Asmodexia

Asmodexia-posterCrítica – Asmodexia

Por recomendação de leitores daqui do heuvi.com.br, fui catar este Asmodexia, terror espanhol obscuro. E quem acompanha o site, sabe que gosto de cinema fantástico espanhol. Então, vamulá.

Cinco dias na vida de um exorcista e sua neta, na região de Barcelona. Membros de um culto os estão perseguindo, e cada exorcismo está mais difícil do que o anterior.

Escrito e dirigido pelo estreante Marc Carreté, Asmodexia tem boas locações, boa maquiagem e um bom clima crescente de tensão – o filme é sério, sem espaço para piadinhas. O problema é que quando parece que a história vai finalmente começar, já estamos na cena final. O filme é curtinho (73 min), ficamos a primeira hora preparando o terreno para um grande plot twist – e, quando ele acontece, o filme acaba.

No elenco, ninguém conhecido. Lluís Marco, Irene Montalá, Clàudia Pons, Silvia Sabaté e Pepo Blasco funcionam bem dentro do que o filme pede.

Asmodexia parece um prólogo, ou um piloto de série. Agora fiquei com vontade de ver “o resto da história”…

p.s.: Apesar do poster, Asmodexia não tem nudez…

[REC] 4: Apocalipsis

REC4Crítica – [REC] 4: Apocalipsis

Ficou pronto o esperado [REC] 4: Apocalipsis! Será tão ruim quanto o 3, ou será que a voltaram à qualidade dos primeiros filmes?

A repórter de tv Ángela é resgatada do prédio e levada a um navio para ser examinada. Contudo, as pessoas no navio não sabem que ela carrega a semente do vírus demoníaco.

Antes de tudo, analisemos a franquia [REC]. O primeiro filme, lançado em 2007, é, na minha humilde opinião, o melhor filme já feito usando o recurso de câmera encontrada, e figura fácil em listas de melhores filmes de terror dos anos 00. O segundo filme, de 2009, não é tão bom quanto o primeiro, mas em compensação traz um twist sensacional à história.

Os dois primeiros filmes foram dirigidos pela dupla Paco Plaza e Jaume Balagueró. Para concluir a saga, a dupla se separou – Plaza foi fazer o [REC] 3, que contaria a origem de tudo, enquanto Balagueró faria o 4, a conclusão. Como o 3 foi decepcionante, a expectativa para o 4 era grande.

Mas… Infelzmente, [REC] 4: Apocalipsis  ([REC] 4: Apocalypse fora da Espanha) também decepciona…

Vejam bem, [REC] 4 não é exatamente um filme ruim. Se fosse um filme genérico de zumbis / monstros, seria um filme ok. Mas, com o nome “Rec” e com Balagueró na direção, a gente não esperava um filme apenas “ok”. Pô, este filme tem pedigree!

Outro problema: o subtítulo “apocalipse”. Com um subtítulo desses, a gente imaginava um novo Extermínio, uma devastação em um nível coerente com o nome do filme. Mas, que nada, [REC] 4 se passa num navio…

Assim como no terceiro filme, a idéia de câmera encontrada foi deixada de lado. Mas não achei ruim, na verdade me cansei do estilo “found footage”.

Resumindo, [REC] 4: Apocalipsis é apenas um filme mediano. Temos a volta de Manuela Velasco ao papel de Ángela Vidal, alguns sustos aqui e acolá e efeitos especiais eficientes, mas nada que chame a atenção. Muito pouco.

No fim rola um gancho para um possível quinto filme. Que heu sinceramente espero que não aconteça.

Las Brujas de Zugarramurdi

zugarramurdiCrítica – Las Brujas de Zugarramurdi

Sem nenhum aviso na mídia, tem filme novo do Álex de la Iglesia na área!

Depois de um assalto que deu errado, os assaltantes (e o filho de um deles) fogem em um táxi em direção à fronteira da França, perseguidos pela mãe do garoto e por uma dupla de policiais incompetentes. Durante a fuga eles passam por uma cidade onde bruxas foram queimadas no passado, e acabam caindo nas garras de uma horda de bruxas.

Ok, sei que Álex de la Iglesia não é muito pop. Mas sou fã do cara, que fez, entre outros, Ação Mutante, O Dia da Besta, Perdita Durango e Crime Ferpeito. Não gostei muito de seu penúltimo, Balada do Amor e do Ódio, mas nada que manchasse seu bom currículo.

De la Iglesia tem um raro talento para mostrar humor negro. Seus filmes estão sempre na linha entre o engraçado e o aterrorizante, muitas vezes com um pé no grotesco. A bizarria também está presente em sua obra, mas (quase sempre) dentro do limite do bom senso.

Las Brujas de Zugarramurdi começa muito bem. A cena do assalto, protagonizada por artistas de rua com os corpos pintados tem um clima tenso e ao mesmo tempo engraçado. E a perseguição de carro que vem depois não deve nada a filmes americanos. E as bruxas andando pelas paredes são assustadoras!

Las Brujas de Zugarramurdi ainda tem uma vantagem sobre Hollywood: é mais crível um vilarejo que teve bruxas centenas de anos atrás na Europa do que nos EUA, né?

O filme tem um problema: a parte final é inferior ao resto. A música é longa demais, e o ritual cruza a linha do bizarro. Nada que estrague o filme, mas Las Brujas de Zugarramurdi seria melhor se mantivesse o clima do resto do filme.

O bom elenco, liderado por Hugo Silva, Mario Casas, Pepón Nieto e Terele Pávez, traz alguns nomes curiosos. Carolina Bang, aparentemente a atual musa do diretor, consegue ser sexy e assustadora ao mesmo tempo. Carmen Maura, antiga musa de Almodóvar, faz uma das principais bruxas (é seu terceiro filme com De La Iglesia). Macarena Gomez, de Sexykiller, faz a mãe que está na perseguição. E sabe aquele cara esquisito, magro, de braços e pernas compridas, o Javier Botet? Era o ator debaixo da maquiagem da Menina Medeiros de REC e do fantasma de Mama. Só não gostei de Santiago Segura e Carlos Areces, fazendo duas bruxas, mal aproveitados em papeis pouco desenvolvidos.

Las Brujas de Zugarramurdi não é pra qualquer um. Mas quem curte o estilo vai se divertir!

O Impossível

Crítica – O Impossível

Drama-catástrofe dirigido por Juan Antonio Bayona, o mesmo cara que fez O Orfanato? Taí, quero ver.

Uma família – casal e três meninos pequenos – vai passar o natal num resort luxuoso na Tailândia. Quando chega o tsunami, a família faz de tudo para se reencontrar e sobreviver. Baseado am fatos reais.

A tsunami que destruiu parte da Tailândia no natal de 2004 foi uma das piores catástrofes naturais da história. Mas o cinema até agora ainda não tinha mostrado muito este fenômeno (parece que o recente Além da Vida mostrou a tsunami, mas não vi este filme…). Bem, agora a tsunami está no cinema, e com ricos detalhes.

A primeira parte é o melhor de O Impossível. Logo depois de uma pequena introdução, vemos a tsunami com detalhes impressionantes. O problema não era só a força da água, mas também tudo o que a água carregava. Algumas cenas debaixo d’água são fortes! E o desespero não acaba com a onda: o rastro de destruição deixado pelas ondas que aparece no resto do filme é de dar inveja aos Roland Emmerichs da vida.

Uma coisa interessante é que o filme parece americano, mas é espanhol. Alguns detalhes não são muito comuns em Hollywood, como a nudez acidental de Naomi Watts e o modo como o machucado da sua perna é mostrado.

(Aliás, é bom deixar claro: O Impossível não tem nada de terror nem nada de sobrenatural, apesar do currículo do diretor!)

O filme cai um pouco na segunda parte, quando deixa a catástrofe de lado e o foco vira o dramalhão. Não que seja um drama mal feito, longe disso, mas é que o filme cai nas armadilhas melosas que parece que têm como único objetivo fazer o espectador chorar.

Tem outro problema. O filme é baseado em fatos reais, ok, vemos no fim da projeção uma foto da família que sobreviveu à catástrofe. Mas… Será que foi daquele jeito mesmo? Os encontros e desencontros da família são hollywoodianos demais, chega a dar nervoso…

O elenco está muito bem. Naomi Watts e Ewan McGregor, como esperado, mandam bem. A surpresa é o jovem Tom Holland, que faz o filho mais velho. O garoto passa parte do filme sozinho e arrebenta. Os outros irmãos, interpretados por Samuel Joslin e Oaklee Pendergast, também não decepcionam. O filme ainda tem pequenas participações de Marta Etura (Mientras Duermes) e Geraldine Chaplin (O Orfanato).

Vendo este novo tipo de filme catástrofe, dá vontade de mandar o Roland Emmerich tirar férias. Que venham mais filmes catástrofe neste estilo!

 

¿Quién Puede Matar A Un Niño?

Crítica – ¿Quién Puede Matar A Un Niño

(Off Festival do Rio)

Há tempos heu tinha curiosidade sobre este semi obscuro filme espanhol de 1976, muito recomendado por aí em fóruns na internet. Quando soube que a refilmagem ia passar no Festival do Rio, resolvi ver logo de uma vez.

Um casal vai passar as férias em uma ilha distante do continente. Ao chegar lá, descobrem que todos os adultos sumiram. E também descobrem que todas as crianças têm atitudes suspeitas.

Hoje o cinema fantástico espanhol está em alta, com nomes consagrados como Alejandro Amenábar (que nasceu no Chile mas se mudou jovem para a Espanha), Álex de la Iglesia e Jaume Balagueró. Mas muitos cosideram que o início do desta fase nasceu com Narciso Ibáñez Serrador e este ¿Quién Puede Matar A Un Niño?. Curiosamente, Serrador teve longa carreira, mas na tv, fez muito pouca coisa para o cinema.

(Falei em “fase” porque se a gente pensar em “cinema fantástico espanhol”, não tem como não lembrar também do genial Luis Buñuel. Buñuel é fantástico tanto pelo talento quanto pela temática. Mas Buñuel é outra época, outro estilo, outra história…)

¿Quién Puede Matar A Un Niño? tem um tema difícil: crianças assassinas. Durante o filme, um personagem chega a falar “quem pode matar uma criança?”, justamente o título. Acho que a coragem de abordar este tema é o que causa tanto falatório em cima do filme.

Tudo é meio tosco. Por um lado é legal, porque a precariedade gera uma crueza interessante no visual do filme, tudo parece mais real. O filme é muito violento, mais pelo tema do que por imagens fortes. E uma trilha sonora simplérrima ajuda o clima de tensão presente ao longo da projeção.

O elenco tem cara de amador. Os atores principais Lewis Fiander e Prunella Ransome fizeram vários outros filmes, mas nada digno de nota. E as crianças não têm cara de atores e atrizes mirins profissionais. Mas, pro que o filme pede, funciona, combina com a crueza citada no parágrafo de cima.

O fato de ser uma produção obscura de quase quarenta anos trás, feita na Espanha, elevou o status de cult de ¿Quién Puede Matar A Un Niño?, hoje considerado um clássico do cinema de terror. Mas, claro, não é pra qualquer um.

La Chispa De La Vida

Crítica – La Chispa De La Vida

Oba! Filme novo do Álex de la Iglesia!

Um publicitário desempregado sofre um acidente durante a badalada inauguração de um teatro, e tenta vender seus direitos de imagem para providenciar dinheiro para sua família.

Sei que Álex de la Iglesia não é um nome muito conhecido por aqui. Mesmo assim, conheço bem sua carreira – já vi oito dos seus filmes. Admito, sou fã do cara.

Meu primeiro contato com este peculiar diretor espanhol foi com Ação Mutante, uma ficção científica com um pé no trash – pessoas deformadas criam um grupo que pratica atentados terroristas contra academias de ginástica ou qualquer coisa a favor da “ditadura da beleza”. Pouco tempo depois, participei de uma rara sessão teste, do filme O Dia da Besta – com direito a questionário no final da sessão (acho que não respondi as respostas certas, o filme não foi lançado comercialmente). Depois veio Perdita Durango, produção hollywoodiana com sinopse bizarra. A Comunidade heu comprei o dvd; Crime Ferpeito foi lançado nos cinemas; The Oxford Murders só apareceu via download; e Balada do Amor e do Ódio passou no Rio Fan ano passado. E chegamos a este La Chispa de La Vida – oito filmes de um diretor pouco conhecido, nada mal, né?

(Ainda tem mais um, 800 Balas, que tá na minha prateleira de dvds esperando na interminável “fila” de filmes a serem vistos…)

Escrevi tudo isso aí em cima pra falar que achei La Chispa de La Vida um filme discreto e comportado, comparado à filmografia do diretor. Às vezes nem parece que é o mesmo Álex de la Iglesia… (The Oxford Murders também é “bem comportado”.) Pelo menos achei melhor que o seu último, Balada do Amor e do Ódio, que mantém o estilo esquisito tradicional do diretor, mas na minha humilde opinião, um pouco acima do tom.

O filme é bem comportado, mas pelo menos traz bons personagens de moral duvidosa. Achei isso o melhor de La Chispa de La Vida: quase todos os personagens são fdps! Até o fim do filme ficamos na dúvida sobre qual vai ser o comportamento de certos tipos.

Os personagens são bem construídos e bem interpretados. No elenco, só um nome conhecido por aqui, Salma Hayek. Não sei se o resto do elenco é famoso na Espanha, só sei que aqui fizeram um bom trabalho: José Mota, Blanca Portillo, Carolina Bang, Manuel Tallafé, Fernando Tejero, Juan Luis Galiardo e Antonio Garrido.

O filme é curto (pouco mais de uma hora e meia), e tem um roteiro bem amarrado, mantendo toda a ação no período de um dia e uma noite. E apesar do tema delicado do acidente, La Chispa de La Vida não tem cenas fortes, visualmente falando.

La Chispa de La Vida não é o melhor dos filmes de Álex de la Iglesia, mas mesmo assim não vai decepcionar seus fãs.

Mientras Duermes

Crítica – Mientras Duermes

Uêba! Filme novo do Jaume Balagueró, um dos diretores dos dois primeiros REC!

César (Luis Tosar) é o porteiro de um pequeno prédio de apartamentos. Simpático e prestativo, ele guarda segredos sinistros.

REC foi um dos melhores filmes de terror da década passado. Terrorzão, com direito a violência gráfica e uma boa dose de gore. Já Mientras Duermes segue outro caminho. Trata-se de um bom suspense à moda antiga, sem nada de gore – a não ser talvez para quem tem fobia de baratas. E mesmo assim, tenso como poucas vezes no cinema contemporâneo.

Mientras Duermes consegue criar um excelente clima de tensão, graças ao bem amarrado roteiro de Alberto Marini e à direção inspirada de Balagueró – que, mais uma vez, constroi quase todo o filme dentro de um velho prédio de apartamentos, como fez nos dois REC.

O filme tem um grande trunfo: César, um personagem desagradável e genial, interpretado de maneira magistral por Luis Tosar. O personagem é tão bem construído que, em determinada cena, ele tenta fugir de um apartamento sem ninguém ver. E a gente torce por ele, mesmo sabendo que ele é um ser repugnante.

E assim o filme segue, acompanhando o porteiro César e suas atitudes altamente questionáveis….

O fim do filme não explica muita coisa, na verdade o motivo de César ser daquele jeito não fica claro. Mas isso não torna o filme ruim. Mientras Duermes é um bom filme de suspense. Pena que a gente não sabe se vai ser lançado por aqui…

Em breve teremos as continuações de REC. Paco Plaza está desenvolvendo o terceiro filme, que será um “prequel”; enquanto Balagueró fará sozinho o quarto filme, que teoricamente vai dar um fim à série. E, no seu “tempo livre”, Balagueró mostra que está em forma!

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Se você gostou de Mientras Duermes, o Blog do Heu recomenda:
A Sétima Vítima

Los Crimenes de Oxford
Rec 2
O Orfanato

Finisterrae

Crítica – Finisterrae

A sinopse deste filme era curiosa: dois fantasmas russos percorrendo o caminho de Santiago de Compostela. Será que vale o risco?

Não, não vale…

Nada no filme faz sentido. Trata-se de uma coleção de imagens bizarras sem nexo. O filme de estreia do diretor / roteirista / compositor / diretor de arte Sergio Caballero não tem a menor lógica.

A primeira lembrança que vem à memória é O Estranho Caminho de Santiago, filme dirigido por Luis Buñuel em 1969 – um filme surrealista feito no mesmo cenário. A diferença é que Buñuel usava elementos surreais, mas seus filmes seguiam uma linha narrativa. Já o filme de Caballero não segue linha nenhuma!

Deve ter um monte de simbolismos espalhados – por exemplo: às vezes, um dos fantasmas está a pé; às vezes, de cadeira de rodas; às vezes, a cavalo; às vezes, num cavalo de brinquedo. Será que era pra ter algum sentido? Sei lá. Só sei que não tenho mais paciência para filmes assim tão herméticos. Não tenho mais saco pra ver uma longa cena com um cavalo de madeira pegando fogo numa fogueira na praia, por mais de um minuto, com a câmera parada…

Se algo se aproveita, o filme traz belas imagens. E é curto. Mas ainda assim é dispensável…

Agnosia

Crítica – Agnosia

Não é de hoje que a Espanha nos apresenta bons filmes fantásticos, principalmente por causa de diretores como Guillermo Del Toro e Álex de la Iglesia. Então, quando soube de um filme escrito por Antonio Trashorras, o mesmo roteirista de A Espinha do Diabo (dirigido por Del Toro), corri para ver.

Espanha, 1899. Joana é uma bela jovem com uma doença que atrapalha a sua percepção e a impede de reconhecer alguns sons e imagens. Quando seu pai morre, ela vira vítima de um plano para descobrir um segredo industrial.

Como heu disse, tem um monte de filmes fantásticos bons feitos na Espanha. Mas Agnosia não é um deles – principalmente porque, de fantástico, o filme não tem nada!

Mas o pior de Agnosia não é ser um drama. O problema é o roteiro, lento demais, e com algumas situações forçadas demais. Para não entregar spoilers, vou me ater à cena inicial:
1- Se o pai de Joana fabricou uma lente para vender rifles, por que ficou chocado com pessoas que estavam usando o seu rifle para matar um animal? Será que ele achava que os rifles não matariam ninguém?
2- Este evento teve algo a ver com a doença de Joana? Ou foi só uma coincidência?
Resumindo: pra que esta cena inicial? Só para nos mostrar que o cara tinha um segredo industrial? E precisava de toda a papagaiada em volta da menina?

E assim o filme segue, leeento… A parte dentro do quarto escuro é boa, mas isso acontece depois da metade do filme.

Pelo menos nem tudo é de se jogar fora. O diretor Eugenio Mira tem talento para criar belas cenas, como a cena inicial dos rifles e balões pretos, ou a cena final, na escadaria. Cinematograficamente, são cenas muito bonitas.

No elenco, só reconheci dois nomes: Eduardo Noriega, de Abra Los Ojos e A Espinha do Diabo; e Bárbara Goenaga, de Los Cronocrimenes (todos os três filmes são bons exemplos de filmes fantásticos espanhois…).

Enfim, Agnosia não é de todo ruim. Mas tem filme espanhol melhor por aí.

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Se você gostou de Agnosia, o Blog do Heu recomenda:
The Oxford Murders
O Orfanato
Los Ojos De Julia

Balada do Amor e do Ódio/ Balada Triste de Trompeta

Crítica – Balada do Amor e do Ódio / Balada Triste de Trompeta

Uêba! Filme novo escrito e dirigido pelo Álex de La Iglesia!

Espanha, anos 70. Descendente de uma família de palhaços, Javier começa a trabalhar num circo como o “Palhaço Triste”, ao lado do palhaço Sergio, um bom profissional, mas uma pessoa de temperamento muito complicado. Tudo fica ainda mais complicado quando a trapezista Natalia, namorada de Sergio, se aproxima de Javier.

Olha, sou fã do Álex de La Iglesia, e admito que gosto de filmes esquisitos. Mas preciso reconhecer que ele não foi feliz aqui. Balada do Amor e do Ódio é bizarro demais!

O filme já começa estranho. Rola um prólogo na década de 30, com palhaços na linha de frente de guerra. Depois segue estranho com a história do Palhaço Triste. E, a partir da fuga de Javier do hospital, tudo fica bizarro demais. A loucura de Javier nos faz perder qualquer interesse por um personagem que já não tinha muito carisma!

A parte técnica do filme é boa, gostei da fotografia com cores escuras. Também gostei do elenco, que conta com Carlos Areces, Carolina Bang e Antonio de la Torre. O problema está no roteiro mesmo…

O penúltimo filme de Álex de La Iglesia tinha sido o fraco Los Crimenes de Oxford. Não foi um filme ruim, só perde na comparação com outros como Ação Mutante, O Dia da Besta e Crime Ferpeito. E agora, veio este Balada do Amor e do Ódio. Sr. Álex, ainda estou esperando à volta aos bons tempos, ok?

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Se você gostou de Balada do Amor e do Ódio, o Blog do Heu recomenda:
Crime Ferpeito
O Orfanato
Los Ojos de Julia