Lilo & Stitch

Crítica – Lilo & Stitch

Sinopse (imdb): Uma menina havaiana solitária faz amizade com um alienígena fugitivo, ajudando a remendar sua família fragmentada.

É complicado falar de um filme como Lilo & Stitch. Porque é divertido e engraçado, e o Stitch é fofinho, então certamente vai agradar o público. Mas, por outro lado, é exatamente igual ao desenho de 2002. Ou seja, é divertido, mas na verdade é um prato requentado.

A Disney errou muito nas adaptações live action, quase todos os filmes são ruins ou péssimos – na minha humilde opinião, o único bom é Cruella, que não é uma versão de 101 Dálmatas e sim uma história independente usando a personagem. Todo o resto é sofrível, e o último a ser lançado, Branca de Neve, foi ruim com força. Olhando sob este ângulo, Lilo & Stitch nem é tão ruim.

Tem uma coisa que merece elogios, que é a animação do Stitch. Acho que só teve uma cena onde reparei falhas na interação com os personagens humanos – uma cena no fim onde as irmãs abraçam o Stitch e dá pra ver pelos braços delas que estão abraçando o ar. Porque em todo o resto do filme, parecia um bicho real. Devem ter colocado um Stitch de pelúcia em tamanho real interagindo com o elenco de carne e osso. O efeito especial é realmente bem feito.

Aproveitando o elogio, preciso dizer que o roteiro teve uma pequena alteração positiva. No desenho, os alienígenas que vêm pra Terra pra tentar capturar o Stitch se vestem como humanos e ficam no meio das pessoas e ninguém repara que são alienígenas. Isso era meio tosco no desenho, e aqui foi consertado, agora eles usam uma camuflagem e se parecem com humanos.

Mas fora isso, tudo é igual ao original. Bonitinho, fofinho… e repetido.

Preciso comentar sobre a dublagem. A sessão de imprensa foi anunciada legendada, mas na hora exibiram o filme dublado. E a atriz que faz a Lilo, a estreante Maia Kealoha, foi prejudicada pela dublagem. Me parece que é uma boa atriz mirim, mas em várias cenas ela soou artificial.

Aproveito pra falar do elenco. Maia Kealoha e Sydney Agudong interpretam as irmãs. Chris Sanders, diretor do desenho original, volta a fazer a voz do Stitch (repetindo o papel, ele fez o mesmo em 2002). Tia Carrere e Jason Scott Lee estavam no desenho, e voltam aqui com outros personagens. Zach Galifianakis e Billy Magnussen fazem as versões humanas dos alienígenas, e estão bem caricatos, mas funcionam no estilo do filme. E fiquei com pena de não ter ouvido a voz da Hannah Waddingham porque era a versão dublada.

Lilo & Stitch vai agradar, vai vender ingresso, vai levar pessoas ao cinema, e isso é algo sempre positivo. E por isso vou me contradizer. Sim, é um prato requentado, e o desenho original está no Disney+. Mas é sempre positivo ver alguém deixando o streaming e indo ao cinema. Por este motivo, apesar de não ter nenhuma novidade, torço por mais projetos como esse.

Missão: Impossível – O Acerto Final

Missão: Impossível – O Acerto Final

Sinopse (imdb): Ethan e sua equipe estão em uma missão para encontrar e destruir uma IA conhecida como A Entidade. A viagem ao redor do mundo dá origem a cenas de ação incríveis e mais de uma reviravolta inesperada.

E vamos ao oitavo filme de uma franquia que não tem nenhum filme ruim!

Hoje, em 2025, nem todos se lembram, mas Missão Impossível era um seriado, que durou sete temporadas, entre 1966 e 1973, e que teve um remake em 1988 com duas temporadas. Até que em 1996, Tom Cruise assumiu o papel principal da versão cinematográfica e transformou cada novo filme em um grande evento, e, principalmente, em um “evento Tom Cruise”. E agora, Missão: Impossível – O Acerto Final (Mission: Impossible – The Final Reckoning, no original) tem cara de encerramento da franquia, incluindo citações a vários elementos de outros filmes da saga. Será que Tom Cruise, hoje com 62 anos, ainda teria pique pra seguir com a série?

(Ok, sabemos que Hollywood é movida por dinheiro, então claro que pode aparecer um novo filme onde o Ethan Hunt do Tom Cruise se aposenta e “passa o bastão” para outro agente mais novo. Mas acredito que vai ser uma barra difícil de segurar, seja quem for o novo protagonista.)

A direção ficou mais uma vez com Christopher McQuarrie, que dirigiu os três anteriores (os quatro primeiros filmes foram de quatro diretores diferentes). McQuarrie tem uma sólida parceria com Cruise, não só dirigiu quatro Missão Impossível e o Jack Reacher de 2012, como também estava no roteiro de No Limite do Amanhã, A Múmia e Top Gun Maverick. McQuarrie entrega um bom resultado, este oitavo filme pode não ser tão bom quanto o sétimo, mas duvido que alguém saia do cinema decepcionado.

Como já virou tradição, Missão: Impossível – O Acerto Final tem longas sequências de ação de tirar o fôlego, e sempre com o Tom Cruise dispensando o dublê. Aqui são duas sequências, uma em um submarino; outra em pequenos aviões monomotores. Ok, sempre vai ter alguém dizendo “mas duvido que o Tom Cruise estivesse fazendo aquilo tudo, ele estaria preso por cabos de segurança”. Sim, sim, como qualquer cena executada por um dublê, existem alguns artifícios usados para minimizar os riscos que o profissional pode correr. Mas mesmo assim, desafio qualquer leitor deste site: você conseguiria fazer aquela cena?

(Sei que o nome do filme é “Missão Impossível”, e já vimos diversas situações absurdas vividas pelo protagonista. Mas talvez o final da sequência do submarino seja a mentira mais mentirosa de toda a saga…)

Agora, se por um lado essas duas sequências valem o filme, por outro lado o roteiro poderia ser mais enxuto. São quase três horas de filme, e com MUITAS explicações. O filme é tão confuso que dá vontade de ver outra sessão pra tentar pegar todos os detalhes, mas é tão cansativo que não dá vontade de rever.

(Mas reconheço que gostei da dinâmica de algumas cenas que misturam diálogos e ações em dois locais diferentes. Sabe aquela parada de uma pessoa terminar a frase que a outra começou? Desse jeito, mas misturando cenas distintas.)

Pra piorar, o vilão não é bom. Existe o vilão principal, a Entidade, que é uma IA, então é um vilão invisível. E existe o vilão secundário do Esai Morales, que é caricato e não assusta nada.

Agora, depois que passamos pelas sequências de ação, a gente até esquece as falhas. Porque precisamos lembrar que a qualidade dos filmes da franquia é muito alta. Este oitavo filme pode não ser um dos melhores, mas está acima da média do cinema de ação contemporâneo. E ambas as sequências são sensacionais. Sim, vale pagar o ingresso caro do cinema, nem que seja só pra ver as duas sequências.

Sobre o elenco, indubitavelmente é um “filme do Tom Cruise”, e ele não decepciona. Mas outros atores também têm espaço (afinal são duas horas e quarenta e nove minutos de filme!). Ving Rhames, Simon Pegg, Hayley Atwell e Pom Klementieff voltam aos seus papéis como a equipe que ajuda o herói (tem mais um membro, Degas, interpretado por Greg Tarzan Davis, mas o roteiro não o privilegiou, é um personagem desnecessário). E, como falei antes, não gostei do Esai Morales. Dentre as novidades, gostei de dois personagens interpretados por atores mais conhecidos por séries de TV: Hannah Waddingham (Ted Lasso) e Tramell Tillman (Ruptura).

Ainda queria falar da trilha sonora. Gosto muito do tema original, em 5/4. Uns anos atrás fiz um short falando de músicas em 5/4. Quase todas as músicas que ouvimos por aí são em 4/4, que é quando tem um tempo forte a cada quatro tempos, UM dois três quatro UM dois três quatro… O tema de Missão Impossível tem um tempo forte a cada cinco: UM dois três quatro cinco UM dois três quatro cinco. O tema de Halloween também é em 5/4. Você já tinha reparado neste detalhe?

Por fim, temos uma cena em um porta aviões. Caramba, podia ter uma piadinha interna, onde Ethan Hunt podia avistar, ao longe, o Maverick!

Terremoto em Lisboa

Crítica – Terremoto em Lisboa

Sinopse (assessoria de imprensa): Lisboa 2027. A sismóloga Marta e o oceanógrafo Miguel formam um casal que discorda sobre diversas opiniões científicas. O conflito aumenta quando Marta descobre a possibilidade de um terremoto devastador abalar Lisboa novamente. Os cientistas precisam tomar a decisão de alertar ou não a população sobre uma possível tragédia.

Bora de “ficção científica” feita na “Guiana Brasileira”!

Não é muito comum vermos filmes portugueses em cartaz nos cinemas. E este tinha sinopse de filme catástrofe, e estava sendo vendido como ficção científica. Será?

Infelizmente, já começo com a má notícia: o filme acaba antes de começar o tal terremoto, ou seja, não chega na parte “cinema catástrofe”. Além disso, se passa dois anos no futuro, ou seja, também não parece ficção científica.

Somos apresentados a um grupo de cientistas, que descobrem que pode acontecer um grande terremoto em Lisboa, semelhante a um que aconteceu em 1755 e que destruiu boa parte da cidade. O problema é que não existe a certeza de que o terremoto vai acontecer. Ou seja, se eles alertam a população e nada acontecer, eles perdem credibilidade; se eles não alertam e acontecer o terremoto, morrem milhares de pessoas. Qual seria o melhor caminho?

Mas sabe qual é o problema? Falta história. É um filme de uma hora e dezesseis minutos onde basicamente isso é tudo o que acontece. Aí o filme precisa encher linguiça. Tem uma cena no início onde os cientistas têm uma reunião com o secretário de estado pra discutir um orçamento de uma parada que não tem nada a ver com o resto do filme! Pra que aquela cena?

Ou seja, o filme podia ser um media metragem de meia hora. Mas esticaram. Por um lado, ficou ruim porque não tem história pra contar; por outro lado, ficou ruim porque não mostra o tal terremoto.

Pra não dizer que o filme fica só nos diálogos, no final vemos parte do caos quando as pessoas começam a fugir da cidade. Mas mesmo nesse momento o filme é fraco, porque vemos apenas um incidente. Se esse trecho do caos urbano fosse boa, talvez a gente até relevasse não ter um terremoto – apesar do nome “Terremoto em Lisboa”.

Por fim, dois comentários sobre a cópia exibida nos cinemas brasileiros. O primeiro é sobre as legendas. Sim, é um filme legendado, o que ajuda, já que nem sempre o português de Portugal é fácil de se entender. Mas, me parece que as legendas foram feitas lá, o idioma nas legendas parecia português pt, acentos agudos no lugar de circunflexos, algumas palavras com “letra sobrando” tipo “acção”, ou ainda “terramoto” no lugar de “terremoto”. Achei que podia ter uma adaptação nas legendas. Um exemplo: determinado momento o personagem fala de pegar uma “boléia”, e só depois entendi que isso significa “carona”.

O último comentário é sobre o título, “Terremoto em Lisboa”. Fui catar no imdb, não tinha nada. Aí procurei o nome da diretora Rita Nunes e descobri que o nome original do filme é “O Melhor dos Mundos”. “Terremoto” em Lisboa é o nome usado no Brasil pra tentar atrair público. Ok, concordo que é um nome mais atrativo, mas, como não tem terremoto, talvez fosse melhor deixar o nome igual…

Hurry Up Tomorrow: Além dos Holofotes

Crítica – Hurry Up Tomorrow: Além dos Holofotes

Sinopse (imdb): Um músico insone encontra uma estranha misteriosa, o que o leva a uma jornada que desafia tudo o que ele sabe sobre si mesmo.

Quando  recebi o convite para a cabine de imprensa de Hurry Up Tomorrow: Além dos Holofotes (Hurry Up Tomorrow, no original), heu não tinha ideia do que se tratava o filme. Fui até catar o trailer, mas mesmo depois de vê-lo, continuei sem saber. (Normalmente evito ver trailers, mas esse heu estava na dúvida, vi para saber se valia a pena ou não.)

Achei curioso porque no pôster tinham três nomes de atores. Um nome que heu nunca tinha ouvido falar, e depois outros nomes conhecidos, Jenna Ortega e Barry Keoghan. Heu não sabia quem era esse cara principal, um tal de Abel Tesfaye, mas amigos meus me disseram que ele é o The Weeknd. Conheço a música, mas heu achava que “The Weeknd” era uma banda e não uma pessoa. Achei estranho um cara ter um nome artístico desses.

(Ok, não tenho muita moral pra falar do nome dos outros, mas achei bem estranho o cara se chamar “O Fim de Semana”. E isso acabou me gerando várias “piadinhas de tio” na cabeça, tipo, como é que será que a equipe chama ele? Ele tá na turnê, vão chamá-lo lá no quarto do hotel, “ô, seu The, vamos lá pra passagem de som?” Estranho, né?)

Ou seja, entrei no cinema sem ter ideia do que eu ia ver, e acabei vendo um videoclipe. Um videoclipe longo e chato.

Enfim, pra comentar esse filme vou precisar entrar em spoilers. Nada muito grave, não tem nada bombástico na narrativa, nenhum plot twist que vale a pena ser guardado. Mas heu sempre gosto de avisar quando eu vou entrar em spoilers, e vou falar da trama do filme. Então se você for spoilerfóbico, sugiro que pare o vídeo por aqui.

No filme a gente acompanha duas tramas em paralelo. Uma delas tem a Jenna Ortega, fugindo de alguma coisa que a gente não sabe o que que é. A outra tem um cantor e seu empresário, interpretado pelo Barry Keoghan. O cantor é Abel Tesfaye, também conhecido por The Weeknd. Ele tem mega shows em estádios lotados, e está com problemas. Problemas ligados a álcool e drogas; e problemas porque ele está querendo voltar para uma provável ex-namorada.

Acaba que os dois se encontram, ela vai no show dele e ficam juntos naquela noite. Na verdade, é uma cena bastante inverossímil, porque a Jenna Ortega tem um metro e meio de altura, e ela vai num show num estádio, e consegue chegar na grade, e quando chega lá, ele a vê, e ele sai do palco, e ela pula a grade, e consegue entrar no backstage. Na boa, ela nunca conseguiria entrar no backstage daquele jeito. Mas é filme, então a gente deixa pra lá.

Até aí o filme é bem besta. Mas, no dia seguinte daquela noite, no hotel, o filme ensaia pegar outro caminho, porque ela se mostra uma fã obsessiva. Pensei… Legal! O filme pode entrar numa onda meio Atração Fatal, onde ela vai revelar uma faceta meio obsessiva e não vai deixá-lo sair. Isso podia, finalmente, levar o filme para um caminho interessante. Mas infelizmente o filme só mostra o caminho legal, mas volta para a trama chata que estava desde o início.

Hurry Up Tomorrow me parece uma viagem de ego do The Weeknd, porque é um filme sobre um mega cantor, muito grande, muito importante – temos até um momento onde a personagem fica analisando as letras da música dele. Ok, o cara faz sucesso, respeito isso, reconheço que a música dele é boa, mas… O filme me pareceu um troço meio egocêntrico demais.

Além da história não ser boa, a forma como foi contada também não é. Me parece que o diretor, ou o diretor de fotografia, ou ambos, entraram numa de “quero ser diferente, quero ser cool, quero ser moderninho”. Então o filme abusa de luzes fortes e contrastes, além de ficar mudando o aspect ratio da tela (vários formatos de tela diferentes). Isso pode funcionar num videoclipe de 4 ou 5 minutos, mas não num longa de uma hora e quarenta e cinco.

Hurry Up Tomorrow deve funcionar para os fãs do The Weeknd (ou Abel Tesfaye). É um filme sobre ele, sobre as músicas dele. Mas eu acho que ele falhou, porque podia pensar em pessoas que não são seus fãs. Ele podia ter feito um filme para todos.

Premonição 6: Laços de Sangue

Crítica – Premonição 6: Laços de Sangue

Sinopse (imdb): Na década de 1960, uma jovem prevê o desabamento de um prédio e salva da morte um grupo de pessoas. Décadas depois, sua neta também começa a ter visões da morte de seus familiares.

Heu gosto da franquia Premonição. É um bom exemplo de como se repetir uma fórmula e o filme não ficar igual aos anteriores. Mas, como o quinto filme terminava com uma conexão com o início do primeiro, heu achava que nunca veríamos um sexto filme. Mas, olha lá, tem Premonição novo em cartaz.

Dirigido pela desconhecida dupla Zach Lipovsky e Adam B. Stein (mas com Jon Watts, diretor dos últimos Homem Aranha, como um dos roteiristas), Premonição 6: Laços de Sangue (Final Destination: Bloodlines, no original) segue o mesmo espírito dos outros filmes e traz tudo de positivo e de negativo que tem no resto da saga. A fórmula do roteiro não é exatamente igual, porque os personagens principais não estão no grande acidente que abre o filme, mas, fora isso, a proposta é a mesma.

Falei que os filmes seguem a fórmula mas não são iguais, né? Em todos os filmes rolam longas sequências onde você sabe que alguém vai morrer, de maneira horrível, mas você não sabe como nem quando. São espalhados vários elementos pelo cenário, todos com potencial de serem a causa da morte, e o espectador não tem ideia de qual deles será usado. Se por um lado a ideia é repetida, por outro, a gente nunca sabe como será a morte, e isso torna a cena bem divertida, apesar de ser uma repetição de fórmula. Algumas são realmente muito criativas.

Este é um ponto positivo. Agora, pelo menos pra mim, Premonição 6 repete o ponto negativo presente nos outros filmes. É quando resolvem estabelecer regras rígidas para algo abstrato.  Por que a morte precisaria seguir uma ordem exata? Agora, não vou reclamar disso aqui, porque afinal a mesma coisa acontece em todos os filmes anteriores.

Premonição 6 segue a fórmula. Uma cena inicial com um acidente enorme, e depois acompanhamos um grupo de personagens, a gente sabe que eles vão morrer, e a gente se diverte vendo sequências absurdas – e até engraçadas, apesar de ter algum gore.

Não quero entrar em spoilers, mas a cena inicial tem uma morte que acho que todos no cinema curtiram. Tem um garoto insuportável, inclusive ele foi parcialmente responsável pelo acidente. Quando ele morreu (não vou dizer como), o cinema comemorou. Não me lembro de outro filme onde o público comemora a morte de uma criança…

No elenco, tem uma cena com Tony Todd, que esteve em quatro dos cinco filmes anteriores. A cena não é boa, mas, se a gente lembrar que Todd faleceu ano passado, é legal vê-lo por uma última vez em um papel importante da sua carreira. Do resto do elenco heu só conhecia Rya Kihlstedt, que não é um nome muito conhecido, mas lembro dela em alguns filmes dos anos 90. Também no elenco, Brec Bassinger, Kaitlyn Santa Juana, Richard Harmon e Anna Lore

A boa notícia para os fãs da franquia é que descobriram uma fórmula de sequências infinitas. Porque cada família pode gerar um novo filme. Espero que mantenham a criatividade ao apresentar as mortes, assim sempre vou querer ver o novo filme!

Death of a Unicorn

Crítica – Death of a Unicorn

Sinopse (imdb): Um pai e uma filha acidentalmente atropelam e matam um unicórnio enquanto estavam a caminho de um retiro de fim de semana, onde seu chefe bilionário tenta explorar as propriedades curativas milagrosas da criatura.

Filme novo da A24, com um bom elenco e uma premissa instigante: unicórnios. Será que presta?

Primeiro longa dirigido por Alex Scharfman, Death of a Unicorn tem uma boa premissa, mas se perde no meio de clichês e acaba entregando um resultado previsível, com efeitos toscos, e com um final bem ruim.

A ideia não era ruim. Um cara viaja com sua filha para a mansão isolada de um milionário (não entendi se ele é parente distante ou funcionário, isso é explicado no início do filme, mas comi mosca e não lembro), mas no caminho acaba atropelando um unicórnio. Quando entra em contato com o sangue do animal, descobre que o mesmo tem poder de cura. Aí claro que o milionário vai querer monetizar o poder do unicórnio; e claro que a filha vai pesquisar e descobrir que as coisas não sairão como planejadas.

A partir desse momento que a filha descobre que os unicórnios são violentos e o filme se assume como um terror, tudo vira previsível demais. Absolutamente TODAS as mortes acontecem de forma previsível. Quem está acostumado com filmes de terror vai adivinhar cada momento.

O fato dos personagens serem caricatos não ajuda. Acho que o único personagem que tem mais de uma camada é o do Paul Rudd, que precisa se equilibrar entre ser um bom pai pra sua filha e cair na tentação da ganância oferecida pelos ricos. Os outros personagens são todos mal construídos.

Pra piorar, quem me acompanha sabe que não costumo reclamar de cgi mal feito, mas aqui algumas cenas de unicórnios parecem playstation dos anos 90. Saudades de quando os filmes não tinham cgi e precisavam inventar soluções criativas. Mesmo quando era uma ideia tosca, não ficava tão ruim.

E achei o fim ruim. Não quero entrar em spoilers, mas um filme desses não precisava de um final com uma redenção forçada.

No elenco, além dos já citados Paul Rudd e Jenna Ortega, Death of a Unicorn conta com Téa Leoni, Will Poulter e Richard E. Grant (que está a cara do Christopher Walken).

Pra não dizer que não gostei de nada, curti as referências a Alien: a personagem da Jenna Ortega se chama Ridley, que pode ter conexão com o diretor Ridley Scott e também com a personagem Ripley, e tem uma cena do unicórnio se aproximando dela que lembra o primeiro Alien. Pouco, não?

Karatê Kid: Lendas

Crítica – Karatê Kid: Lendas

Sinopse (google): Li Fong, um prodígio do kung fu, se muda para Nova York com a mãe. Ele tenta ficar longe de brigas enquanto se adapta ao novo país, mas sua paixão pelo combate o leva a se inscrever em um torneio de artes marciais. Para treinar para o desafio, ele conta com a ajuda dos mestres Han e Daniel LaRusso, unindo dois estilos em um para o confronto definitivo.

Existem alguns meios de se ganhar dinheiro com cinema. Um deles é apelar para o saudosismo e o fan service e espremer até o fim uma franquia de sucesso. Karatê Kid, grande sucesso das reprises da TV nos anos 80, teve recentemente uma continuação com a série Cobra Kai. Como extrair mais da franquia? Que tal um filme juntando os atores principais do filme original e do reboot?

Dirigido por Jonathan Entwistle (que apesar de ter o mesmo nome do baixista do The Who, acho que não é parente), Karatê Kid: Lendas (Karate Kid Legends, no original) é isso: um filme clichê e previsível, mas cheio de fan service pra agradar os fãs. E sendo que são cinco longas e mais seis temporadas de Cobra Kai, tem muito fã por aí.

(Curioso ignorarem o quarto filme, estrelado pela Hilary Swank, lançado em 1994. Ninguém lembra dele quando falam de Karatê Kid!)

Neste novo filme a gente acompanha um jovem que chegou da China, arranja inimizade com o vilãozinho genérico da vez, e precisa entrar num torneio de caratê para enfrentá-lo. No meio do filme, Han (Jackie Chan) aparece para treiná-lo, e Han convida Daniel LaRusso (Ralph Macchio) para formarem um time de treinadores.

Ok, entendo que dentro do universo ficcional do Karatê Kid, Daniel LaRusso e Han têm a mesma importância. Mas, fica difícil de aceitar isso quando a gente vê os atores, porque Jackie Chan é melhor que Ralph Macchio em qualquer parâmetro de comparação. Bem, pelo menos os dois juntos geram algumas boas cenas durante o treinamento do menino.

O roteiro tem algumas coisas que não fazem sentido. Uma delas me incomodou. O dono da pizzaria está com problemas financeiros e resolve entrar numa luta de boxe pra levantar dinheiro. É uma luta organizada, tem até juiz. O oponente usa golpes fora das regras, é advertido pelo juiz, mas continua aplicando os golpes ilegais, e o dono da pizzaria acaba sendo levado para o hospital. Caramba, se ele não cumpriu as regras, ele não pode ganhar o jogo! O dono da pizzaria iria para o hospital, mas sem os problemas financeiros, porque certamente iria receber uma indenização!

Um comentário sobre as lutas. A primeira cena onde o garoto luta é muito boa, heu diria que é a melhor cena de luta do filme. O estilo do garoto me lembrou os filmes antigos do Jackie Chan, que era flexível e usava objetos em volta no meio dos golpes, o que tornava suas lutas em momentos divertidos dos filmes. Mas, depois disso vemos treinamentos e treinamentos, e quando chegam as lutas finais, parece que o diretor quis brincar de fazer acrobacias com a câmera, e perdemos toda a coreografia das lutas. Pra piorar, ainda tem elementos gráficos na tela, aparentemente pra parecer videogame. Ou seja, as lutas finais, que deveriam ser o ponto alto do filme, são bem ruins.

No elenco, Ben Wang manda bem, ele funciona nas cenas de luta, e diferente de outros jovens atores, não sumiu quando estava ao lado dos dois nomes maiores (Jackie Chan e Ralph Macchio). Ming-Na Wen faz uma personagem completamente sem consistência, porque ela é contra o filho lutar, mas de repente, do nada, apoia o filho lutando. Sadie Stanley faz a “mocinha”, e não sei se sou o único, mas achei ela muito igual à Jennifer Lawrence; Joshua Jackson, de Dawson’s Creek, faz o dono da pizzaria. O vilãozinho genérico é tão genérico que seu personagem não tem nem nome no imdb.

O filme acaba dentro de todos os clichês previsíveis (não vou listar aqui por ser spoiler, mas, pense num clichê, ele vai estar lá). E no fim, quando a história fecha, tem um epílogo com uma curta cena bem divertida com ainda mais fan service. Mas achei isso positivo, o espectador sai feliz do cinema.

O Contador 2

Crítica – O Contador 2

Sinopse (imdb): Christian Wolff aplica sua mente brilhante e métodos não tão legais para montar o quebra-cabeça não resolvido do assassinato de um chefe do tesouro.

O primeiro O Contador foi lançado em 2016, nove anos atrás. Lembro que vi, lembro que gostei, mas não lembro de nada do filme. Ou seja, os comentários serão como se heu não tivesse visto.

Dirigido por Gavin O’Connor (o mesmo do primeiro filme), O Contador 2 (The Accountant 2, no original) é mais um filme genérico de ação. Tecnicamente bem feito, mas teve um detalhe que me incomodou: o protagonista Christian, interpretado por Ben Affleck, é um cara super inteligente, muito rico, bonito, forte, sabe lutar e ainda sabe usar armas de fogo de alto calibre. Caramba, o cara não tem nenhum ponto fraco?

Ou será que Affleck ainda quer ser o Batman?

Aí a gente lembra da situação curiosa vivida pelo ator. Affleck é quem mais interpretou o Batman no cinema, foram quatro filmes (Batman vs Superman, Liga da Justiça, e pequenas participações em Esquadrão Suicida e The Flash). E, ironicamente, é o único que não teve um filme “solo” – Michael Keaton, Val Kilmer, George Clooney, Christian Bale e Robert Pattinson foram estrelas dos seus filmes.

Vendo este histórico, não parece que Affleck quer transformar O Contador 2 no seu filme do Batman? Afinal, o Batman é um cara muito inteligente, muito rico e que luta muito bem…

Piadas à parte, esse lado “super herói” me incomodou um pouco. Talvez funcionasse melhor nos anos 80 ou 90, mas, hoje em dia, fica difícil ver um personagem sem nenhuma vulnerabilidade e levar o filme a sério.

(E ainda tem uma escola para super dotados que ajuda remotamente o personagem, e é impossível não lembrar de X-Men e a escola do professor Xavier. Mais um “super poder”!)

O elenco é bom. Tem crítico que não gosta do Ben Affleck, mas heu não tenho nada contra, acho que ele funciona bem neste tipo de papel. Jon Bernthal também está bem e tem boa química com Affleck. J.K. Simmons aparece muito pouco, pena, gosto dele. Também no elenco, Cynthia Addai-Robinson e Daniella Pineda

O Contador 2 não é ruim, como falei, tecnicamente é bem feito e tem algumas boas sequências de ação. E a dinâmica entre os irmãos é bem construída. Mas acho que funcionaria melhor se os irmãos tivessem uma dinâmica diferente, um sendo “o cérebro”, outro sendo “os músculos”.

Caos e Destruição

Crítica – Caos e Destruição

Sinopse (imdb): Um roubo de drogas sai do controle, levando um policial a encarar o submundo de uma cidade corrupta para salvar o filho de um político importante.

Finalmente estreou Havoc! Pra ninguém dizer que é mentira, aqui está o link das expectativas para 2023, quando comentei que queria ver este filme!

Antes do filme, quero falar do diretor, e de onde vinha essa expectativa. Festival do Rio de 2011. Heu estava lendo a programação, pra escolher quais filmes iria ver, tinha um filme indonésio na mostra Midnight Movies, chamado The Raid. Normalmente, filmes de países assim vão pra mostra Panorama do Cinema Mundial, e se estava na Midnight Movies é porque tinha algo de diferente. E realmente tinha, acabei em uma sessão onde vi um dos melhores filmes de ação daquela década. Um filme onde literalmente me senti sem fôlego no meio da sessão.

Em 2014 estive em Londres e dei sorte de ver The Raid 2 num cinema (este segundo filme não passou nos cinemas brasileiros). Vou copiar parte do meu texto escrito naquela época: “Se o primeiro filme é um diamante bruto de testosterona, este segundo filme é um diamante do mesmo quilate, só que lapidado. Se em The Raid a ação é toda em uma trama linear, e tudo acontece dentro do prédio; agora temos vários climas, vários cenários, vários personagens. E a violência extrema continua lá. E ainda melhorada. Olha, vou contar para vocês: a violência nunca foi mostrada assim antes na história do cinema. Nunca antes o sangue jorrou de maneira tão bela! Estamos acostumados com o “padrão Marvel de violência” – sem sangue, sem gore. A violência aqui é crua, bem longe de Hollywood. A quantidade de sangue derramado e de ossos quebrados é muito grande, com detalhes visuais que chamam a atenção”.

De lá pra cá, Gareth Evans dirigiu um filme de terror (Apóstolo) e alguns episódios da série Gangs Of London, que trazem essa violência crua, mas que é uma série irregular (mesmo assim, recomendo o episódio 5 da primeira temporada, acho que deve ser o produto audiovisual televisivo mais violento da história). Até que li sobre Havoc, seu novo longa metragem – que aqui ganhou o nome genérico “Caos e Destruição“.

Segundo o imdb, Caos e Destruição terminou de ser filmado em 2021, mas passou por refilmagens de lá pra cá. Deve ter tido outros problemas também, afinal o filme só foi lançado quatro anos depois – e sem nenhum alarde.

Caos e Destruição não é tão bom quanto os dois The Raid. Os filmes indonésios têm muito mais lutas corporais, algumas delas antológicas – só pra citar dois exemplos, no primeiro tem uma cena onde o protagonista enfrenta dezenas de oponentes num corredor; no segundo tem uma das minhas cenas favoritas de todos os tempos, quando uma mulher, com um martelo em cada mão, ataca sete adversários armados com facas. Caos e Destruição também tem lutas, mas nenhuma memorável como as citadas anteriormente.

Mesmo assim, algumas sequências não deixam nada a desejar. Heu adoro o estilo de como o Gareth Evans filma as cenas de ação. O filme abre com uma tensa perseguição de carro onde a câmera se posiciona diferente do óbvio. E no meio do filme tem uma longa sequência numa boate onde temos lutas e tiros por quase dez minutos ininterruptos. E tem uma sequência que lembra Gangs Of London, onde pessoas sitiadas em uma casa enfrentam vários inimigos que chegam atirando.

Agora, precisamos reconhecer que a trama é meio clichê. Policial corrupto em busca de redenção, compra briga com outros policiais corruptos e também com bandidos. Parte técnica excelente, mas história com pouca originalidade.

Se o roteiro é fraco, por outro lado o elenco é melhor que os filmes anteriores do diretor. Tom Hardy está bem como o policial anti-herói (ele funciona bem neste tipo de papel). Já Forest Whitaker está caricato, não gostei do seu personagem. Caos e Destruição ainda conta com Timothy Oliphant e Luiz Guzmán.

Por fim, um mimimi de fã do Gareth Evans. A atriz Narges Rashidi está em Gangs Of London, e tem uma cena excelente com ela lutando. A mesma atriz aqui aparece como a esposa do protagonista, uma personagem que não entra na luta. Ok, head canon meu, mas queria vê-la lutando…

Thunderbolts*

Crítica – Thunderbolts*

Sinopse (imdb): Depois de se verem presos em uma armadilha mortal, uma equipe não convencional de anti-heróis deve embarcar em uma missão perigosa que os forçará a confrontar os cantos mais sombrios de seus passados.

(Antes de tudo, aquele aviso pra quem não me conhece: não leio HQs de super heróis, nem sei se existe uma HQ dos Thunderbolts. Meus comentários serão sobre o filme e o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU)).

Já comentei antes. Entre 2008 e 2019, a Marvel fez um trabalho excepcional nos cinemas. Lançamentos da Marvel eram quase sempre garantia de um bom filme. Mas, de lá pra cá, a situação mudou, e muitos dos títulos decepcionaram.

Este ano a previsão era de três longas da Marvel: Capitão América 4, que foi mais do mesmo. Antes do fim do ano teremos Quarteto Fantástico, que promete ser uma grande revolução no MCU. E tinha esse Thunderbolts*, uma grande incógnita. O que esperar de um filme que só tem personagens secundários?

Não sei se é porque heu não tinha nenhuma expectativa, mas, não é que curti Thunderbolts*? Não é um grande filme, não vai mudar a vida de ninguém, mas posso dizer que me diverti no cinema. Curti bem mais do que Capitão 4.

Dirigido pelo pouco conhecido Jake Schreier, Thunderbolts* traz um time de personagens que parecem refugo de outros filmes. O único que tem alguma relevância no MCU é o Bucky (Sebastian Stan), parceiro do Capitão América original e que esteve em oito filmes e na série Falcão e o Soldado Invernal. O resto é tudo “lado B”: Yelena Belova (Florence Pugh), irmã adotiva da Natasha Romanoff e que também tem treinamento de Viúva Negra e que estava no filme Viúva Negra e na série Gavião Arqueiro; o Guardião Vermelho (David Harbour), pai adotivo da Natasha e da Yelena, e que estava no filme Viúva Negra; Antonia Dreykov (Olga Kurylenko), a Treinadora, também do filme Viúva Negra; John Walker (Wyatt Russell), o “Capitão América da Shopee”, da série Falcão e o Soldado Invernal; Ghost (Hannah John-Kamen), vilã de Homem Formiga 2; e o Bob (Lewis Pullman), personagem novo. Sim, apenas Bob, isso será explicado no filme. Ah, também tem a Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus), que faz uma espécie de Nick Fury aternativa, e que esteve em Falcão e o Soldado Invernal, Viúva Negra e Pantera Negra 2.

(Em tempos de “nepo babies”, temos o filho do Kurt Russell e o filho do Bill Pullman…)

Parecia que o protagonismo ia ser do Sebastian Stan, né? Não, na verdade é a Florence Pugh quem lidera o filme. E faz um excelente trabalho – ela inclusive saltou do segundo prédio mais alto do mundo sem usar dublês! Aliás, o filme sabe equilibrar bem a quantidade de personagens, não tem nenhum personagem que parece que está só pra ser “mais um”. E apesar de todos parecerem secundários demais, o time “deu liga”.

(Só não entendi por que um dos personagens sai logo no início do filme. Me parece que o ator/atriz estava com algum problema pessoal ou contratual e não podia seguir no filme. Ficou estranho usar um personagem em toda a divulgação e não usá-lo ao longo do filme.)

As cenas de ação são boas, e, claro, é Marvel, tem muito humor – achei o personagem do Guardião Vermelho um alívio cômico perfeito. E tem uma sequência muito boa no meio do filme que, não sei se foi proposital ou não, mas lembrou muito O Exterminador do Futuro.

Thunderbolts* ainda entra no delicado assunto da depressão, tanto nos protagonistas quanto no antagonista. Agora, não vou entrar em spoilers, mas a parte final atinge parte da população “civil”. Quando o Thanos estalou os dedos, isso afetou o mundo e isso foi tratado em outros filmes; será que os próximos filmes vão lidar com o que aconteceu com as pessoas afetadas?

Ainda sobre a sequência final, Thunderbolts* ser um filme dentro do MCU traz outro problema recorrente: onde estavam outros heróis? O Doutor Estranho não mora na mesma cidade onde se passa o filme? O Sam Wilson não estava por aí “anteontem” como o novo Capitão América? Por que Thunderbolts* nem sequer menciona os outros heróis? (Um evento de Capitão América 4 é citado, ou seja, eles confirmam que estão no mesmo universo!).

Mesmo assim, achei o resultado de Thunderbolts* muito positivo. Não é o melhor filme da Marvel, mas acho que podemos dizer que é o melhor desde Guardiões da Galáxia 3. Agora aguardemos Quarteto Fantástico pra saber se Thunderbolts* foi um caso isolado ou se estamos numa curva ascendente.

Por fim, o tradicional da Marvel: duas cenas pós créditos, uma piadinha no meio dos créditos, e um gancho pro próximo filme lá no fim de tudo. Achei um gancho meio previsível, mas, ok.

Ah, o asterisco no título do filme tem sentido. Assim como o Bob, é explicado no filme.