Thoroughbreds

Crítica – Thoroughbreds

Sinopse (imdb): Duas adolescentes de classe alta no subúrbio de Connecticut reavivam sua improvável amizade depois de anos de distanciamento. Juntas, elas arquitetam um plano para resolver os problemas de ambas – não importando o custo.

Me recomendaram este Thoroughbreds. O trailer prometia. E o elenco era bom. Vamulá então.

Thoroughbreds (sem título em português) foi escrito e dirigido pelo estreante Cory Finley. Seu filme não é perfeito, mas ele mostra que sabe usar os silêncios para construir um bom clima e extrair um bom trabalho do elenco.

Gostei muito das duas protagonistas. Anya Taylor-Joy (A Bruxa, Fragmentado) e Olivia Cooke (Jogador Nº 1) estão ótimas em suas personagens esquisitas. Arrisco a dizer que elas são o suficiente para o filme valer a pena. Mas ainda tem um bônus: é o último filme do Anton Yelchin.

O clima é legal, o elenco está bem. Mas o ritmo não é bom, parece que o filme não engata. E não gostei do final. Mesmo assim, ainda vale ser visto.

O Segredo de Marrowbone

MarrowboneCrítica – O Segredo de Marrowbone

Sinopse (imdb): Um jovem e seus três irmãos mais novos, que mantiveram em segredo a morte de sua amada mãe para permanecerem juntos, são atormentados por uma presença sinistra na enorme mansão em que vivem.

Terror espanhol é sempre bem-vindo aqui no heuvi!

O Segredo de Marrowbone (El secreto de Marrowbone, em espanhol; Marrowbone, em inglês) é a estreia na direção de Sergio G. Sánchez, roteirista de O Orfanato e O Impossível, ambos dirigidos por J.A. Bayona. Se por um lado pode ter gente reclamando da semelhança entre Marrowbone e O Orfanato, por outro lado Sánchez demonstra boa mão para construir cenas de tensão. E quem me conhece sabe que aceito ideias repetidas, desde que bem filmadas. Ou seja: gostei do filme!

O Segredo de Marrowbone mantém um bom clima tenso ao longo do filme. A história é cheia de mistérios revelados aos poucos. E vou falar que o plot twist me pegou desprevenido!

Outra coisa bem legal aqui é o elenco. Temos quatro novos nomes hollywoodianos conduzindo o filme: Anya Taylor-Joy (A Bruxa, Fragmentado), Mia Goth (A Cura, Ninfomaníaca), George MacKay (Capitão Fantástico) e Charlie Heaton (Stranger Things). Além deles, O Segredo de Marrowbone conta com Matthew Stagg, Nicola Harrison e Kyle Soller Kyle Soller. Sim, a produção é espanhola. mas o filme é falado em inglês.

O Segredo de Marrowbone não é um filme essencial, mas está bem acima da média.

Fragmentado

fragmentadoCrítica – Fragmentado

Três adolescentes são sequestradas por um homem diagnosticado com 23 diferentes personalidades. Elas precisam escapar antes do surgimento de uma assustadora vigésima quarta.

Um filme novo do M. Night Shyamalan já começa com dois problemas. Primeiro, a comparação com o excelente O Sexto Sentido. Depois, a lembrança das bombas que ele dirigiu depois (Dama na Água, Fim dos Tempos, O Último Mestre do Ar e Depois da Terra). A carreira do cara vai do clássico obrigatório até o fundo do poço. Ou seja, pode vir qualquer coisa.

Seu último filme, A Visita, foi bom – nenhuma obra prima, mas muito melhor que os quatro antecessores. Mas o melhor de tudo era sentir que a carreira de Shyamalan estava voltando aos bons momentos.

Fragmentado (Split, no original) não é um novo Sexto Sentido. Mas confirma a boa fase apontada pelo último filme. Um filme bem conduzido, com bons momentos de tensão e uma câmera sempre bem posicionada. E algo essencial para esta proposta: um ator inspiradíssimo.

James McAvoy (o professor Xavier do reboot de X-Men) tem aqui o melhor papel da sua carreira. O cara conseguiu criar personagens muito diferentes, e só no olhar a gente já sabe quem é quem. Este tipo de filme não costuma gerar prêmios de atuação, mas não será surpresa ver McAvoy indicado ao Oscar ano que vem. O outro destaque no elenco é Anya Taylor-Joy, de A Bruxa – o resto do elenco tem nomes pouco conhecidos.

Ah, uma coisa importante: quando li na sinopse que seriam 23 personalidades, achei que não ia funcionar – não tem como desenvolver tantos personagens em um filme de apenas duas horas. Felizmente a narrativa principal foca em apenas 3 ou 4 personalidades. Funcionou muito bem.

Achei a parte final um pouco exagerada. Mas a cena final justifica o exagero. Será que teremos continuação?

A Bruxa

A BruxaCrítica – A Bruxa

2016 já tem o seu “melhor filme de terror de todos os tempos da última semana”!

Nova Inglaterra, 1630. Uma família enfrenta forças de feitiçaria, magia negra e possessão.

A Bruxa (The Witch, no original) é o impressionante filme de estreia do diretor e roteirista Robert Eggers. Um filme sério, desconfortável e tenso – um pouco diferente do terror que estamos acostumados a ver no circuito.

Eggers se baseou em relatos reais da época pra construir uma história repleta de fanatismo religioso. Ajudado por uma boa fotografia, cenários assustadores, e um elenco com ótimos e desconhecidos atores, o diretor / roteirista consegue criar um excelente clima de tensão que cresce ao longo do filme – o final é incômodo como poucas vezes visto no cinema recente.

No elenco, o destaque fica com os jovens Anya Taylor-Joy e Harvey Scrimshaw – este tem uma cena impressionante que é quase um monólogo. Também no elenco, Ralph Ineson, Kate Dickie, Ellie Grainger e Lucas Dawson.

Acredito que muitos não vão gostar de A Bruxa, principalmente pelo hype que está rolando na internet. Quem curte terror-pop-engraçadinho, talvez ache chato – não existe um alívio cômico aqui. Mas, na minha humilde opinião, é um dos melhores lançamentos de terror dos últimos tempos.