Estrada para o Inferno (Zibahkhana)

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Estrada para o Inferno (Zibahkhana)

Um filme paquistanês sobre zumbis mutantes e que ainda inclui no roteiro uma família de assassinos sádicos? Não podia ser ruim!!!

Esse filme é vendido como “o primeiro filme gore paquistanês”!

A história é básica: um grupo de jovens mata aula pra ir para um concerto de uma banda de rock, mas se perdem no caminho. E a partir daí todos os clichês possíveis entram no roteiro! Temos zumbis, uma doença contagiosa, personagens sinistros, até um assassino de burca!

Infelizmente, o filme se perde ao colocar idéias demais. Seria melhor se focasse nos zumbis OU na família de sádicos. Um elemento acaba diminuindo o outro…

Mesmo assim, é diversão garantida!

O Diário dos Mortos

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O Diário dos Mortos

Mais um “reality movie”? Sim. Mas ao mesmo tempo estamos falando de mais um filme de zumbis do mestre George Romero. E aí o buraco é mais embaixo…

Pra quem não ligou o nome à pessoa, George Romero foi o primeiro cara a fazer filmes de zumbis como os conhecemos. No distante ano de 1968 ele nos deu o clássico dos clássicos A Noite dos Mortos Vivos, filme que estabelece certos padrões respeitados até hoje: zumbis são mortos-vivos, normalmente lentos e sem raciocínio, e que só “morrem” se algo acontece com seu cérebro.

Ele não parou aí: em 78 veio A Madrugada dos Mortos (recentemente refilmado) e em 85 a trilogia foi fechada com O Dia dos Mortos. E voltou ao tema em 2005 com A Ilha dos Mortos.

E agora, em 2007, lançou o seu quinto filme de zumbis… Usando o estilo “amadores com câmeras na mão”…

A premissa do filme: uma turma de faculdade de cinema tenta sobreviver a um novo “vírus” que traz os mortos à vida. Resolvem filmar tudo o que acontece, e aos poucos descobrem o que está acontecendo.

O ritmo do filme é lento, como aliás todos os filmes do Romero. Mas lento não significa chato – Romero sabe como poucos criar tensão na tela.

Destaque para os efeitos especiais: as cenas violentas são abundantes, mas nunca cai pro escatológico – afinal, são os próprios personagens filmando! Mesmo assim, pros fãs de terror, temos várias “mortes legais”!

Romero continua em forma!

Fido – O Mascote

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Fido – O Mascote

Quem se lembra do fim de Shawn of the Dead? Agora coloque aquele zumbi que joga videogame no meio de uma mistura entre Mamãe é de Morte e Mulheres Perfeitas. E coloque tudo isso nos anos 50.

Difícil de misturar, não? Pois Fido – O Mascote é algo por aí.

Uma poeira cósmica cai na Terra e transforma os mortos em vivos. E aparece uma grande corporação que cria uma coleira que controla os zumbis, que viram escravos a serviço da população, ao mesmo tempo que deixa as cidades seguras.

Sim, é um filme de zumbis. Tem muito sangue, pedaços de corpos sendo arrancados, um monte de gente morrendo e sendo comida por mortos-vivos… Mas NÃO é um filme de terror! É uma comédia – de humor negro, muito negro!

Logo de cara, o filme mostra a que veio. Passa um daqueles filminhos de propagandas educativas, em preto e branco, muito anos 50. E o filme inteiro é uma grande caricatura com esse visual!

O elenco está perfeito: Carrie Ann Moss, Dylan Baker e o garoto K’Sun Ray são a família protagonista, que ganha como novo vizinho um Henry Czerny veterano da “guerra dos zumbis”. Outro personagem genial é o vizinho esquisitão que tem uma namorada zumbi, vivido por Tim Blake Nelson. E, claro, Billy Connolly consegue criar um convincente morto-vivo com Fido, o nosso zumbi de estimação.

Andrew Currie, um diretor desconhecido por aqui, conseguiu dosar perfeitamente o humor, o terror e o trash, trazendo uma pérola, que aqui foi mal lançado e deve até ser difícil de se encontrar nas locadoras.

Os teóricos chatos de plantão ainda terão como se divertir, vendo vários textos subliminares; como o racismo contra os zumbis; ou a militarização da sociedade feita pelo “grande irmão” Zomcom, a corporação que controla os zumbis.

Mas recomendo deixar as teorias de lado e se divertir vendo como um zumbi pode “voltar a viver”… A cena que Carrie Ann Moss leva bebidas para Fido e seu filho é genial!

House of The Dead

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House of The Dead

O diretor Uwe Boll parece que quer tomar o lugar de Ed Wood como “o pior diretor da história do cinema”. Então, pra que perder tempo vendo um filme dele? Afinal, já sabemos que será ruim!

Mas é que li por aí pela net que a continuação, House of The Dead 2, é um bom filme, apesar do primeiro ser muito ruim. Além disso, queria comparar os dois diretores supracitados…

Um grupo de jovens vai a uma rave numa ilha. Chegando lá, não encontram ninguém, apenas zumbis mortos-vivos assassinos.

Sim, podia ser um bom argumento prum filme trash. Mas nem pra isso serviu… É daqueles que, de tão ruim, é ruim mesmo!

Pra começar: se um morto volta à vida, como é que ele morre de novo levando um tiro? Não estou questionando coisas como a habilidade relâmpago que as pessoas adquirem para artes marciais ou tiro ao alvo quando veem zumbis pela primeira vez; não estou questionando quem carregaria tantas armas “por coincidência”; não estou questionando o método bizarro de se “criar” novos zumbis. Minha questão básica é: se já está morto, não vai sangrar até morrer se levar um tiro!

O filme é baseado num videogame. Nunca joguei esse videogame, não sei se é fiel ou não. Mas posso dizer que, como filme, não funciona. Aliás, de vez em quando flashes do videogame pipocam na tela, para unir cenas… Patético…

Vou ver a continuação, espero que valha a pena!

Sobre o folclórico título de “pior diretor da história”, Uwe Boll está no páreo. Heu, particularmente, acho Ed Wood um injustiçado. ele era picareta sim, e muito. Mas normalmente usam o seu filme Plano 9 do Espaço Sideral como exemplo de pior filme. Mas esse é divertido. Ruim é quando ele tenta ser sério, como em Glenn or Glenda

É, acho que vou deixar essa disputa de lado e ver uns filmes bons… Vai me fazer melhor… 🙂

Dance of the Dead

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Dance of the Dead

Quase toda a população de uma pequena cidade vira zumbi, e logo na famosa “Prom Night”, no dia do baile de formatura da escola!

Sim, o argumento é clichê. Mas é daqueles clichês que, se bem conduzidos, podem ser bem divertidos!

Essa é a onda de Dance of the Dead. Nada demais. Apenas engraçado, divertido e despretensioso. E precisa de algo a mais?

O diretor é desconhecido, assim como o elenco. Os efeitos especiais são simples e eficientes. Situações e personagens clichês desfilam pelo filme. Mas ninguém compromete. E o espectador ganha uma boa diversão, pra se ver com galera e pipoca!

Vi no imdb um box com 8 filmes de terror semi-desconhecidos (será que ainda tem hífen depois da reforma ortográfica?):

http://www.imdb.com/media/rm3528889344/tt0926063

Um é esse Dance of the Dead; outro é O Bosque Maldito, que vi em março do ano passado num festival de cinema trash aqui no Rio (http://www.fotolog.com/helvecioparente/15689461).

Pelos dois que já vi, acho que vou procurar os outros seis…

Zombies Gone Wild

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Zombies Gone Wild

Poucas vezes na minha vida desisti de ver um filme no meio dele. Mesmo quando é muito ruim, vejo até o fim. Nem que seja pra falar mal.

Mas não consegui terminar este filme Zombies Gone Wild. Isso se é que podemos chamar essa coisa de filme…

A princípio, a idéia parecia boa: uma mistura de American Pie com filme de zumbi! Legal! Isso deve ser tão trash que o filme dificilmente vai ser ruim…

Mas… Engano meu: é REALMENTE ruim.

Por que digo isso? Aparentemente um grupo de amigos comprou ou ganhou uma filmadora e resolveu filmar qualquer coisa. Até acredito que eles devem ter se divertido filmando isso e depois assistindo ao que saiu. Mas… Por que fingir que é um filme de verdade e lançar no mercado?

A imagem é tosca, video mesmo, câmera na mão. As atuações são caricatas no mau sentido – os personagens são clichês exagerados e mal interpretados pelos pretensos “atores”. O humor (?) é sem graça, não dá nem pra tirar um leve sorriso.

Até aí, ainda aguento. Mas as cenas são looongas, arrastadas, nada acontece no filme… Aí não deu mais. Avancei. Será que melhora quando aparecerem os zumbis?

Nada… Vi zumbis melhores no calçadão de Copacabana na Zombie Walk. Os daqui do Rio são melhores em dois sentidos: em fantasia e interpretação. Como assim, um zumbi pode ser mal interpretado? Acredite, pode.

Gosto de filmes ruins. Mas gosto de filmes, não disso aí.

p.s.: até esse cartaz é fake. Nada disso acontece…

Zombie Strippers

Zombie Strippers

Ok, um filme chamado “Zombie Strippers” não pode ser bom, concordo.

Dançarinas de um clube de strip-tease viram zumbis e atacam seus clientes. E ainda tem no elenco a atriz pornô Jenna Jameson e Robert Englund, o Freddy Kruger? A idéia, de tão tosca, poderia render um filme trash divertido. Mas não, é fraaaco…

Existem os filmes trash com algum talento por trás. Peter Jakcson, antes da fama e dos Oscars da trilogia O Senhor dos Anéis, fez dois trash maravilhosos! Sim, é tudo tosco, mas é um tosco “cool” e engraçado. E existem filmes como Zombie Strippers, que são simplesmente toscos. Não se vê nada além da nudez e do gore…

O elenco, claro, é péssimo. Todos são caricatos ao extremo. Sim, é o tom que se pede num filme desses, mas talvez esteja caricato demais. Mr Englund, volte para debaixo da maquiagem do Freddy! Por sua vez, o roteiro tenta colocar piadas políticas no meio da trama, mas é um roteiro tão fraquinho que dá até pena…

Concordo numa coisa: pelo menos temos muita nudez gratuita, violência desnecessária, cabeças explodindo, muito gore, tudo o que se espera num filme desses. A cena do pompoarismo é genial! Mas, pergunto, isso é suficiente?

Anyway. serve pra ser visto com galera, no meio da farra…