Lockout – Sequestro no Espaço

Lockout – Sequestro no Espaço

Produção e roteiro de Luc Besson, nomes famosos no elenco… Mas apesar disso, não se deixe enganar, Lockout – Sequestro no Espaço é mais um filme “B”!

Ano 2079. Um homem acusado de um crime que não cometeu é convocado para resgatar a filha do presidente dos EUA, que está sequestrada em uma cadeia que fica em órbita.

Dirigido pela dupla estreante Stephen St. Leger e James Mather (que escreveram o roteiro junto com Luc Besson) Lockout – Sequestro no Espaço é uma produção B que, se vista no espírito certo, é até divertida. Parece uma versão espacial de Fuga de Nova York – que já tinha cara de filme B (mas era beeem melhor…), com uma pitada de Duro de Matar.

No início do filme rola uma perseguição de carros com cara de videogame. Sério, as ruas não parecem reais, nem os carros, muito menos as pessoas. Achei que seria proposital, um estilo, algo a ser repetido ao longo do filme. Nada, foi só naquela cena. Ficou tosco. As cenas espaciais que acontecem mais pra frente no filme não são nenhuma maravilha, mas pelo menos não têm cara de videogam.

As cenas de ação do resto do filme podem não ter muito sentido em questão de roteiro, mas pelo menos são bem feitas, o ritmo de Lockout – Sequestro no Espaço é o suficiente para chegarmos ao fim do filme sem desistir no meio do caminho.

O elenco tem pelo menos três nomes conhecidos: Guy Pearce, Maggie Grace e Peter Stormare. Não sei se propositalmente ou não, mas Lennie James e Vincent Regan fazem versões genéricas de Don Cheadle e Gerard Butler, respectivamente – James chegou a me enganar, procurei o nome de Cheadle nos créditos…

Resumindo: Lockout – Sequestro no Espaço não é um grande filme, mas acho que nunca almejou tal feito – tem cara de filme que é lançado direto em home video. Mas é divertido pra quem entrar no clima.

 

Busca Implacável 2

Crítica – Busca Implacável 2

Bryan Mills, ex-agente da CIA aposentado que salvou sua filha de sequestradores albaneses no primeiro filme, agora é alvo de vingança pelos familiares dos homens que ele matou.

O primeiro Busca Implacável foi uma boa surpresa. Filme de ação simples e eficiente, escrito e produzido por Luc Besson, dirigido por Pierre Morel (B13, Dupla Implacável), e estrelado por um Liam Neeson inspirado. Mas era o tipo de filme que não pedia uma continuação…

Não pedia, porque a continuação soa bem forçada. O pai de um dos vilões do primeiro filme resolve vingar a morte do filho e por isso quer sequestrar Bryan e sua família. Caramba, ele já sabe que tal Bryan matou sozinho um exército inteiro no primeiro filme, como é que ele vai dar mole no segundo? “Ah, a gente esquece que o carinha é o motherf*$%cker p#&ca das galáxias e prende ele por uma fitinha no pulso, sem revistá-lo, e o deixa sem vigia”. Tá bom, senta lá, Claudia. Os vilões deste novo filme são tão burros que a gente nem se preocupa com o sentimento pró EUA que está implícito na trama.

Outra coisa: a menina está traumatizada porque não faz muito tempo, foi sequestrada no Leste Europeu. Aí o pai dela vai viajar a trabalho e a convida pra ir de férias encontrá-lo. Onde? No Leste Europeu! Por que a menina não combinou de encontrar o pai em Londres ou Paris?

Pra não dizer que nada no filme presta no filme dirigido por Olivier Megaton (Carga Explosiva 3), gostei de Bryan passando as instruções ao telefone para a sua filha – é um tipo de “mentira divertida”. E as cenas de ação são tecnicamente bem feitas.

No elenco, Liam Neeson está bem como sempre; Maggie Grace faz bem mais do que no primeiro filme; Rade Serbedzija se mantém como um dos melhores “vilões do leste europeu” da Hollywood contemporânea; e Famke Janssen está lá só pra ganhar o cachê.

Busca Implacável 2 nem é ruim. Mais fraco que o primeiro, claro. Mas ainda pode divertir os que deixarem o cérebro de lado.

p.s.: no fim, heu só lembrava da piada que vi na internet, dizendo que era impossível derrotar o Liam Neeson, afinal, o cara treinou o Batman, é um mestre jedi e também é Zeus…

O Quinto Elemento

Crítica – O Quinto Elemento

(Antes de começar a falar do Festival do Rio, posso falar de um filme que revi outro dia?)

Há tempos heu queria rever este divertido filme de Luc Besson, de 1997. Aproveitei o blu-ray gringo com legendas em português…

Século 23. Uma ameaça maligna se aproxima da Terra. A única esperança é o Quinto Elemento, que vem ao nosso planeta a cada 500 anos para proteger a raça humana, trazido pelos Mondoshawans. Mas o cruel Jean-Baptiste Emanuel Zorg, com a ajuda dos malvados Mangalores, quer atrapalhar a chegada do Quinto Elemento.

O Quinto Elemento (The Fifth Element, no original) é um daqueles felizes casos onde tudo dá certo. Luc Besson, que escreveu a história quando ainda estava na escola, conseguiu um equilíbrio perfeito entre a ficção científica, a ação e a comédia. Aliás, não se trata exatamente de uma comédia, mas o clima de galhofa rola durante toda a projeção – acho que a melhor coisa de O Quinto Elemento é que em momento nenhum o filme se leva a sério. (E isso porque não estou falando da quantidade incontável de referências à saga Guerra nas Estrelas, além de outras grandes produções da ficção científica…)

O visual do filme é impressionante. Os figurinos são de Jean-Paul Gaultier, e boa parte dos cenários e veículos foram desenhados pelos quadrinistas franceses Moebius e Mézières. Os efeitos especiais foram caríssimos, custaram 80 milhões de dólares – o maior orçamento para efeitos da história até então. Na época do lançamento, O Quinto Elemento era o filme mais caro produzido fora de Hollywood – nem tem cara de filme francês!

Luc Besson estava em ascensão – este filme veio depois de Imensidão Azul (1988), Nikita (90) e O Profissional (94). Em seguida ele dirigiria o fraco Joana D’Arc, e depois ficaria um tempo sem dirigir, só produzindo e escrevendo roteiros. Podemos dizer que O Quinto Elemento foi um grande marco em sua carreira.

O elenco é outro destaque. Bruce Willis faz o de sempre, mas faz bem feito; Milla Jovovich, ainda pouco conhecida, está ótima como a maluquinha Leeloominaï Lekatariba Lamina-Tchaï Ekbat De Sebat; Gary Oldman faz um vilão excelente, à beira da caricatura; Chris Tucker está perfeito com sua exageradíssimo mistura de Prince com Lenny Kravitz. Ainda no elenco, Ian Holm, Luke Perry, Brion James e Mathieu Kassovitz.

(Detalhe curioso: a língua falada por Leeloo foi inventada por Besson e praticada entre ele e Milla. Diz a lenda que no fim do filme eles já dialogavam nessa língua…)

Heu já era fã do filme, e depois de rever continuei fã. Recomendado para quem não viu!

Além da Liberdade / The Lady

Crítica – Além da Liberdade / The Lady

Biografia de Aung San Suu Kyi, que apesar de ter se mudado para a Inglaterra e ter se casado com um inglês, foi uma das personagens mais importantes na democratização da sua Birmânia (hoje Myanmar) natal.

Além da Liberdade é um daqueles dramas épicos sobre grandes personagens, como Ghandi ou Gritos do Silêncio. O filme funciona muito bem. Só não entendi a escolha do diretor. Por que Luc Besson?

Sou fã de Besson desde os anos 80, desde a época de Subway e Imensidão Azul. Foi ele quem mostrou ao mundo que bons filmes de ação podem ser feitos fora de Hollywood, quando dirigiu Nikita (1990) e depois O Profissional (94). Isso sem contar com a ótima ficção científica O Quinto Elemento, de 97. Desde Joana D’Arc (99), Besson deixou a carreira de diretor em segundo plano – em dez anos, só dirigiu Angel-A e a série infantil Arthur e os Minimoys. Por outro lado, roteirizou e produziu muitos filmes de ação (Busca Implacável, os dois B13, Dupla Implacável, Cão de Briga, Revólver, as séries Carga Explosiva, Taxi, etc). Em 2010, Besson voltou à direção de um filme de ação, a divertida aventura As Múmias do Faraó. E agora, este Além da Liberdade.

Veja bem, Além da Liberdade não é ruim, longe disso. O problema é que heu esperava algo diferente do diretor. Sinto falta daquele Luc Besson das antigas. No cinema “pop”, Besson é um grande nome; em dramas históricos, Besson é apenas mais um…

Pelo menos ele não fez feio. Besson deixou de lado a sua vocação pop e fez um drama-épico-com-cara-de-Oscar. Não conhecia a história de Aung San Suu Kyi, seu caso foi pouco comentado na mídia ocidental. Ponto para o diretor francês, que chama a atenção para o problema.

O grande nome aqui é Michelle Yeoh, outra que tem vários filmes pop no currículo (007 – O Amanhã Nunca Morre, O Tigre e o Dração, A Múmia – Tumba do Imperador Dragão). Não só Michelle tem uma interpretação digna de premiações (será que este filme vai pegar o Oscar do ano que vem?), como ela é fisicamente parecida com Suu Kyi. Vejam aqui no google! David Thewlis, o Remus Lupin da série Harry Potter, também está excelente.

Li pela internet críticas ao roteiro que dá pouca importância a algumas passagens da vida de Suu Kyi, como por exemplo o pouco espaço na trama dado aos vários anos de sua prisão domiciliar. Discordo. Gostei da opção do roteiro de manter o foco na vida familiar de Suu Kyi em vez de falar mais de política. As difíceis escolhas na vida de Suu Kyi foram sofridas, mas ela conseguiu resultados. E ainda ganhou um Nobel da paz de quebra.

O filme tem ótimos momentos. Gostei muito de Suu Kyi ouvindo o discurso de seu filho pelo rádio, depois tocando no piano a mesma música que era tocada a quilômetros de distância. Belíssima cena!

Além da Liberdade foi filmado parte na Tailândia, parte na própria Birmânia, mesmo sem ter uma autorização oficial. Besson usou uma câmera portátil e se fingiu de turista para driblar o rígido regime local e conseguir imagens do país “certo”.

Espero que Luc Besson ganhe muitos prêmios com o belo trabalho feito em Além da Liberdade. E depois, espero que ele volte ao universo pop! 😉

B13 – 13º Distrito

B13 – 13º Distrito

Depois de ter visto, por acidente, a segunda parte antes da primeira, consegui ver desta vez o filme certo, B13 – 13º Distrito.

Num futuro próximo, Paris isolou os seus subúrbios mais violentos, cercando-os com altos muros. Dentro do 13º Distrito (um destes subúrbios cercados), o destino coloca lado a lado Damien (Cyril Raffaelli), um policial incorruptível, e Leito (David Belle), morador de lá que luta para ter uma boa vizinhança.

B13 – 13º Distrito é um excelente filme de ação. Como falei no post sobre B13-U: 13º Distrito Ultimato, a escolha dos dois atores principais foi muito boa. Cyril Raffaelli é especialista em artes marciais e David Belle é um dos criadores do parkour. Inicialmente antagonistas, depois lado a lado, os dois são carismáticos e protagonizam cenas de tirar o fôlego. E tudo isso em menos de uma hora e meia de projeção!

Detalhe: trata-se de um filme francês! Com roteiro e produção de Luc Besson, a estreia de Pierre Morel (Busca Implacável, Dupla Implacável) na direção é um daqueles casos que a França não deve nada a Hollywood. B13 – 13º Distrito é melhor que muito filme americano!

Lançado em 2004, ainda hoje é uma boa opção para os fãs do gênero.

(p.s.: O início do segundo filme é o fim deste. Bem que reparei que algo estava mal explicado…)

B13-U: 13º Distrito Ultimato

B13-U: 13º Distrito Ultimato

Empolgado com Dupla Implacável, resolvi baixar o primeiro filme do diretor Pierre Morel, 13º Distrito. Mas acho que fiz uma pesquisa mal feita nos torrents – baixei a segunda parte, B13-U: 13º Distrito Ultimato. E o pior é que só reparei nos créditos finais…

A trama é simples: o policial Damien e o marginal gente boa Leito se reencontram para tentar trazer a paz ao 13º Distrito, que está dividido por cinco gangues de diferentes etnias.

Mesmo tendo visto a segunda parte sem ter visto a primeira, deu pra sacar que B13-U: 13º Distrito Ultimato é muito bom. O roteiro e a produção continuam nas mãos de Luc Besson, como na primeira parte. Mas a direção aqui não é de Morel, é de Patrick Alessandrin.

Boa parte da graça do filme está na dupla de atores principais. Cyril Raffaelli (Damien) é especialista em artes marciais; David Belle (Leito) é um dos criadores do parkour. Ou seja, temos boa qualidade na ação, tanto nas cenas de pancadaria quanto nas criativas cenas de parkour.

Claro, às vezes as situações parecem forçadas, como era de se esperar – por exemplo, um homem sozinho, desarmado, dentro de uma delegacia, não conseguiria bater em tantos policiais. Mesmo assim, achei tudo na dose exata. Várias cenas são de perder o fôlego, dávontade de voltar o filme para ver de novo. E o ritmo do filme é todo assim, frenético. Muito bom para aqueles quesabem apreciar um bom filme de ação.

Agora, já baixei o filme certo. Em breve falarei dele aqui!

Dupla Implacável / From Paris With Love

Dupla Implacável / From Paris With Love

James Reece (Jonathan Rhys Meyers) é o assistente do embaixador americano em Paris, mas gostaria de ter uma vida com mais ação. Até que é escalado para trabalhar ao lado do agente Charlie Wax (John Travolta), que precisa desvendar uma rede de terroristas, e utiliza métodos não usuais para conseguir seus objetivos.

Já falei aqui no blog que sou fã do John Travolta, né? Então, imagine um filme desses de ação, com muitos tiros e explosões – aqueles com a cara do Jason Statham – mas com Travolta no papel principal. John Travolta careca e de cavanhaque, num papel de “agente-bad-mother-f%$#cker”. Boa ideia, não?

A escolha de Travolta para o papel de Charlie Wax é o que transforma Dupla Implacável em um filme diferente dos outros. O filme em si não tem nada demais. Mas Wax não é um simples brutamontes boçal. Inteligente, irônico e sarcástico, Wax faz o filme valer a pena.

Travolta teve um bom início de carreira nos anos 70 e viveu altos e baixos nos anos 80. Até que, em 1994, Tarantino e seu Pulp Fiction alavancaram Travolta novamente ao topo do estrelato, de onde ele não merecia ter saído. De lá pra cá, foram vários os bons filmes no currículo, como O Nome do Jogo, A Outra Face, A Senha – Swordfish, A Filha do General, Hairspray e O Sequestro do Metrô 123. (Ah, sim, para os fãs de Tarantino, Dupla Implacável traz uma sutil e divertida citação a Pulp Fiction!)

O resto do elenco, que além de Meyers conta com Kasia Smutniak, Richard Durden e Amber Rose Revah, não ajuda nem atrapalha – é só o resto. O filme é de Travolta!

(Kelly Preston, a sra Travolta, aparece num cameo. É a loira de óculos escuros na torre Eiffell, que está atrás de Reece quando este liga para a namorada. O imdb falou de um cameo semelhante de Luc Besson, mas heu não achei…)

O filme foi dirigido por Pierre Morel, que dois anos atrás nos deu o bom Busca Implacável, com Liam Nesson no papel do “agente-bad-mother-f%$#cker”. Este foi seu terceiro filme, já baixei mas ainda não vi o primeiro, B13 – 13º Distrito.

Dupla Implacável foi escrito e produzido por Luc Besson. Acho curioso que Besson não dirige mais filmes de ação (seus dois últimos foram o drama fantástico Angel-A e o infantil Arthur e os Minimoys), mas continua em plena atividade no estilo como escritor e produtor, como nos três Carga Explosiva, na série Taxi e nos três filmes de Pierre Morel.

Preciso falar do nome do filme. Acredito que para os distribuidores brasileiros querem nos lembrar de Busca Implacável o filme anterior do mesmo diretor. Mas não gostei, a dupla não merece estes epíteto, afinal, Reece é um cara caretão, que é colocado ao lado de Wax, um cara fora dos padrões. A dupla funciona bem, mas é por causa de suas diferenças.

E tem o nome gringo – acho que quiseram traçar um paralelo com From Russia With Love, o nome original de Moscou Contra 007. Mas confesso que me lembrou mais o recente Paris Eu Te Amo

Os mais caretas vão reclamar que Dupla Implacável tem uma história exagerada demais, e muitos furos no roteiro. Bem, para estes, pergunto:onde mais podemos ver John Travolta descendo num poste de bombeiros, de cabeça para baixo, atirando com uma metralhadora? 😀

Dupla Implacável é um dos filmes de ação mais divertidos dos últimos tempos. Desde que não levemos tudo a sério, claro!

Angel-A

Angel-A

Inspirado pela recente visita de Rie Rasmussen ao Rio para o lançamento de Human Zoo, resolvi rever Angel-A, que vi no Festival do Rio de alguns anos atrás. O filme não passou nos cinemas daqui, mas o dvd já foi lançado – e o meu está autografado pela Rie!

André é um cara todo errado. Baixinho, feio, deficiente físico, deve dinheiro para todo mundo e só se mete em roubadas. Aí surge Angela, uma loira de 1,80m e corpo de modelo, que muda a sua vida.

O grande trunfo do filme é seu casal protagonista. Jamel Debbouze (que esteve em O Fabuloso Destino de Amelie Poulan) está ótimo como o looser André. E Rie (que também fez Femme Fatale), linda como sempre, arrasa em seu curtíssimo vestidinho preto. É um casal completamente improvável, e a química entre os dois está perfeita.

Angel-A foi dirigido por Luc Besson em 2005. Besson passou seis anos sem dirigir nenhum filme (desde Joana D’Arc, de 99). Não sei o que o fez ficar tanto tempo sem se sentar na cadeira de diretor, mas, como fã de filmes como Subway, Imensidão Azul, Nikita, O Profissional e O Quinto Elemento, espero que ele não pare de novo!

A fotografia do filme, toda em p&b, traz cenas belíssimas. E o astral do filme é ótimo. Besson abandonou o estilo “ação estilizada” que tem usado muito nos filmes que produz (como Taxi ou Carga Explosiva), e fez um filme de pouca ação, poucos efeitos especiais e uma reflexão sobre o bem e o mal, sobre como o ser humano pode ser melhor.

Não é para qualquer um, não é para qualquer hora. Mas, no clima certo, é um ótimo filme!