Ted 2

ted2Crítica – Ted 2

O ursinho de pelúcia politicamente incorreto está de volta!

Recém casado, Ted descobre que não pode adotar uma criança porque ele é uma propriedade. Começa então uma briga judicial para provar que ele merece ser considerado uma pessoa.

Gostei muito do primeiro Ted, de 2012. Gosto de humor politicamente incorreto, e o diretor / roteirista / intérprete Seth McFarlane foi bem ácido nas suas piadas. Claro que quero ver uma continuação!

Ted 2, também dirigido, escrito e interpretado por McFarlane, é a continuação típica. A mesma estrutura, o mesmo estilo de humor. A fórmula funciona, porque quem curtiu o primeiro filme pode ver este sem medo; e quem não curtiu, nem vai ver este.

O prato não parece requentado porque McFarlane recheou o filme de citações ao universo pop / nerd. Tem uma cena no fim sensacional para o público nerd – uma briga de cosplayers dentro de uma Comic Con! E, claro, Sam Jones – o Flash Gordon – está de volta.

O elenco também é bem legal. Mark Wahlberg, Giovanni Ribisi e Seth McFarlane (como a voz do urso Ted) voltam aos seus papeis; Mila Kunis não volta,Amanda Seyfried assume o principal papel feminino. E ainda temos Morgan Freeman num papel pequeno e uma divertida ponta de Liam Neeson.

Resumindo, apesar de ser uma repetição do primeiro filme, Ted 2 ainda vale para quem gosta do estilo.

Noite Sem Fim

0-noitesemfimCrítica – Noite Sem Fim

Mais um filme de ação do Liam Neeson…

O assassino profissional Jimmy Conlon tem uma noite para decidir se é mais leal ao seu filho Mike, com quem não tem mais contato; ou ao seu melhor amigo, o chefão da máfia Shawn Maguire, que quer que Mike pague pela morte do seu próprio filho.

O diretor espanhol Jaume Collet-Serra chamou a atenção com o terror A Órfã, de 2009. Dois anos depois, Collet-Serra fez Desconhecido, sua primeira parceria com Liam Neeson, um misto de ação com suspense. Em 2014, outra parceria com Neeson, Sem Escalas, mais uma vez com um pé no mistério. Terceiro filme seguido da dupla, agora o suspense foi deixado de lado – Noite Sem Fim parece mais próximo da franquia de ação Busca Implacável.

Noite Sem Fim (Run All Night, no original) não é ruim, mas a gente já viu tudo isso tantas vezes, que, certa hora do filme, quando Neeson diz ao seu filho para confiar nele, parece que ele ia dizer sua famosa frase “I do have a very particular set of skills, skills I have acquired over a very long career“…

O que salva é o elenco. Neeson é um grande ator, é agradável vê-lo, mesmo que seja repetindo um papel. E ele está muito bem acompanhado por Ed Harris, Vincent D’Onofrio e Joel Kinnaman (o novo Robocop). Também no elenco, Genesis Rodriguez, Common e Nick Nolte, numa ponta não creditada.

Além disso, Noite Sem Fim traz imagens bem cuidadas e uma boa fotografia, quase toda noturna. Collet-Serra tem boa mão para as sequências de ação, e o filme ainda usa uns interessantes travellings super rápidos em cgi para ligar algumas cenas.

Parece que recentemente Neeson declarou que ia aposentar sua carreira de action hero, ele disse que se sente velho demais para isso. Bem, acho que é uma decisão acertada. Neeson continua fazendo bons filmes. Mas já deu, né?

Busca Implacável 3

buscaimplacavel3Crítica – Busca Implacável 3

A regra em Hollywood é clara: se o filme teve sucesso comercial, teremos continuação(ões). Assim, vamos ao terceiro Busca Implacável…

O ex-agente Bryan Mills é acusado de um assassinato que ele não cometeu, e agora precisa usar suas habilidades para escapar da polícia e limpar o seu nome.

Sim, o primeiro Busca Implacável foi bem legal. Sim, o segundo foi mais fraco. Sim, não precisava de um terceiro. Dito tudo isso, fica a dúvida: vale ver o terceiro filme?

Mais uma vez dirigido por Oliver Megaton (do segundo filme), Busca Implacável 3 (Taken 3, no original) se equivale ao segundo filme. Um filme de ação apenas maomeno, com alguns bons momentos, mas que fica devendo no conjunto. E atrapalha a mania do diretor de usar sempre planos muito curtos, resulta em um filme picotado como se fosse um longo (e cansativo) videoclipe – algumas cenas ficaram confusas, como a perseguição de carros, onde demorei pra entender quem estava em qual carro.

O roteiro, mais uma vez escrito por Luc Besson (também produtor), traz um Bryan um fora da lei, perseguido pela polícia, com a ação se passando nos EUA. Sim, tudo previsível, a gente já viu essa trama um monte de vezes. Pra piorar, o filme demora a engrenar, quase nada acontece na primeira meia hora. A única vantagem é que Liam Neeson é um grande ator e está em boa forma, apesar dos seus sessenta e poucos anos, isso deixa Busca Implacável 3 um pouco acima da mediocridade.

Além de Neeson, Busca Implacável 3 traz de volta Maggie Grace e Famke Janssen, e tem Forest Whitaker e Dougray Scott como novidades no elenco (por que Xander Berkeley não voltou ao seu papel?). Nenhum dos novos vilões merece ser citado.

No fim, temos mais um filme de ação genérico, que não chega a ser ruim, mas está longe de ser bom. Quem quiser um bom filme de ação, reveja o primeiro Busca Implacável.

p.s.: A piada é velha, mas continua válida: claro que Liam Neeson vai conseguir fazer tudo aquilo. Além de ser Zeus, o cara treinou o Batman e o Obi Wan Kenobi!

Caçada Mortal

Caçada MortalCrítica – Caçada Mortal

Ontem falei de um “James Bond genérico”. Hoje é dia de um “Liam Neeson genérico”.

Nova York, anos 90. Matt Scudder é um ex-policial que agora trabalha como investigador privado, muitas vezes agindo fora da lei. Com uma certa relutância, ele aceita ajudar um traficante que está atrás do homem que sequestrou e matou sua esposa.

Liam Neeson é um grande ator, ninguém duvida disso. E ele vive uma trajetória incomum na sua carreira: depois dos cinquenta e cinco anos de idade, virou herói de filmes de ação – desde o Busca Implacável de 2008, já tivemos Esquadrão Classe A, Desconhecido, A Perseguição, Battleship, Batman, Sem Escalas… Dirigido por Scott Frank, Caçada Mortal (A Walk Among the Tombstones, no original) é mais um filme para o currículo do “action hero” agora sessentão (Neeson nasceu em 52).

A narrativa é um pouco lenta, e o final é um pouco previsível, mas nada grave. O filme é bem feito, bem conduzido, bons personagens, boa fotografia, mas parece que a gente já viu tudo isso antes, por isso citei “genérico” lá em cima. Caçada Mortal é um filme correto, mas esquecível. Bom divertimento descartável.

O personagem Matt Scudder veio da literatura, existe uma série de 17 livros escritos por Lawrence Block – Caçada Mortal é baseado no livro homônimo lançado originalmente em 1992. Curiosamente, este não é o primeiro filme do personagem. Morrer Mil Vezes, de 1986, traz Jeff Bridges interpretando o mesmo detetive.

No elenco, o nome é Liam Neeson. Fosse outro ator, Caçada Mortal seria um filme besta que nem seria lançado no circuito. Acompanham Neeson os pouco conhecidos David Harbour, Dan Stevens, Ólafur Darri Ólafsson e Brian ‘Astro’ Bradley.

Caçada Mortal não é um filme memorável, mas vai agradar aqueles em busca do “novo filme de ação do Liam Neeson”.

Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola

Um-Milhao-de-Maneiras-de-Pegar-na-PistolaCrítica – Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola

Filme novo do Seth MacFarlane, o mesmo de Ted!

Depois de fugir de um tiroteio, um homem medroso perde sua namorada. Nesse momento, uma bela e misteriosa mulher chega à cidade e o ajuda a retomar sua coragem, e os dois acabam se apaixonando. Só que ele não sabe que o marido dela é um notório fora da lei.

Quem viu Ted, ou quem conhece Family Guy, conhece o estilo de MacFarlane: muito humor grosseiro e politicamente incorreto. Não sou muito fã da parte grosseira, mas sei apreciar uma incorreção política (nem sei se essa expressão existe), principalmente nos dias de hoje, cheios de chatos patrulhando.

Na minha humilde opinião, Ted acertou em cheio o tom do humor. Já Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola (A Million Ways to Die in the West, no original), escrito, dirigido e estrelado por MacFarlane, tem alguns momentos geniais, mas escorrega ao usar muitas piadas escatológicas – por exemplo, Neil Patrick Harris é um ator com excelente timing de comédia, mas vê-lo com diarreia é constrangedor e nada engraçado.

(Por outro lado, uma curta e sensacional cena com Christopher Lloyd, sozinha, já serve como uma das melhores piadas do ano! E ainda em o Jamie Foxx em outra genial referência.)

O roteiro também escorrega na sua trama principal, clichê e básica demais – sujeito rejeitado pela mulher amada, mas que consegue uma melhor ainda – e ainda ficou forçado a Charlize Theron gostar dele. Talvez este seja o principal problema de Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola: um roteiro fraco que se apoia em piadas irregulares, por isso são tantos altos e baixos. Se fosse mais curto (são 116 min) e cortasse parte da escatologia, seria uma comédia mais engraçada.

Aliás, o elenco é muito bom. Se MacFarlane como ator não é lá grandes coisas, pelo menos ele teve a boa sacada de se cercar de gente talentosa, como Charlize Theron, Liam Neeson, Amanda Seyfried, Neil Patrick Harris, Giovanni Ribisi e Sarah Silverman. A fotografia e a trilha sonora também são boas.

Por fim, mais uma vez vamos falar mal do título nacional. Se o filme se chama “um milhão de maneiras de morrer no oeste“, de onde tiraram “um milhão de maneiras de pegar na pistola“???

O Que Será de Nozes?

0-O que será de nozes - posterCrítica – O Que Será de Nozes?

Mais uma animação com cara de início de franquia…

Um incorrigível esquilo egoísta é expulso do parque onde morava, com vários outros animais, no meio de uma crise de falta de comida. Mas ele planeja sua volta ao parque quando descobre uma loja de nozes.

Há pouco falei aqui de Khumba, um desenho com cara de Hollywood, mas feito na África do Sul, e que parece uma mistura de Madagascar com O Rei Leão. O Que Será de Nozes tem algumas semelhanças: parece Os Sem Floresta, mas com o Remy de Ratatouille; tem cara de Hollywood, mas é uma produção sul-coreana (co-produção, junto com EUA e Canadá). Outra semelhança: ambos são bonitinhos – e fraquinhos.

Dirigido por Peter Lepeniotis (Toy Story2), O Que Será de Nozes (The Nut Job, no original) é simpático e bem feito. Mas só, muito pouco para hoje em dia, quando a Pixar, a Disney, a Dreamworks e a Blue Sky elevaram a qualidade das animações a um patamar bem alto.

Alguns personagens são muito bons – Mano, o rato que parece irmão do Remy, consegue ser um coadjuvante excelente sem dizer nenhuma palavra. A parte técnica é bem cuidada, temos ângulos criativos ao longo de todo o filme. Mas a trama é bobinha e previsível, e o ritmo é tão lento que parece até que o filme dura bem mais do que os 85 minutos de projeção.

Teve uma coisa que me incomodou um pouco na tradução, mas não sei se aconteceu na transição entre o coreano e o inglês, ou entre o inglês e o português. É que durante todo o filme os personagens só falam em “nozes”, quando vemos claramente outros alimentos na tela. Alguns até parecem amendoins. Será que a palavra “nut” é tão abrangente?

A sessão para a imprensa foi dublada em português, não sei se teremos versões legendadas em cartaz. Tomara que sim, a versão em inglês tem vários nomes legais no elenco: Liam Neeson, Katherine Heigl, Will Arnett, Brendan Fraser e Maya Rudolph.

Ah, sim, tem o “fator Coreia do Sul”. Qual foi o último grande sucesso mundial vindo daquele país? O popstar gordinho Psy e o seu Gangnam Style. Bem, não só a música está na trilha sonora, como vemos uma versão desenhada do Psy dançando com todo o elenco durante os créditos. É, concordo, não precisava…

Por fim, um lembrete: tem uma cena extra no fim dos créditos, curtinha e muito mais engraçada do que o Gangnam Style.

Sem Escalas

Sem EscalasCrítica – Sem Escalas

Nova parceria entre Liam Neeson e Jaume Collet-Serra!

Durante um voo atravessando o Atlântico, um policial recebe mensagens de texto ameaçando matar um passageiro a cada 20 minutos se a companhia aérea não pagar um resgate de 150 milhões de dólares.

A Espanha tem tradição no cinema fantástico. Mas, diferente de vários conterrâneos, o espanhol Jaume Collet-Serra construiu carreira em Hollywood. Depois de começar com o fraco Casa de Cera, ele acertou com os bons A Órfã e Desconhecido. Agora, Collet-Serra confirma o talento com mais um bom suspense.

Sem Escalas (Non Stop, no original) é um suspense que usa a estratégia do “whodunit”, mais usada em filmes de terror. Trata-se daquela situação “aghatachristieana”, quando temos que encontrar o assassino no meio de vários suspeitos, e ao longo da trama acontecem eventos para confundir o espectador. E o interessante daqui é que a trama se passa dentro do avião, tornando tudo mais claustrofóbico.

O roteiro do filme é bem construído, mas infelizmente escorrega logo na solução do “whodunit” – aquele fim não convence ninguém. Não chega a ser ruim a ponto de estragar o filme, mas tira um pouco do brilho do filme.

No elenco, Liam Neeson mostra mais uma vez que é “o cara”. Parece que de uns anos pra cá ele se especializou em fazer filmes de ação – além de protagonizar Esquadrão Classe A (2010) e os dois Busca Implacável (2008 e 2012), ele teve papeis menores em Star Wars, Batman e Fúria de Titãs. Ainda no elenco, achei Julianne Moore apagada – seu papel caberia em qualquer atriz mediana. Também estão no filme Michelle Dockery, Scoot McNairy e Lupita Nyong’o, em provavelmente seu último papel pequeno (ela ganhou o Oscar este ano, né?).

Enfim, Sem Escalas pode não ser tão bom quanto A Órfã e Desconhecido, mas mesmo assim ainda é melhor do que a maioria dos suspenses lançados por aí.

p.s.: Algumas vezes durante o filme mencionam o voo de 6 horas como um voo “longo”. Pô, ir do Brasil pra Europa é bem mais demorado…

Tudo Por Um Furo

0-Tudo-por-um-furoCrítica – Tudo Por Um Furo

1979. Demitido do programa que o deixou famoso, Ron Burgundy volta para Nova York para trabalhar no primeiro canal de notícias 24 horas.

Antes de tudo, preciso confessar que nunca vi o primeiro filme, O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy (Anchorman, no original), lançado em 2004. Mas podemos dizer que isso não é pré-requisito, dá pra entender tudo da continuação.

Dirigido pelo mesmo Adam McKay do primeiro filme, Tudo Por Um Furo (Anchorman 2, no original), é co-escrito e estrelado por Will Ferrell. Isso já indica o ponto fraco do filme: é um “filme do Will Ferrell”. São muitas piadas bobas e sem graça, baseadas apenas no suposto carisma do comediante. Isso não funciona – a não ser que você seja fã do cara.

Mas quem entra na sala de cinema já sabe disso. E a sorte é que Ferrell não está sozinho. Se as suas piadas são bobas (o trecho onde ele perde a visão é insuportavelmente chato), todas as cenas com o Steve Carell são engraçadíssimas. Brick, seu personagem, é imprevisível e gera situações completamente nonsense! E seu relacionamento com a Chani (Kristen Wiig) criou um dos casais mais engraçados dos últimos anos.

Tem mais: perto do fim rola uma cena de batalha campal, cheia de cameos, que é simplesmente sen-sa-cio-nal! Não vou dar spoilers aqui e estragar a cena. Mas te digo que, se o filme estiver chato, não vá embora. Saia da sala, dê uma volta, compre uma pipoca, e volte para ver o fim do filme!

Aliás, falando de elenco, Tudo Por Um Furo tem um elenco excelente. Além de Ferrell, Carell e Wiig, o filme conta com Paul Rudd, Christina Applegate, David Koechner, James Marsden, Dylan Baker, Meagan Good e Greg Kinnear, além de uma ponta de Harrison Ford logo no começo.

A ambientação de época também é muito boa, e a trilha sonora, repleta de sucessos do fim dos anos 70, também é excelente. Pena que o ego do Will Ferrell deve ser grande demais, e ele aparece tanto que cansa. A versão que veio para o Brasil tem 119 minutos, e diz a lenda que existe uma versão ainda mais longa, com mais cenas com Ferrell. Pena, deveria ter meia hora a menos. E mais do casal Carell / Wiig…

Ah, fiquem até o fim, tem uma cena depois dos créditos!

Uma Aventura Lego

Crítica – Uma Aventura Lego

Emmet, um boneco Lego comum, é confundido como sendo o construtor mestre, o único que pode salvar o universo Lego. Com a ajuda de um velho místico, de uma mulher durona – e do Batman, Emmet vai lutar para derrotar o mal.

Dirigido pela dupla Phil Lord e Christopher Miller (Tá Chovendo Hamburger, Anjos da Lei), Uma Aventura Lego (The Lego Movie, no original) é uma boa diversão para os pequenos, e também para os grandes que os acompanham. Se por um lado a história é bobinha e traz uma lição de moral óbvia, por outro lado a trama tem umas soluções divertidas (como usar revomedor de esmalte para apagar um rosto de um boneco), e é cheia de referências à cultura pop.

O grande barato de Uma Aventura Lego é que a animação mista de cgi com stop motion, mas pensada pra tudo parecer um stop motion feito com peças reais de Lego. Tudo na animação obedece as limitações das peças de plástico duro – diferente de outras animações baseadas em brinquedos, como Lego Star Wars e os desenhos da Barbie, que usam os personagens, mas com movimentos flexíveis. Até quando vemos efeitos de tiros, de fogo ou de água, são em forma de peças de Lego.

Outra coisa interessante foi que a produção resolveu usar vários personagens com direitos autorais. Temos super herois da DC, tartarugas ninja, personagens de Star Wars, Harry Potter, Senhor dos Aneis, temos até personalidades como Abraham Lincoln e Shaquille O’Neal. Provavelmente existem Legos de todos eles.

(Aliás, não tem como não pensar em Uma Aventura Lego como um grande comercial do brinquedo. Com certeza veremos nas lojas vários sets baseados no filme. Mas pelo menos é um comercial muito divertido.)

Gostei muito do humor usado no filme. Algumas cenas parecem comédias rasgadas de nonsense! Toda a sociedade construída (trocadilho intencional) na primeira parte do filme é muito bem feita, uma grande crítica a pessoas que seguem a vida “no piloto automático”. E a musiquinha “Tudo é incrível” gruda na cabeça ao fim da sessão.

Vi a versão dublada. A dublagem é muito boa, mas fiquei com pena de não ouvir as vozes de Morgan Freeman, Liam Neeson, Elizabeth Banks, Chris Pratt, Alison Brie, Cobie Smulders e Will Ferrell, além de Channing Tatum e Jonah Hill, repetindo a parceria de Anjos da Lei, aqui interpretando Superman e Lanterna Verde. E isso porque não estou falando das pontas de Anthony Daniels e Billy Dee Williams interpretando C3P0 e Lando Calrissian!

Ah, tem versão 3D. Como acontece frequentemente, não precisa. Nada no filme pede 3D.

Busca Implacável 2

Crítica – Busca Implacável 2

Bryan Mills, ex-agente da CIA aposentado que salvou sua filha de sequestradores albaneses no primeiro filme, agora é alvo de vingança pelos familiares dos homens que ele matou.

O primeiro Busca Implacável foi uma boa surpresa. Filme de ação simples e eficiente, escrito e produzido por Luc Besson, dirigido por Pierre Morel (B13, Dupla Implacável), e estrelado por um Liam Neeson inspirado. Mas era o tipo de filme que não pedia uma continuação…

Não pedia, porque a continuação soa bem forçada. O pai de um dos vilões do primeiro filme resolve vingar a morte do filho e por isso quer sequestrar Bryan e sua família. Caramba, ele já sabe que tal Bryan matou sozinho um exército inteiro no primeiro filme, como é que ele vai dar mole no segundo? “Ah, a gente esquece que o carinha é o motherf*$%cker p#&ca das galáxias e prende ele por uma fitinha no pulso, sem revistá-lo, e o deixa sem vigia”. Tá bom, senta lá, Claudia. Os vilões deste novo filme são tão burros que a gente nem se preocupa com o sentimento pró EUA que está implícito na trama.

Outra coisa: a menina está traumatizada porque não faz muito tempo, foi sequestrada no Leste Europeu. Aí o pai dela vai viajar a trabalho e a convida pra ir de férias encontrá-lo. Onde? No Leste Europeu! Por que a menina não combinou de encontrar o pai em Londres ou Paris?

Pra não dizer que nada no filme presta no filme dirigido por Olivier Megaton (Carga Explosiva 3), gostei de Bryan passando as instruções ao telefone para a sua filha – é um tipo de “mentira divertida”. E as cenas de ação são tecnicamente bem feitas.

No elenco, Liam Neeson está bem como sempre; Maggie Grace faz bem mais do que no primeiro filme; Rade Serbedzija se mantém como um dos melhores “vilões do leste europeu” da Hollywood contemporânea; e Famke Janssen está lá só pra ganhar o cachê.

Busca Implacável 2 nem é ruim. Mais fraco que o primeiro, claro. Mas ainda pode divertir os que deixarem o cérebro de lado.

p.s.: no fim, heu só lembrava da piada que vi na internet, dizendo que era impossível derrotar o Liam Neeson, afinal, o cara treinou o Batman, é um mestre jedi e também é Zeus…