Jiu Jitsu

Crítica – Jiu Jitsu

Sinopse do imdb: A cada seis anos, uma antiga ordem de lutadores de jiu-jitsu junta forças para combater uma raça feroz de invasores alienígenas. Mas quando um famoso herói de guerra é derrotado, o destino do planeta e da humanidade está em jogo.

Outro dia me mandaram o link de um trailer que parecia um plágio descarado de Predador, e com o Nicolas Cage no elenco. Claro que parecia ser ruim. Mas, olha,vou te falar que o filme me surpreendeu. É ainda pior!

Jiu Jitsu foi escrito, produzido e dirigido por um tal de Dimitri Logothetis, que nunca fez nada relevante na carreira, mas tem uns filmes de Kickboxer no currículo. O filme é tão ruim que nem sei por onde começar. Aliás, sei sim. Que tal a gente começar falando que é um filme que se chama Jiu Jitsu, mas não tem lutas jiu jitsu? Olha, não sou um expert em artes marciais, mas “acho”que jiu jitsu não tem chutes dando cambalhotas, nem usa espadas…

Mas, vamulá, vou citar 10 motivos porque Jiu Jitsu é ruim:

1- Antes de tudo, é um filme chato. Um filme de luta contra alienígenas pode ser ruim, mas não pode ser chato.

2- Como falei, não tem jiu jitsu.

3- Plágio. Galera, não dá. Predador é uma franquia conhecida, já tem pelo menos 4 filmes (além de dois Alien vs Predador). Não dá pra hoje, em 2020, dizer que um guerreiro alienígena vem pra Terra lutar e usa uma camuflagem que fica invisível. Não rola, ficou feio.

4- Roteiro. O roteiro de Jiu Jitsu é um lixo. Nada faz sentido. Quem são essas pessoas que lutam contra o Predador paraguaio? De onde elas são, por que elas estão lá, por que elas lutam? Nem no Globo Repórter teremos resposta!

5- Roteiro de novo. Por que dão importância a uma personagem na primeira metade do filme, e depois ela some? Dão a entender que ela vai ser importante, e do nada a personagem morre como se fosse um extra. Não via algo assim desde o Samuel L Jackson naquele filme (também ruim) de tubarões.

6 – Ainda o roteiro. Qual é o sentido daquele pseudo romance? Do nada o casal tá lá apaixonadão.

7- Efeitos especiais. Aqueles tazos que o Predador da Carreta Furacão joga são dos piores efeitos que vi no cinema nos últimos tempos. Além de não fazer sentido, o efeito é bem ruim.

8- Efeitos especiais de novo. Não é exclusividade de Jiu Jitsu, mas acho muito tosco quando colocam sangue em cgi. Qual é o problema de sujar o elenco com tinta vermelha? Nojinho?

9- Alívio cômico. Cara, o elenco inteiro é muito ruim, mas o personagem que faz o alívio cômico é péssimo!

10- Piano. POR QUE TEM UM PIANO NA “CAVERNA” DO NICOLAS CAGE???

Agora, o Nicolas Cage não me incomodou. Ele tá ruim? Tá. Mas todos estão. Não vou defender a carreira do Nicolas Cage, porque sei que de uns anos pra cá ele fez um monte de porcarias. Mas existe uma modinha de falar mal do Nicolas Cage. E nem tudo o que ele faz é ruim. Mandy, do ano passado, é bem legal, e A Cor que veio do espaço, deste ano, não é ruim.

Pra não dizer que nada se salva, gostei de um plano sequência de luta meio parkour, onde a câmera às vezes fica em POV, meio Hardcore Henry. Tiro porrada e bomba em plano sequência. Essa cena é tão bem filmada que destoa do resto do filme.

Enfim, lixo.

Sky Sharks

Crítica – Sky Sharks

Sinopse (Cinefantasy): Nas profundezas da Antártida, uma equipe de geólogos descobre um antigo laboratório nazista que, surpreendentemente, permanece intacto. Nesse local, os alemães realizaram experimentos bizarros para conquistar o mundo, tendo criado tubarões mutantes com a capacidade de voar. Para montá-los, um grupo de nazistas também foram modificados geneticamente – ganhando uma aparência intimidadora. Pois esta terrível ameaça está de volta, e, para combatê-la, uma força-tarefa muito especial também será posta em ação: a “Dead Flesh Four”, equipe de soldados norte-americanos do Vietnã reanimados para defender o mundo da nova investida nazista. Nessa batalha, qual exército zumbi sairá vencedor?

Esqueça essa sinopse enorme aí em cima. É um filme sobre zumbis nazistas em tubarões voadores. Não tem muito mais o que falar. Porque, afinal, é um filme sobre zumbis nazistas em tubarões voadores!

Escrito, dirigido e produzido por Marc Fehse, Sky Sharks é uma ideia maluca que foi lançada num site de financiamento coletivo. Claro que a ideia era ser tudo absurdo. Os efeitos são toscos? São. As atuações são caricatas? São. Mas, devemos criticar um filme porque ele é o que se propõe a ser?

Pelo menos é divertido. Dispensável, esquecível, mas… divertido. Podia ter meia hora a menos, mas nada grave.

Se posso ser chato em uma única coisa, vou reclamar de um filme que se passa em 2020 e usa nazistas de oito décadas atrás. Por que não fazer um filme ambientado nos anos 70? Sei que a produção seria um pouco mais complicada, mas era só entrar no clima. Tosco por tosco, acho que ia ficar menos.

No elenco, duas curiosidades: Tony Todd (Candyman) e Amanda Bearse (A Hora do Espanto) têm papéis pequenos, através de telas de videoconferência. Aliás, tem outros nomes lado B de filmes de terror lado B, quem vê muitos filmes assim vai reconhecer um rosto aqui, outro ali. O trio principal é interpretado por Thomas Morris, Eva Habermann (Lexx) e Barbara Nedeljakova (O Albergue)

Mais um filme do Cinefantasy. Em breve deve aparecer junto com os Sharknados da vida.

p.s.: O nome do filme no festival era “Tubarões Voadores”. Bem que podia ter Arrigo Barnabé na trilha sonora. 😉

Corona Zombies

Crítica – Corona Zombies

Sinopse (imdb): Donzelas em perigo, falta de papel higiênico, líderes mundiais ineptos, meios de comunicação enlouquecidos, um vírus do inferno e hordas de carniçais famintos por carne humana se combinam no híbrido de comédia de terror maníaco da produtora Full Moon, CORONA ZOMBIES. Em parte sátira irreverente, em parte gonzo remix de filme de zumbi italiano, CORONA ZOMBIES mira a loucura em torno dos tempos loucos em que todos vivemos e oferece o filme exploitation mais engraçado e controverso do ano.

Sim, fizeram um filme durante a quarentena. Um filme trash sobre o corona vírus.

O filme é ruim, claro. Mas a ideia é genial. O diretor e produtor Charles Band (responsável por centenas de produções trash, tipo as séries Trancers, Puppet MasterEvil Bong) filmou meia dúzia de cenas com uma atriz sozinha em casa, vendo TV e falando ao telefone. E inseriu trechos de Hell of the Living Dead (filme italiano de 1980) e Zombies vs. Strippers, dublados, com diálogos toscos se referindo ao vírus.

Pena que mesmo com a boa ideia, o filme é tão ruim que é chato – e isso porque só tem uma hora de duração!

Talvez se fosse um curta…

Exterminadores do Além contra a Loira do Banheiro

Crítica- Exterminadores do Além contra a Loira do Banheiro

Sinopse (google): Um grupo de três youtubers que se dizem especialistas em seres sobrenaturais decidem conquistar o reconhecimento do público de uma vez por todas. Para isso, eles traçam um plano para capturar um ser conhecido por todos, a loira do banheiro.

Fui ver Exterminadores do Além contra a Loira do Banheiro com expectativa perto do zero. Não tenho nada contra o Danilo Gentili, mas reconheço que o seu nome à frente de um projeto não é um grande atrativo. E posso dizer: foi uma grata surpresa. Não é um filme para constar em listas de melhores do ano, mas cumpre o objetivo de fazer um trash divertido.

Nova parceria entre Danilo Gentili e o diretor Fabrício Bittar (juntos, fizeram Como se Tornar o Pior Aluno da Escola), Exterminadores do Além contra a Loira do Banheiro ganha pontos porque não se leva a sério em momento algum. Repleto de metalinguagem, o filme zoa com vários clichês e estereótipos, e ainda avacalha com as carreiras de todos os envolvidos. Digo mais: como um bom trash, tem MUITO sangue – me lembrei dos exageros de Evil Dead!

Algumas piadas são bobas e de baixo calão (não precisa de piada com cocô, né?), mas admito que ri muito na cena do laboratório – é uma daquelas cenas com humor ofensivo, no limite da grosseria extrema (como os dois pelados em Borat). Mas sei que a maior parte das pessoas vai achar que “cruzaram a linha”.

O elenco principal não tem atores muito versáteis, mas, para o que filme pede, o time Danilo Gentili, Dani Calabresa, Léo Lins e Murilo Couto funciona bem. Também no elenco, Sikêra Junior, Ratinho, Antonio Tabet, Barbara Bruno e Matheus Ueta. Ainda queria citar Pietra Quintela, que manda bem como a loira do banheiro.

Muita gente vai torcer o nariz por causa do Danilo Gentili. E muita gente vai torcer o nariz porque é trash. Mas acho ótimo quando o cinema nacional “pensa fora da caixinha”. Principalmente quando o resultado final fica tão divertido.

Que venham outros filmes assim!

Virgens Acorrentadas

Crítica – Virgens Acorrentadas

Sinopse (imdb): Uma jovem equipe de filmagem, filmando um filme de terror de baixo orçamento em um orfanato abandonado, descobre que uma família de assassinos sádicos reescreveu seu roteiro.

Ficou pronto o projeto internacional do curitibano Paulo Biscaia Filho!

Sou fã do Paulo Biscaia desde que vi Morgue Story no Festival do Rio de 2009. Participei do crowdfunding do dvd autografado do seu filme seguinte, Nervo Craniano Zero. E claro que fiquei empolgado quando vi a campanha para o seu filme gringo, este Virgin Cheerleaders in Chains – que aqui ganhou o nome Virgens Acorrentadas.

Demorou, mas saiu. E a boa notícia: com lançamento (reduzido) no circuito!

Vamos ao filme? Quem conhece o trabalho do Paulo Biscaia Filho sabe que ele tem um pé fortemente fincado no trash e sabe dosar o gore e a galhofa como poucos no Brasil.

Mas Virgens Acorrentadas tem um problema que não acontece nos outros filmes do Biscaia. Pela primeira vez o roteirista era outro. E, pra piorar, o roteirista Gary McClain Gannaway também era o produtor. Ou seja, em alguns momentos, sentimos que o filme tem umas baqueadas no ritmo. Outro problema é que às vezes parece que o filme não se decide entre assumir ou não a zoeira.

Mesmo assim, o resultado ainda é bem divertido. Biscaia trabalha bem a metalinguagem, às vezes não temos certeza se o que estamos vendo faz parte da história ou da história dentro da história. Além disso, o roteiro tem umas soluções criativas na hora de explorar os clichês, além de fugir do formato “sydfieldiano”.

Infelizmente, como aconteceu com Morgue e Nervo, Virgens Acorrentadas será consumido apenas no “gueto”. Ainda não temos mercado aqui no Brasil para filmes assim. Quem sabe um dia o cinema brasileiro evolui? Paulo Biscaia Filho está fazendo a parte dele!

p.s.: Falei que apoiei filme lá atrás, em 2014, né? Meu nome está nos agradecimentos! Pena que escreveram errado, esta “Helvicio C Parente”…

Inara – The Jungle Girl

inara-the-jungle-girlCrítica – Inara, the Jungle Girl

O mundo da jovem Inara desmorona quando seu pai morre depois de uma missão fracassada na ilha N’iah.

Existem filmes ruins. Existem filmes tão ruins que dão a volta e ficam divertidos. E existem filmes tão ruins, mas tão ruins, que dão mais uma volta e desafiam os limites da ruindade. Inara, the Jungle Girl é um desses casos.

Ok, admito que tenho um certo fascínio por esses filmes tão ruins que fazem Sharknado parecer um bom programa. Filmes como Cinderela Baiana, Manos The Hands of Fate, Birdemic ou The Room. Filmes tão ruins que não conseguem ser divertidos. Sei lá por que, mas gosto de acompanhar esse fundo do poço do cinema.

Escrito e dirigido por Patrick Desmarattes, Inara the Jungle Girl é todo errado. Todo o elenco é péssimo, a história é ridícula, não existe ritmo – o filme passa um tempão sem absolutamente nada acontecer.

“Ah, mas tem mulheres de biquíni lutando”. Sim. Mas as lutas são patéticas, muito mal coreografadas. E só as magras usam biquíni, tem uma guerreira gordinha que tem o corpo coberto. E é bom avisar: Inara não tem nada de nudez. A atriz Cali Danger é bonita e tem cara de coelhinha da playboy, mas permanece vestida por todo o filme.

Enfim, nada que se aproveite.

p.s.: Em 2015, Desmarattes fez um novo filme com a mesma Cali Danger, Athena, The Goddess of War. Não pretendo ver não, se alguém tiver coragem, depois me diz como é.

Ash vs Evil Dead

Ash vs Evil DeadCrítica – Ash vs Evil Dead

Uma série continuando a história dos filmes Evil Dead? Taí, quero ver!

Nos dias de hoje, Ash (Bruce Campbell) ainda guarda o Necronomicon, o Livro dos Mortos. Acidentalmente, ele liberta um demônio, e se junta a dois colegas de trabalho para tentar combater o mal que foi libertado.

Sou muito fã dos três filmes da série Evil Dead – gosto até do terceiro, que é nitidamente inferior aos outros dois. Todos foram dirigidos por Sam Raimi e estrelados pelo Bruce Campbell. A primeira boa notícia é que o primeiro episódio da série também tem Raimi na direção. Vou além: Raimi usa o mesmo estilo que o consagrou no início da carreira, na linha entre o terror e o trash, com muito humor negro, e com geniais travellings de câmera pela floresta e criativos ângulos de câmera. Além de muito gore, claro.

Pesquisando, descobri que Raimi tinha vontade de fazer um quarto filme, continuando a história de Ash. Mas em vez de um longa metragem, resolveram fazer um seriado, com dez episódios de meia hora cada. Outra boa notícia: a série foi produzida pelo canal Starz, o mesmo que fez Spartacus, uma das melhores séries dos últimos anos. Ainda é cedo pra julgar o resultado final, mas podemos dizer que a série começou bem.

Foi uma agradável surpresa saber que a série tem o mesmo clima galhofeiro dos filmes antigos, porque há poucos anos tivemos uma refilmagem que deixava a galhofa de lado para criar um clima sério. Gente, Evil Dead não pode ser sério!

Evil Dead é um dos meus filmes favoritos, e a sua série mantém o mesmo clima. E, pra melhorar, a trilha sonora usa Deep Purple e Emerson Lake & Palmer, duas das minhas bandas favoritas! Melhor-seriado-ever!!! 🙂

Mercenaries

mercenariesCrítica – Mercenaries

Uma produção da Asylum com várias atrizes “B” do cinema de ação? Claro que não vai ser bom. Mas claro que quero ver!

Durante uma visita a uma zona de guerra, a filha do presidente dos EUA é capturada e aprisionada. Uma equipe feminina de elite é montada para o resgate.

Vamulá: em primeiro lugar, expliquemos qualé a da Asylum. É uma produtora assumidamente picareta, mais famosa hoje em dia por filmes ruins de tubarões (a franquia Sharknado e outros de títulos divertidos como 3 Headed Shark ou Mega Shark vs Mecha Shark), mas que tem uma tradição de lançar filmes com títulos e sinopses parecidas, para tentar enganar o espectador. Cito alguns exemplos: lançaram Transmorphers pra pegar o público de Transformers, ou Atlantic Rim na mesma época de Pacific Rim, ou ainda San Andreas Quake ao mesmo tempo que San Andreas (tem muito mais exemplos na página deles na wikipedia!). Este Mercenaries “pega carona” na franquia Expendables (com o nome em português, Mercenários, fica ainda mais claro).

Mas desta vez, a ideia foi boa, afinal, é divertido ver, juntas, Zoe Bell, Kristanna Loken, Brigitte Nielsen, Vivica A. Fox e Cynthia Rothrock. A única que heu sou fã é a Zoe Bell, afinal, ela está em vários filmes do Tarantino, mas heu pegaria autógrafos de todas elas, se tivesse oportunidade!

Mas, como era esperado, o resultado decepcionou. Ok, heu já sabia que a produção era vagabunda – os efeitos especiais de sangue em cgi são tosquérrimos! Ok, heu já sabia que as atrizes são fracas – são todas canastronas, atuação nunca foi e nunca será o forte de nenhuma delas. Mas heu esperava um pouco mais de coerência em certos pontos do roteiro – tipo, a Brigitte Nielsen atira na Zoe Bell, mas não checa se seu tiro foi certeiro, e diz para seus capangas que não precisa verificar. Ou capangas que chegam para pegar a Zoe Bell, todos armados, mas ninguém atira. Poxa, será que eles não podiam ter tido escrito um roteiro menos desleixado?

Não, a Asylum não se preocupa com esses detalhes. Pena. Mercenaries podia ser um “bom filme ruim”. Mas é apenas um “filme ruim”…

Zombeavers

0-Zombeavers-posterCrítica – Zombeavers

Pára tudo! Castores zumbis!!!

Três amigas vão passar um fim de semana em uma cabana isolada ao lado de um lago – onde moram castores zumbis.

Em primeiro lugar, trata-se de um filme trash sobre castores zumbis. Então, neste texto, não cabe nenhum comentário do tipo “ah, mas isso é ridículo!”. CLARO que é ridículo! São CASTORES ZUMBIS!!!

Partindo do princípio de que estamos falando de um filme de castores zumbis, a gente aceita o roteiro absurdo. Porque, acreditem, um “castor zumbi” não é a coisa mais absurda que acontece ao longo do filme! Escrito e dirigido pelo estreante Jordan Rubin, Zombeavers me lembrou Black Sheep, filme neo zelandês com ovelhas assassinas…

Uma boa notícia: Zombeavers não abusa do cgi. Os efeitos especiais dos castores são à moda antiga: bonecos e animatronics. Mas… a má notícia agregada é que os castores parecem Muppets… Não dá pra ter medo de um Muppet, né?

Ah, claro, o roteiro tem seus furos, mas isso já era previsto, né? Tipo, eles acordam e vão nadar no lago, mas logo encontram os castores zumbis e voltam correndo para a cabana – e logo já está de noite… Mas os furos estão dentro de um limite, não são tantos furos bizarros como um Sharknado, por exemplo.

No elenco, claro que não tem ninguém conhecido. Mas isso pouco importa neste tipo de filme. As três meninas principais, Courtney Palm, Rachel Melvin e Lexi Atkins, são bonitinhas, pena que só a primeira tira a roupa (ofilme tem nudez e sexo,mas bem pouco). Os meninos são piores, Peter Gilroy não tem nenhum talento para artes dramáticas, e os outros dois não são muito melhores. Bem, pelo menos gostei das cenas com os entregadores no caminhão – não tem nada nos créditos, mas aquele de óculos e bigode não parece o Bill Hader?

Por fim, aguarde o final dos créditos. Rolam alguns out takes antes dos créditos, mas ainda tem mais. Espere até o fim, por uma curta cena, talvez a melhor piada do filme!

Caçadores de Recompensas

Caçadores de RecompensaCrítica – Caçadores de Recompensas / Bounty Killer

Semana passada falei aqui de O Caçador de Zumbis, um filme que acha que pode ser vagabundo só porque é um filme B. Caçadores de Recompensas mostra que um filme B não precisa necessariamente ofender a inteligência do espectador.

No futuro, grandes corporações tomaram o lugar dos governos. Sua sede de poder e lucros gerou as guerras corporativas, que acabaram com a sociedade como conhecemos. 20 anos depois, a nova lei e ordem está no Conselho dos Nove, que condena os responsáveis pela destruição, e, para capturar e matar os criminosos de colarinho branco, envia caçadores de recompensas, que competem entre eles pela fama, dinheiro e quantidade de corpos.

Sim, Caçadores de Recompensas (Bounty Killer, no original) é tosco. Mas é um tosco bem bolado, com algumas boas ideias, bem colocadas no roteiro. Não é um filme para listas de melhores do ano, mas quem curte um trash na linha do Machete vai se divertir. Os personagens são clichê, mas pelo menos a mocinha é bonita e usa roupas que a valorizam. As lutas são bem coreografadas, e gostei da ambientação futurística meio Mad Max.

Dirigido pelo pouco conhecido Henry Saine, Caçadores de Recompensas é a adaptação de uma graphic novel de 2013, que, pelo que entendi, também é desconhecida, assim como o elenco principal, o trio Matthew Marsden, Christian Pitre e Barak Hardley. Kristanna Loken, Beverly D’Angelo e Gary Busey fazem papeis menores, e li no imdb que Alexa Vega tem um papel, mas confesso que nem reparei.

Enfim, nada demais. Apenas um divertido e despretensioso trash movie.