Abismo do Medo 2 – The Descent Part 2

Abismo do Medo 2 – The Descent Part 2

Dirigido por Neil Marshall (Cães de Caça, Juízo Final), o primeiro Abismo do Medo foi um dos melhores filmes de terror de 2005. Claro que ia ter uma continuação, né?

Esta segunda parte começa logo depois que acaba o primeiro filme. Sarah, a única sobrevivente, é resgatada e levada ao hospital, ainda em choque. Mas o xerife quer levá-la de volta às cavernas para tentar achar alguma outra sobrevivente. E, uma vez lá embaixo, tudo começa de novo…

Acredito que todos que vão ver este filme também assistiram o primeiro, certo? Então, ninguém vai ficar decepcionado. Esta segunda parte traz o mesmo clima claustrofóbico do primeiro filme. Temos também alguns bons sustos e algum gore. Novidades? Nenhuma, claro! Simplesmente uma continuação, sem nada de novo.

A direção coube ao esteante Jon Harris, que antes era editor, e trabalhou em diversos filmes, como o primeiro Abismo do Medo e Snatch. E o elenco repete dois nomes do primeiro filme, Shauna Macdonald e Natalie Jackson Mendoza. De resto, ninguém conhecido.

De um modo geral, achei o filme claro demais. Caramba, eles estão nas profundezas das cavernas, sem nenhuma fonte de luz! Mas acho que isso também acontece no primeiro filme. E outra coisa que achei estranha é que acredito que aquelas criaturas cegas deveriam ter uma audição melhor, não?

Mas, na verdade, o que mais me incomodou não foi isso. Porém, antes de falar, preciso de um aviso de spoiler do primeiro filme!

SPOILER!

SPOILER!

SPOILER!

Vocês se lembram do fim do primeiro filme? Sarah consegue fugir da caverna, entra num carro e vai embora. Até que, de repente, acorda! Ela nunca tinha saído da caverna! E assim acaba o filme.

Como assim, o segundo filme começa com ela já fora da caverna??? Como é que ela saiu???

FIM DO SPOILER!

Enfim, um filme interessante para os fãs do primeiro Abismo do Medo, mas nada essencial.

E que venha a parte 3!

Mangue Negro

Mangue Negro

Não é todo dia que a gente tem a oportunidade de ver um filme trash nacional de zumbis canibais, né? Pra isso, fui até o centro da cidade, em pleno domingo à noite. Valeu a pena!

A trama? Ora, zumbis canibais saem do mangue e atacam as pessoas! Precisa de mais? 😀

Em primeiro lugar, preciso dar os parabéns a Rodrigo Aragão, diretor, roteirista e editor de Mangue Negro – e que ainda trabalhou nos efeitos especiais. Fico imaginando o tamanho do perrengue que passou para finalizar o filme, e que deve estar passando agora para distribuí-lo. Com mais caras como ele, o cinema brasileiro seria bem melhor.

Sobre o filme: temos coisas boas e ruins. As boas: o filme é um ótimo trash movie. Muito sangue, muito gore, não é exagero dizer que nos lembramos dos primeiros filmes de Peter Jackson (Fome Animal e Trash – Náusea Total). A maior parte dos zumbis que saem do mangue são bem feitos, e algumas cenas são geniais – como a tomada através da cabeça explodida.

Mas nem tudo entusiasma. As atuações são todas caricatas. Sim, sei que é um trash, mas isso só funciona com alguns personagens. Alguns dos atores estão sob forte maquiagem para interpretar personagens velhos, e isso só piora. A cena da dona Benedita ficou longa demais…

Mas o pior não foi isso. Boa parte do filme se passa à noite. O diretor resolveu usar filmagens em preto e branco para ser a sua “noite”. E com isso, muito do visual ficou escuro demais – pelo menos na tela do CCBB. Aliás, a bola fora foi a exibição em dvd. Caramba, heu estava num cinema! Por que não em película? As cores estavam completamente sem vida, e muitos dos efeitos se perderam…

Desconfio que deve haver alguma lenda ligando baiacu a mortos vivos, afinal, este é o segundo filme nacional em menos de um ano onde vejo esta referência – o outro foi Morgue Story.

A boa notícia para os fãs brasileiros é que Mangue Negro já tem distribuição garantida em dvd por aqui, pela London Films. E a boa notícia para os fãs fora do Brasil é que Mangue Negro tem distribuição garantida em dvd pelo mundo afora, através da distribuidora alemã 8 Films!

Quando sair o dvd, vou comprar o meu!

Giallo – Reféns do Medo

Giallo – Reféns do Medo

Retirado da wikipedia:

Giallo significa amarelo em italiano. Também significa uma série de livros baratos (com capas amarelas) com histórias de assassinatos, mistérios e suspense.

“Giallo” é um estilo de filme que fez sucesso nos anos 70 e fim dos 80, onde foram produzidos centenas de filmes com o tema. Até hoje sobrevive principalmente nas mãos do diretor italiano Dario Argento. Existem livros policiais de mistério na Itália que tinham a capa amarela. Quando começaram a produzir filmes sobre assassinos em séries sendo perseguidos por espertos detetives, a associação com os livros foi inevitável, nascia então um novo estilo na cinematografia italiana, chamado “Giallo”. A maioria dos “giallos” são parecidos, sempre existe um assassino em série (que geralmente é mostrado somente no final, durante a projeção vemos apenas suas mãos vestidas com luvas pretas de couro), um detetive que está na cola desse assassino e mortes chocantes, principalmente de mulheres (sempre com cenas de perseguição antes do ato), e exposição de corpos nús total ou parcialmente. O “giallo” foi muito importante para o gênero do terror. A maioria dos diretores italianos teve sua estréia cinematográfica com “giallos”, produzindo filmes magníficos que sempre exageravam no sangue. Foi tão popular em sua época que chegou a originar o termo “slasher” (serial killer que persegue adolescentes), tão comum nos filmes de terror dos anos 80 e 90, mas sem o mesmo charme e violência. Também originou o termo gore.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Giallo

Copiei esse texto aí em cima para explicar porque heu estava ansioso por um filme chamado Giallo, dirigido por um dos mestres do giallo, Dario Argento!

(O curioso é que heu quase perdi este filme! Heu nem sabia que ele existia, quando descobri que já tem até título em português!)

Uma modelo (Elsa Pataky) desaparece. Sua irmã, Linda (Emmanuelle Seigner) procura a ajuda do inspetor Enzo (Adrien Brody), um policial fora do padrão, que desconfia que ela foi sequestrada por um serial killer.

O filme é interessante, tem bastante sangue, bastante gore. Algumas dessas cenas são muito legais, como as marteladas no crânio, ou a briga do garoto contra o assassino. Giallo não vai decepcionar os fãs de giallo – piada óbvia, mas perfeita aqui! 😀

Apesar de ter um ganhador do Oscar como protagonista, o elenco às vezes parece meio caricato. Mas quem conhece o estilo do diretor Dario Argento sabe que as atuações em seus filmes sempre parecem exageradas. E o fato de ser claramente dublado só ajuda isso.

Infelizmente, Argento pisou na bola no fim do filme. O fim de Giallo é ruim, mas tão ruim, que a gente até se esquece que o filme é legal…

Jogos Mortais 6

Jogos Mortais 6

Ninguém pediu, mas olha lá na programação dos cinemas: mais um Jogos Mortais…

Gosto muito do primeiro Jogos Mortais. Um filme cru, violento e com um dos finais mais surpreendentes da história do cinema. Mas nunca dei bola pras continuações, acho todas elas iguais, bem mais fracas que o original, e me confundo sobre o que acontece em cada uma delas.

Mesmo assim, continuo assistindo. Por que?, alguém vai me perguntar. Ora, os filmes não são obras primas, mas são filmes honestos! Os tais jogos mortais citados no título brasileiro são criativos, rola muito sangue, muito gore, e sempre temos mortes bem feitas, graficamente falando. Mais: os filmes são curtos, e a edição é eficiente, principalmente no clímax final, onde, não raro, rola uma surpreendente virada no roteiro.

Esta sexta parte da franquia segue essa cartilha. Nada demais, apenas uma boa e honesta diversão, para aqueles que procuram algo do gênero.

Offspring

Offspring

Outro dia um amigo meu me disse que heu vejo muitos filmes esquisitos. É verdade, confesso que gosto de filmes esquisitos. Este Offspring é um desses.

Uma pacata família é atacada por um grupo de canibais selvagens que vive em cavernas ao longo da costa, na Nova Inglaterra, perto da fronteira entre EUA e Canadá.

Dirigido pelo desconhecido Andrew van den Houten, o filme é baseado no livro homônimo de Jack Ketchum. Confesso que nunca tinha ouvido falar de Ketchum. Pesquisei na internet, e descobri existem outros três filmes recentes adaptados dos trabalhos de Ketchum: The Lost, The Girl Next Door e Red. Pelo que li, estes filmes são ainda mais perturbadores que Offspring!

A produção do filme é meio vagaba, e não tem nenhum ator conhecido. E os figurinos dos canibais estão tão caricatos que parecem piada. Me lembrou minha época de locadora, quando existiam os “filmes de apoio”, produções modestas (e baratas) que eram lançadas em pacotes junto com os “filmes de ponta”.

Muita violência, muito sangue, muito gore. Aqueles que curtem não vão se decepcionar.

Admito que o filme é corajoso ao colocar crianças no meio das cenas de gore. Mas heu, particularmente, não curto muito isso…

Banquete no Inferno

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Banquete no Inferno

Outro dia, garimpando uma promoção de dvds usados a R$ 4,90, achei este Banquete no Inferno. Não conhecia, mas resolvi comprar pra arriscar. Posso dizer: foram 4,90 bem gastos!

Tudo se passa num daqueles típicos bares de filmes americanos no meio do nada. Algumas pessoas bebem cerveja, outras jogam sinuca, o tédio paira no ar. Até que um desconhecido entra no bar e avisa que logo eles serão atacados por velozes e famintos monstros!

Descobri que este filme é o resultado do terceiro Project Greenlight. Alguns anos atrás acompanhei pela tv a cabo a primeira temporada do Greenlight, um reality show organizado por Matt Damon e Ben Affleck para encontrar novos diretores. Depois de uma grande triagem, um diretor é escolhido e o seu projeto ganha o “sinal verde” (daí o nome do programa). Então o novo diretor aprende passo a passo todas as etapa de produção, desde a pré até a pós.

Nem sabia que este programa tinha gerado algum filme de verdade. Até que esbarrei neste Banquete no Inferno

O novo diretor John Gulager aproveitou a chance e fez um bom trabalho. Banquete no Inferno é muito bom para o que se propõe: muito sangue e muito gore, com movimentos de câmera rápidos e edição ágil.

O filme traz uma inovação interessante na apresentação dos personagens. Cada um deles tem uma espécie de “ficha”, explicando quem é. Não só é interessante, como o desenvolvimento disso também foge do óbvio.

No elenco sem gente muito famosa, alguns nomes chamam a atenção. Um dos papéis principais é de Balthazar Ghetty, de Estrada Perdida (de David Lynch) e de inúmeros seriados de tv. Krista Allen também tem longo currículo de seriados de tv, além de ter protagonizado meia dúzia de softcores Emmanuelle. Judah Friedlander é um dos personagens principais da atual série 30 Rock. O barman é interpretado por Clu Gulager, um dos personagens principais de A Volta dos Mortos-Vivos, e também pai do diretor. E ainda temos Henry Rollins, líder da Rollins Band e ator bissexto.

O imdb fala de duas continuações, ambas dirigidas pelo mesmo John Gulager, mas acho que esses, só por download…

Pervert!

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Pervert!

Como falei no tópico sobre o Festival SP Terror, saí pela internet procurando filmes que estavam na programação, porque acredito que a maioria não chegará aqui por meios oficiais. Dois dos títulos heu não tinha conseguido legendas, então deixei para depois. Um é o Deadgirl, que já tem legendas em português, e tentarei ver no fim de semana. O outro é este Pervert! – para o qual só consegui as legendas em espanhol!

Um jovem universitário, órfão de mãe, vai passar as férias no deserto, na casa do pai, que gosta de andar com garotas com pouca idade e muito peito, e tem a mania de fazer esculturas pouco usuais.

Dirigido por Jonathan Yudis em 2005, Pervert! é um divertido trash movie com pitadas de Russ Meyer, autor da frase “What the public want are big laughs and big tits and lot’s of ’em. Lucky for me, that’s what I like too” (“O que o público quer são gargalhadas e seios grandes, e muito. Para minha sorte, também é o que gosto”). Esta frase, inclusive, está nos créditos do filme.

E o filme segue nessa onda. Personagens caricatos, situações exageradas, nudez gratuita e algum gore. Tem mais: as cenas são costuradas por vinhetas sem sentido com mulheres semi-nuas. E heu pergunto: precisa de algo mais? 😀

Claro que algumas cenas são ridículas, os efeitos são toscos, existem erros gritantes de continuidade e as atuações são pífias. Mesmo assim, é diversão garantida por quase uma hora e vinte minutos! Mais: o elenco de rostos desconhecidos traz uma atriz pornô, Mary Carey, como uma das desinibidas de sutiã tamanho GGG!

Tem mais uma coisa que preciso falar sobre esse filme: no terço final, rola uma animação tosquérrima em stop-motion. A animação foi perfeita, porque se fosse um efeito bem feito em cgi, não teria metade da graça…

Enfim, pra quem gosta de trash, vale o download e as legendas em espanhol!

Martyrs

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Martyrs

Vingança. Violência. Tortura. Sangue, muito sangue. E não se trata de mais um filme na onda de Jogos Mortais ou O Albergue!

Uma jovem procura vingança contra pessoas que a sequestraram e torturaram quando ela era criança. E, ao longo do filme, descobre-se que “o buraco é mais embaixo”…

Filme francês violentíssimo, lembra o recente A l’Interieur. Muito gore, mas num contexto diferente do que Hollywood sempre fez. Aqui o gore dá muito mais nervoso, porque as situações parecem muito mais reais!

Ou seja: recomendado pra quem gosta de “sangue e tripas”, e está atrás de algo diferente da mesmice hollywoodiana…

O filme é muito bom. Mas, na minha opinião, Martyrs tem um problema básico: a primeira parte é muito mais interessante que a segunda. A primeira parte é violenta e misteriosa, depois, na segunda parte, o ritmo cai e no fim tudo é explicado. Bem, pelo menos temos uma explicação do que está acontecendo…

O Último Trem / The Midnight Meat Train

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O Último Trem /The Midnight Meat Train

Um fotógrafo, atrás de fotos mais realistas, sai pela noite de Nova York, e acaba encontrando um serial killer que busca suas vítimas no metrô de madrugada.

Baseado no conto homônimo de Clive Barker (Hellraiser), O Último Trem / The Midnight Meat Train é um bom filme de terror despretensioso. Digo isso porque foi mal lançado, enquanto porcarias como Os Estranhos passam nos cinemas…

O filme tem muito gore. Muitas cenas graficamente explícitas, muito sangue. Bom para os fãs do gênero!

Um dos melhores achados do filme foi colocar Vinnie Jones no papel de Mahogany, o sinistro e quieto assassino. Todo mundo conhece o tipo de papel que ele costuma fazer, aquele “cara grandalhão e mal-encarado que quando encara você é melhor atravessar a rua e ir para a outra calçada” (como em Snatch ou em 60 Segundos). Pois bem, aqui ele empresta a sua cara mal-humorada para um perfeito serial killer.

Outra curiosidade: uma das mortes mais “legais” (graficamente falando, vendo pelo lado do gore), quando um cara leva uma marretada na nuca e seus olhos saltam para fora das órbitas, é protagonizada por um tal de Ted Raimi, irmão do Sam Raimi, diretor das trilogias Evil Dead e Homem Aranha, entre outros bons filmes.

A parte final do filme é meio estranha, o filme toma um rumo diferente que talvez desagrade algumas pessoas. Mas nada grave, na minha opinião.

A l’Interieur / Inside

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A l’Interieur / Inside

Sarah (Alysson Paradis) está grávida quando sofre um acidente de carro onde seu marido morre. Pulamos então para a véspera do parto. Sarah passará a noite sozinha em casa – é véspera de natal. E uma misteriosa estranha quer entrar em casa…

Atenção: esse é dos filmes mais gore da história do cinema! Poucas vezes rolou tanto sangue pelas telas!!!

É curioso, porque normalmente o gore está associado a filmes de terror sobrenatural. E aqui o terror não tem nada de sobrenatural: a violência – física e psicológica – é “real”: uma mulher louca e violentíssima simplesmente invade uma casa e começa a cometer barbaridades contra a moradora e todo e qualquer visitante.

Me lembrei de outro filme francês recente: Irreversível, com suas cenas ultra-violentas (duas, uma delas com o estupro mais real e incômodo da história). É, os franceses estão mandando ver na violência gráfica off-Hollywood… Aqui, o menu de cenas violentas é vasto! E muito bem filmadas, por sinal… Tanto que os diretores estreantes Alexandre Bustillo e Julien Maury estão cotados para refilmar o clássico Hellraiser

Outra coisa curiosa: essa “mulher louca” é interpretada pela Beatrice Dale, que esteve no imaginário popular masculino na segunda metade dos anos 80, quando protagonizou Betty Blue, e suas cenas de sexo quase explícito…

Bom filme, mas não recomendado para qualquer um, por motivos óbvios. Mas, para aqueles que apreciam um sangue cenográfico, vale o download – não foi lançado aqui… 🙁