Pets: A Vida Secreta dos Bichos

PetsCrítica – Pets: A Vida Secreta dos Bichos 

Filme novo da Illumination!

A calma vida de um terrier é virada de cabeça para baixo quando sua dona traz pra casa um grande cachorro vira latas.

A premissa lembra muito Toy Story, tanto pela mudança de comportamento dos brinquedos / animais de estimação quando estão longe dos donos, quanto pela rivalidade entre o favorito (Woody / Max) e o novo rival (Buzz / Duke). Mas mesmo assim, Pets: A Vida Secreta dos Bichos (The Secret Life of Pets, no original) consegue ser uma boa diversão.

Illumination Entertainment é o mesmo estúdio que fez os dois Meu Malvado Favorito e seu spin off, Minions. Dirigido por Chris Renaud (coincidência ou não, co-diretor dos dois Meu Malvado Favorito) e Yarrow Cheney, Pets: A Vida Secreta dos Bichos segue o mesmo estilo, animação de alta qualidade técnica, mas leve, divertida e despretensiosa.

O humor é o forte aqui – o filme é muito engraçado! Rola até humor negro, como na cena da cobra. Ah, adorei a rápida citação ao Monty Python em Busca do Cálice Sagrado, na cena da apresentação do coelho. Uma coisa muito bem retratada é o comportamento dos animais de estimação. Quem já teve bicho em casa vai reconhecer várias situações.

Nem tudo funciona. Além da falta de originalidade, algumas cenas – como por exemplo a cena das salsichas – parecem fora de propósito. Nada grave, felizmente.

Por fim, quem gosta dos Minions (alguém não gosta dos Minions?) deve chegar cedo, um curta inédito dos adoráveis amarelinhos é exibido antes do longa.

Podcrastinadores.S04E18 – Stranger Things

podcrastinadores - Stranger ThingsPodcrastinadores.S04E18 – Stranger Things

Em julho de 2016 a Netflix lançou a primeira temporada da série que deixou os nerds em polvorosa: Stranger Things. Além de uma trama envolvente, mistério e ficção científica, a série bateu forte nos corações balzacos pelo seu visual anos 80 e muitas referências da época.

E agora que já deu bastante tempo para que todos vejam a série, continue com Fernando Caruso, Gustavo Guimarães, Helvecio Parente, Rodrigo Montaleão, Tibério Velasquez e o convidado Affonso Solano nesse episódio especialíssimo sobre a série. O que gostamos mais, o que gostamos menos, os personagens, as referências, além de diversas teorias sobre o que aconteceu e o que irá acontecer no futuro de… “Bagulhos Sinistros”. 🙂

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Águas Rasas

Aguas Rasas - posterCrítica – Águas Rasas

A algumas dezenas de metros da praia, uma surfista é atacada por um grande tubarão. Agora ela precisa lutar para conseguir chegar viva até a areia.

A ideia é simples e eficiente. Praticamente um único personagem em um único cenário, enfrentando uma única ameaça. Um filme minimalista. Águas Rasas (The Shallows, no original) é terror, mas também poderia  ser classificado como “filme de sobrevivência”. Não existe um psicopata ou um elemento sobrenatural, o terror vem da natureza.

A direção é de Jaume Collet-Serra, que já tinha mostrado boa mão no terror em A Órfã, mas que depois entrou numa onda de suspense / ação com Liam Neeson (Desconhecido, Sem Escalas, Noite sem Fim), bons filmes, mas longe do terror.

Agora Collet-Serra foi para uma praia paradisíaca criar um “novo Tubarão” – com toques de Náufrago (com a gaivota fazendo o papel de Wilson). Temos vários takes subaquáticos interessantes. Aliás, Águas Rasas traz belas imagens do mar, assim como belas imagens da protagonista Blake Lively.

Blake Lively já esteve em grandes produções, como Atração Perigosa e Selvagens mas sem nenhum papel memorável – acho que até agora era mais conhecida pela série Gossip Girl. Aqui ela se revela uma grata surpresa, carregando o filme quase sozinha. Destaco uma cena, a do primeiro ataque do tubarão, quando não vemos nada do ataque, apenas um close-up das reações no rosto de Blake.

Achei o final um pouco forçado, mas nada tão grave que apagasse o bom resultado do resto do filme. Águas Rasas não entrará na história como um grande filme, mas é uma diversão honesta e vai agradar os fãs do gênero.

Quando as Luzes se Apagam

lights out - posterCrítica – Quando as Luzes se Apagam

Quando uma mulher descobre que seu meio irmão mais novo está passando pelos mesmos problemas que uma vez testaram sua sanidade, ela resolve desvendar o segredo que envolve uma entidade ligada à sua mãe.

Uns anos atrás surgiu no youtube o curta Lights Out, um videozinho de terror onde uma criatura aparecia quando uma mulher apagava as luzes do corredor. O vídeo viralizou e fez um sucesso enorme, o que gerou este longa, co-escrito e dirigido pelo mesmo David F. Sandler, realizador do curta.

Quando as Luzes se Apagam (Lights Out, no original) tem um conceito genial: a criatura que aparece nas sombras, mas que some quando a luz acende. Acho que este é um medo básico do ser humano, o medo do escuro, o medo de não saber o que está nas sombras, onde não conseguimos ver.

Neste ponto, o filme é muito bom. Sandberg consegue criar um clima ótimo usando uma fotografia cheia de contrastes entre claro e escuro. Digo mais: a criatura é assustadora, e o filme é uma montanha russa de sustos divertidos.

Alguns rabugentos vão reclamar que o filme é uma única ideia esticada. Ok, na verdade, Quando as Luzes se Apagam é basicamente o conceito do curta esticado num longa – tanto que o filme é curtinho, menos de uma hora e meia. Mas isso não me incomodou, justamente por ser um filme curto.

Se existe um problema é que o roteiro procura saídas óbvias em determinados momentos, tipo a personagem encontrar uma fita cassete no ponto exato que conta o que ela queria ouvir. Nada muito grave, muitos filmes usam este artifício. Mas temos que admitir que é um recurso preguiçoso.

O elenco está bem. Teresa Palmer tem carisma e talento para segurar o filme, e ainda tem uma inspirada Maria Bello ao seu lado. Também no elenco, Gabriel Bateman,  Alexander DiPersia e Billy Burke. Ah, Lotta Losten, a atriz do curta, aparece na sequência inicial.

Diferente da maioria dos filmes de terror, a história fecha no fim, não existe um gancho para um segundo filme. Mas não acho que ter um desfecho para a trama chega a ser uma notícia ruim. Só resta saber como vão fazer a provável continuação…

Ben-Hur (2016)

Ben-Hur-posterCrítica – Ben-Hur

A história épica de Judah Ben-Hur, um príncipe falsamente acusado de traição por seu irmão adotivo, que se tornou um oficial do exército romano. Depois de anos no mar, Judah retorna à sua terra natal em busca de vingança, mas encontra redenção.

Antes de tudo, preciso falar que faz tanto tempo que vi a versão estrelada por Charlton Heston em 1959 que não me lembro de quase nada, então este texto não pretende fazer uma comparação. Tampouco li o livro onde os filmes se basearam. Vou fazer de conta que é um filme original…

Ben-Hur (idem, no original) conta uma boa história de inseparáveis irmãos de criação que viraram inimigos. A narrativa é bem construída, o filme começa logo na cena mais icônica, a da corrida de bigas, para voltar no tempo e mostrar como eles chegaram lá. As transições temporais são criativas, e as motivações dos personagens são críveis.

(Parênteses para falar que, até onde sei, “biga” é com dois cavalos. O que vemos neste filme (e no de 59) são “quadrigas”…)

A direção é de Timur Bekmambetov, famoso por filmes mais, digamos, fantásticos (Guardiões da Noite, Guardiões do Dia, O Procurado, Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros). Quando li seu nome nos créditos, fiquei com receio de termos muita pirotecnia. Mas não, sua direção é mais discreta, temos um filme com mais cara de épico do que de fantasia.

O fato de ter Jesus Cristo na trama atrapalha um pouco, porque o roteiro fica previsível em certos pontos – não tem como ter a presença do próprio Jesus e não pensarmos na sua vida. Por outro lado, podemos dizer que Rodrigo Santoro está bem no papel.

Aliás, tirando Morgan Freeman, o elenco não tem ninguém muito famoso. A gente conhece o Rodrigo Santoro porque ele é brasileiro, mas ele (ainda) não é um grande nome em Hollywood. O mesmo podemos dizer de Jack Huston, Toby Kebbel, Nazanin Boniadi, Ayelet Zurer e Pilou Asbæk.

Ben-Hur é um filme correto, não vai desagradar ninguém. Mas duvido que se torne um clássico como a versão de 59.

Podcrastinadores.S04E17 – Esquadrão Suicida

podcast Esquadrão SuicidaPodcrastinadores.S04E17 – Esquadrão Suicida

Depois de Batman vs Superman, a DC/Warner chega aos cinemas com o badalado Esquadrão Suicida! O maior hype das últimas semanas chegou ao cinema e o Podcrastinadores não podia deixar de falar do terceiro maior filme de super-heróis do ano.

Vamos conversar sobre essa equipe de anti-heróis desde os quadrinhos, passando pelas referências no filme. O que funcionou, o que não funcionou… heróis ou vilões? Jared Leto é realmente o novo Coringa? Pistoleiro ou Arlequina? Esses e outros assuntos debatidos com o bom humor de sempre com Fernando CarusoHelvecio Parente, Rodrigo MontaleãoTibério Velasquez e o convidado Felipe Morcelli.

Ouça e comente!

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Hardcore: Missão Extrema

Hardcore Henry - posterCrítica – Hardcore: Missão Extrema

Sabe aqueles vídeos de esportes radicais com câmeras GoPro presas em capacetes? Agora, imagine um filme de ação feito inteiramente assim?

Um homem recém ressucitado, com braço e perna mecânicos, deve salvar sua esposa/criadora das garras de um tirano psicótico com poderes telecinéticos e seu exército de mercenários. Ao seu lado, um misterioso homem que aparece em várias diferentes versões.

Hardcore: Missão Extrema (Hardcore Henry, no original) é todo feito em POV (point of view) – a tela são os olhos do protagonista, como se fosse um videogame FPS (First Person Shooter), onde o jogador usa “os olhos” do personagem. Apesar de não ser muito comum, isso não é inédito, lembro de Maniac, um filme de terror de 2012 usando esse recurso. A diferença é que temos uma hora e meia de adrenalina, sem parar, com tiros, explosões, perseguições a pé e de carro, muita porrada, muita violência e muito sangue. É testosterona pura, e com o espectador “dentro” do filme.

Hardcore Henry - câmeraO diretor Ilya Naishuler (estreante em longas!) é músico, e tinha feito um videoclipe para a sua banda Biting Elbows, da música “Bad Motherfucker”, onde um personagem fazia várias cenas de ação, sempre em POV. Já tinha visto o vídeo, mas não sabia que era do mesmo cara. Revendo o clipe, vemos que é o mesmo estilo.

Hardcore: Missão Extrema é muito exagerado. Claro que isso não vai agradar a todos. Mas posso dizer que gostei muito do trabalho de efeitos especiais e de dublês – quando o filme acabou, tive vontade de rever tudo. Este é daqueles filmes pra comprar o blu-ray e rever de vez em quando.

Pra melhorar, Hardcore: Missão Extrema ainda é engraçado. Não, não é uma comédia, mas tem várias cenas hilariantes espalhadas aqui e acolá, pra quebrar todo o excesso de violência.

O roteiro tem várias forçações de barra, claro. A ideia é colocar o máximo de ação insana dentro de uma hora e meia de filme. Claro que tem coisa que não vai fazer sentido, se a gente parar pra pensar. E as sequências nem sempre parecem conectadas, parecem fases do tal videogame FPS. Mas o ritmo do filme é tão frenético que não dá tempo do espectador parar pra pensar…

No elenco, o nome mais conhecido é Sharlto Copley, que mostra versatilidade em vários estilos de personagens diferentes. Ok, Tim Roth é um nome mais forte que Copley, mas Roth só aparece em uma cena, uma ponta de luxo. Haley Bennet e Danila Kozlovski fecham o elenco principal. Ah, o protagonista é a câmera, operada por dez pessoas diferentes, entre dublês e operadores de câmera, incluindo o próprio diretor Naishuler. O espectador vive o papel de Henry!

A trilha sonora também é boa. Até então, a música Don’t Stop me Now, do Queen, sempre me lembrava os zumbis de Todo Mundo Quase Morto. Agora conheço outra cena memorável com a mesma música!

Como disse lá em cima, Hardcore: Missão Extrema não é pra todos. É filme “de menino”, “filme testosterona”, como Clube da Luta, 300 ou os dois The Raid. Mas admito que é um forte candidato ao “meu” top 10 2016.

Esquadrão Suicida

Esquadrão Suicida posterCrítica – Esquadrão Suicida

Estreou o aguardado Esquadrão Suicida!

Depois dos eventos de Batman Vs Superman, uma agência secreta do governo recruta presos com super poderes para executar perigosas missões em troca de clemência.

Uma grande expectativa acompanhava este Esquadrão Suicida (Suicide Squad, no original). Primeiro, porque é a continuação do “universo cinematográfico da DC” (assim como a Marvel faz há anos, agora a DC quer colocar todos os filmes no mesmo universo). Depois porque Batman Vs Superman, o outro filme da DC neste ano, foi muito criticado, e pelo trailer, este Esquadrão acertaria a mão.

Bem, não acertou. Esquadrão Suicida não chega a ser ruim, mas falta muito para ser um grande filme. E, por causa da expectativa alta, vai decepcionar muita gente.

Esquadrão Suicida começa bem, a apresentação da equipe funciona. Mas logo depois o roteiro, escrito pelo diretor David Ayer, escorrega em alguns pontos básicos, como por exemplo não saber dosar a importância de cada personagem no filme – o Capitão Bumerangue deveria ser um alívio cômico, mas as melhores piadas estão com a Arlequina; ou então o Crocodilo, que não tem nenhuma importância na trama, então inventaram uma cena subaquática para justificar sua presença. Além disso, o vilão é péssimo. E isso porque não estou falando do personagem que entra na trama sem introdução, só porque “a gente precisava matar um personagem, então pegamos um que ninguém ia se importar”.

Ouvi gente falando que o problema do filme é que tem pouco humor. Discordo. Esta é uma característica da DC, seus filmes são mais sérios que os da Marvel. O problema é o roteiro preguiçoso mesmo.

Pelo menos temos alguns destaques positivos no elenco. Rolava uma certa preocupação em ter um nome caro como Will Smith, afinal o filme é “do Esquadrão” e não “do Pistoleiro”. Claro que Smith virou o líder do grupo. Mas não achei que isso atrapalhou. Agora, quem rouba a cena é Margot Robbie, muito bem como a Arlequina, que era pra ser coadjuvante, mas podemos dizer que é virou um personagem central. Também gostei de Jay Hernandez como o Diablo. Por outro lado, Jared Leto foi uma grande decepção como o novo Coringa. Não só ele tem pouca importância no filme (tire suas cenas, nada muda), como sua interpretação nos deixa com saudades do Heath Ledger… Ainda no elenco, Viola Davis, Cara Delevingne, Joel Kinnaman, Jai Courtney, Adewale Akinnuoye-Agbaje, David Harbour e Karen Fukuhara, além de uma ponta não creditada de Ben Affleck. A trilha sonora também é muito boa.

Talvez a DC devesse arriscar mais. No início do ano, Deadpool mostrou que um filme baseado em quadrinhos de super heróis pode ser violento. Com um pouco mais de violência, e usando de maneira correta o Coringa (como a Marvel fez com o Homem Aranha em Guerra Civil), talvez o resultado fosse melhor. Ah, claro, um bom roteirista também não deveria ser dispensado.

Jason Bourne

Jason BourneCrítica – Jason Bourne 

O ex-agente mais perigoso da CIA está de volta para descobrir verdades ocultas sobre o seu passado.

Depois do terceiro filme do personagem Bourne, parece que Matt Damon teria dito que queria largar a franquia para diversificar a carreira. Pelo jeito, mudou de ideia e repensou a decisão – afinal, só dá franquia no cinema blockbuster contemporâneo.

Pelo menos este novo Jason Bourne (idem no original) mantém a qualidade da franquia. Inclusive o diretor é o mesmo Paul Greengrass do segundo e terceiro filmes.

A volta de Greengrass é uma boa notícia para os fãs da franquia, porque garantiu o padrão. Mas preciso confessar que não gosto do estilo do diretor, de usar câmera tremida na mão o tempo todo. Isso inclusive atrapalha nas cenas de ação. Na minha humilde opinião, o filme seria bem melhor se a câmera temesse menos.

Agora, o problema real de Jason Bourne é que a gente já viu tudo isso antes. Se o primeiro Bourne, lá longe, em 2002, inovou e revolucionou o conceito dos espiões no cinema contemporâneo, este novo é apenas mais um bom filme de ação.

Pelo menos Jason Bourne é um filme competente. Os fãs da franquia vão curtir. E admito que, mesmo com a câmera tremida, a “obrigatória” cena de perseguição de carros é de tirar o fôlego.

Outro destaque é o elenco. Além da volta de Damon e Julia Stiles, o filme também conta com a recém oscarizada Alicia Vikander, além de Tommy Lee Jones e Vincent Cassel.

Enfim, nada de novo. Mas vai agradar os fãs.