Attack Girls’ Swim Team vs. the Undead

Attack Girls’ Swim Team vs. the Undead

Vou copiar e colar uma sinopse genial que li na internet:

“Prepare-se para o pior na primeira semana de aula! Mal colocou os pés no campus, a linda jovem Aki foi pressionada a substituir uma menina da equipe de natação que desistiu por causa dos abusos do instrutor. Em seguida, um cientista psicopata ordena imunizar os voluptuosos corpos das jovens estudantes contra um novo vírus e comete um erro, transformando- as em zumbis comedores de carne. Agora, com a maior parte da escola e professores furiosos, comendo-se uns aos outros, fazendo sexo selvagem e malabarismo, cabe a Aki e às suas novas aliadas da equipe de natação acabar com este pesadelo.”

Sensacional!!! Esse é daqueles filmes que PRECISAMOS ver!

E, claro, quem se propõe a ver um filme com uma sinopse dessas não pode esperar um filme bom, né?

Mesmo assim, o filme é pior do que heu esperava. Mas pior no bom sentido, claro! Attack Girls’ Swim Team vs. the Undead consegue ser ruim num sentido ainda mais amplo!

A história não faz o menor sentido. E a produção do filme, amadora, caseira, só piora tudo.

No início, achei que este filme seguiria a linha de trashs japoneses como Machine Girl e Tokyo Gore Police. Mas não, na verdade, Attack Girls’ Swim Team vs. the Undead tem nudez e sexo, coisas que faltam nos outros! E aqui também tem gore, mas o sangue jorra com menos intensidade…

(Parênteses para os fetichistas de plantão: temos vários ângulos “interessantes” de colegiais japonesas, e ainda rola um toque de pornô soft com lesbianismo light!)

Mas, sei lá, é tudo tão amador que acho que foi desperdiçado um bom argumento – não é todo dia que temos, no mesmo filme, gore, zumbis, efeitos toscos e japonesas nuas no mesmo filme. Se a produção fosse um pouquinho mais bem cuidada, acho que o filme ia ser bem melhor…

Anyway, quem leu até aqui é porque gosta do gênero. Boa sorte!

Big Man Japan

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Big Man Japan

Sabe aqueles seriados japoneses antigos, tipo Spectreman ou Ultraman, quando um herói ficava gigante para combater um monstro também gigante, que estava prestes a destruir Tóquio?

Bem, agora imaginemos um documentário contando a vida do homem por trás do herói. Um cara comum, com uma vida comum e problemas comuns. E que, quando é chamado, fica gigante e vai brigar contra o “monstro da vez”.

Claro, é um documentário fake. A ideia é até boa, não me lembro de ter visto algo semelhante. Poderia até dar um filme interessante e engraçado.

Poderia. Porque ainda não foi desta vez, com este longo e enfadonho Big Man Japan.

As partes de documentário são looongas… Este é daqueles filmes que não precisamos nos preocupar com a fila da pipoca no hall de entrada. Afinal, nada acontece antes dos 20 minutos de filme! E sempre que volta o documentário, é tudo tão chaaato que dá vontade de dormir…

Bem, pelo menos temos alguns sensacionais duelos entre o nosso heroi gigante e seres bizarros em fantasias bizarras de borracha!

Mesmo assim, o filme é dispensável. Poderia ser um curta só com as lutas…

Battle Royale

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Battle Royale

“Você seria capaz de matar o seu melhor amigo?”

Num futuro próximo, uma turma escolar indisciplinada é colocada numa ilha, onde cada um recebe uma arma aleatória, e todos têm 3 dias para se matarem, até sobrar apenas um vivo. Se sobreviver mais de um, todos morrem.

Essas são as regras básicas do jogo Battle Royale, um dos filmes japoneses mais criativos dos últimos anos.

A idéia é genial. Aliás, nem sei como Hollywood ainda não fez uma refilmagem… Uma turma de estudantes, não sei exatamente qual idade, mas como se fosse o nosso ensino médio, é colocada num abiente hostil onde a violência para com o próximo é necessária para a sobrevivência. E, ao serem apresentados a esse neo darwinismo onde quem não mata morre, as reações individuais podem ser imprevisíveis.

O clima do filme é meio trash, com dizeres na tela contando quem morreu e quantos faltam morrer pra terminar o jogo. As mortes são violentas, tem muito sangue, mas é tudo meio caricato. O fato de ser japonês ajuda, porque vemos aquelas interpretações afetadas e exageradas de sempre – e que funcionam muito bem num filme desses.

Acredito que esse filme nunca passou no Brasil pelos meios oficiais – essa imagem que peguei da internet deve ser da edição portuguesa. Mas esse vale o download no torrent mais próximo do seu provedor!

Contos de TerraMar

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Contos de TerraMar

Um desenho animado japonês com tintas fantásticas? Me lembrei logo do genial A Viagem de Chihiro, ganhador do Oscar de melhor desenho animado de 2003, que vi no mesmo Festival, uns 5 anos antes. Ainda mais sabendo que o diretor Goro Miyazaki é filho de Hayao Miyazaki, diretor de Chihiro

A aventura é baseada na série de romances de Ursula K. Le Guin e inspirada em Shuna’s Journey, história em quadrinhos de Miyazaki pai. Nela, algo está afetando o equilíbrio das coisas. Ao mesmo tempo, o príncipe Arren está em conflito com uma sombra que o persegue. Sua chance de melhora chega com o arquimago Sparrowhawk, que passa a protegê-lo. Os dois seguem viagem juntos e por onde passam encontram sinais de que algo vai mal no mundo. O responsável não tarda a surgir – é Cob, um feiticeiro maligno (que em momento algum parece feiticeiro, e sim feiticeira!).

A animaçãao não é lá grandes coisas, principalmente em tempos de guerra entre Disney, Pixar e Dreamworks. Nada muito comprometedor, mas fica alguns degraus abaixo. Pra compensar, temos cenarios muito bonitos de pano de fundo.

O desenho não consegue se decidir entre ação, drama e fantasia. Em alguns momentos a historia é bem arrastada – são quase duas horas de projeção! Mesmo assim, não chega a ser chato. Pode ser uma boa opção se passar no circuito.

Nunca li um mangá, tampouco sou fã de animes. Talvez por isso este desenho não tenha me empolgado muito. Principalmente se comparado com o trabalho do Miyasaki pai…

Tokyo Gore Police

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Tokyo Gore Police

Em agosto do ano passado, falei de um filme trash japonês onde o gore era visto de uma maneira exageradamente exagerada, o Machine Girl. A mesma produtora, a Tokyo Schock, agora nos traz mais um filme no estilo: Tokyo Gore Police!

Se, naquele, tínhamos uma história de vingança com o uso de apetrechos bizarros (como uma guilhotina voadora ou um sutiã-furadeira), aqui os apetrechos bizarros são parte dos personagens! Numa Tokyo do futuro, onde a polícia foi privatizada, aparece um novo tipo de criminoso: os “engenheiros”, pessoas que alteram seus corpos para, quando feridos, seus ferimentos virarem armas perigosas e mortais.

É assim mesmo, cortam a mão do cara e “nasce” uma motosserra no lugar…

Quem curte o estilo vai dar boas gargalhadas. O sangue é exagerado, jorra como hum chuveiro aberto no máximo. Lógica? Não existe. Mas quem vê um filme desses não espera lógica…

Talvez o filme pudesse ser um pouco mais curto, temos uma hora e cinquenta minutos. Mesmo assim, não chega a cansar. E temos gancho pra continuação! Será que a Tokyo Schock quer virar a nova Troma?

Última recomendação: não veja durante as refeições!

The Boy from Hell

The Boy from Hell

Um garoto morre num acidente de carro. Sua mãe, ajudada por uma velha esquisita, faz uma feitiçaria pra ele voltar à vida, mas ele volta como um monstro.

Parece pouco, e é.

Tosco, tosco e tosco. Já vi muito filme tosco na vida, mas se bobear, coloco esse em primeiro lugar!

Os atores são tristes de tão caricatos. A história além de clichê não faz nenhum sentido. Os cenários e efeitos são mal feitos ao extremo – só pra dar um exemplo, o garoto é substituído por um anão quando vira monstro!

Agora, se você conseguir relevar esses “detalhes”, até que o filme pode ser divertido… Sabe quando algo é tão ruim que fica engraçado? Pois é o caso aqui.

Outra coisa que ajuda é a duração. Na verdade é um média metragem, são 45 minutos apenas. Segundo o que pesquisei na internet, faz parte de uma hexalogia, todos baseados nos mangás Hideshi Hino’s Theater of Horror.

Devo ser um cara estranho. Quero ver os outros 5…

The Machine Girl

The Machine Girl

Um filme pode ser ruim e bom ao mesmo tempo? Claro que sim!

The Machine Girl parece uma resposta japonesa ao Kill Bill do Tarantino. Um filme onde uma mulher busca vingança pela morte do irmão, assassinado pela Yakusa. Só que em vez de usar elementos orientais, o filme e seus personagens são japoneses.

Logo de cara o filme mostra ao que veio. Com dois minutos de filme a mocinha Ami Hyuga diz que só tem um braço, mostrando o cotoco do outro braço. Logo depois ela pula, com OS DOIS BRAÇOS ABERTOS! Sensacional, não?

As atuações são péssimas e caricatas – o que é aquele irmão da Ami? O roteiro traz situações dignas de Didi Mocó. E, mesmo assim, o filme é divertidíssimo!

Em momento nenhum o filme se propõe a ser sério. A cada membro cortado, muito sangue jorra como se fosse num esguicho de mangueira. E temos um desfile de situações gore-bizarras na tela: um braço-metralhadora, um sutiã-furadeira, uma guilhotina voadora, e por aí vai…

Importante: semanas atrás falei de A L’Interieur, um filme onde o excesso de gore nos traz mal-estar. Bem, aqui em Machine Girl, o excesso de gore nos traz gargalhadas…

Infelizmente, é mais um filme sem previsão de ser lançado no Brasil.