Ave, César!

Crítica – Ave César

Sinopse (imdb): Um executivo de Hollywood nos anos 50, especializado em resolver problemas, trabalha para manter as estrelas do estúdio na linha.

Perdi esse filme dos irmãos Coen quando passou no cinema, hora de colocar em dia.

Em Ave, César! (Hail, Caesar!, no original), Ethan e Joel Coen fazem uma homenagem ao cinema clássico dos anos 50. Enquanto rola uma trama de sequestro, vemos bastidores de produções de estilos diferentes.

À primeira vista, parece que tem personagens demais e subtramas demais. Realmente, o elenco tem muitos bons nomes – Josh Brolin, George Clooney, Alden Ehrenreich, Ralph Fiennes, Scarlett Johansson, Tilda Swinton, Channing Tatum, Frances McDormand, Jonah Hill, Christopher Lambert, Clancy Brown, Fisher Stevens e Michael Gambon, entre outros. Claro que alguns viram coadjuvantes de luxo.

Mas como reclamar de participações que homenageiam o cinema? A primeira vez que vemos alguns dos personagens é quando vemos bastidores de filmagens. Alden Ehrenreich está filmando um faroeste daqueles onde o mocinho se veste de branco e cavalga um cavalo branco; Scarlett Johansson, um número de balé aquático; Chaning Tatum, um musical com direito a sapateado. Preciso dizer: só este número musical do Chaning Tatum já vale o ingresso!

Mas, no fim, achei o resultado meio vazio. Leve, divertido, mas um filme “menor” na rica filmografia dos irmãos Coen.

A Balada de Buster Scruggs

Crítica – A Balada de Buster Scruggs

Sinopse (imdb): Um filme de antologia que compreende seis histórias, cada uma tratando de um aspecto diferente da vida no Velho Oeste.

De repente, descubro que tem um irmãos Coen novo sendo lançado direto pelo Netflix. Opa, o fim do ano passado foi muito melhor que todo o primeiro semestre. Depois de Roma e Bird Box, vamos de A Balada de Buster Scruggs (The Ballad of Buster Scruggs, no original), um “legítimo irmãos Coen”: personagens estranhos, humor negro e situações com moral duvidosa.

São seis histórias curtas, todas passadas no velho oeste. E aí reside o problema comum de quase todo filme em episódios: a irregularidade. Na minha humilde opinião, os dois primeiros são excelentes, os dois seguintes são bons, e os dois últimos são os mais fracos.

Adorei a primeira história, com o pistoleiro cantor. Tim Blake Nelson está ótimo, a violência e o humor negro são muito bem colocados, e as músicas são tão boas que fiquei cantarolando dias depois. A segunda história, com o James Franco ladrão de bancos, também é boa, mas não tem um bom final.

A terceira, com Liam Neeson, é mais dark; a quarta traz Tom Waits nos ensinando como se acha um veio de ouro. A quinta tem bons momentos, mas achei longa demais; a sexta tem tanto falatório que cansa.

Como o filme tem duas horas e treze, acho que podiam ter cortado as duas últimas, e mudado a ordem. A Balada de Buster Scruggs seria melhor se fosse 1, 3, 4 e 2. Mas esse seria o “Helvecio’s cut”. Vou mandar um zap pros Coen e sugerir isso…

Suburbicon: Bem Vindos ao Paraíso

Crítica – Suburbicon: Bem Vindos ao Paraíso

Sinopse (imdb): Enquanto uma comunidade suburbana dos anos 1950 se autodestrói, uma invasão domiciliar tem consequências sinistras para uma família aparentemente normal.

Imagine um filme dos irmãos Coen, mas dirigido por outra pessoa?

Suburbicon: Bem Vindos ao Paraíso (Suburbicon, no original) é o novo filme dirigido por George Clooney. Desta vez, Clooney e seu roteirista habitual Grant Heslov reaproveitaram um roteiro não usado, escrito por Ethan e Joel Coen nos anos 80. E, não sei se foi intencional ou não, mas o resultado ficou muito parecido com o trabalho dos irmãos.

Suburbicon é uma comédia de humor negro com personagens de moral duvidosa, em cenários pra lá de estilizados. “Festa estranha, com gente esquisita” – não é a cara dos Coen?

Gostei muito da ambientação “Mulheres Perfeitas” dos anos 50, assim como a construção dos personagens, que se enrolam cada vez mais nos seus problemas. O filme se divide em dois núcleos que se desenvolvem paralelamente – se a crítica ao racismo parece meio linear demais, a trama da casa vizinha traz boas reviravoltas.

O elenco é outro destaque. Julianne Moore (fazendo dois papéis), Matt Damon, Oscar Isaac, Noah Jupe, Karimah Westbrook e Tony Espinosa. Os “vilões” me lembraram Crimewave, filme do Sam Raimi – coincidência ou não, roteirizado pelos irmãos Coen. Ah, desta vez Clooney fica só atrás das câmeras.

Li umas críticas negativas, dizendo que Clooney não tem o talento dos Coen. É, pode ser. Mas Suburbicon ainda me pareceu melhor que um “Coen menor”, tipo O Amor Custa Caro ou Um Homem Sério.

Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum

insidellewyndavisCrítica – Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum

O novo irmãos Coen!

Greenwich Village, Nova York, 1961. Acompanhamos uma semana na vida de Llewyn Davis, um cantor folk que está passando por uma maré de azar e não consegue administrar os seus próprios problemas.

Os irmãos Joel e Ethan Coen não precisam provar mais nada pra ninguém. Donos de quatro Oscars cada um (roteiro original por Fargo, filme, direção e roteiro adaptado por Onde os Fracos Não Têm Vez), os irmãos mostraram ao longo de sua rica carreira que gostam de variar o estilo. Depois de uma comédia (Queime Depois de Ler), um drama (Um Homem Sério) e um faroeste (Bravura Indômita), fizeram agora um filme com um pé no musical e outro na cinebiografia (apesar de apenas se inspirar na vida de uma pessoa real, o músico Dave Van Ronk) – sempre com uma pitada de humor negro.

O maior problema de Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum é ao mesmo tempo o seu maior atrativo: a trilha sonora. Pra quem gosta de música folk, deve ser um prato cheio. Mas confesso que folk não faz a minha cabeça. Achei tudo muito chato, algumas músicas são intermináveis. Deu um sono…

O que salva é que os Coen são excepcionais na construção dos personagens. A galeria de personagens secundários interessantes de Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum é fantástica – como acontece muitas vezes nos filmes da dupla. É até difícil separar um destaque, acho que todos são importantes para a trama, apesar de nenhum ter muito tempo de tela. Gostei muito da Jean de Carey Mulligan, mas seria injustiça não citar John Goodman e F. Murray Abraham.

Ah, quase esqueci. O papel principal coube ao pouco conhecido Oscar Isaac, que está muito bem como “o cara das atitudes erradas”. Ainda no elenco, Justin Timberlake, Garret Hedlund, Jeanine Serralles, Adam Driver e Stark Sands.

A sequência final traz um pequeno lance genial, que mostra como Llewyn Davis é “o cara certo, na hora errada”. No fim, Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum nem é ruim. Mas precisa aturar o folk.

Bravura Indomita

Bravura Indômita

E, mais uma vez, o novo filme dos irmãos Coen está badalado para ganhar vários prêmios no Oscar, como aconteceu com Onde os Fracos Não Têm Vez, que ganhou quatro estatuetas em 2008 (filme, direção, roteiro e ator coadjuvante).

Com apenas 14 anos de idade, a adolescente Mattie Ross está determinada a encontrar o bandido Tom Chaney, assassino de seu pai, e vingar a sua morte. Para tal, contrata um xerife durão, o velho e beberrão Reuben J. “Rooster” Cogburn, e o acompanha numa caçada no meio das terras indígenas. O Texas Ranger LaBoeuf acaba se juntando aos dois, formando um improvável trio.

Admito que não sou muito fã de westerns, mas reconheço que Bravura Indômita é muito bom.Infinitas vezes melhor que o decepcionante Um Homem Sério, o penúltimo filme dos irmãos Coen. Está concorrendo a 10 Oscars. Se vai ganhar, não sei. Mas se levar alguns prêmios pra casa, não será injusto.

É uma refilmagem, mas não é. Explico. Essa mesma história foi filmada em 1969, com John Wayne no papel de Rooster Cogburn. Mas esta nova versão não se baseia no filme antigo, e sim no livro de Charles Portis. Ou seja, é um novo roteiro, não é exatamente uma refilmagem…

O roteiro é dos irmãos Coen, mas não parece muito. Senti falta de situações e personagens esquisitos. Bem, tem alguns, como a hilária cena do cara vestido de urso; ou Harold, o bandido que imita animais. Mas, para os criadores do Grande Lebowski, achei pouco!

Falando em Lebowski, Jeff Bridges está ótimo, como sempre. Mas o filme é da pequena Hailee Steinfeld. Com apenas 14 anos, ela mostra firmeza nos diálogos bem escritos pela dupla de irmãos, e se destaca em um filme contracenando com veteranos como Bridges e Matt Damon. E não sei por que o nome do Josh Brolin tem destaque – seu personagem é importante, mas sua aparição na tela é bem pequena.

Precisamos ainda citar o bom trabalho de Roger Deakins na fotografia, usando belíssimos planos de paisagens de faroestes; além da bem colocada trilha sonora de Carter Burwell.

Na minha humilde opinião, Bravura Indômita não é um dos melhores da excelente filmografia dos irmãos Coen – talvez seja pelo fato já citado que não gosto muito de westerns. Mas, indubitavelmente, trata-se de um grande filme!

Crimewave – Dois Herois Bem Trapalhões

Crimewave – Dois Herois Bem Trapalhões

Às vezes acho que tem uns filmes que só heu conheço e mais ninguém no mundo. Crimewave – Dois Herois Bem Trapalhões, comédia que o Sam Raimi fez em 1985, logo após o primeiro Evil Dead, é assim. Vi no cinema, numa sessão única numa maratona diurna do Estação Botafogo, e tempos depois comprei o vhs original. Detalhe: não conheço mais ninguém que viu este filme!

Claro que Crimewave não foi lançado em dvd no Brasil. Achei num site americano e encomendei um pra mim. O dvd é chinês! E olha que estamos falando de um filme dirigido por Sam Raimi e com roteiro dos irmãos Coen!

Esta estranha comédia de humor negro conta história de Vic, um típico loser que está prestes a ir para a caderia elétrica por um crime que não cometeu. Ele conta em flashbacks a sua história bizarra, envolvendo personagens ainda mais bizarros.

Mas o mais importante aqui não é a história, e sim como ela é contada. Crimewave – Dois Herois Bem Trapalhões tem cara de desenho animado! O humor negro, o estilo caricato dos personagens, tudo aqui lembra aqueles desenhos antigos como Tom & Jerry e Pica Pau.

Claro que este filme não é para qualquer um. Precisa estar no clima de ver um filme com atores de carne e osso, mas com humor de desenho animado. Mas, no clima certo, Crimewave – Dois Herois Bem Trapalhões é divertidíssimo!

O elenco está todo propositalmente caricato – já viu desenho animado neste estilo com personagens “reais”? No elenco principal, nenhum nome de ponta. Bruce Campbell, claro, faz um papel canastrão, e Brion James, que fizera Blade Runner três anos antes, é um dos assassinos. Mas, entre as participações especiais, dá pra gente ver os roteiristas Joel e Ethan Coen como dois repórteres, e Frances McDormand é uma das freiras mudas.

Por fim, preciso falar que o nome em português é uma das piores traduções da história do cinema. Brasileiro. Como assim, “dois herois”??? Só tem um! Ou será que o título se refere aos dois vilões? Tudo bem que “Onda de Crimes” não é o melhor dos nomes, mas pelo menos é coerente com a trama…

p.s.: A capa do dvd que comprei é tão horrorosa quanto o título em português.Também não tem nada a ver com o filme! Olhem aqui embaixo:

Um Homem Sério

Um Homem Sério

Opa! Filme novo dos irmãos Coen! Já? É, parece que eles entraram num ritmo “woodyalleniano” de um filme por ano… Mas, diferente dos últimos, Um Homem Sério não é bom. Infelizmente!

Neste drama de humor negro, tudo na vida de Larry Gopnik parece que está indo errado. Problemas no trabalho, sua esposa quer o divórcio, seu irmão problemático está morando no seu sofá, ele está sem dinheiro e ainda tem problemas com a religião.

Fico me imaginando o que diabos aconteceu com os irmãos Coen. Os caras sempre fizeram filmes bons. Em 2007, foram reconhecidos pela academia com Oscars de melhor roteiro, melhor filme e melhor direção para Onde Os Fracos Não Têm Vez. No ano seguinte, fizeram o leve e divertidíssimo Queime Depois de Ler. E agora, em 2009, veio este Um Homem Sério. Parte da crítica até gostou. Mas heu não – pra mim, foi uma das maiores decepções dos últimos tempos.

Sabe quando acaba um filme e você não sabe exatamente o que viu? Pois isso acontece com Um Homem Sério. Pra começar, rola um prólogo, em outra língua (acho que é hebraico), em outro formato de tela, e com uma historinha que nada tem a ver com o filme em si.

Aí rola o filme. Acompanhamos aquela família judia de losers, e o desenvolvimento em si nem é ruim. Mas ficamos esperando para ver onde aquela trama nos levará.

Falei que o filme tem uma introdução sem sentido, né? Pois bem, o fim do filme é ainda pior. Acaba do nada, assim, de repente. Se não viessem os créditos, heu ia achar que estava faltando um dos rolos do filme. E ainda esperei acabarem os créditos, pra ver se tinha alguma conclusão depois. Nada…

No elenco, diferente do habitual nos filmes dos irmãos Coen, quando vemos vários rostos conhecidos, praticamente só temos atores obscuros: Michael Stuhlbarg, Richard Kind, Aaron Wolff, Fred Melamed, Sari Lennick, Jessica McManus, Peter Breitmayer, Amy Landecker, David Kang, Adam Arkin. Os atores estão bem, mas senti falta de personagens bizarros e esquistões – uma das especialidades dos irmãos roteiristas/diretores. Ah, para os fãs da série The Big Bang Theory, Simon Helberg, o Wolowitz, faz um pequeno papel como um rabino júnior.

Até acredito que exista algo de interessante que não reparei no filme. Aliás, o filme está bem cotado no imdb, está com nota 7.3, e tem gente dizendo que é pouco. Olha, discordo dessas pessoas. Não consegui ver nada disso. Pra mim, trata-se do pior filme dos irmãos Coen. De longe!

Joel e Ethan Coen têm uma boa reputação, fizeram vários bons filmes, acumulam prêmios na carreira. Não acredito que este filme os queimará. Mas heu não faria a mesma afirmação se estivéssemos falando de alguém em início de carreira.

O Homem Que Não Estava Lá

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O Homem Que Não Estava Lá

Acho que este era o único filme dos irmãos Coen que heu nunca tinha visto… Agora “completei a página do álbum de figurinhas!”

O barbeiro Ed Crane sabe que sua esposa o trai com o seu chefe, então resolve chantageá-lo para investir o dinheiro, mas o plano dá errado e as coisas saem do controle.

A fotografia do filme, em preto e branco, é muito bonita; e a reconstituição de época é muito bem feita. Os personagens também são muito bem construídos, assim como o desenvolvimento da trama – como aliás acontece sempre nos filmes dos irmãos Joel e Ethan Coen.

Aliás, por falar nisso, vale ressaltar o grande talento dos Coen em extrair ótimas performances de seus atores. Billy Bob Thornton encabeça um elenco cheio de atores legais, como Frances McDormand, James Gandolfini, Richard Jenkins, Tony Shalhoub, Michael Badalucco e uma Scarlett Johansson ainda adolescente.

Confesso que não gostei muito do fim do filme. Achei que a trama poderia ter se resolvido de maneira diferente.

Não é uma obra prima, mas definitivamente merece estar na prateleira ao lado dos outros filmes dos irmãos Coen.

Matadores de Velhinha

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Matadores de Velhinha

O professor G. H. Dorr aluga um quarto numa casa e monta uma estranha gangue para executar um perfeito roubo a um cassino. Ele pensa em todos os detalhes, menos na proprietária da casa…

O que faz essa simples e despretensiosa comédia de humor negro ser tão divertida? Acredito que a resposta está nos personagens, bizarros e caricatos na medida certa. O que, aliás, é uma característica dos filmes dos irmãos Coen, vide o genial O Grande Lebowski

Quase todos os personagens aqui estão ótimos. Um Tom Hanks dentuço faz um professor Dorr perfeito, com suas frases pomposas e seu riso nervoso. Irma P. Hall também está ótima como a dona da casa, super religiosa, desconfiada e mal-humorada. J. K. Simmons (que também está em Queime Depois de Ler), Tzi Ma e Ryan Hurst estão no tom exato com seus personagens bizarros que copõem a gangue. O “quase” que escrevi lá em cima é porque talvez Marlon Wayans esteja um pouco “over”, com uma atuação mais com cara de Todo Mundo em Pânico do que algo feito pelos irmãos Coen…

Além do desfile de personagens legais, outros elementos do filme também têm a cara dos irmãos Coen, como o cenário no sul dos EUA, a ênfase na trilha sonora (desta vez usando a música gospel da igreja) e o roteiro com uma progressão de eventos tipicamente “coeniana”.

Esta é uma refilmagem de um filme homônimo, de 1955, estrelado por Alec Guiness. Não vi o original, então não posso compará-los, infelizmente…

Matadores de Velhinha não vai mudar a vida de ninguém. Mas pode ser uma boa diversão, principalmente para aqueles que gostam de humor negro!

Onde os fracos não têm vez

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Onde os fracos não têm vez

Onde os fracos não têm vez, o novo filme dos irmãos Joel e Ethan Coen (de Fargo, O grande Lebowski, Na Roda da Fortuna, Arizona Nunca Mais, Gosto de Sangue, Ajuste Final, E aí meu irmão cadê você, etc.), foi o grande vencedor do Oscar de 2008: melhor filme, diretor, ator coadjuvante e roteiro adaptado. Merecido!

Num clima meio western (apesar de se passar nos anos 80), o caçador Llewelyn Moss (Josh Brolin, aquele, de Goonies, que antes esteve em Planeta Terror e agora em 2009 concorre a ator coadjuvante por Milk) encontra por acidente o cenário de um verdadeiro massacre: vários carros, vários corpos, várias armas e uma quantidade enorme de drogas. Mais: encontra, um pouco afastado, um outro cadáver, com uma maleta cheia de dólares. Enquanto isso, um homem misterioso e mau, muito mau, começa a perseguí-lo. Este é Anton Chigurh, magistralmente interpretado por Javier Bardem, que já ganhou Globo de Ouro e o Oscar de melhor ator coadjuvante.

O filme é lento, e, diferente do habitual dos Coen, não tem muito humor. Ainda temos outros ótimos personagens, como o velho xerife interpretado pelo Tomy Lee Jones, e algumas cenas geniais – isso sim, marca registrada dos Coen.

O fim do filme desagradou a maioria dos espectadores, mas não tira o brilho da obra. E agora os irmãos roteiristas e diretores leveram mais umas estatuetas pra casa, de filme, direção e roteiro, pra guardar ao lado da de roteiro por Fargo