Top 10: Melhores Momentos de Andor

Top 10: Melhores Momentos de Andor

Quando estreou a série Andor, fiz um post sobre os 3 primeiros episódios, e fiquei de voltar para outro ao fim da série. Então bora para o top 10 melhores momentos de Andor!

Um breve comentário antes. Um amigo usou uma expressão que gostei: Andor é “Star Wars para adultos”. Quase todos os filmes, séries e animações são de aventuras espaciais, e por mais que nós, fãs, não gostemos de admitir, são produtos voltados mais para o público infanto juvenil. E aqui não: temos uma trama densa, que envolve política e espionagem, e além disso temos uma galeria de excelentes personagens!

Ah, os personagens! Lembro que Rogue One trazia protagonistas sem carisma, o robô K2SO era mais carismático que os dois principais. Já aqui, a gente tem vários bons personagens. Aliás, a série podia se chamar “Luthen” em vez de “Andor”. Que personagem fantástico é o Luthen Rael do Stellan Skarsgård! Mon Mothma e Kino Loy idem! Tem uma boa quantidade de bons personagens!

Andor foi criada por Tony Gilroy (mais conhecido como roteirista, escreveu os roteiros de Rogue One e dos quatro primeiros filmes da franquia Bourne, dentre outros). Se antes Gilroy tinha nossa curiosidade, agora certamente tem a nossa atenção!

Vamos à lista? Claro, spoilers liberados a partir daqui.

10- Transformação do Luthen
A gente vê como Stellan Skarsgård é um grande ator, ele muda de cara em poucos segundos!

9- Cameo do K2SO
Andor é preso por um robô do mesmo modelo do K2SO.

8- Luthen e Andor enganam Syril
Syril acha que seu plano deu certo. Não, não deu.

7- Luthen e Saw Gerrera
Dois revolucionários de estilos diferentes. Dois grandes atores. Uma cena arrepiante!

6- Mon Mothma enganando o Império
Mon Mothma sabe que o motorista é um espião, e dá um jeito dele ouvir um desabafo sobre seu marido gastando dinheiro com jogo. E assim consegue justificativa para o seu rombo financeiro pró rebelião.

5- Discurso do Kino
Logo antes da fuga da prisão, Kino Loy faz um discurso que inflama todos os prisioneiros. E também os espectadores!

4- O Olho
A gente passa alguns episódios ouvido falar do “olho”, um fenômeno astronômico que ocorre no planeta. E quando finalmente vemos esse fenômeno, ele não decepciona. A cena é ótima!

3- A nave do Luthen
O terceiro lugar fica com talvez o momento mais “star wars” de toda a série: a fuga da nave de Luthen. Primeiro, o modo como ele escapa do raio trator, depois uma nave com grandes “sabres de luz” acoplados. Massaveísmo total!

2- Cena Pós Créditos
O último episódio teve uma cena pós créditos onde a gente descobre pra que servem as peças construídas na prisão. Não só é uma cena com um significado forte, como é uma cena belíssima.

1- Funeral da Marva
É difícil tirar o primeiro lugar do funeral da Marva. São duas cenas em sequência, as duas são ótimas. Primeiro, o funeral da Marva, com as pessoas tocando aqueles instrumentos de sopro e percussão – talvez para manter uma tradição do Guerra nas Estrelas clássico, o som é “sujo”, a gente sente que são pessoas tocando naquele contexto, a música não está exatamente bem tocada, existem imperfeições na execução e na mixagem. E depois tem o discurso da Marva através do holograma. Essa sequência é de arrepiar!

Rogue One: Uma Aventura Star Wars

Rogue OneCrítica – Rogue One: Uma Aventura Star Wars

SEM SPOILERS!!!

Novo spin-off de Star Wars!

Pouco antes dos acontecimentos de Star Wars ep. 4 – Uma nova Esperança, os rebeldes executam um arriscado plano para roubar os planos da construção de uma nova estação espacial com um poder de fogo capaz de destruir um planeta inteiro: a Estrela da Morte.

A Disney mais uma vez mostra que não jogou dinheiro fora quando comprou a Lucasfilm por pouco mais de 4 bilhões de dólares. Ano passado tivemos o excelente Star Wars ep 7 – O Despertar da Força; como o episódio 8 só virá em 2017, este ano tivemos um spin off pra tapar o buraco. Olha, como o cinema seria melhor se dez por cento dos “spin off tapa-buracos” tivessem a qualidade de Rogue One!

(Um parênteses para falar que não é a primeira vez que temos spin-offs de Star Wars. Lembro que poucos anos depois de O Retorno do Jedi, foi lançado nos cinemas brasileiros o longa Caravana da Coragem, uma sonolenta aventura com Wicket e seus amiguinhos se metendo em um monte de confusões! (Filme bem ruinzinho, tentei rever outro dia, não consegui…)

Antes de entrar no filme, precisamos esclarecer a possível confusão. Ano passado tivemos o episódio 7, e acredito que muita gente vai ao cinema esperando uma continuação daquele filme. Não! Este filme é uma história paralela, que não tem nada a ver com a família Skywalker, e que se passa logo antes do episódio 4. Ou seja, esqueça Rey, Finn, Poe e Kylo Ren, e reveja o filme de 1977!

Dirigido por Gareth Edwards (Monstros, Godzilla), Rogue One: Uma Aventura Star Wars (Rogue One, no original) é tudo aquilo que o fã de Guerra nas Estrelas – sim, o fã da época que nome do filme era “Guerra nas Estrelas” e não “Star Wars” – queria ver. O filme é repleto de pequenos (e alguns grandes) presentes pros fãs. Personagens, cenários, efeitos sonoros, o fã vai sair emocionado do cinema – vi a pré-estreia junto com as pessoas do Conselho Jedi RJ, depois do filme, mais da metade da plateia estava com os olhos vermelhos de choro.

Tive que rever o filme antes de escrever estas palavras – também sou fã, também saí emocionado do cinema. Na segunda vez que vi, pude analisar mais friamente. Divido o filme em 3 partes. A primeira metade, quando temos a apresentação dos novos personagens, é um pouco arrastada. A segunda metade tem um ritmo excelente e está no mesmo nível dos melhores momentos da saga. E o fim, sei lá, os últimos cinco minutos, são para derrubar o fã. O filme pega as emoções do fã, joga num liquidificador, e depois joga de volta na cara do fã. Depois de um final daqueles, é difícil pensar em linha reta!

Justamente por causa deste final é que preferi rever antes de escrever. Quando a gente sai da sala, a adrenalina está a mil e a gente fica obnubilado por aquele final… Agora, analisando com calma, repito: a primeira metade do filme se arrasta – a primeira cena de ação só acontece depois de meia hora de filme! Ok, o espectador precisa de um tempo para conhecer esses personagens, mas não vejo problema em inserir uma cena agitada aqui e outra acolá – só pra fazer uma comparação básica: no Ep. 7, logo na cena inicial vemos o vilão parando um tiro no ar.

Por sorte, quando o filme engrena, vai num fôlego só até o fim. A segunda metade tem um ritmo excelente. E, mais uma vez traçando um paralelo à trilogia clássica, a estrutura da parte final aqui é que nem o que acontece em O Retorno do Jedi: três tramas paralelas, agindo concomitantemente (e, diferente do Ep. 1, a gente entende tudo o que está acontecendo).

Os personagens são muito bem construídos. Entendemos claramente as motivações dos dois principais, Jyn (Felicity Jones) e Cassian (Diego Luna) – apesar de heu ter ouvido críticas  a ambos os atores. Alan Tudyk dá a voz ao robô K-2, uma espécie de mistura de C3PO com o Marvin de Guia do Mochileiro das Galáxias – e um dos melhores personagens. Também gostei da dupla Chirrut (Donnie Yen) e Baze (Wen Jiang). Também no elenco multi-nacional, Mads Mikkelsen, Forest Whitaker, Ben Mendelsohn e Riz Ahmed.

Sobre os efeitos especiais: é claro que os efeitos são top de linha, isso é o mínimo quando se fala em Star Wars. Agora, teve um detalhe que superou as expectativas: um Peter Cushing digital! Cushing interpretou o Grand Moff Tarkin no filme de 77. Quando aparece aqui pela primeira vez, ele está num reflexo no vidro, e pensei “cara, que legal, vão homenagear o Peter Cushing com uma imagem de arquivo”. Aí o cara se vira, e começa a travar longos diálogos! E volta em várias outras cenas!!! Peter Cushing, falecido em 1994, está de volta!!! Acredito que este é, até o momento, o mais importante personagem digital da história do cinema. Só espero que a gente não ache o cgi tosco depois que passar o “prazo de validade”, ou seja, quando revermos o filme dentro de alguns anos.

Falei que Rogue One era repleto de referências ao filme de 77, né? A trilha sonora de Michael Giacchino entra nessa onda. Vários temas clássicos são lembrados ao longo do filme. Parecia até que a trilha era do próprio John Williams!

O texto ficou grande, né? Heu podia continuar, mas chega. Se você leu até aqui é porque é fã de Guerra nas Estrelas. Então, vamos combinar, pare de ler, reveja o Ep. 4 e vá ao cinema (re)ver o Rogue One!

p.s.: Vou fazer um outro post, menor, pra comentar os spoilers. É difícil não falar sobre o fim!

O Legado Bourne

O Legado Bourne

A “Trilogia Bourne” está de volta. E, curiosamente, sem o protagonista Jason Bourne…

O Legado Bourne explora o universo criado pelo escritor Robert Ludlum, apresentando uma história original com um novo personagem vivendo situações de vida e morte enquanto uma trama conspiratória rola paralelamente.

Não se trata de um reboot, nem tampouco de uma continuação. Na verdade, O Legado Bourne é um spin-off, prática que acontece de vez em quando com seriados de sucesso que acabaram. Jason Bourne é citado várias vezes, algumas cenas dos outros filmes são usadas. Mas o foco do filme é em Aaron Cross, outro participante do mesmo programa de Bourne.

Tony Gilroy, roteirista dos três primeiros filmes (além de vários outros como O Advogado do Diabo e Armageddon), resolveu criar uma nova história sobre um possível colega de Bourne. Diferente dos outros filmes, este não foi adaptado de um livro, é uma história inédita baseada em situações criadas na trilogia.

Paul Greengrass, diretor do segundo e terceiro filmes da trilogia Bourne, não gostou da ideia e abandonou o projeto – segundo rumores, ele teria dito que um quarto filme teria que se chamar “A Redundância Bourne”, já que nada mais havia para se falar do personagem. Sem Greengrass, o ator principal Matt Damon também pulou fora e só aparece em fotos. O roteirista Gilroy assumiu a direção, e copia o estilo “câmera trêmula” de Greengrass (ponto negativo, na minha humilde opinião).

Não só o estilo de câmera é bem semelhante ao usado nos filmes anteriores, como o formato do filme também. Um personagem que é quase um super herói perseguido incansavelmente enquanto uma trama conspiratória rola em paralelo. Sem novidades neste aspecto.

No elenco, Jeremy Renner (o Gavião Arqueiro d’Os Vingadores) segura bem a onda como protagonista. Rachel Weisz mostra uma juventude impressionante apesar dos seus 42 anos. E Edward Norton está sub aproveitado num papel que não lhe exige nada. Ainda no elenco, Scott Glenn, Albert Finney e Stacy Keach, além de Joan Allen e David Strathairn, aparentemente em imagens reaproveitadas dos filmes da trilogia anterior.

Mesmo sem ter um diretor tarimbado (é o apenas o terceiro filme de Gilroy como diretor, antes dirigiu Duplicidade e Conduta de Risco), O Legado Bourne segue direitinho a fórmula dos blockbusters hollywoodianos. Bons atores, sequências de ação emocionantes, parte técnica impecável. Ainda rolam belas paisagens geladas no Canadá, e, pra manter a “tradição”, uma sequência de perseguição. Mas, sei lá, fica aquela sensação de “será que a gente precisava de mais um filme igual a tantos outros”?

Pelo menos o filme é bem feito. Quem for ao cinema procurando um blockbuster eficiente vai gostar. Só não espere algo a mais…

.

.

Se você gostou de O Legado Bourne, o Blog do Heu recomenda:
A Identidade Bourne
A Supremacia Bourne
O Ultimato Bourne

Duplicidade

Duplicidade

Sabe aqueles filmes onde nada é exatamente o que parece ser?

Ray Koval (Clive Owen) e Claire Stenwick (Julia Roberts) são ex agentes secretos que hoje trabalham com espionagem industrial. Envolvidos em uma grande disputa entre duas gigantes da área de cosméticos, eles resolvem tentar um golpe.

O início de Duplicidade é um pouco confuso. E, conforme o filme avança, tudo fica ainda mais confuso. Mas a boa notícia é que as pontas soltas são resolvidas no fim do filme. Méritos para o inteligente roteiro escrito por Tony Gilroy, também diretor do filme.

O elenco conta com a boa química entre o casal principal, que repete aqui a parceria de Closer – Perto Demais. Owen e Roberts estão ótimos como o casal instável e sempre desconfiado entre si. Além dos dois, ainda temos Paul Giamatti e Tom Wilkinson, como os executivos rivais.

Bom roteiro, bons atores, belas locações e uma trilha sonora interessante fazem de Duplicidade uma boa opção.