Jojo Rabbit

Crítica – Jojo Rabbit

Sinopse (Festival do Rio): O diretor e roteirista Taika Waititi traz seu estilo de humor para o seu mais recente filme, uma sátira da Segunda Guerra Mundial que acompanha um garoto alemão solitário. A visão de mundo de Jojo vira de cabeça para baixo quando ele descobre que sua mãe solteira está escondendo uma jovem judia em seu sótão. Com a ajuda apenas de seu amigo imaginário idiota, Adolf Hitler, Jojo deve confrontar seu nacionalismo cego.

Fico imaginando as reuniões de executivos de estúdio para aprovarem este filme. “Então, vamos bancar uma comédia onde Hitler é um dos personagens principais?” Devem ter sido reuniões tensas…

Escrito e dirigido por Taika Waititi (Thor Ragnakok), Jojo Rabbit (idem, no original) faz humor com um tema delicado. Na Alemanha nazista, durante a guerra, temos um protagonista de dez anos de idade, que tem como amigo imaginário ninguém menos que o próprio Hitler. Acho que muita gente deve ter se sentido incomodada – “será que posso rir disso?”. Mas o filme consegue ser engraçado sem cair no mau gosto. Pelo menos na sessão onde heu estava presente, muita gente riu alto em uma cena onde “Heil Hitler!” é repetido diversas vezes.

Jojo Rabbit consegue te cativar e te fazer rir, pra depois te derrubar de cara no chão. Lembrei do genial curta Ilha das Flores (quem não conhece, tem no youtube). É um humor ágil e rápido, te distrai e coloca um sorriso no seu rosto, pra logo depois jogar a realidade na sua cara como um soco no estômago.

O elenco está muito bem. O garoto Roman Griffin Davis é ótimo, é um nome pra se anotar e acompanhar seu futuro. E é o próprio diretor Taika Waititi quem interpreta Hitler! Também no elenco, Thomasin McKenzie, Scarlett Johansson, Sam Rockwell, Alfie Allen e Archie Yates. A única bola fora é Rebel Wilson, que insiste em repetir o mesmo papel sem graça que sempre faz.

Escolhi poucos filmes no Festival do Rio, mas pelo menos uma delas foi uma escolha excelente. Jojo Rabbit é um dos melhores filmes do ano!

p.s.: Jojo Rabbit foi indicado a seis Oscars, e Taika Waititi ganhou a estatueta de melhor roteiro adaptado! As outras indicações foram melhor filme, atriz coadjuvante, edição, figurino e design de produção.

A Jaqueta de Couro de Cervo

Crítica – A Jaqueta de Couro de Cervo

Sinopse (Festival do Rio): Georges acabou de se separar de sua esposa e parece estar passando por uma crise de meia-idade. Depois de esquecer sua jaqueta de veludo no banheiro de uma estrada, ele chega à casa de um velho hippie que, por um valor exorbitante, lhe vende uma jaqueta vintage de couro de cervo e uma câmera de vídeo. Ninguém diria que essa jaqueta velha é uma roupa atraente, mas, para Georges, é amor à primeira vista. Com o coração partido e as finanças congeladas, Georges embarca em uma odisseia pessoal – tendo a jaqueta como seu Sancho Pança.

Em 2010, vi, também no Festival do Rio, Rubber, um filme sobre “um pneu telepático em missão demoníaca”. Rubber é tão maluco e divertido que guardei o nome do diretor, Quentin Dupieux. A Jaqueta de Couro de Cervo (Le Daim, no original; Deerskin como título internacional) é o novo filme de Dupieux.

Agora Dupieux tinha um elenco com grife (Jean Dujardin, Adèle Haenel), pra contar uma história quase tão maluca. Não fica claro se a jaqueta tem vida própria ou se tudo se passa na cabeça de Georges, mas isso pouco importa. O filme tem situações bem divertidas nessa saga de um homem contra todas as outras jaquetas do mundo.

Curtinho (uma hora e dezessete minutos), A Jaqueta de Couro de Cervo não é um grande filme, mas vai divertir os que se aventurarem em uma história maluca.

O Farol

Crítica – O Farol

Sinopse (Festival do Rio): Em uma remota ilha diante da costa da Nova Inglaterra, no final do século XIX, dois faroleiros estão presos e isolados por conta de uma tempestade que parece interminável. Eles embarcam em um conflito crescente de vontades. A tensão aumenta quando forças misteriosas (que podem ser reais ou não) evoluem em torno da dupla.

Gostei muito de A Bruxa, filme de estreia do Robert Eggers. Claro que seu segundo filme estaria no radar. Mas… Me parece que o sucesso subiu à cabeça do diretor, que resolveu fazer um filme hermético e pretensioso.

Se teve público que se sentiu enganado com A Bruxa, que foi ao cinema pra ver filme divertido de sustinho e se deparou com um produto muito mais denso, isto não deve acontecer com este O Farol (The Lighthouse, no original). A fotografia em P&B e o formato da tela quase quadrada (1.19:1, ainda mais quadrado que o 4:3 das antigas TVs de tubo) vão afastar boa parte do público.

Mas isso não me incomodou – a fotografia P&B até tem seus bons momentos. Na minha humilde opinião, o problema de O Farol é a falta de ritmo. O filme é absurdamente chato. Os longos diálogos só pioram. E a trama não chega a lugar algum.

Se tem algo que se salva é a atuação dos dois atores principais. Willem Dafoe é um grande ator, isso a gente já sabia; já Robert Pattinson surpreende e mostra que pode almejar premiações importantes apesar do passado de “vampiro purpurina” de Crepúsculo. Ambos dão show.

Mas, sei lá. Achei muito ruim. Talvez um dia heu reveja e mude de ideia, mas, minha primeira impressão foi péssima.

Festival do Rio 2019

Festival do Rio 2019

Como espectador, acompanho o Festival do Rio desde a primeira edição – na verdade, nos anos anteriores acompanhava os outros festivais semelhantes, como Fest Rio, Rio Cine e Mostra Banco Nacional. E, desde 2007, publico sempre aqui no heuvi sobre os vários filmes que assisto. Nos primeiros anos, como espectador; a partir de um determinado ano, como credenciado pela imprensa.

Mas 2019 será a minha cobertura mais discreta de todas. É uma junção de três motivos:

– O Festival do Rio teve problemas financeiros e fez uma edição reduzida, com menos filmes e menos sessões.
– O Festival do Rio negou o meu credenciamento, apesar de todos os anos que cobri o Festival.
– Tive os meus problemas pessoais que afetaram a frequência dos posts aqui no heuvi.

Assim, este ano só vou falar de 3 filmes. Mas espero que em 2020, tudo volte ao normal, que tenhamos um grande Festival do Rio, com uma grande cobertura do heuvi!

Infiltrado na Klan

Crítica – Infiltrado na Klan

Sinopse (catálogo do Festival do Rio): A história real de um herói americano. Nos anos 70, Ron Stallworth é o primeiro detetive afro-americano a servir no Departamento de Polícia de Colorado Springs. Determinado a se destacar, ele parte em uma missão perigosa: se infiltrar e expor a Ku Klux Klan. O jovem detetive logo recruta um colega mais experiente, Flip Zimmerman. Juntos, eles pretendem derrubar a organização que espalha o discurso de ódio pelo país.

O último filme do Spike Lee que me lembro de entrar no circuito foi a refilmagem de Oldboy, de 2013 (ele fez muita coisa de lá pra cá, mas não me lembro de ter passado aqui). Oldboy tinha uma proposta bem diferente do cinema que ele fazia no início da carreira – o racismo era tema frequente, em títulos como Faça a Coisa Certa (1989), Mais e Melhores Blues (90), Febre da Selva (91) e Malcom X (92). Com este Infiltrado Na Klan, podemos usar aquela frase clichê “Spike Lee está de volta!”.

Infiltrado Na Klan (BlacKkKlansman, no original), é um grande filme. Elenco afiado, personagens bem construídos, bom ritmo, reconstituição de época primorosa e uma forte denúncia racista, aproveitando a época que o filme se passa para incluir a Ku Klux Klan e cutucar os EUA de hoje em dia.

A princípio achei a história meio estranha – por que usar dois policiais, um negro ao telefone e um branco ao vivo? Não seria mais fácil ser um só? Mas aí descobri que o filme é baseado no livro escrito pelo próprio Ron Stallworth, ele realmente existe e realmente viveu essa história maluca.

Teve crítico chamando Infiltrado na Klan de comédia. Olha, o filme não é um drama sério, mas está bem longe da comédia, na minha humilde opinião. Outra coisa: achei o filme muito maniqueísta. Ok, como estamos falando da Ku Klux Klan, não tem nem como defender, mas acho que poderiam ter mais personagens “dentro dos tons de cinza” na trama.

Como falei, o elenco é muito bom. O papel principal é de John David Washington, filho de Denzel Washigton. Adam Driver (o Kylo Ren!) faz seu “par”; Laura Harrier (Homem Aranha de Volta ao Lar) tem o principal papel feminino. Topher Grace, o eterno Forman de That 70s Show, não convence muito como David Duke, um dos líderes da KKK, mas aí quando acaba o filme, vemos o David Duke original e entendemos por que chamaram o ator. Gostei dos coadjuvantes Michael Buscemi, Jasper Pääkkönen e Paul Walter Hauser. Alec Baldwin faz uma ponta na introdução do filme; Harry Belafonte está no centro de um dos momentos mais fortes, quando conta a um grupo sobre um caso bárbaro que ele presenciou no passado.

Do jeito que a última premiação do Oscar teve um forte pé na política, não será surpresa se Infiltrado na Klan aparecer no Oscar no início do ano que vem.

 

p.s.: Com este filme, me despeço do Festival do Rio 2018. Só seis filmes, acho que foi o meu pior ano desde que o Festival começou. Tomara que ano que vem tudo volte ao normal.

As Filhas do Fogo / Las Hijas del Fuego

Crítica – As Filhas do Fogo

Sinopse (catálogo do Festival do Rio): Bem no fim do mundo, três mulheres se encontram por acaso, começando uma jornada poliamorosa que irá transformar as suas vidas. Uma viagem ao longo de estradas e através do tempo que se transforma em pura alegria, rios de prazer e diversão. Elas lentamente exploram uma paixão irreversível e a utopia do amor monogâmico, longe dos sentimentos de posse e de dor, como o inevitável fim de um amor que não se encaixa em lei alguma. Através de suas anotações, Violeta nos conta sobre as aventuras das Filhas do Fogo: um grupo de mulheres em busca de suas próprias descobertas eróticas.

Falei do Morra Monstro Morra, que era a cara da mostra Midnight Movies. Mais um filme argentino, este As Filhas do Fogo também é. Relações lésbicas, sexo explícito e muito papo cabeça numa história que não faz muito sentido. Sim, amigos, coisas que a gente só vê em mostras assim.

Escrito e dirigido por Albertina Carri, As Filhas do Fogo (Las hijas del fuego, no original) segue a estrutura básica de filme pornô: algo acontece na história para justificar a cena de sexo que vem em seguida, e assim por diante. Acredito que foi proposital, isso inclusive é citado nos monólogos narrativos. A diferença é que as personagens têm rostos comuns – nenhuma delas estaria num filme pornô “normal”.

Claro que o objetivo é provocar. Não só pelo sexo explícito, mas também por mostrar um elenco quase todo feminino em cenas meio oníricas – a longa sequência final é uma grande viagem. Acho que o único homem no elenco é justamente um ser desprezível, que maltratava a esposa.

Vale por ser diferente. Um bom exemplo de filme que não vemos facilmente por aí.

Morra Monstro Morra

Crítica – Morra Monstro Morra

Sinopse (catálogo do Festival do Rio): Cruz, um policial rural, investiga o bizarro caso do cadáver de uma mulher sem cabeça encontrado em uma região remota das Montanhas dos Andes. David, marido da amante de Cruz, Francisca, surge como o principal suspeito e é logo enviado para um hospital psiquiátrico. Ele jura que a culpa do crime é da aparição inexplicável e brutal de um “Monstro”. Cruz acaba desencavando uma misteriosa teoria que envolve geometria rural, motociclistas de montanha e um mantra que não sai da sua cabeça: Mate-me, Monstro.

Escrito e dirigido pelo argentino Alejandro Fadel, Morra Monstro Morra (Muere, monstruo, Muere, no original) é a cara da mostra Midnight Movies. Violência, gore, papo cabeça e muito simbolismo.

Primeiro, vamos ao que funciona. Os efeitos de maquiagem são bons, temos algumas cabeças decapitadas, essa parte ficou bem feita. A fotografia do filme também é boa.

Agora, é um filme lento, e cheio de diálogos chatos. E tem outro problema: muita coisa deve ter um simbolismo escondido. E não li o “manual de instruções” do filme. Ou seja, metade do filme não teve sentido. Por exemplo, o que eram aquelas motos que apareciam, davam uma voltinha e iam embora?

Ah, tem um monstro. Sim, aparece no fim do filme. Fica claro o simbolismo por trás dele. Mas o visual do monstro é tão tosco, mas, tão tosco, que não rola. Desculpa, era melhor não aparecer.

Morto Não Fala

Crítica – Morto Não Fala

Sinopse (catálogo do Festival do Rio): Stênio é plantonista noturno no necrotério de uma grande e violenta cidade. Em suas madrugadas de trabalho, ele nunca está só, pois possui um dom paranormal de comunicação com os mortos. Quando as confidências que ouve do além revelam segredos de sua própria vida, Stênio desencadeia uma maldição que traz perigo e morte para perto de si e de sua família.

Terror nacional é algo que precisa ser valorizado, certo? Quando soube que ia ter Morto Não Fala no Festival do Rio, virou uma das minhas prioridades!

Dennison Ramalho chamou a atenção quando escreveu o roteiro de Encarnação do Demônio, em parceria com o próprio José Mojica Marins. Foi parar em Hollywood, onde fez um dos segmentos do irregular O ABC da Morte 2. Agora, depois de roteiros para TV (Supermax, Carcereiros), Ramalho apresenta seu primeiro longa como roteirista e diretor.

Baseado num conto de Marco de Castro, Morto não Fala já começa bem, sendo um filme de terror sério. Vejam bem: gosto de filmes trash. Gosto de filmes que não se levam a sério, como os filmes do Rodrigo Aragão e do Paulo Biscaia. Mas também gosto de ver um terror sério, tenso, nauseante, e bem longe do trash.

Morto não Fala tem muito gore. Claro, o protagonista trabalha num necrotério! A maquiagem está muito bem feita, e os efeitos usados para os mortos falarem ficaram bem legais. A fotografia e os cenários também são ótimos.

Achei o filme um pouco longo demais – quase duas horas. Talvez fosse melhor dar uma enxugada – por exemplo, se você tirar toda a parte do aniversário, o filme não perde nada. Mas nada grave.

O elenco está muito bem, com nomes do mainstream: Daniel de Oliveira, Fabiula Nascimento, Bianca Comparato e Marco Ricca. Não só no elenco, a produção é do Canal Brasil, Casa de Cinema de Porto Alegre e Globo Filmes, e nos créditos li nomes grandes da tv e do cinema nos créditos, como Guel Arraes e Jorge Furtado. Legal, Dennison Ramalho já começou com pedigree. Que o isso ajude o terror nacional a crescer!

Alterscape

Crítica- Alterscape

Sinopse (catálogo do Festival do Rio): Em depressão depois de perder o irmão na guerra do Iraque, Sam Miller tenta tirar a própria vida, sobrevive e é acompanhado pelo terapeuta John Willis. No tratamento, é submetido a técnicas experimentais que prometem curá-lo. Após sessões promovidas em um estranho laboratório, ele se transforma: parece estar desprovido das emoções humanas mais básicas.

No Festival do Rio, costumo procurar filmes alternativos, que não devem entrar em cartaz depois. E sempre gosto de olhar os filmes esquisitos da mostra Midnight Movies. Quando li a sinopse deste Alterscape, e ainda que ele tinha ganhado o prêmio de melhor filme no Philip K. Dick Sci-Fi Film Festival, não tive dúvidas que seria uma das minhas escolhas para 2018.

Pena que o resultado final não é grandes coisas. Escrito e dirigido por Serge Levin, Alterscape (que ganhou o título de Distorção no Festival do Rio) não tem muita história pra contar. A história se arrasta, e é difícil chegar ao fim do filme, apesar de ter só uma hora e meia de projeção.

A gente sente um clima meio cronemberguiano vintage (época de Scanners e Videodrome) – a presença de Michael Ironside no elenco reforça isso. E os efeitos especiais “low fi” ajudam a criar o clima. Mas, convenhamos, é pouco.

O curioso é ver a página do imdb, na parte de “user reviews” tem dezenas de reviews de uma ou duas frases, todas falando bem do filme. Gente, vamos criar fakes mais bem feitos? 😉

Operação Overlord

Crítica – Operação Overlord

Sinopse (catálogo do Festival do Rio): Com apenas algumas horas até o Dia D, uma equipe de paraquedistas americanos invadiu a França ocupada pelos nazistas para realizar uma missão crucial. Com a tarefa de destruir um transmissor de rádio no alto de uma igreja fortificada, os soldados desesperados juntam forças com um jovem aldeão francês para penetrar nas muralhas e derrubar a torre. Mas, em um misterioso laboratório nazista sob a igreja, alguns soldados estão frente a frente com inimigos nunca antes vistos.

Dirigido pelo pouco conhecido Julius Avery, Operação Overlord (Overlord, no original) é uma interessante mistura entre filme de guerra e de terror. Se o diretor é desconhecido, o filme tem um produtor badalado: JJ Abrams – o que criou um boato de que este seria parte do universo Cloverfield (felizmente, boato infundado, o último, Cloverfield Paradox, é tão fraquinho…). Foi curioso ver um videozinho curto com a dupla apresentando o filme antes da sessão, eles pareciam estar meio desconfortáveis…

Operação Overlord não perde tempo com introduções – estamos num avião, no dia D, indo para a Normandia. O filme sabe muito bem construir essa tensão, essa primeira parte é um bom filme de guerra. As cenas iniciais são são estilo Resgate do Soldado Ryan, vemos uma enorme quantidade de navios e aviões no meio da batalha.

Foi uma boa sacada relacionar a “parte terror” às experiências genéticas praticadas por cientistas nazistas. Todos sabemos que essas experiências realmente aconteceram, então, não a mudança de estilo não foi gratuita.

O roteiro dá algumas escorregadas (tipo nenhum nazista ouvir tiros no sótão da asa), mas nada muito grave. Operação Overlord tem boas cenas de ação e alguns bons efeitos de maquiagem (gostei do vilãozão). No elenco, ninguém conhecido, mas ninguém compromete: Jovan Adepo, Wyatt Russell, Mathilde Ollivier, Pilou Asbæk e John Magaro.

Operação Overlord não é um “novo clássico”, mas vai divertir quem estiver na pilha. E em breve entra em circuito.

p.s.: Devem ter gostado do diretor Julius Avery, ele já foi anunciado como o diretor da refilmagem de Flash Gordon, o clássico incompreendido da ficção científica oitentista.