. Existem pessoas que usam a Força como religião. E hoje falamos de wookies, jawas, ewoks e siths, como acontece com outros universos de contos de fadas.

Sobre o elenco, não podemos falar muita coisa. Mark Hammil e Carrie Fisher (Luke Skywalker e Leia Organa) não conseguiram muita coisa além destes papéis. Harrison Ford, o Han Solo, é o único que saiu daí para o estrelato em outros filmes, com boas escolhas como Blade Runner e Caçadores da Arca Perdida. Claro, não podemos nos esquecer do auxílio luxuoso de dois veteranos: Alec Guiness como Ben Kenobi e Peter Cushing como Grand Moff Tarkin. Darth Vader? Era uma pessoa debaixo da armadura e outra fazendo a voz. O ator debaixo da armadura, David Prowse, está no ostracismo até hoje; mas a sua voz, James Earl Jones, ainda hoje deve ganhar dinheiro gravando recados em secretárias eletrônicas alheias…

May the Force be with you – always

Star Wars – The Clone Wars

Star Wars – The Clone Wars

Uma nova série animada de Star Wars vem aí, novamente para o Cartoon Network, assim como foi a outra série Clone Wars, criada por Genndy Tartakovsky (o mesmo de Laboratório do Dexter). Só que, desta vez, a qualidade das imagens é bem melhor, e resolveram juntar os 3 primeiros episódios e lançá-los antes no cinema, como se fosse um filme: Star Wars – The Clone Wars.

Tive a oportunidade de ver a pré-estréia, junto com o pessoal do Conselho Jedi do RJ, e posso dizer que, de um modo geral, o filme agradou! Como fã, posso dizer que me diverti à beça vendo batalhas entre Clone Troopers e exércitos de robôs, e vendo vários novos duelos entre jedis e siths…

A nova série se situa entre os episódios II (O Ataque dos Clones) e III (A Vingança do Sith). Obi Wan Kenoby e Anakin Skywalker estão junto a exércitos de Clone Troopers, no meio da guerra contra os andróides – as “Guerras Clônicas” do título! – quando Anakin, sem pedir, “ganha” uma padawan (aprendiz de jedi), Ahsoka Tano. Ao mesmo tempo, Jabba o hutt (o mesmo que aparece em O Retorno do Jedi) pede ajuda aos Jedi porque seu filho foi sequestrado. E descobrimos que o grande vilão Conde Dooku e sua assecla Asaj Ventress estão por trás disso.

Só vejo dois problemas aqui. Um deles é a improvável aliança entre os Jedi e Jabba – achei um pouco forçado, são estilos de vida e de trabalho completamente diferentes e incompatíveis. O outro problema é que, infelizmente, já sabemos o fim da história. Como Ahsoka não é mencionada nos filmes posteriores, infelizmente já sabemos que ela vai morrer. Assim como já sabemos que alguns dos duelos não terão fatalidades, afinal, vemos os personagens depois…

Apesar disso, a história funciona bem. Os novos personagens são interessantes – além de Ahsoka e seu ímpeto adolescente ainda somos apresentados a mais Hutts! E as cenas de ação, com mais cara de Pixar do que de Cartoon Network, são ótimas! Ok, talvez o humor dos andróides lembre os filmes dos trapalhões, mas nada que estrague o resultado final…

Que a força esteja com vocês!