Bitch Slap

Bitch Slap

Quando surgiu a divulgação deste Bitch Slap, já virei fã logo de cara. Três mulheres gostosas, com cara de bad girls, de peitos grandes escondidos por enormes decotes, saindo de um carro, em câmera lenta. Digo mais: elas brigam entre si, rolam tiros e explosões, e até um lesbianismo leve. Precisa de mais?

A história mostra as três bad girls no deserto, e, através de divertidos flashbacks, conhecemos a história de cada uma delas e entendemos o que elas estão fazendo lá.

Sim, é tudo muito caricato. Mas será que alguém achava que esse seria um filme sério? Claro que não! Ou seja, aqui é tudo muito engraçado!

As três meninas estão caricatas, como o filme pede, cada uma no estilo que de sua personagem. Julia Voth como a frágil stripper Trixie; Erin Cummings como a líder Hel; e America Olivo (Sexta Feira 13 – 2009) como a exagerada Camero. Bem, talvez America Olivo pudesse estar um pouco menos exagerada, mas mesmo assim, é coerente com o resto do filme. Como crítica está o fato de que nenhuma das três tira a roupa durante o filme!

O elenco ainda traz algumas surpresas, como participações especiais de Kevin Sorbo e Lucy Lawless – o Hércules e a Xena dos seriados de tv; e ainda uma ponta de Zoe Bell, uma das atrizes principais de À Prova de Morte, do Tarantino.

Aliás, falando em caricato e exagerado, algumas das cenas são descaradamente em estúdio com um fundo em chroma-key por trás. E os efeitos especiais são tosquérrimos! Claro, aqui, tudo funciona!

E, falando em tosqueiras, os créditos iniciais e finais são com imagens vintage de mulheres rebolando. Genial!

Achei o fim um pouco forçado – aquilo nunca aconteceria num filme sério. Mas não estamos falando de um filme sério, não?

Pandemic

Pandemic

Sabe quando um filme é ruim? A gente chega cheio de boa vontade, mas não dá certo, porque o filme é realmente ruim? É o caso.

Numa pequena cidade, uma veterinária, ao tratar de um cavalo, desconfia que ele tem um vírus desconhecido. Quando descobre que uma pessoa morreu com sintomas parecidos, ela procura a médica local, e juntas chamam o CDC, controle de doenças, e o exército toma conta da cidade.

É tudo tão óbvio que dá raiva! O personagem paranoico já conta tudo no meio do filme, e nada acontece depois disso. Isso sem contar com longuíssimas cenas desnecessárias – pra que gastar tanto tempo com a veterinária andando de carro pela cidade e dando tchauzinho para as crianças???

Mais: se o vírus é tão perigoso assim, por que os militares responsáveis pela quarentena não usam máscaras? Algumas questões óbvias como esta nunca são levantadas pelos personagens.

No elenco, o único rosto pouco conhecido é Ray Wise, que fez o Diabo na série Reaper. Mas aqui ele está mal, coerente com o resto do elenco e com o filme inteiro, de um modo geral: é tudo muito ruim!

Não perca tempo com este filme.

Buried Alive

Buried Alive

Ano passado rolou um festival maneiríssimo aqui no Rio, o Rio Fan, com um monte de filmes de terror e trash sem espaço no circuito. Entre mutantes paquistaneses, zumbis britânicos e sangue artificial italiano, vi um trash muito divertido, chamado The Rage, dirigido por um tal de Robert Kurtzman. Aí outro dia apareceu o link pra baixar este Buried Alive. Fui ver no imdb, é o filme que Kurtzman fez logo antes de The Rage! Corri para o download!

Buried Alive mostra um grupo de jovens que vai até uma casa no deserto para um trote universitário, e que acabam acordando um espírito maligno.

Diferente de The Rage, engraçado e original na dose certa, Buried Alive é tão óbvio… E, além do filme ser previsível, a tal assombração é tão sem graça…

No elenco, meia dúzia de atores fracos faz companhia a Tobin Bell, o Jigsaw de Jogos Mortais. Fiquei imaginando quando ele ia dizer “Let the game begins!”

O filme não é de todo ruim, algumas das mortes são legais, e rola alguma nudez gratuita – se bem que, nesse aspecto, uma das duas peladonas é até discreta. Enfim, pode ser divertido para ver com galera.

Um Lobisomem na Amazônia

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Um Lobisomem na Amazônia

Finalmente consegui ver Um Lobisomem na Amazônia, depois da tentativa frustrada de terça!

A trama: um grupo de jovens da cidade grande está na Floresta Amazônica atrás de experiências com o Santo Daime. Ao mesmo tempo, um misterioso cientista faz experiências genéticas. E ainda tem um grupo de amazonas, todas com os seios de fora. E isso sem contar com o lobisomem do título!

Trata-se de um legítimo Ivan Cardoso. O diretor de pérolas como As Sete Vampiras e O Segredo da Múmia mantém o seu estilo de “terrir” como sempre. Personagens caricatos, roteiros com situações absurdas e muita mulher pelada, tá tudo lá!

Ivan Cardoso é um caso único no cinema nacional. Seus filmes são sempre com o mesmo estilo trash. Quem curte, não vai se decepcionar. Pena que não é para qualquer um…

O elenco está bem, pelo menos dentro da proposta caricata “ivancardosiana”. Evandro Mesquita lidera um elenco que conta com o espanhol Paul Naschy como o dr Moreau e o trio Danielle Winnits, Djin Sganzerla e Karina Bacchi com pouca roupa. Nuno Leal Maia (num papel que às vezes lembra o Paulo Silvino) e Tony Tornado fazem uma boa dupla de alívio cômico. E ainda rola o Sidney Magal numa sensacional participação especial fazendo um sacerdote inca cantor, numa das melhores cenas do filme.

Mas nem tudo funciona. Sei lá, parece que falta alguma coisa. Sabemos que este filme teve problemas no lançamento – ele é de 2005, e só foi lançado agora em novembro de 2009. Me parece que sofreu cortes pelos produtores. São vários os elementos no roteiro que não foram bem explorados – até o próprio lobisomem está sub-aproveitado! Me lembro de uma entrevista com o Ivan Cardoso onde ele falava que tinha um filme pronto e ainda não lançado onde a Karina Bacchi aparecia nua. Bem, Karina é a única das três que não mostra nada… Será que não vai rolar um “director’s cut” um dia?

Enfim, se você curtiu outros filmes do diretor, vai se divertir. Mas se não viu, recomendo começar por um dos dois citados no terceiro parágrafo…

Black Dynamite

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Black Dynamite

Alguns meses atrás heu recebi por e-mail um link com o trailer de um filme usando todos os clichês dos filmes de blaxploitation dos anos 70. O trailer era engraçadíssimo! E o filme era este Black Dynamite – que heu nem sabia que já estava pronto, e muito menos que viria para o festival do Rio!

A trama é aquilo que se espera. Black Dynamite é “the ultimate black motherf&%$cker”, um negão enorme e forte, de cabelo black power, que luta kung fu melhor do que qualquer um e tem um revólver com o cano maior do que qualquer um. Ele conquista todas as mulheres e luta contra “the man”, traduzido nas legendas eletrônicas como “o sistema”.

(As legendas eram eletrônicas para o Festival, não sei se serão reaproveitadas. Tomara que algo destas legendas seja usado quando este filme chegar oficialmente. Quando Black Dynamite encontra um cartucho numa cena de crime, este cartucho é chamado na legenda de “pipoco da pesada”. Genial!)

A trama tem alguns absurdos dignos dos bons momentos nonsense dos anos 80 (Apertem os Cintos, Top Secret). O “plano maligno” contra os negros é fantástico, e o brainstorm onde eles descobrem isso é sensacional!

O filme usa um pouco da estética “tarantinesca” de colocar falhas propositais de câmera e enquadramento. E, de quebra, a trilha sonora é maravilhosa. Deu vontade de procurar mais músicas no estilo…

Claro que o filme não é para qualquer um. Mas se você entrar na onda de rir dos clichês e exageros, vai se divertir, e muito!

Morgue Story – Sangue, Baiacu e Quadrinhos

Morgue Story

Morgue Story – Sangue, Baiacu e Quadrinhos

Voltemos ao Festival do Rio!

Quando li sobre um filme nacional misturando quadrinhos, zumbis e catalepsia, tudo isso dentro de um necrotério, já fiquei interessado. Aí, vi que eram pouquíssimas as sessões. Corri para vê-lo logo; esse não sei quando terei outra chance para assistir.

A trama gira em torno de três personagens: Ana Argento (Mariana Zanette), uma quadrinista underground com problemas de relacionamento (criadora do Oswald, o morto-vivo); Tom (Anderson Faganello), um cataléptico vendedor de seguros de vida; e Dr. Daniel Torres (Leandro Daniel Colombo), um pervertido médico legista, fanático religioso, maníaco sexual e psicopata.

Morgue Story, na verdade,  é a versão cinematográfica de uma peça de teatro, do mesmo diretor Paulo Biscaia Filho. Taí, fiquei curioso para ver a peça. Se um dia vier ao Rio, quero assistir.

Aparentemente, os atores (desconhecidos por aqui) são os mesmos da peça, o que traz uma boa química entre eles. Leandro Daniel Colombo está hilário! Seu personagem envenena mulheres com uma poção vodu  para criar zumbis – que trouxe do Haiti – usando o veneno do peixe baiacu.  E, depois, quando as mulheres vão parar no seu necrotério, aproveita para estuprá-las.

A edição ágil é um dos pontos altos do filme. Alguns trechos, inclusive, têm uma linguagem bem quadrinística. Em outras cenas, diálogos são misturados com a trilha sonora, que é outro ponto alto, pontuando todas as cenas importantes. De quebra, o filme traz duas versões sensacionais de Wuthering Heights, da Kate Bush.

Morgue Story ainda é cheio de referências pop. Tem até um certificado de censura – como aqueles da época da ditadura – e créditos iniciais com riscos, como se fosse filme velho.

Pra terminar, vale lembrar que se trata de um filme trash. Um divertidíssimo e muito engraçado trash. Talvez o melhor  já feito no Brasil – preste atenção, os cadáveres respiram!

Ah, sim: fiquem até o final dos créditos!

Splinter

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Splinter

Deixemos o Festival do Rio de lado um pouco, para falar de outros filmes. Prometo que ainda nesta semana volto a escrever sobre o Festival.

Outro dia saiu a lista de indicados ao Scream Awards, um prêmio divertido que rola no dia das bruxas. Existe um prêmio para a “mutilação mais memorável”! Na lista deste ano de indicados a este prêmio tinha só um filme que heu não conhecia: este Splinter. Corri então para vê-lo.

Um casal comemorando o aniversário dá carona para um foragido da polícia e sua namorada. No meio do caminho surge algo misterioso – e mortal!

Splinter às vezes parece um filme “B” de terror das antigas: poucos cenários, elenco reduzido (são seis atores no total) e efeitos especiais simples e eficientes. Inclusive, aparentemente não rolam cgis!

Outra coisa interessante é o tempo do filme. Tudo se passa no mesmo dia, e boa parte acontece em tempo real.

Claro que o clima é de filme “B” mesmo, uma mão solta do braço perseguindo alguém não dá medo em ninguém, a gente se lembra de Evil Dead e cai na gargalhada. Mas isso não torna o filme ruim, é só entrar no clima e a diversão é garantida.

Ah, se alguém quiser saber, eis a lista inteira de indicados a melhor cena de mutilação: cirurgia de remoção do braço em Splinter; braços cortados pela serra em Watchmen; o bolo de olho em Arraste-me para o Inferno; a cabeça cortada por Zumbis Nazistas em Dead Snow; o pêndulo em Jogos Mortais 5; e a cena da piscina em Deixe ela entrar.

Canibais – Undead

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Canibais – Undead

Tenho o hábito de ver filmes sem saber do que se trata. Se leio em algum lugar algo interessante sobre o filme, ou se alguém me recomenda, assisto o filme para ver “qualé”. Pois bem, outro dia heu estava arrumando uma pilha de cdrs que gravei anos atrás. E achei um cd com esse Undead, baixado e gravado por mim em 2005 – numa época que heu não tinha o hábito de baixar filmes! Não me lembro por que baixei, tampouco lembro por que não vi. Mas aproveitei para ver logo.

Uma pequena cidade pesqueira na Austrália é bombardeada por meteoritos que transformam as pessoas em zumbis. E, como diria aquela propaganda de tv, “e não é só isso!”: além dos zumbis, alienígenas estão na cidade!

Sim, claro, uma trama que mistura zumbis com alienígenas não pode gerar um filme sério. Estamos diante de um legítimo trash, um trash bem divertido! Com direito a zumbis, abduções, muito sangue cenográfico, e.t.s, pedaços de corpos e um monte de atores canastrões e personagens bizarros. Um deles, inclusive, parece ter um estoque inesgotável de armas escondidas pelo corpo!

Achei o final um pouco confuso, e além disso, não gostei de duas coisas: nem do poster original nem do título em português. Ambos nada têm a ver com o filme!

O filme é de 2003, e acho que nunca foi lançado por aqui. Ou seja, se você curte filmes de zumbi, a solução é o download!

Pervert!

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Pervert!

Como falei no tópico sobre o Festival SP Terror, saí pela internet procurando filmes que estavam na programação, porque acredito que a maioria não chegará aqui por meios oficiais. Dois dos títulos heu não tinha conseguido legendas, então deixei para depois. Um é o Deadgirl, que já tem legendas em português, e tentarei ver no fim de semana. O outro é este Pervert! – para o qual só consegui as legendas em espanhol!

Um jovem universitário, órfão de mãe, vai passar as férias no deserto, na casa do pai, que gosta de andar com garotas com pouca idade e muito peito, e tem a mania de fazer esculturas pouco usuais.

Dirigido por Jonathan Yudis em 2005, Pervert! é um divertido trash movie com pitadas de Russ Meyer, autor da frase “What the public want are big laughs and big tits and lot’s of ’em. Lucky for me, that’s what I like too” (“O que o público quer são gargalhadas e seios grandes, e muito. Para minha sorte, também é o que gosto”). Esta frase, inclusive, está nos créditos do filme.

E o filme segue nessa onda. Personagens caricatos, situações exageradas, nudez gratuita e algum gore. Tem mais: as cenas são costuradas por vinhetas sem sentido com mulheres semi-nuas. E heu pergunto: precisa de algo mais? 😀

Claro que algumas cenas são ridículas, os efeitos são toscos, existem erros gritantes de continuidade e as atuações são pífias. Mesmo assim, é diversão garantida por quase uma hora e vinte minutos! Mais: o elenco de rostos desconhecidos traz uma atriz pornô, Mary Carey, como uma das desinibidas de sutiã tamanho GGG!

Tem mais uma coisa que preciso falar sobre esse filme: no terço final, rola uma animação tosquérrima em stop-motion. A animação foi perfeita, porque se fosse um efeito bem feito em cgi, não teria metade da graça…

Enfim, pra quem gosta de trash, vale o download e as legendas em espanhol!

Matadores de Vampiras Lésbicas

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Matadores de Vampiras Lésbicas

Logo que a gente bate o olho na programação do I SP Terror, um título salta aos olhos: Matadores de Vampiras Lésbicas. É bom? É ruim? Pouco importa, um filme com um nome destes tem que ser visto!

O filme fala de uma antiga maldição que torna as mulheres de uma pequena cidade inglesa em vampiras lésbicas. Dois jovens escolhem aleatoriamente um lugar para passar as férias e acabam indo para lá. E, claro, no caminho encontram quatro turistas suecas, todas elas gostosas e com pouca roupa…

E então começam os divertidos clichês sugeridos por um título que fala de “vampiros” e “lésbicas”. Os efeitos especiais são discretos mas eficientes, não temos excesso de cgi como em alguns filmes do gênero. Rola algum gore, mas nada extremo. E também rola um lesbian chic light…

O elenco está ok. Muitas vezes caricato, claro, mas um filme destes pede personagens caricatos. Não temos rostos conhecidos – algumas das meninas de pouca roupa são bem bonitinhas… Os dois protagonistas, James Cordon e Mathew Horne, são conhecidos na Inglaterra pela série Gavin & Stacey. Mas acho que não passa aqui, nunca ouvi falar…

Sim, o filme é uma grande bobagem. Mas uma bobagem divertida, afinal, ninguém pode esperar um clássico com esse nome, né?