Entre Facas e Segredos

Crítica – Entre Facas e Segredos

Sinopse (imdb): Um detetive investiga a morte de um patriarca de uma família excêntrica e combativa.

Uma agradável surpresa pouco antes de fechar o ano!

Entre Facas e Segredos (Knives Out, no original) se parece com um “whodoneit”, aquelas histórias tipo Agatha Christie, onde temos um crime e vários possíveis suspeitos. Mas Entre Facas e Segredos faz ainda melhor, porque altera a forma clássica do whodoneit no meio do caminho.

Entre Facas e Segredos foi escrito e dirigido por Rian Johnson, dois anos depois do Star Wars ep. 8. Interessante ver que ele foi para um estilo bem diferente – e que ele foi bem sucedido nessa nova empreitada. O roteiro é muito bem construído, não só na condução da investigação, como também no equilíbrio entre os muitos personagens.

Ah, o elenco! Que elenco maravilhoso! Não é todo dia que temos Daniel Craig, Chris Evans, Ana de Armas, Jamie Lee Curtis, Michael Shannon, Don Johnson, Toni Collette, LaKeith Stanfield, Christopher Plummer, Katherine Langford, Jaeden Martell, Riki Lindhome, Edi Patterson – e ainda tem o Frank Oz em uma ponta como o advogado! Arrisco a dizer que todos estão bem, mesmo aqueles com menos tempo de tela.

Recomendo!

p.s.: Heu não fui o único a achar o roteiro muito bom. Rian Johnson foi indicado ao Oscar de roteiro original.

Mulheres Perfeitas (2004)

0-mulheres-perfeitasCrítica – Mulheres Perfeitas (2004)

Quando uma alta executiva da tv é demitida e entra em depressão, seu marido a leva para a comunidade de Stepford, em Connecticut, onde todas as mulheres são perfeitas – às vezes até demais.

Frank Oz, além de ter sido o braço direito de Jim Henson nos Muppets e de ter interpretado o Yoda, também era diretor. Não é uma carreira muito extensa (12 longas, segundo o imdb), mas tem alguns filmes excelentes – sou muito fã da sua versão de A Pequena Loja dos Horrores. Oz aqui apresenta mais um bom filme.

Este Mulheres Perfeitas é uma refilmagem de Esposas em Conflito, de 1975, inspirado no livro “As Possuídas”, de Ira Levin, lançado em 1972 (todos têm o nome original “Stepford Wives”). Não vi o original, mas pelo que li, é mais sério, mais puxado para o suspense. Esta versão de 2004 não tem nada de suspense, é uma boa comédia de humor negro.

O clima de Mulheres Perfeitas é de uma deliciosa farsa. Tanto é uma farsa que ninguém trabalha naquela cidade, mas todos têm um alto padrão de vida. Os figurinos, a cenografia e a inspirada trilha sonora de David Arnold (parece Danny Elfman, não?) ajudam no clima farsesco.

Algumas características das mulheres de Stepford são inconsistentes. A cena que uma mulher vira um caixa eletrônico não é coerente com a cena final, por exemplo. Falha do roteiro, precisamos reconhecer…

O elenco é excelente. Nicole Kidman está perfeita no papel principal tanto antes, como executiva estafada, quanto depois, como “mulher perfeita”. Christopher Walken exercita sua divertida canastrice com um papel que é a sua cara. Bette Midler, exagerada como sempre, ganhou um papel exagerado que que combina com o seu estilo. Matthew Brodderick é que está um pouco apagado… Ainda no elenco, Glenn Close, Jon Lovitz, Roger Bart e Faith Hill.

Mulheres Perfeitas não é o melhor filme de Frank Oz. Mas pode divertir quem entrar no clima.

Labirinto – A Magia do Tempo

labirintoCrítica – Labirinto – A Magia do Tempo

Pro podcast de bonecos, fui rever Labirinto, filme que heu não via desde a época do lançamento nos cinemas.

A adolescente de 15 anos Sarah acidentalmente deseja que seu meio irmão bebê seja levado por Jareth, rei dos duendes, que ficará com o bebê e o transformará em um duende se Sarah não terminar o labirinto em 13 horas.

Lançado em 1986, Labirinto – A Magia do Tempo (Labyrinth, no original) foi o último filme dirigido por Jim Henson, o criador dos Muppets, que viria a falecer em 1990. Baseado num roteiro de Terry Jones (ele mesmo, do Monty Python), e com George Lucas como um dos produtores, Henson fez um dos melhores filmes de fantasia da década de 80.

Os bonecos são muito bem feitos, tanto os marionetes e fantoches, quanto os maiores, com gente dentro da fantasia. Jim Henson não ia dar mole na área onde é especialista, né? E a maior parte dos efeitos especiais continua convincente – a primeira entrada de Sarah no labirinto ainda impressiona!

O elenco tem basicamente três atores – outros aparecem, mas muito rapidamente. David Bowie já era um nome bem famoso na música, e ainda era um ator bissexto. Mas o nome a ser citado é Jennifer Connelly, então com 15 anos, em um de seus primeiros sucessos (ela tinha feito um papel pequeno em Era Uma Vez na América em 1985, e estrelado o underground Phenomena, do Dario Argento, em 86). E chega a dar pena do bebê Toby Froud – que depois, adulto, trabalharia nos efeitos especiais de Crônicas de NárniaParanorman. O menino chora boa parte do filme.

(Dentro dos bonecos, tem algumas pessoas conhecidas, como Frank Oz, Kenny Baker, Warwick Davis, Jack Purvis, Brian Henson e Ron Mueck – hoje conhecido como escultor. Mas não dá pra ver…)

Como ponto fraco, a parte musical de David Bowie perdeu a validade. Nada contra o som ser datado por ter muita cara de anos 80, mas, na boa, não rola um vilão que fica cantando e dançando. Pelo menos a cena com o labirinto “escheriano”, com gravidades em ângulos diferentes, ficou bem legal, apesar da música.

Existem pela internet alguns estudos psicológicos sobre o filme. Pode até existir um fundo psicológico, mas prefiro ver Labirinto como uma fábula. E uma fábula que continua gostosa de se ver.

Um Lobisomem Americano Em Londres

LobisomemAmericanoEmLondresCrítica – Um Lobisomem Americano em Londres

Hora de rever o clássico!

Dois mochileiros, viajando pelo norte da Inglaterra, são atacados por um lobisomem. Um morre, o outro fica gravemente ferido. O povoado local se recusa a reconhecer a existência de algo estranho.

Diferente de vampiros e zumbis, temos poucos filmes de lobisomem por aí. Um Lobisomem Americano em Londres, lançado em 1981, ainda é um dos melhores do gênero.

Escrito e dirigido por John Landis, Um Lobisomem Americano em Londres traz um bom equilíbrio entre a tensão e o humor – humor negro, claro. Landis transitava bem entre a comédia e o terror – ele também fez Os Irmãos Cara de Pau, No Limite da Realidade, Trocando as Bolas e Inocente Mordida, dentre vários outros. Não sei se por opção estilística ou por falta de grana, Landis usou o recurso de mostrar pouco a criatura. Independente da razão, gostei. A perseguição no metrô com a câmera subjetiva ficou muito boa.

Uma das melhores coisas do filme é a maquiagem feita por Rick Baker. A transformação em lobisomem, toda usando truques de maquiagem (não existia cgi na época!), impressiona até hoje. E os “mortos” que conversam com David são muito bem feitos. Não à toa, ganhou o Oscar de maquiagem de 82.

(Aliás, uma curiosidade: em 83, Michael Jackson, quando resolveu fazer o videoclipe da música título de seu Lp mais famoso, Thriller, chamou Landis para dirigir o filme e Baker para fazer a maquiagem da sua transformação. Nada mal, hein?)

O papel principal ficou com David Naughton, não me lembro dele em nenhum outro filme. Diferente do coadjuvante, Griffin Dune, que fez um monte de coisas nos anos 80 (Depois de Horas, As Amazonas na Lua (outra vez dirigido por John Landis), Imensidão Azul, Quem É Essa Garota). Jenny Agutter é a mesma de Fuga do Século 23 (Logan’s Run), de 1976. Frank Oz aparece em uma cena.

O fim do filme é meio besta, mas não sei se teriam como terminar diferente. Em 1997 rolou uma continuação, Um Lobisomem Americano em Paris, mas é um filme muito inferior, só vale pela nudez da Julie Delpy.

Por fim, olhem que curioso: achei no google uma imagem do poster original. Tosco, não?

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A Pequena Loja dos Horrores – Versão Estendida

A Pequena Loja dos Horrores – Edição Estendida

Sou muito fã deste A Pequena Loja dos Horrores desde que vi no cinema na época do lançamento, na segunda metade dos anos 80. É um musical sobre uma planta carnívora, dirigido pelo Frank Oz (o Yoda!), baseado no musical da Broadway que por sua vez se baseou num filme de terror do Roger Corman feito em 1960.  Comprei o LP importado com a trilha sonora em 88 (não tinha aqui no Brasil); e este foi o primeiro vhs que pirateei, ainda nos anos 80, antes do filme ser lançado oficialmente por aqui – era bem mais difícil, a gente tinha que levar o videocassete pra casa de um amigo! (depois comprei o vhs “selado”). Já tenho o dvd oficial há anos, mas nunca tinha saído em blu-ray. Até agora…

Comprei o blu-ray gringo assim que saiu (sei lá quando vão lançar por aqui). Comprei pelo filme, para ter o filme na minha coleção, nem sabia de extra nenhum, muito menos de um final diferente. Foi uma agradabilíssima surpresa descobrir o final estendido. E que final estendido!

Trata-se de um filme de 27 anos atrás, mas mesmo assim cabem os avisos de spoilers. Vou falar do novo fim do filme!

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

No fim “oficial”, depois de salvar Audrey, Seymour levanta dos escombros, pega um cabo de energia elétrica e eletrocuta a planta. Ok, final feliz. Neste “novo” final, Audrey morre, e Seymour a leva para a planta comer. Não satisfeita, a planta também come o Seymour. Ouvimos uma música nova (que não estava na trilha sonora nem vinil nem em cd), e vemos várias mudas sendo vendidas nas lojas. E depois vemos várias “Audrey 2” gigantescas destruindo a cidade!

Peguei no google uma cena da destruição. Vejam:

FIM DOS SPOILERS!

Não sei se A Pequena Loja dos Horrores vai ser lançado em blu-ray no Brasil. Tampouco sei se vai ser lançado com esta opção de final alternativo. Então fica a recomendação: se você é fã do filme como heu, encomende o seu blu-ray na “amazon mais próxima”. Mesmo sem legendas em português, vale a pena!

Muppets – O Filme (1979)

Muppets – O Filme (1979)

No fim do ano estreará um novo filme dos Muppets. Aproveitei uma promoção das Lojas Americanas e comprei este Muppets – O Filme, de 1979, pra rever com meus filhos.

Caco, o sapo, vai até Hollywood para tentar um emprego no meio do entretenimento. Ao longo do caminho, conhece vários personagens famosos, como Fozzie, Gonzo e Miss Piggy. E eles precisam evitar um ganancioso empresário dono de um restaurante de pernas de rã, atrás das pernas de Caco.

Antes de falar sobre o filme, falemos dos Muppets. Para quem não conhece (existe alguém que não conhece?), são personagens criados por Jim Henson (auxiliado por Frank Oz) que estrelaram vários filmes e programas de tv, quase sempre com humanos interagindo com os bonecos, que podem ser animais, humanóides, monstros, extraterrestres ou criaturas inventadas.

O que falar sobre o filme, hoje, mais de 30 anos depois? Acho que a única coisa negativa é que os convidados especiais “perderam a validade” – heu mesmo, com meus 40 anos, não reconheci todos os atores, o que dirá a molecada de hoje em dia… A maior parte dos elenco era composta de atores de comédia famosos nos anos 80. Reconheci Steve Martin, Mel Brooks, Dom DeLuise, Elliot Gould e até Orson Welles. Mas ninguém conhecido das crianças de hoje.

Fora isso, o filme ainda é excelente. Hoje estamos acostumados com cgi em toda parte, mas aqui todos os muppets são bonecos animados por gente de verdade, e em momento algum isso parece tosco. Pelo contrário, em alguns momentos, a animação impressiona. Logo no início, Caco aparece tocando banjo – dentro de um lago! Onde estava o animador? E pouco depois ele aparece andando de bicicleta… hoje em dia isso seria mole de fazer, seria tudo cgi – mas, parem para pensar: como é que um fantoche anda de bicicleta? Se bem que é melhor não parar pra pensar, e sim acreditar na “mágica”… 🙂

Mas não é só isso. Uma das coisas que mais gosto nos Muppets é o seu genial e raro humor, que agrada tanto a criançada quanto os adultos. Diferente dos “primos” da Vila Sésamo, indicados somente para os pequenos, os Muppets podem ser apreciados por qualquer um que goste de comédias. (Falando em Vila Sésamo, Garibaldo faz uma ponta aqui!)

Aliás, compartilho aqui uma informação que heu não sabia: os Muppets são uma espécie de spin off de Vila Sésamo – Caco fazia parte do “elenco” da Vila Sésamo! Taí, admiro os dois programas, mas são bem diferentes. E heu não tinha a menor ideia de que eram relacionados, a não ser pelo fato de ambos serem criações de Jim Henson…

Agora procurarei os outros filmes de Caco e sua turma e aguardarei ansiosamente pelo novo filme, que estreia em dezembro!

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Star Wars Ep III – A Vingança dos Sith

Crítica – Star Wars Ep III – A Vingança dos Sith

Depois dos episódios I e II, vamos ao III!

Conclusão da nova trilogia. Anakin Skywalker finalmente cede ao lado negro da Força (segundo as legendas, lado “sombrio” – horrível, não?), e Palpatine se revela o grande vilão, enquanto Obi Wan Kenobi, Yoda e Mace Windu tentam manter a paz.

A Vingança dos Sith segue os passos de seu antecessor, O Ataque dos Clones. Tem suas derrapadas, mas o saldo final é positivo.

O filme é bem mais sombrio que os outros cinco da série – era impossível ter um final feliz, já que no início do ep IV o mal prevalece. É o único filme da hexalogia que merece ressalvas quanto à recomendação para crianças!

Me parece que o pior problema aqui era fechar a história sem pontas soltas. Afinal, o fim tinha que ser coerente com a trilogia clássica (como todos sabem, foi filmada muitos anos antes). Na minha humilde opinião, quase tudo termina de forma coerente – a única escorregada está na parte do nascimento dos gêmeos, incompatível com um certo diálogo do ep. V (SPOILERS! Selecione o texto para ler: Em O Império Contra Ataca, quando Luke parte de Dagobah para Bespin, Obi Wan fala para Yoda: “Ele era a nossa última esperança”, e Yoda responde “Não, tem mais uma” – ou seja, Obi Wan não deveria saber da existência da Leia…)

Para os fãs, ainda tinha outro problema, este mais difícil de resolver. É que cada um imaginou um final ao longo dos muitos anos entre os filmes. Claro que teve muita gente decepcionada. Mas, caramba, George Lucas não tinha como agradar a todos. Não achei a sua solução a melhor de todas (heu também imaginei um final), mas achei convincente.

A parte técnica, como era de se esperar, é impecável. Assim como nos filmes anteriores, algumas sequências parecem ser criadas pensando num futuro videogame (como a parte em Utapau e a luta final), mas nada que atrapalhe. As sequências são eletrizantes!

No elenco, não há novidades. Hayden Christensen continua um ator limitado, mas funciona para o que o papel pede. E Ewan McGregor e Natalie Portman seguram a onda no resto, ao lado de Samuel L Jackson, Ian McDiarmid e a voz de Frank Oz (o Yoda).

Agora o “momento fanboy”: me lembro da primeira vez que vi este filme, numa pré estreia organizada pelo Conselho Jedi RJ. A sessão foi muito divertida, já que basicamente só tinham fãs no cinema. E a sala quase foi abaixo no momento que Darth Vader coloca o capacete e pela primeira vez faz aquele tradicional ruído ao respirar. Inesquecível!

Assim como O Ataque dos Clones, A Vingança dos Sith não supera a trilogia clássica. Mas não faz feio.

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Star Wars Ep II – O Ataque dos Clones

Crítica – Star Wars Ep II – O Ataque dos Clones

Continuemos com a saga Star Wars!

Neste segundo episódio, Anakin Skywalker vira guarda-costas de Padmé Amidala, e começa a rolar um clima entre eles. Enquanto isso, uma investigação de Obi-Wan Kenobi o leva a descobrir um exército de clones.

Dirigido novamente por George Lucas, O Ataque dos Clones não é uma obra prima, mas é bem melhor que o episódio anterior, A Ameaça Fantasma. Ok, admito que, em certos momentos, o ritmo é arrastado. Mas em compensação, temos sequências eletrizantes, como a briga entre Obi Wan e Jango Fett, ou toda a parte final na arena. Era isso o que os fãs sempre sonharam: ver jedis em ação!

(Temos que admitir que algumas das sequências parecem ser criadas para vender videogames, como a perseguição no início ou o Anakin na “fábrica de robôs”. Mas mesmo assim as cenas são muito boas.)

Uma das falhas do primeiro filme foi corrigida. Jar Jar Binks aparece bem menos aqui. E não é que ele tem uma participação discreta e importante?

O visual do filme é muito legal. No início do filme, Coruscant até lembra Blade Runner. A fábrica de clones em Kamino é belíssima; e o planeta Geonosis traz paisagens e alienígenas interessantes.

No elenco, perdemos Liam Neeson (Qui Gon Jin), mas ganhamos Christopher Lee como o vilão Conde Dooku (Conde Dookan na versão brasileira). Ewan McGregor e Natalie Portman agora dividem a tela com o até então desconhecido Hayden Christensen – tá, Christensen não é grandes coisas como ator, mas não atrapalha, pelo menos na minha opinião. Ainda no elenco, Samuel L Jackson, Frank Oz, Ian McDiarmid e Temuera Morrison.

(Sobre os nomes: deve ter algum brasileiro de sacanagem na Lucasfilm. O Ep I tinha um Capitão Panaka. Aqui, rola o Conde Dooku e o Lord Syfodias – que foi traduzido como Zaifo-vias. E no Ep III tem a Pau City! Impossível ser coincidência…)

O filme, propositalmente, não tem fim. Mas o terceiro episódio, A Vingança do Sith, é o próximo da fila!

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Star Wars Ep I – A Ameaça Fantasma

Crítica – Star Wars Ep I – A Ameaça Fantasma

Faz parte do trabalho de um pai apresentar bons filmes aos filhos. Chegou a hora de rever a hexalogia de Guerra nas Estrelas com a criançada!

A história todo mundo conhece, né? Durante uma crise política, os cavaleiros jedi Qui-Gon Jinn e Obi-Wan Kenobi vão até o planeta Naboo. Lá, se tornam a escolta da rainha Amidala até Coruscant, mas precisam parar em Tatooine, onde conhecem o jovem Anakin Skywalker.

O único problema de começar com o Ep 1 é que este é o mais fraco dos seis filmes. Tem algumas qualidades, mas, no geral, é bem inferior aos outros. Mas, para conquistar a “nova geração”, preferi começar pela “ordem errada” (o certo seria 4, 5 e 6, depois 1, 2 e 3), afinal, os efeitos especiais deste não parecem tão velhos quanto os do filme de 1977.

O que A Ameaça Fantasma tem de bom? Basicamente quatro coisas:

– O vilão Darth Maul
Rolava um grande desafio, afinal o novo vilão seria comparado com ninguém menos que Darth Vader – considerado por muitos o melhor vilão do século XX. Darth Maul é o que os fãs esperavam, um vilão excelente. Pena que sua participação é pequena.

– O tema musical “Duel of the Fates”
A trilogia clássica tem um dos temas mais marcantes da história do cinema, além de vários outros bons temas, menos famosos, na trilha sonora. O tema novo não fica atrás em termos de qualidade.

– A corrida de Pods em Tatooine
Ok, aquilo foi feito pra vender videogame. Mas toda a sequência da corrida é muito boa!

– O duelo de sabre de luz entre Darth Maul, Qui-Gon Jinn e Obi-Wan Kenobi
O melhor duelo da hexalogia é o travado entre Luke Skywalker e Darth Vader em O império Contra Ataca, toda a narrativa em torno da luta é muito bem estruturada. Mas, tecnicamente, era um aprendiz contra um quarentão. Aqui temos dois jedis e um sith em plena forma. A luta é eletrizante!

Mas isso não consegue esconder a verdade: A Ameaça Fantasma é um filme fraco.

Na minha humilde opinião, o grande problema de George Lucas aqui é que, enquanto na trilogia clássica ele tinha que prestar contas a um superior, aqui ele estava no topo. Faltava alguém pra lhe dizer “menos, George, menos!”. Faltava alguém pra lhe dizer “menos Jar Jar Binks, George, menos!”

E assim, o filme ficou muito aquém do que poderia ficar. Por exemplo, o citado Jar Jar Binks: Lucas queria provar que não precisava de atores reais, então criou um personagem digital. A ideia foi boa, até citei isso no Top 10 de marcos nos efeitos especiais. O problema é que Jar Jar aparece o tempo todo, chega a encher o saco. Se ele tivesse uma participação menor (como aconteceu nos filmes seguintes), não ia ser tão chato.

(Detalhe curioso: o Jar Jar Binks “perdeu a validade”. Hoje, 12 anos depois, os efeitos não enchem mais os olhos. O visual do Jar Jar ficou tão capenga quanto a sua personalidade.)

E não foi só o Jar Jar. O filme tem sérios problemas de ritmo, principalmente as partes com atores – Lucas nunca escondeu que não gosta de dirigir atores – as cenas com a mãe do Anakin são arrastaaadas… Pena, porque o bom elenco contou com Liam Neeson, Ewan McGregor, Natalie Portman, Terence Stamp e Ian McDiarmid. Anthony Daniels, Kenny Baker e Frank Oz voltaram para os personagens C-3PO, R2-D2 e Yoda. E o fraco garoto Jake Lloyd ganhou o papel principal. Fraco mesmo, cadê ele depois desse filme?

Mesmo assim, sou fã, admito. E gostei de ter revisto, mesmo com suas falhas.

O que dá pena é lembrar de toda a ansiosa espera. Foram dezesseis anos aguardando por um novo filme (de 1983 a 1999), lembro de quando saiu o primeiro teaser poster com o Anakin criança, e sua sombra era o Darth Vader… Pra depois, a gente ver um filme que ficou devendo. Me lembro sempre da cena final de Fanboys – leve spoiler, para ler, selecione o texto: quando, depois de muita espera, um personagem pergunta ao outro: “e se o filme for ruim?”.

Em breve, vou rever os Episódios 2 e 3, aí comento aqui!

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Os Irmãos Cara de Pau

irmãos cara de pau

Os Irmãos Cara de Pau

Antes de falar do filme, vou contar uma história minha relacionada a ele. Era janeiro de 1989. Heu viajava numa excursão pela Austrália. O ônibus tinha um videocassete, onde o motorista colocava filmes de vez em quando. Heu estava vendo um filme, bem divertido aliás, sem saber qual era. Quando o filme acabou, vendo os créditos, reparei uma quantidade enorme de nomes conhecidos no elenco – atores, diretores, músicos… Logo quis saber que filme era aquele! E assim, anotei o nome The Blues Brothers – de volta ao Brasil, descobri que aqui era chamado de Os Irmãos Cara de Pau (na época era comum traduções esdrúxulas de nomes de filme).

A trama é muito simples: os irmãos Jake e Elwood Blues (John Belushi e Dan Aykroyd) precisam reunir a antiga banda para levantar dinheiro para salvar um orfanato.

Simples, não? E mesmo assim, um dos melhores filmes da década de 80!

Na verdade, os Blues Brothers não se resumiam a este filme. Antes do filme, Belushi e Aykroyd tinham um quadro com a banda no famoso Saturday Night Live. E depois a banda continuou na ativa – nos emules da vida tem vários discos ao vivo da banda.

Tem gente que classifica o filme como musical, mas para mim, trata-se de uma comédia com excelentes números musicais inseridos. Para se ter uma ideia, temos participações de James Brown, Aretha Franklin, Ray Charles e Cab Calloway!

Tirando Belushi e Aykroyd, todo o resto da banda é formada por músicos, não atores: duas guitarras, baixo, bateria, teclado e um naipe com três metais. E, no elenco, temos nomes como Carrie Fisher, John Candy,Twiggy, Frank Oz e uma ponta de um tal Steven Spielberg.

O filme não só tem ótimos números musicais, como ainda tem exageradas cenas com muitos carros e muitos extras. São tantas as perseguições de carro que, na época da estreia, era o filme com o maior número de carros quebrados. Ah, sim, aquela cena com o carro dos nazistas caindo, era um carro de verdade!

O diretor John Landis também dirigiu o melhor videoclipe da história, Thriller, do Michael Jackson. Ele funcionava bem dirigindo comédias (Trocando as Bolas, Três Amigos, Clube dos Cafajestes) e tembém filmes de terror (Um Lobisomem Americano em Londres, Inocente Mordida, Twilight Zone). Pena que ele não tem feito muita coisa – já são uns dez anos sem filmes para o cinema, só trabalhos para a tv.

O filme teve uma continuação em 1998, dirigida pelo mesmo John Landis e também com um grande número de participações musicais legais. Infelizmente, uma das coisas mais importantes não estava lá: John Belushi, que morreu em 1982, aos 33 anos, de overdose. Uma carreira brilhante jogada fora. Belushi fez apenas sete filmes, além de vários programas de tv.

Filme obrigatório! Daqueles para se rever uma vez por ano!