O Espião Que Sabia Demais

(Hoje inauguro uma novidade aqui no blog: um texto escrito po um colunista convidado! Com vocês, Gabriel França!)

Crítica – O Espião Que Sabia Demais

Baseado no livro de espionagem escrito por John Le Carré.

“Você eu não somos tão diferentes assim. Nós fomos treinados para identificar as falhas dos sistemas um do outro. Meu lado é tão sujo quanto o seu”.

São exatamente com estas palavras que George Smiley, interpretado de forma espetacular por Gary Oldman, propõe a maior incursão filosófica de seu personagem. Somos todos sujos, corruptos, traidores, mentirosos, egocêntricos e movidos por nossas paixões. Como também somos as nossas ações e a forma como que entendemos e conhecemos a cada um. No fundo somos aqueles personagens do baile de máscaras, uma das grandes cenas do filme dirigido pelo sueco Tomas Alfredson.

Existem duas formas de compreender O Espião Que Sabia Demais (Tinker, Tailor, Soldier, Spy): 1) como um poderoso thriller de espionagem sobre a paranóia da Guerra Fria. 2) como um filme que usa tal fundo histórico e geopolítico para discutir as paixões humanas e suas maiores implicações no mundo. Ou unindo as duas concepções.

Tinker, Tailor, Soldier, Spy é uma fita absolutamente inovadora em termos técnicos neste gênero fílmico. Aqui nos é proposto um ritmo lento, gradual e constante. Onde cada parte é imprescindível para o todo. Não temos tiros, montagem frenética ou apostas em violência descabida. Por isso a fita é diferenciada, ousada em diversas cenas, de uma força simbólica que pouco vi nos últimos anos. Há de se comentar, por exemplo, a cena na Hungria entre um informante e Jim Prideaux (Mark Strong) e os olhares trocados por Prideaux e Bill Haydon (Colin Firth) numa certa cena relevante durante a trama.

Temos muito aqui do cinema de Bergman, Hitchcock e alguns breves lapsos de Operação França (The French Connection) ao longo dos 127 minutos. Tudo isso adicionado ao excelente roteiro que retira todas as gorduras do seriado produzido pela BBC nos anos 70 e do próprio livro. No entanto a grande sacada do roteiro e do próprio Tomas Alfredson é fazer um ajuste narrativo na introdução que é absolutamente genial! Desde já Alfredson, indubitavelmente, um dos grandes diretores da nova geração. Já havia mostrado potencial em seu filme de vampiros adolescentes Deixe Ela Entrar. Aqui fez o seu potencial prevalecer em terreno concreto.

Um exemplo da delicada e econômica direção do Alfredson é quando Smiley e seus dois colaboradores Peter Guillam (Benedict Cumberbatch) e Mendel (Roger Lloyd-Pack) estão em um carro e sofrem um “ataque” de uma mosca. Ao contrário de Peter incomodado com a mesma, Smiley simplesmente abre a porta do carro com um simples e leve movimento, com uma tranqüilidade e serenidade ímpares.

Não podemos nos esquecer da brilhante trilha sonora, uma realização de Alberto Iglesias, que já trabalhou com diretores do calibre de um Pedro Almodóvar. A música do desfecho (a francesa La Mer aqui interpretada pelo espanhol Julio Iglesias) é absolutamente contagiante e um grande acerto da produção. Certamente uma das melhores da temporada e bem utilizada em momentos propícios criando fortes contornos dramáticos.

Aliás, voltando ao elenco, o que falar sobre ele? Há anos não via um elenco tão rico em um único filme. Cada personagem, mesmo com poucos minutos em cena, deixa muito bem a sua marca. Mark Strong, Tom Hardy, Ciarán Hinds, Colin Firth, John Hurt, Benedict Cumberbatch, Toby Jones e Simon MCBurney.

Gary Oldman é um show à parte. Uma interpretação esplendorosa, de um dos maiores atores da face da terra. Sinceramente, são extremamente indescritíveis os seus trejeitos aqui, sua fria racionalidade em frente a um homem sutil e frágil com inúmeros conflitos internos.

As indicações ao Oscar de Melhor Ator, Roteiro Adaptado e Trilha Sonora Original foram absolutamente justas. E poderia ter sido perfeitamente indicado em categorias como Melhor Diretor, Fotografia e Filme. Tudo o que a política academia deseja em filme existe em Tinker, Tailor, Soldier Spy. Os votantes preferiram filmes burocráticos como Cavalo de Guerra (War Horse), Histórias Cruzadas (The Help) e Tão Forte e Tão Perto (Extremely Loud and Incredibly Close).

Posso afirmar que vejo como absolutamente injustas as críticas em relação ao filme. Que é inconclusivo, confuso, lento… Nada disso possui alguma razão em meu ponto de vista. Pois outra grande sacada do Alfredson, a partir roteiro escrito por Bridget O’Connor e Peter Straughan, é confiar no seu espectador, chamá-lo para o filme e não transformá-lo em algo menor (subestimando nossa inteligência), tampouco se utilizando de artifícios baratos de um episódio de série barata que passa em um canal tosco de TV Fechada.

Infelizmente, no cenário nacional, será mais uma obra-prima que não ganhará um público que merece.

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Gabriel França, 23 anos, graduado em História, professor, pós-graduado pela Universidade de Brasília, tricolor de coração e um cinéfilo maníaco.

Imortais

Crítica – Imortais

Onze anos atrás, lembro do filme A Cela, que tinha um visual belíssimo mas era raso como um pires. O diretor Tarsem Singh agora está com filme novo – o que podemos esperar?

Secretamente escolhido por Zeus, Teseus precisa enfrentar o cruel rei Hyperion, que procura o Arco de Épiro para libertar os Titãs e assim se vingar dos deuses do Olimpo.

Imortais nem é ruim. Mas tampouco é bom. Parece uma versão requentada de 300 (coincidência ou não, dos mesmos produtores), mas com uma história mais fraca, e também mais bagunçada.

Parece que resolveram chutar o balde no que diz respeito à mitologia grega. Não sou um grande entendido no assunto, mas até onde sei, Teseu não era um camponês bastardo. E não gostei de terem avacalhado a história do Labirinto e do Minotauro. Cadê a Ariadne, aquela que entregou o fio pra guiar Teseu?

Outra coisa que ficou ruim foi o Olimpo, com deuses sem expressão e que parecem saídos de um programa tipo Malhação. Mais: não tenho nada contra Luke Evans, mas um garotão imberbe não pode ser Zeus – principalmente pra quem viu Laurence Olivier no mesmo papel (no Fúria de Titãs de 1981)!

A direção de arte é realmente o que o filme tem de melhor. Algumas das batalhas valem o ingresso – gostei ver os deuses brigando em câmera lenta. Os grandiosos cenários estilizados também são muito bem feitos.

O elenco é cheio de nomes “médios”. Henry Cavill tem potencial para se tornar uma grande estrela ano que vem – ele é o novo Super Homem (basta saber se o novo filme vai ser mais parecido com o fraco Superman Returns de 2006 ou com o ótimo Batman de Christopher Nolan). Mickey Rourke ainda está procurando o caminho para retomar sua carreira, seu vilão malvadão nem ficou ruim. Freida Pinto, de Quem Quer Ser um Milionário, está ok como Phaedra, mas me questiono se uma atriz indiana foi a melhor escolha para um papel grego. Ainda no elenco, John Hurt, Isabel Lucas e Stephen Dorf.

No fim, fica a dica: se você curte um visual caprichado, pode gostar de Imortais. Mas não espere muito mais do que isso.

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Se você gostou de Imortais, o Blog do Heu recomenda:
300
Fúria de Titãs (2010)
Percy Jackson e o Ladrão de Raios

The Oxford Murders / Los Crimenes de Oxford

The Oxford Murders / Los Crimenes de Oxford

Na Universidade de Oxford, um professor inglês (John Hurt) e um aluno americano (Elijah Wood) ajudam a polícia a tentar solucionar uma série de crimes aparentemente ligados a símbolos matemáticos.

O filme é daquele tipo “mistérios misteriosos”, onde a gente fica tentando adivinhar quem será o próximo a morrer, como e por que, e logo vem uma virada de roteiro que nos joga em outra direção. Neste ponto, o filme flui bem, apesar da trama ser um pouco confusa. O problema é que certas coisas na história parecem meio forçadas demais, e aí o que antes funcionava perde a credibilidade.

Sou fã do diretor espanhol Álex de la Iglesia. Gosto de quase todos os seus filmes: Ação Mutante, O Dia da Besta, Perdita Durango, A Comunidade, Crime Ferpeito… Todos trazem um delicioso ar de filme B, um irresistível humor meio trash. Bem, quase todos. Este The Oxford Murders não tem cara de Álex de la Iglesia… Não falo isso só porque o filme se passa na Inglaterra e os atores principais são hollywoodianos. Perdita Durango é em inglês e se passa na América! The Oxford Murders simplesmente parece ser feito por outra pessoa. Não é um filme ruim, apenas não tem a cara do diretor.

Elijah Wood e John Hurt estão bem em seus papéis, o aluno e o professor que desconfiam um do outro. Nos papéis femininos, temos Julie Cox e Leonor Watling (o único nome espanhol no elenco principal). O francês Dominique Pinon faz um pequeno e importante papel.

A trama usa muitas referências matemáticas e é um pouco difícil de acompanhar, mas pelo menos a solução do filme tem uma certa lógica, apesar de também soar meio forçação de barra – ainda não “enguli” o terceiro assassinato, e achei muita viagem o quarto.

Não vi nada sobre este filme aqui no Brasil, apesar dele ser de 2008. Nem título em português! Por enaquanto, só via download…

A Chave Mestra

A Chave Mestra

A jovem enfermeira Caroline Ellis (Kate Hudson) desiste de trabalhar em hospitais e resolve pegar um emprego cuidando de um senhor com problemas de paralisia, numa velha e sinsitra mansão cheia de quartos, em Nova Orleans.

Apesar de dos nomes principais deste filme (a atriz Kate Hudson e o diretor Ian Softley) não terem feito outras produções do gênero, “A Chave Mestra” (“The Skeleton Key”), de 2005, é um dos melhores suspenses dos últimos anos!

“A Chave Mestra” fala do hodu, uma espécie de vodu, praticado em Nova Orleans. O hodu é uma antiga magia afro-americana que só funciona se você acredita nela.

Um dos trunfos do filme é o velho casarão onde a trama se passa. Inclusive, a tal “chave mestra” do título tem a ver com a casa – é a chave que serve para abrir (quase todos) os diversos cômodos que vivem trancados. Muito boa a escolha do cenário!

A carreira do diretor inglês Ian Softley é curiosa: de 1994 até hoje, ele só fez seis longas, de diversos estilos. Este é o seu único filme de terror. Ele também fez filmes como “Backbeat – Os Cinco Rapazes de Liverpool”, “Hackers”, “K-Pax” e, recentemente, “Coração de Tinta”.

O elenco está excelente. Kate Hudson, a Penny Lane do maravilhoso “Quase Famosos“, e que atualmente parece que se especializou em fazer comédias românticas, está ótima como a cética Caroline. E John Hurt impressiona ao interpretar o quase paralisado Ben Devereaux. De quebra, ainda temos Peter Sarsgaard, que recentemente também mandou bem no ótimo “A Órfã“. Ainda no elenco, Gena Rowlands e Joy Bryant.

Você lembra do furacão Katrina? Para quem não lembra: o Katrina destruiu quase toda Nova Orleans, porque boa parte da cidade fica abaixo do nível do mar. Isso aparece no filme, no fim, quando chove daquele jeito e a água não escoa. E o curioso é que “A Chave Mestra” passou aqui no Brasil logo depois da tragédia em Nova Orleans.

Por fim, preciso falar que gosto muito do fim deste filme. O fim foge dos padrões hollywoodianos, heu quase citei este filme no Top 10 de finais surpreendentes!

Spaceballs – S.O.S. Tem Um Louco Solto no Espaço

Spaceballs –  S.O.S. Tem Um Louco Solto no Espaço

Há um bom tempo queria rever o melhores filmes do Mel Brooks. Comecei meu festival pessoal com Spaceballs –  S.O.S. Tem Um Louco Solto no Espaço, de 1987.

Todos sabem que se trata de uma sátira a Guerra nas Estrelas, né? Mesmo assim, tem uma trama: o planeta Spaceballs está ficando sem ar, então seu presidente manda o cruel Dark Helmet para roubar o ar do planeta Druidia. Para isso, Dark Helmet tenta sequestrar a princesa Vespa, que é salva pelo mercenário Lone Starr.

Quase todas as piadas são em cima de Guerra nas Estrelas, mas também tem espaço na sátira para outros filmes, como Jornada nas EstrelasAlien. Aliás, a participação especial de John Hurt, repetindo o papel de Alien, é genial!

No elenco, o destaque é para Rick Moranis, com a mesma cara de perfeito loser, mas debaixo do enorme capacete de Dark Helmet. Ainda no elenco, Bill Pullman, John Candy, Daphne Zuniga e o próprio Mel Brooks, fazendo dois papéis: o presidente e Yogurt – qualquer semelhança com Yoda não será mera coincidência!

São muitas as piadas boas, mas algumas são bobas. Brooks já estava começando a ficar sem graça…

Mesmo assim, considero este o último filme bom de Brooks. Se antes ele fez clássicos como O Jovem FrankensteinA Última Loucura de Mel BrooksA História do Mundo – parte 1, depois de Spaceballs, ele só fez três filmes, todos fracos, na minha humilde opinião: Que Droga de VidaRobin HoodDracula – Morto mas Feliz.

Brooks, hoje com 83 anos, ainda está na ativa, justamente escrevendo e produzindo uma série animada baseada em Spaceballs. Mas, independente da qualidade de seus projetos recentes, será sempre adorado por fãs de boas comédias!

Alien – O Oitavo Passageiro

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Alien – O Oitavo Passageiro

Outro dia meu amigo Bebeto Pires sugeriu uma resenha deste ótimo filme, que este ano completa 30 anos. Claro que heu já tinha visto, mais de uma vez, mas é sempre bom rever antes de escrever, né? Então aproveitei o feriadão de páscoa pra rever este clássico.

Alguém aí não conhece a história? A Nostromo, uma enorme nave espacial cargueira, com apenas sete tripulantes, para no meio do caminho de volta para a Terra, para checar um S.O.S num planeta desconhecido. Alguns tripulantes vão até lá, algo dá errado, e na volta para a Nostromo trazem algo desconhecido com eles.

É difícil falar de um fime desses. Afinal, o que posso falar sobre esse filme que já foi falado por pessoas com mais propriedade que heu? Bem, posso falar duas coisas:

1- O visual do filme não está “velho”. Os cenários e efeitos ainda estão bons, algo surpreendente para um filme feito 30 anos atrás. As únicas coisas que denunciam a idade são os gráficos dos monitores de computador. E talvez alguns penteados femininos…

2- Vi este filme junto com um “quase sobrinho”, de 18 anos. Que não tinha ideia do que se tratava o filme. E que me disse que o filme continua bom!

Alien é simplesmente um marco. É a perfeita interseção entre ficção científica, suspense e terror. Nasci em 71, então não vi na época do lançamento. Mas tive a sorte de ver no cinema, numa reprise, antes da continuação, ou seja, sem saber do que se tratava, sem saber o que era o “alien”. Afinal, o suspense é criado em cima do desconhecido: não sabemos o que é aquilo; até a cena final, apenas vemos partes do bicho.

Foram 3 continuações: Aliens, de James Cameron (86); Alien 3, de David Fincher (92); e Alien – A Ressurreição, de Jean Pierre Jeunet (97). O de Cameron também é excelente, é uma das poucas continuações da história tão boas quanto o original. Não gostei do de Fincher, mas prometo que um dia ainda reverei para uma segunda opinião. O de Jeunet é bizarro, mas não se pode esperar algo diferente vindo do mesmo diretor de Delicatessen

(Não estou contando os filmes da franquia Alien vs Predador. São muito ruins, principalmente se comparados a esses!)

Mais alguns fatos legais sobre Alien:

– Era o segundo filme de um tal de Ridley Scott. Que logo depois fez um tal de Blade Runner. E que já foi indicado 3 vezes ao Oscar de melhor diretor, por Thelma & Louise (91), Gladiador (2000) e Falcão Negro em Perigo (2001).

– Os cenários e criaturas foram desenhadas pelo artista suíço H. R. Giger, o mesmo que fez a criatura em A Experiência, e a capa do disco “Brain Salad Surgery, da banda Emerson, Lake & Palmer.

– O responsável pelos efeitos especiais foi Carlo Rambaldi, que ganhou um Oscar por este filme e outro por E.T.. Rambaldi ainda fez efeitos especiais em filmes legais como o King Kong de 76, Duna e Possessão, aquele que a Isabelle Adjani cria um monstro no banheiro.

– Sigourney Weaver era quase desconhecida antes da série Alien. Depois de estrelar os 4 filmes da franquia, passou a ser associada sempre ao filme.

– O roteirista Dan O’Bannon fez outros roteiros para filmes legais, como Força Sinistra (Lifeforce) e O Vingador do Futuro (Total Recall). Mas no seu currículo tem duas coisas curiosas: 1- Só dirigiu dois filmes. Um deles é o cultuadíssimo A Volta dos Mortos Vivos; 2- Realizou, em 1974, como projeto de faculdade, uma ficção científica trash divertidíssima chamada Dark Star, que também foi o primeiro filme de John Carpenter (O Enigma de Outro Mundo, Fuga de Nova York).

Chega, o texto vai ficar grande demais. Se você ainda não viu o filme, corra para ver. E se já viu, é uma boa opção de reprise!

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal

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Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal

Depois de 19 anos, mais um filme com o nosso herói arqueólogo favorito: Indiana Jones!

Confesso que essa notícia era preocupante. Por um lado, claro que queremos ver mais Indiana Jones, os 3 filmes anteriores são fantásticos, estão certamente entre os melhores filmes de aventura da história. Mas eram duas as preocupações…

A primeira preocupação pode ser chamada de “Síndrome da Ameaça Fantasma“. É que, depois de 16 anos esperando um novo Star Wars, tivemos um novo filme, bem fraquinho, muito inferior aos anteriores. A segunda era: como se comportará Indy e seu chicote num mundo de efeitos especiais muito digitalizados, à la Lara Croft e A Múmia?

Bem, podemos deixar as preocupações de lado. O novo filme pode ser colocado ao lado dos 3 anteriores, é mais um divertido e excelente filme de aventura. E os efeitos digitais estão a favor do filme: pouco os vemos!

Uma coisa legal nesse filme novo é que não tentaram transformar Harrison Ford em um garotão de novo. Se os filmes anteriores se passam nas décadas de 30 e 40, na época da 2a Guerra Mundial, agora a ação se passa em 57, durante a guerra fria. Não temos mais vilões alemães, agora eles são russos!

Outra coisa legal é a volta de Marion, a “mocinha” do primeiro filme! Karen Allen cinquentona ainda manda bem! Ainda estão no elenco Shia Labeouf, Cate Blanchett e John Hurt, entre outros.

Ok, algumas coisas ficaram forçadas, como a cena da geladeira, ou o “momento Tarzan”. Mas, ora, estamos falando de Indiana Jones! Quem quiser ver coisas verossímeis na tela, procure outro filme! Aqui é que nem James Bond, a mentira trabalha a favor da diversão!

Fica melhor se acompanhado de pipoca!