Jolt: Fúria Fatal

Crítica – Jolt: Fúria Fatal

Sinopse (imdb): Uma segurança com um problema de controle da raiva ligeiramente assassino que ela controla com a ajuda de um colete forrado com eletrodos que ela usa para se chocar de volta à normalidade sempre que fica homicida. Depois que o primeiro cara por quem ela se apaixonou é assassinado, ela parte em uma onda de vingança para encontrar o assassino enquanto os policiais a perseguem como seu principal suspeito.

Antes de entrar em Jolt, um breve comentário para exaltar esse bom momento de filmes de ação estrelados por mulheres. Nas últimas semanas falei de Gunpowder Milkshake e Viúva Negra, e só nos últimos dois anos tivemos Mulher Maravilha 84, Capitã Marvel, The Old Guard (com a Charlize Theron), Anna (do Luc Besson), O Ritmo da Vingança (com a Blake Lively), Ava (com a Jessica Chastain)… Ok, nem todos são bons filmes (não é todo dia que aparece um novo Atômica), mas, ué, nem todos os filmes de ação estrelados por homens são bons, e mesmo assim a gente vê…

Em Jolt: Fúria Fatal (Jolt, no original), é o momento da gente ver a Kate Beckinsale “chutando bundas”. Não que vê-la num filme de ação seja exatamente uma novidade, afinal ela é o principal nome da franquia Anjos da Noite. Aqui ela tem uma personagem ótima, ela tem uma doença que a transforma numa pessoa com uma raiva incontrolável. É muito bom ver na tela uma pessoa assim! Uma boa sacada do filme foi mostrar em um flash o que seria a reação dela, pra depois voltarmos alguns segundos e vê-la tentando se controlar. Esses momentos são divertidíssimos!

Agora, se a personagem é ótima, não posso dizer o mesmo sobre o roteiro. Algumas coisas não fazem muito sentido, como por exemplo a motivação para ela entrar nessa onda de vingança – que justamente é o ponto principal do filme. A gente sabe que ela é uma pessoa desajustada, mas nada me convenceu que ela teria motivos pra se engajar numa jornada como aquela, por um cara que ela mal conhecia.

As cenas de ação são boas. Nada de excepcional, mas são boas. Tem uma dela lutando contra três opositores muito mais fortes que é bem divertida. E tem uma sequência no hospital onde rola um breve plano sequência com uma correria pelos corredores, e logo depois uma cena que provavelmente vai gerar polêmica, envolvendo bebês recém nascidos.

No elenco, o nome a ser citado é a Kate Beckinsale. Ela está ótima, irônica, bonita e brigando bem. Talvez fosse melhor a personagem ser um pouco mais nova, ajudaria a convencer nas motivações – mas, se fosse mais nova, não ia ser ela, então deixa pra lá. Também no elenco, Jai Courtney, Stanley Tucci, Bobby Cannavale, Laverne Cox e Susan Sarandon

O fim do filme tem um plot twist que é um dos piores plot twists que já vi no cinema. Não dou notas aos meus filmes, mas, se desse, só esse plot twist faria a nota descer uns dois pontos. Sério, é um plot twist péssimo.

No finzinho rola uma cena puxando uma continuação. Sabe quando deixam um gancho com algo em aberto? Aqui trouxeram uma atriz ganhadora do Oscar pra uma única cena, só pra fazer esse gancho. Pelo calibre da atriz convidada, heu arriscaria dizer que esta continuação está quase certa.

Anjos da Noite: Guerras de Sangue

anjos da noite 5Crítica – Anjos da Noite: Guerras de Sangue

Ninguém pediu, mas olha lá, mais um Anjos da Noite…

A vampira guerreira Selene luta para acabar com a eterna guerra entre o clã Lycan (lobisomens) e a facção de vampiros que a traiu.

Ok, vamulá. É o quinto filme da franquia de vampiros vs lobisomens. Todo mundo que vai ver este filme sabe o que vai encontrar. A crítica será feita analisando por este ângulo.

Anjos da Noite: Guerras de Sangue (Underworld: Blood Wars, no original) não é um grande filme. Claro que não, seria uma grande surpresa se fosse. Mas é um filme divertido, e que vai agradar os fãs da franquia.

A direção está nas mãos da estreante Anna Foerster. Não sei se é por ter uma mulher na direção, ou se é um sinal dos tempos, mas neste filme quase todos os personagens importantes são mulheres –  a vilã vampira Semira é muito mais interessante que o vilão lobisomem Marius (o tiroteio entre o mocinho vampiro e o vilão lobisomem foi ridículo!).

O visual do filme é bem legal. Mas o roteiro nem sempre faz sentido, principalmente na parte final do filme. Mesmo assim, ainda ouvi um colega crítico comentando que este roteiro é melhor que os dois últimos (confesso que não me lembro com detalhes dos outros filmes da série).

No elenco, claro, o filme é de Kate Beckinsale, mas isso não significa que ela tem uma grande atuação, ela apenas veste bem o papel. Acho que Theo James (que também está na franquia Divergente) deveria trazer sangue novo à franquia, mas também não se destaca. Ainda no elenco, Lara Pulver, Charles Dance, Tobias Menzies, Daisy Head e Bradley James.

Quem estiver na pilha certa pode se divertir. Mas não muito…

Absolutely Anything

Absolutely Anything - posterCrítica – Absolutely Anything

Já tinha um tempo que heu tinha lido sobre este filme. Cheguei a achar que tinham cancelado o projeto. Mas, olha lá, o filme tá pronto!

Um grupo de excêntricos alienígenas concede a um humano o poder de fazer absolutamente qualquer coisa, como um teste para saber se vale a pena exterminar o planeta.

Absolutely Anything é uma comédia estrelada pelo Simon Pegg. Mas o que o torna imperdível é saber que é o primeiro filme desde O Sentido da Vida que temos todos os membros (vivos) do Monty Python reunidos. John Cleese, Eric Idle, Michael Palin, Terry Gilliam e Terry Jones (que também dirigiu o filme) não aparecem na tela, mas ouvimos suas vozes – eles dublam os alienígenas! E, se não bastasse, ainda tem Robin Williams fazendo a voz do cachorro!

(Falei que não vemos os Pythons, mas o diretor Terry Jones faz um cameo, como o motorista da caminhonete que atropela a bicicleta.)

Ver o Monty Python reunido é sempre um prazer – e ter o Terry Jones na direção é uma boa notícia, afinal ele também dirigiu os “pythonianos” O Cálice Sagrado, A Vida de Brian e O Sentido da Vida. Tudo isso ainda parece maior quando a gente lembra que é o último filme do Robin Williams. E não podemos nos esquecer que o filme é estrelado por Simon Pegg, um dos maiores nomes da comédia contemporânea. E isso tudo que citei até agora talvez seja o maior problema de Absolutely Anything: uma grande expectativa. Em um filme mediano…

Absolutely Anything não é ruim. Temos algumas boas piadas – quase todos os diálogos do cachorro são engraçadíssimos! Mas, além de parecer um filme pra sessão da tarde, tem o problema de ter um argumento muito parecido com o Todo Poderoso do Jim Carrey.

No elenco, os rostos mais conhecidos aqui no Brasil são Pegg e Kate Beckinsale (como falei, os outros só dublam). Também no elenco, Rob Riggle, Sanjeev Bhaskar e Joanna Lumley.

No fim, Robin Williams faz valer o ingresso. E é sempre legal ouvir as vozes dos Pythons. Mas que fica aquele gostinho de que poderia ter sido muito melhor, ah, fica.

O Vingador do Futuro (2012)

Crítica – O Vingador do Futuro (2012)

Mais uma refilmagem…

Num futuro sombrio, o operário Douglas Quaid vai até a Rekall, uma empresa que providencia implantes de memória aos seus clientes, mas algo dá errado e ele começa a ser perseguido pela polícia.

O Vingador do Futuro (2012) não é apenas uma refilmagem. É uma refilmagem desnecessária. O original é um dos melhores filmes de ficção científica do final do século passado. Não precisava de refilmagem. E se era pra refazer, deveriam ter feito um roteiro novo a partir do conto de Philip K. Dick – como os irmãos Coen fizeram em Bravura Indômita (que não é refilmagem, e sim outro filme baseado no mesmo livro). Ou seja, “fail”.

Pelo perfil do diretor escolhido para a refilmagem, a gente já desconfiava do que viria por aí. O cargo foi entregue a Len Wiseman, de Duro de Matar 4 e da série Anjos da Noite. O filme original era do holandês Paul Verhoeven, que pouco antes fizera Conquista Sangrenta e Robocop, e dois anos depois dirigiria Instinto Selvagem. É só a gente analisar os currículos de ambos pra entender as diferenças entre as versões…

O Vingador do Futuro parece que se inspirou nos novos filmes de super heroi (como a nova trilogia do Batman) para fazer uma história mais “pé no chão”. Nada de Marte, mutantes, alienígenas. Tudo se passa no nosso planeta, que foi quase inteiramente destruído por uma guerra química. Até aí, tudo bem, mas… Onde se encaixa então a cena da prostituta de três seios? 😉

O roteiro do filme original, além de uma fina ironia misturada com sarcasmo (típicos do diretor Paul Verhoeven), tinha uma coisa muito boa: até o fim do filme, não sabíamos se tudo aquilo tinha acontecido ou se era parte do implante colocado na cabeça de Quaid. O roteiro atual, de Kurt Wimmer (diretor do bom Equilibrium) e Mark Bomback (Incontrolável), deixa de lado a ironia e as sutilezas do filme de 1990, e substitui tudo por boas cenas de ação. Ok, as cenas são bem feitas, mas só isso não sustenta um filme…

Outro ponto fraco é Colin Farrell. Coitado de Farrell, ele não está mal, mas é que a comparação é injusta. O Vingador do Futuro original traz Arnold Schwarzenegger em excelente forma (sem dúvida, é um de seus melhores filmes). Qualquer um, ao refazer este papel, ia ter dificuldades. E Farrell não conseguiu construir um Quaid à altura do original, como já era previsível.

Mas nem tudo ficou ruim neste novo filme. Os cenários são um dos destaques, a ambientação deste novo mundo futurístico ficou bem legal; o transporte “A Queda” (que atravessa o planeta) foi uma boa sacada, assim como o uso da gravidade zero. E algumas sequências de ação são muito boas, gostei muito da perseguição nos carros magnéticos e da cena dos elevadores. E se Colin Farrell está muito aquém de Schwarzenegger, as duas atrizes principais estão ótimas – Kate Beckinsale fez uma “versão estendida” do personagem que foi de Sharon Stone (e mostra que está em excelente forma física quase aos quarenta anos de idada); enquanto Jessica Biel mostra que é uma atriz bem superior à sumida Rachel Ticotin (que continua na ativa, mas há tempos não faz nada relevante). (Ainda no elenco, Bryan Cranston, John Cho, Bokeem Woodbine e um Bill Nighy desperdiçado).

No fim, fica aquela sensação estranha pela comparação com o original. Se O Vingador do Futuro de 2012 fosse um filme novo, até seria legal. Mas ao lado do outro, ficou devendo.

Anjos da Noite 4 – O Despertar

Crítica – Anjos da Noite 4 – O Despertar

Não sei se alguém ainda tem paciência para esta franquia, mas, olha lá, o quarto Anjos da Noite já vai estrear nos cinemas semana que vem…

Quando humanos descobrem a existência de vampiros e lycans (lobisomens), começa uma guerra para erradicar as duas espécies. A vampira Selene (Kate Beckinsale) é capturada e, quando consegue fugir, doze anos depois, descobre um complô em andamento.

Anjos da Noite 4 – O Despertar (Underworld: Awakening, no original) tem uma grande virtude: é um filme honesto. Quem se propõe a vê-lo sabe exatamente o que vai encontrar: tiros e explosões com visual estilizado, um fiapo de história com vampiros e lobisomens, e Kate Backinsale em uma roupa apertada de couro. Trama elaborada? Personagens bem construídos? Filme que vai entrar em listas de melhores? Nada disso, não aqui…

A parte técnica funciona bem nas cenas de ação, o filme traz algumas sequências eletrizantes. Mas por outro lado deixa a desejar no cgi dos lycans. É inaceitável uma produção hollywoodiana atual ter cgis tão capengas.

E tem outro problema, ainda pior: o filme não tem uma história. A trama parece uma sequência de justificativas para as cenas de ação. Não me lembro direito dos outros Anjos da Noite, pra mim são “filmes fast food” – vejo, me divirto na hora, e esqueço logo depois. Sei que a franquia é meio “lado B”, mas não me recordo de serem tão vazios em conteúdo.

Dirigido pelos desconhecidos suecos Måns Mårlind e Björn Stein, Anjos da Noite 4 – O Despertar tem o roteiro escrito por Len Wiseman, diretor dos dois primeiros filmes e roteirista de todos os quatro filmes da franquia. Wiseman também é casado com Kate Beckinsale, deve ser por isso que ela voltou para a série.

No elenco o grande nome é Kate Beckinsale. Quase quarentona, ela está linda e com um corpaço. E manda bem nas cenas de ação, tanto na p%$#rrada quanto no uso de armas de fogo – parece que a sua Selene quer disputar o trono de “kick-ass queen” com a Alice (Resident Evil) de Milla Jovovich, já que a Angelina Jolie aparentemente aposentou a sua Lara Croft…

Curiosamente, Kate não esteve na parte 3. A protagonista feminina foi Rhona Mitra, que parece uma Kate genérica (Rhona também é bonita e dona de belas curvas, mas tem um currículo bem mais fraco). Achei que Kate ia tentar mudar o rumo da carreira, mas aí ela fez um filme policial na neve (Terror na Antértida), e uma das melhores coisas do filme eram as suas curvas. Parece que ela desistiu e voltou a investir no lado “coroa gostosa”.

Um último comentário sobre o elenco: Stephen Rea deve estar precisando de dinheiro, para ter aceitado um papel num filme desses! Ainda no elenco, Sandrine Holt, Michael Ealy, Charles Dance e Theo James.

Enfim, como falei lá no começo, Anjos da Noite 4 – O Despertar tem o seu público alvo, que não vai esperar nada muito diferente. Então não vai decepcionar muita gente. Mas se você não é fã da franquia, acho que nem vale a pena. Tem coisa melhor por aí…

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Se você gostou de Anjos da Noite 4 – O Despertar, o Blog do Heu recomenda:
O Lobisomem
Anjos da Noite 3 – A Rebelião
Resident Evil 4: Recomeço
Terror na Antértida

Terror na Antártida

Terror na Antártida

Às vésperas de começar o rigoroso inverno na Antártida (quando quase todos saem de lá), a policial Carrie Stetko (Kate Backinsale) procura desvendar uma série de assassinatos.

Acredito que o pior problema de Terror na Antártida é o modo como foi vendido. O trailer dava a entender que a trama trazia algo misterioso, talvez alienígena ou sobrenatural, como O Enigma de Outro Mundo (que também se passa no gelo). Até o título nacional evoca um filme neste estilo!

Nada disso. Terror na Antártida é um filme policial, um eficiente thriller, apenas isso. Se fosse vendido como tal, acredito que acertaria o público alvo certo.

Dito isso, agora vamos às coisas boas do filme dirigido por Dominic Sena (Swordfish, 60 Segundos). Terror na Antártida (Whiteout no original) sabe usar muito bem o ambiente gelado da Antártida. Por um lado, temos belíssimas paisagens geladas. Por outro lado, as nevascas ajudam a criar climas tensos interessantes.

Além de Kate Beckinsale (cada dia mais bonita), o elenco conta com Gabriel Macht (The Spirit), Tom Skerrit (Alien) e Columbus Short (Quarentena).

Enfim, como disse lá em cima, Terror na Antártida é um eficiente thriller, mas nada além disso. Pode agradar se você estiver no clima certo. Mas, por favor, esqueça o trailer!