O Retorno de Jedi

Crítica – O Retorno de Jedi

Finalmente, o texto que faltava aqui no blog, o fim da hexalogia Guerra nas Estrelas!

Na conclusão da trilogia, Luke Skywalker e seus amigos precisam resgatar Han Solo, que está congelado e em poder do gangster Jabba The Hut. E depois eles vão ajudar os rebeldes a lutar contra o império, que está construindo uma nova Estrela da Morte.

A crítica, de um modo geral, prefere o filme anterior, O Império Contra-Ataca. Realmente, se a gente analisar friamente, O Império Contra-Ataca é mais consistente. Mas heu não consigo analisar friamente. Quando O Retorno de Jedi foi lançado nos cinemas, heu tinha uns 12 ou 13 anos, e vivia o auge do meu fanatismo adolescente pela série. No dia da estreia, fui horas mais cedo para a porta do cinema, para ser o primeiro morador de Petrópolis a entrar na sala! Depois, nos dias seguintes, revi algumas vezes. Então fazer uma análise imparcial é impossível pra mim. Se alguém perguntar o meu preferido, é este episódio VI!

(Ok, o filme tem ewoks, que são uma espécie de “ursinhos fofinhos”. Mas os ewoks não só ajudam a derrotar stormtroopers, como eles ainda são canibais – não se esqueçam que eles iam colocar o Han Solo e o Luke Skywalker na fogueira!)

A direção coube a Richard Marquand, um “diretor de aluguel”, afinal, o filme na verdade é de George Lucas. É notório que Lucas não gostava de lidar com atores, então colocou um profissional sem muita personalidade para fazer o “trabalho duro”. E funcionou, a estrutura da trama é muito boa, com o clímax em três ambientes – a luta em Endor, a batalha espacial e o duelo entre Luke Skywalker e Darth Vader diante do Imperador. Pena que Lucas não manteve esta postura na nova trilogia…

Os efeitos especiais são o que existia de melhor na época. Alguns perderam a validade – na cena do Rancor, fica claro o chroma-key do stop motion. Mas isso não torna o filme ruim. São inúmeras as sequências de tirar o fôlego, como por exemplo os passeios de speeder bike pela floresta de Endor, ou então o clímax com a Falcon Millenium e um X-Wing em uma alucinada perseguição por dentro da Estrela da Morte ainda em construção. Neste aspecto, O Retorno de Jedi não vai decepcionar ninguém.

Os filmes da série Guerra nas Estrelas têm um problema: de vez em quando George Lucas muda algum detalhe e relança o filme. A versão que vi esta semana é a penúltima, a versão do dvd (ainda não tenho os blu-rays). Se um ou outro detalhe técnico melhorou, de um modo geral, esta versão é bem inferior à original, lançada nos cinemas em 83. Explico o que piorou:
– Lapti Nek, o número musical original no palácio do Jabba, é muito melhor que este novo;
– Ainda no âmbito musical: a música anterior da celebração na aldeia dos ewoks era bem melhor do que a atual;
– No fim do filme, aparece o “fantasminha” do Anakin ao lado do Yoda e do Obi Wan. Mas apagaram o ator mais velho para colocarem Hayden Christensen. Ora, o Anakin novo era “do mal”, o Anakin logo antes da morte se arrependeu e virou “do bem”. Mostrar o Anakin novo foi um erro grave.
– Por fim, foi bacana a ideia de mostrar a festa em diferentes planetas. Mas não precisava ter o Jar Jar Binks em Naboo! Um filme que tem ewoks não pode ter Jar Jar!

Não há surpresa no elenco, basicamente são os mesmos atores do Império – o elenco funciona dentro do esperado. A trilha sonora de John Williams, mais uma vez, é um destaque.

Filme obrigatório, excelente conclusão de uma das melhores sagas da história do cinema!

May the force be with you! Always!

Star Wars Ep III – A Vingança dos Sith

Crítica – Star Wars Ep III – A Vingança dos Sith

Depois dos episódios I e II, vamos ao III!

Conclusão da nova trilogia. Anakin Skywalker finalmente cede ao lado negro da Força (segundo as legendas, lado “sombrio” – horrível, não?), e Palpatine se revela o grande vilão, enquanto Obi Wan Kenobi, Yoda e Mace Windu tentam manter a paz.

A Vingança dos Sith segue os passos de seu antecessor, O Ataque dos Clones. Tem suas derrapadas, mas o saldo final é positivo.

O filme é bem mais sombrio que os outros cinco da série – era impossível ter um final feliz, já que no início do ep IV o mal prevalece. É o único filme da hexalogia que merece ressalvas quanto à recomendação para crianças!

Me parece que o pior problema aqui era fechar a história sem pontas soltas. Afinal, o fim tinha que ser coerente com a trilogia clássica (como todos sabem, foi filmada muitos anos antes). Na minha humilde opinião, quase tudo termina de forma coerente – a única escorregada está na parte do nascimento dos gêmeos, incompatível com um certo diálogo do ep. V (SPOILERS! Selecione o texto para ler: Em O Império Contra Ataca, quando Luke parte de Dagobah para Bespin, Obi Wan fala para Yoda: “Ele era a nossa última esperança”, e Yoda responde “Não, tem mais uma” – ou seja, Obi Wan não deveria saber da existência da Leia…)

Para os fãs, ainda tinha outro problema, este mais difícil de resolver. É que cada um imaginou um final ao longo dos muitos anos entre os filmes. Claro que teve muita gente decepcionada. Mas, caramba, George Lucas não tinha como agradar a todos. Não achei a sua solução a melhor de todas (heu também imaginei um final), mas achei convincente.

A parte técnica, como era de se esperar, é impecável. Assim como nos filmes anteriores, algumas sequências parecem ser criadas pensando num futuro videogame (como a parte em Utapau e a luta final), mas nada que atrapalhe. As sequências são eletrizantes!

No elenco, não há novidades. Hayden Christensen continua um ator limitado, mas funciona para o que o papel pede. E Ewan McGregor e Natalie Portman seguram a onda no resto, ao lado de Samuel L Jackson, Ian McDiarmid e a voz de Frank Oz (o Yoda).

Agora o “momento fanboy”: me lembro da primeira vez que vi este filme, numa pré estreia organizada pelo Conselho Jedi RJ. A sessão foi muito divertida, já que basicamente só tinham fãs no cinema. E a sala quase foi abaixo no momento que Darth Vader coloca o capacete e pela primeira vez faz aquele tradicional ruído ao respirar. Inesquecível!

Assim como O Ataque dos Clones, A Vingança dos Sith não supera a trilogia clássica. Mas não faz feio.

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Star Wars Ep II – O Ataque dos Clones

Crítica – Star Wars Ep II – O Ataque dos Clones

Continuemos com a saga Star Wars!

Neste segundo episódio, Anakin Skywalker vira guarda-costas de Padmé Amidala, e começa a rolar um clima entre eles. Enquanto isso, uma investigação de Obi-Wan Kenobi o leva a descobrir um exército de clones.

Dirigido novamente por George Lucas, O Ataque dos Clones não é uma obra prima, mas é bem melhor que o episódio anterior, A Ameaça Fantasma. Ok, admito que, em certos momentos, o ritmo é arrastado. Mas em compensação, temos sequências eletrizantes, como a briga entre Obi Wan e Jango Fett, ou toda a parte final na arena. Era isso o que os fãs sempre sonharam: ver jedis em ação!

(Temos que admitir que algumas das sequências parecem ser criadas para vender videogames, como a perseguição no início ou o Anakin na “fábrica de robôs”. Mas mesmo assim as cenas são muito boas.)

Uma das falhas do primeiro filme foi corrigida. Jar Jar Binks aparece bem menos aqui. E não é que ele tem uma participação discreta e importante?

O visual do filme é muito legal. No início do filme, Coruscant até lembra Blade Runner. A fábrica de clones em Kamino é belíssima; e o planeta Geonosis traz paisagens e alienígenas interessantes.

No elenco, perdemos Liam Neeson (Qui Gon Jin), mas ganhamos Christopher Lee como o vilão Conde Dooku (Conde Dookan na versão brasileira). Ewan McGregor e Natalie Portman agora dividem a tela com o até então desconhecido Hayden Christensen – tá, Christensen não é grandes coisas como ator, mas não atrapalha, pelo menos na minha opinião. Ainda no elenco, Samuel L Jackson, Frank Oz, Ian McDiarmid e Temuera Morrison.

(Sobre os nomes: deve ter algum brasileiro de sacanagem na Lucasfilm. O Ep I tinha um Capitão Panaka. Aqui, rola o Conde Dooku e o Lord Syfodias – que foi traduzido como Zaifo-vias. E no Ep III tem a Pau City! Impossível ser coincidência…)

O filme, propositalmente, não tem fim. Mas o terceiro episódio, A Vingança do Sith, é o próximo da fila!

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Star Wars Ep I – A Ameaça Fantasma

Crítica – Star Wars Ep I – A Ameaça Fantasma

Faz parte do trabalho de um pai apresentar bons filmes aos filhos. Chegou a hora de rever a hexalogia de Guerra nas Estrelas com a criançada!

A história todo mundo conhece, né? Durante uma crise política, os cavaleiros jedi Qui-Gon Jinn e Obi-Wan Kenobi vão até o planeta Naboo. Lá, se tornam a escolta da rainha Amidala até Coruscant, mas precisam parar em Tatooine, onde conhecem o jovem Anakin Skywalker.

O único problema de começar com o Ep 1 é que este é o mais fraco dos seis filmes. Tem algumas qualidades, mas, no geral, é bem inferior aos outros. Mas, para conquistar a “nova geração”, preferi começar pela “ordem errada” (o certo seria 4, 5 e 6, depois 1, 2 e 3), afinal, os efeitos especiais deste não parecem tão velhos quanto os do filme de 1977.

O que A Ameaça Fantasma tem de bom? Basicamente quatro coisas:

– O vilão Darth Maul
Rolava um grande desafio, afinal o novo vilão seria comparado com ninguém menos que Darth Vader – considerado por muitos o melhor vilão do século XX. Darth Maul é o que os fãs esperavam, um vilão excelente. Pena que sua participação é pequena.

– O tema musical “Duel of the Fates”
A trilogia clássica tem um dos temas mais marcantes da história do cinema, além de vários outros bons temas, menos famosos, na trilha sonora. O tema novo não fica atrás em termos de qualidade.

– A corrida de Pods em Tatooine
Ok, aquilo foi feito pra vender videogame. Mas toda a sequência da corrida é muito boa!

– O duelo de sabre de luz entre Darth Maul, Qui-Gon Jinn e Obi-Wan Kenobi
O melhor duelo da hexalogia é o travado entre Luke Skywalker e Darth Vader em O império Contra Ataca, toda a narrativa em torno da luta é muito bem estruturada. Mas, tecnicamente, era um aprendiz contra um quarentão. Aqui temos dois jedis e um sith em plena forma. A luta é eletrizante!

Mas isso não consegue esconder a verdade: A Ameaça Fantasma é um filme fraco.

Na minha humilde opinião, o grande problema de George Lucas aqui é que, enquanto na trilogia clássica ele tinha que prestar contas a um superior, aqui ele estava no topo. Faltava alguém pra lhe dizer “menos, George, menos!”. Faltava alguém pra lhe dizer “menos Jar Jar Binks, George, menos!”

E assim, o filme ficou muito aquém do que poderia ficar. Por exemplo, o citado Jar Jar Binks: Lucas queria provar que não precisava de atores reais, então criou um personagem digital. A ideia foi boa, até citei isso no Top 10 de marcos nos efeitos especiais. O problema é que Jar Jar aparece o tempo todo, chega a encher o saco. Se ele tivesse uma participação menor (como aconteceu nos filmes seguintes), não ia ser tão chato.

(Detalhe curioso: o Jar Jar Binks “perdeu a validade”. Hoje, 12 anos depois, os efeitos não enchem mais os olhos. O visual do Jar Jar ficou tão capenga quanto a sua personalidade.)

E não foi só o Jar Jar. O filme tem sérios problemas de ritmo, principalmente as partes com atores – Lucas nunca escondeu que não gosta de dirigir atores – as cenas com a mãe do Anakin são arrastaaadas… Pena, porque o bom elenco contou com Liam Neeson, Ewan McGregor, Natalie Portman, Terence Stamp e Ian McDiarmid. Anthony Daniels, Kenny Baker e Frank Oz voltaram para os personagens C-3PO, R2-D2 e Yoda. E o fraco garoto Jake Lloyd ganhou o papel principal. Fraco mesmo, cadê ele depois desse filme?

Mesmo assim, sou fã, admito. E gostei de ter revisto, mesmo com suas falhas.

O que dá pena é lembrar de toda a ansiosa espera. Foram dezesseis anos aguardando por um novo filme (de 1983 a 1999), lembro de quando saiu o primeiro teaser poster com o Anakin criança, e sua sombra era o Darth Vader… Pra depois, a gente ver um filme que ficou devendo. Me lembro sempre da cena final de Fanboys – leve spoiler, para ler, selecione o texto: quando, depois de muita espera, um personagem pergunta ao outro: “e se o filme for ruim?”.

Em breve, vou rever os Episódios 2 e 3, aí comento aqui!

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Starcrash

Starcrash

Stella Star e Akton, dois contrabandistas espaciais, são capturados e depois contratados pelo imperador numa missão de resgate contra o malvado Conde Zarth Arn e sua poderosa arma misteriosa.

Não conhecia este quase plágio de Guerra nas Estrelas, feito em 1978. Aí descobri que o filme é italiano, e tudo fez sentido! Na década de 70, a Itália copiou vários filmes americanos, principalmente westerns e filmes de terror, criando os famosos “western spaguetti”. Quase sempre eram filmes vagabundos, com orçamentos pequenos e resultados de qualidade duvidosa. Mesmo assim, o cinema ganhou nomes talentosos na época, como Sergio Leone, Dario Argento e Lucio Fulci.

Starcrash é uma “ficção científica spaguetti”!

Visto hoje em dia, Starcrash é um legítimo trash movie. Atuações caricatas, trama ridícula e “defeitos” especiais. Me questiono se na época era pra ser sério…

Na verdade, o que mais enfraquece Starcrash é a comparação com Guerra nas Estrelas. Por um lado, tem coisas em Starcrash que beiram o plágio – caramba, tem até um sabre de luz aqui! Por outro lado, os efeitos do filme de George Lucas são muito melhores (e olha que foi feito um ano antes!)

Falando do roteiro, não só parece um plágio barato, como ainda traz situações tão ridículas que o filme às vezes parece uma comédia. Tem cenas mais engraçadas que paródias como Spaceballs!

O elenco traz dois nomes curiosos. O imperador é ninguém menos que Christopher Plummer, que, nas poucas vezes que aparece, está com uma cara de “o que estou fazendo aqui?”. E seu filho é um dos primeiros papéis de David Hasselhoff, que anos mais tarde ficaria famoso por protagonizar os seriados A Super Máquina e Baywatch.

Parágrafo novo pra falar da única coisa que Starcrash tem melhor que Guerra nas Estrelas: a protagonista Stella Star interpretada pela atriz Caroline Munro e suas roupas pequenas e decotadas! Cinco anos antes do biquíni dourado de O Retorno do Jedi, Stella Star usa roupas tão sexy quanto!

Definitivamente, Starcrash não é pra qualquer um, nem pra qualquer hora. Mas, se visto no clima certo, é diversão garantida!

O Império Contra-Ataca

O Império Contra-Ataca

Tive a oportunidade de rever, no último fim de semana, o fantástico O Império Contra-Ataca. Melhor ainda: num cinema!

Todo mundo conhece a história, né? O vilão Darth Vader encontra os rebeldes que se refugiaram no gelado planeta Hoth. Enquanto Han Solo, Chewbacca, a princesa Leia e C-3P0 fogem do Império na Millenium Falcon; Luke Skywalker vai com R2-D2 até o planeta Dagobah para continuar o treinamento jedi com o mestre Yoda.

O Império Contra-Ataca é considerado por muitos como o melhor filme de toda a saga Star Wars. E não é difícil entender o por que. Enquanto Guerra nas Estrelas (Uma Nova Esperança), por ser o primeiro, teve um orçamento mais limitado e por isso às vezes parece que não é tão bem feito, com efeitos especiais inferiores e algumas falhas; O Retorno do Jedi tem um lado meio infantil com os seus ewoks. (Heu, particularmente, gosto muito dos três. E O Retorno do Jedi teve uma importância maior na minha vida cinematográfica, pela época que passou, quando heu tinha 12 anos. Mas isso ficará para outro post…)

O Império Contra-Ataca continua muito bom, mesmo 30 anos depois do lançamento (sim, o filme é de 1980!). Inclusive, os efeitos especiais, de uma era pré computador, continuam eficientes. Definitivamente, um marco na história do cinema!

O filme foi escrito por Leigh Brackett e Lawrence Kasdan (que também escreveu Os Caçadores da Arca Perdida e O Retorno do Jedi) e dirigido por Irvin Kershner, e não por George Lucas, como muitos pensam. Lucas criou a história, todo o universo de Star Wars vem da cabeça dele, nisso ele é um gênio – mas ele nunca se deu bem dirigindo atores. Tanto que, antes da nova trilogia (quando, teimoso, ele resolveu dirigir os três filmes), ele só dirigira outros três filmes: o primeiro Guerra nas Estrelas, Loucuras de Verão e o esquisito THX-1138. Richard Marquand foi o “diretor de aluguel” em O Retorno do Jedi. Falo “diretor de aluguel” porque tanto Kasdan quanto Marquand não têm grandes créditos como diretores de outros filmes, e além disso, os três filmes da trilogia clássica têm a “mesma cara”.

Suponho que todos aqui já tenham visto O Império Contra-Ataca. Por isso, aqui está o meu aviso de spoiler! A partir de agora, rolarão spoilers sobre toda a saga!

SPOILERS!

Talvez o maior “plot twist” (reviravolta no roteiro) do cinema em todo o século passado seja o momento onde Vader revela que é o pai de Luke. Hoje em dia isso é até óbvio e virou clichê, mas, acreditem, na época, era grande coisa!

Às vezes me perguntam qual seria a ordem correta para se ver os seis filmes. Sempre digo que é IV, V e VI, e depois I, II e III. O Império Contra-Ataca tem dois bons exemplos que justificam esta ordem. Um é a própria revelação que Vader é o pai de Luke. Ora, se você viu o ep. III, você já sabia! Além disso, ainda rola um beijo entre Luke e Leia, que só vão descobrir que são irmãos no ep. VI.

(Ainda rola o fato do R2-D2 já saber quem era o Yoda. Mas, na verdade R2 sempre foi um sacana, ele pode ter feito isso de propósito. Prestem atenção na fuga de Bespin: ele sabia que tinham desligado o hiper drive e não falou nada!)

E, na minha humilde opinião, a maior falha da saga está num diálogo deste filme. Quando Luke vai embora de Dagobah, Obi Wan fala “ele era a nossa última esperança”, e Yoda responde “não, ainda tem mais uma”. Ora, Obi Wan estava presente no nascimento dos gêmeos, no fim do ep. III! Para este diálogo fazer sentido, Yoda deveria ser o único a saber dos gêmeos, e deveria entregar um para o Obi Wan e a outra para o Bail Organa, e um não deveria saber do outro. Aí sim, Obi Wan poderia ter falado aquilo. Bola fora, sr. Lucas!

Nos anos 90, os três filmes clássicos foram relançados, com efeitos novos, mas com algumas desnecessárias alterações. Grandes polêmicas envolvem essas mudanças, principalmente nos episódios IV e VI (No IV, temos o Greedo atirando antes, e Han Solo ainda pisa no rabo do Jabba logo depois; no VI, a nova música colocada no palácio do Jabba é bem pior que a original). Mas neste ep. V não há nenhuma mudança considerável. Mesmo assim, fiquei feliz de ver que a cópia exibida foi a original, sem alterações.

May the force be with you! Always!

Spaceballs – S.O.S. Tem Um Louco Solto no Espaço

Spaceballs –  S.O.S. Tem Um Louco Solto no Espaço

Há um bom tempo queria rever o melhores filmes do Mel Brooks. Comecei meu festival pessoal com Spaceballs –  S.O.S. Tem Um Louco Solto no Espaço, de 1987.

Todos sabem que se trata de uma sátira a Guerra nas Estrelas, né? Mesmo assim, tem uma trama: o planeta Spaceballs está ficando sem ar, então seu presidente manda o cruel Dark Helmet para roubar o ar do planeta Druidia. Para isso, Dark Helmet tenta sequestrar a princesa Vespa, que é salva pelo mercenário Lone Starr.

Quase todas as piadas são em cima de Guerra nas Estrelas, mas também tem espaço na sátira para outros filmes, como Jornada nas EstrelasAlien. Aliás, a participação especial de John Hurt, repetindo o papel de Alien, é genial!

No elenco, o destaque é para Rick Moranis, com a mesma cara de perfeito loser, mas debaixo do enorme capacete de Dark Helmet. Ainda no elenco, Bill Pullman, John Candy, Daphne Zuniga e o próprio Mel Brooks, fazendo dois papéis: o presidente e Yogurt – qualquer semelhança com Yoda não será mera coincidência!

São muitas as piadas boas, mas algumas são bobas. Brooks já estava começando a ficar sem graça…

Mesmo assim, considero este o último filme bom de Brooks. Se antes ele fez clássicos como O Jovem FrankensteinA Última Loucura de Mel BrooksA História do Mundo – parte 1, depois de Spaceballs, ele só fez três filmes, todos fracos, na minha humilde opinião: Que Droga de VidaRobin HoodDracula – Morto mas Feliz.

Brooks, hoje com 83 anos, ainda está na ativa, justamente escrevendo e produzindo uma série animada baseada em Spaceballs. Mas, independente da qualidade de seus projetos recentes, será sempre adorado por fãs de boas comédias!

Fanboys

fanboys

Fanboys

Ontem me falaram um fato curioso: o dia 4 de maio é considerado o “Star Wars Day”, por causa do (infame) trocadilho em inglês “may the fourth be with you”. Aproveitei então que tinha aparecido o torrent do esperado Fanboys e corri pra ver.

Fanboys é uma comédia sobre um grupo de amigos que resolve viajar até o Rancho Skywalker, em San Francisco, para tentar assistir o Ep I de Star Wars antes da estréia, em 1999. Uma típica comédia “road movie” americana, com o roteiro baseado em cima de divertidas situações criadas ao longo da jornada.

E por que falei “esperado” lá no fim do primeiro parágrafo? Bem, pra quem não me conhece: sou fã de Guerra nas Estrelas. Fã assumido, tenho todos os filmes em várias versões em vhs e em dvd, e já fui em várias convenções aqui no Rio – inclusive toquei temas do filme na última convenção! 😀

Bem, acredito que o filme foi feito pra gente como heu. E posso dizer: é divertidíssimo! Gargalhei vááárias vezes durante o filme!

São inúmeras referências ao universo de Star Wars ao longo do filme, e ainda temos algumas referências nerds em geral. É uma piada referencial atrás da outra. Acho até difícil destacar uma…

E isso sem contar com participações especiais. Temos cameos de várias pessoas ligadas ao tema, como Billy Dee Williams, Carrie Fisher e Kevin Smith. E, pros menos atentos, sim, aquele segurança que briga com dois cassetetes é Ray Park, que fez o Darth Maul no Ep. I! E, claro, uma divertida cameo do William Shatner…

O elenco principal é de quatro nomes pouco conhecidos – Sam Huntington, Chris Marquette, Dan Fogler e Jay Baruchel – assim como o diretor, Kyle Newman. Mas a principal personagem feminina está hoje bem expoente através da série Heroes: Kristen Bell! Mas ela infelizmente pouco aparece com o biquini dourado…

Talvez por essa enorme quantidade de piadas referenciais heu não seja o cara certo pra julgar um filme como esse. Fiquei me questionando se alguém que não está familiarizado com o universo Star Wars conseguiria entender todas as piadas. Talvez o filme seja bobo pra quem não é fã…

Bem, não é o meu caso. E recomendo o filme para os fãs de Star Wars! E não recomendo para os fãs de Star Trek, já que algumas das piadas não são muito simpáticas ao universo trekker…

Acho difícil passar nos cinemas daqui. Mas vou ficar de olho, porque assim que sair o dvd, vou comprar pra guardar na minha coleção, ao lado dos dvds de Star Wars!

Guerra nas Estrelas (Episódio IV – Uma Nova Esperança)

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Guerra nas Estrelas (Episódio IV – Uma Nova Esperança)

A long time ago, in a galaxy far far away…

Na verdade, esse “a long time ago” foi há 30 anos atrás. George Lucas, um diretor pouco conhecido, que tinha feito apenas dois filmes (o esquisito THX 1138 e o sucesso de bilheteria American Graffitti), lançou em 1977 um filme que mudaria a história do cinema.

Qualquer um pode listar inúmeras “regras” de Hollywood que foram modificadas a partir de Guerra nas Estrelas, como as datas para os lançamentos dos grande blockbusters ou o merchandising que acompanha os filmes hoje em dia. Então aqui não vou falar de mercado nem de Hollywood. Vamos ao filme!

Por que um filme de ficção científica velho é importante até hoje?

Guerra nas Estrelas criou um novo universo, pegando elementos aqui e acolá. É a eterna luta do bem contra o mal, o mocinho querendo resgatar a mocinha das garras do vilão, elementos místicos e mágicos ensinados por velhos sábios, – está tudo lá! Mas com uma roupagem nova. E com efeitos especiais até então nunca vistos.

Antes de 77, o único filme com efeitos especiais que não causava gargalhadas de tão mal-feitos era 2001 – Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrik (de 1969!!!). Todo o resto era caricato. Até que, em 77, dois filmes usaram efeitos um passo muito à frente dos outros (o outro filme foi Contatos Imediatos do Terceiro Grau, de Spielberg, não por coincidência, amigo de Lucas). Naves espaciais, batalhas com “espadas laser”, robôs e vários seres estranhos estavam lá, de uma maneira finalmente convincente!

(Claro que hoje em dia os efeitos estão velhos e não convencem mais ninguém. Por isso mesmo, Lucas refez quase todos os efeitos e relançou o filme nos anos 90. Mas heu ainda recomendo a versão original, onde as pessoas certas atiram antes…)

O universo criado por Lucas era complexo, e a história renderia outros filmes (e, posteriormente, um universo expandido, com muitos livros e revistas). Por isso, Guerra nas Estrelas é o “episódio IV”. Em 80 foi lançado o V, O Império Contra-Ataca (considerado por muitos o melhor da série), e em 83 veio o VI, O Retorno do Jedi, com a redenção final do mocinho e do vilão.

Em 99, 02 e 05, foram lançados os episódios I, II e III. Mas não cabe falar deles aqui, já que fazem parte de outro contexto, apesar de usar o mesmo universo.

Os elementos apresentados por Guerra nas Estrelas são cultuados até hoje. Darth Vader é o melhor vilão do século XX. Existem pessoas que usam a Força como religião. E hoje falamos de wookies, jawas, ewoks e siths, como acontece com outros universos de contos de fadas.

Sobre o elenco, não podemos falar muita coisa. Mark Hammil e Carrie Fisher (Luke Skywalker e Leia Organa) não conseguiram muita coisa além destes papéis. Harrison Ford, o Han Solo, é o único que saiu daí para o estrelato em outros filmes, com boas escolhas como Blade Runner e Caçadores da Arca Perdida. Claro, não podemos nos esquecer do auxílio luxuoso de dois veteranos: Alec Guiness como Ben Kenobi e Peter Cushing como Grand Moff Tarkin. Darth Vader? Era uma pessoa debaixo da armadura e outra fazendo a voz. O ator debaixo da armadura, David Prowse, está no ostracismo até hoje; mas a sua voz, James Earl Jones, ainda hoje deve ganhar dinheiro gravando recados em secretárias eletrônicas alheias…

May the Force be with you – always

Star Wars – The Clone Wars

Star Wars – The Clone Wars

Uma nova série animada de Star Wars vem aí, novamente para o Cartoon Network, assim como foi a outra série Clone Wars, criada por Genndy Tartakovsky (o mesmo de Laboratório do Dexter). Só que, desta vez, a qualidade das imagens é bem melhor, e resolveram juntar os 3 primeiros episódios e lançá-los antes no cinema, como se fosse um filme: Star Wars – The Clone Wars.

Tive a oportunidade de ver a pré-estréia, junto com o pessoal do Conselho Jedi do RJ, e posso dizer que, de um modo geral, o filme agradou! Como fã, posso dizer que me diverti à beça vendo batalhas entre Clone Troopers e exércitos de robôs, e vendo vários novos duelos entre jedis e siths…

A nova série se situa entre os episódios II (O Ataque dos Clones) e III (A Vingança do Sith). Obi Wan Kenoby e Anakin Skywalker estão junto a exércitos de Clone Troopers, no meio da guerra contra os andróides – as “Guerras Clônicas” do título! – quando Anakin, sem pedir, “ganha” uma padawan (aprendiz de jedi), Ahsoka Tano. Ao mesmo tempo, Jabba o hutt (o mesmo que aparece em O Retorno do Jedi) pede ajuda aos Jedi porque seu filho foi sequestrado. E descobrimos que o grande vilão Conde Dooku e sua assecla Asaj Ventress estão por trás disso.

Só vejo dois problemas aqui. Um deles é a improvável aliança entre os Jedi e Jabba – achei um pouco forçado, são estilos de vida e de trabalho completamente diferentes e incompatíveis. O outro problema é que, infelizmente, já sabemos o fim da história. Como Ahsoka não é mencionada nos filmes posteriores, infelizmente já sabemos que ela vai morrer. Assim como já sabemos que alguns dos duelos não terão fatalidades, afinal, vemos os personagens depois…

Apesar disso, a história funciona bem. Os novos personagens são interessantes – além de Ahsoka e seu ímpeto adolescente ainda somos apresentados a mais Hutts! E as cenas de ação, com mais cara de Pixar do que de Cartoon Network, são ótimas! Ok, talvez o humor dos andróides lembre os filmes dos trapalhões, mas nada que estrague o resultado final…

Que a força esteja com vocês!