O Albergue 2

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O Albergue 2

Em 2005, apareceu nos cinemas O Albergue, um filme interessante pela franqueza que mostrava os seus objetivos. “Quer ver sangue e tripas? Então venha ao cinema!” Essa poderia ser a chamada do filme…

Claro que teria continuação, né? Filmes de terror quase sempre têm… Pelo menos aqui o diretor Eli Roth foi mantido, diferente da série Jogos Mortais (que teve um excelente primeiro filme e cada continuação pior do que a outra).

Esse aqui repete o mote do primeiro: jovens mochileiros em viagem pela Europa são convidados a conhecerem um albergue em Bratislava, na Eslováquia, onde são presos e levados para serem torturados e assassinados por um “clube” de gente muito, muito rica.

Não dá pra se esperar muito de um filme assim, né? Principalmente lembrando que esta é a parte 2!

Ou seja, vendo o filme apenas na farra, sem levá-lo à serio, pode ser uma boa diversão. Uma morte bem filmada aqui, um clima de tensão ali…

Claro que algumas coisas ficam meio forçadas, como o garotinho assassinado pelo chefão, ou o cara local que tenta salvar a mocinha (se eles vão até os EUA pra matar um americano, como deixariam vivo um simples habitante da vila?).

Mas, se você deixar o cérebro de lado, pode se divertir…

Curiosidade pros fãs de seriados de tv: os dois amigos que vão pra Bratislava para matar são (ou foram) personagens secundários em Desperate Housewifes!

Bad Taste – Náusea Total

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Bad Taste – Náusea Total

Quando a gente ouve o nome Peter Jackson, a primeira coisa que lembra é a trilogia Senhor dos Anéis, certo? Super produção, recordista de Oscars (ao lado de Titanic e Ben Hur), incluindo um de melhor diretor, recordes de bilheteria…

Quem diria que esse cara começou fazendo filmes trash na distante Nova Zelândia…

Lançado em 1987, Fome Animal durou 4 anos para ser filmado, somente nos fins de semana e usando equipamentos emprestados. O elenco e equipe eram amigos de Peter Jackson.

O resultado? Um dos melhores filmes trash da história!

Um grupo de amigos descobre que a cidade está abandonada. É que um grupo de alienígenas está levando os habitantes para abastecer uma rede de fast food intergalática!

Mas a história aqui é pouco importante. O que importa é a quantidade de sangue jorrando, pedaços de cérebro espalhados, cabeças arrebentadas, vômito verde e tudo o que pode agradar qualquer fã de gore! O filme é realmente um dos mais nojentos da história do cinema…

E o filme é divertidíssimo. Ao mesmo tempo que as cenas são nojentas, também são muito engraçadas. Gargalhadas correm soltas pros de estômago forte.

Curiosidade interessante: o próprio Peter Jackson interpreta dois dos personagens principais, um humano e um alienígena.

Pra quem gostar desse, recomendo Brain Dead – Fome Animal, outro trash neo-zelandês dirigido por Jackson.

Tokyo Gore Police

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Tokyo Gore Police

Em agosto do ano passado, falei de um filme trash japonês onde o gore era visto de uma maneira exageradamente exagerada, o Machine Girl. A mesma produtora, a Tokyo Schock, agora nos traz mais um filme no estilo: Tokyo Gore Police!

Se, naquele, tínhamos uma história de vingança com o uso de apetrechos bizarros (como uma guilhotina voadora ou um sutiã-furadeira), aqui os apetrechos bizarros são parte dos personagens! Numa Tokyo do futuro, onde a polícia foi privatizada, aparece um novo tipo de criminoso: os “engenheiros”, pessoas que alteram seus corpos para, quando feridos, seus ferimentos virarem armas perigosas e mortais.

É assim mesmo, cortam a mão do cara e “nasce” uma motosserra no lugar…

Quem curte o estilo vai dar boas gargalhadas. O sangue é exagerado, jorra como hum chuveiro aberto no máximo. Lógica? Não existe. Mas quem vê um filme desses não espera lógica…

Talvez o filme pudesse ser um pouco mais curto, temos uma hora e cinquenta minutos. Mesmo assim, não chega a cansar. E temos gancho pra continuação! Será que a Tokyo Schock quer virar a nova Troma?

Última recomendação: não veja durante as refeições!

The Machine Girl

The Machine Girl

Um filme pode ser ruim e bom ao mesmo tempo? Claro que sim!

The Machine Girl parece uma resposta japonesa ao Kill Bill do Tarantino. Um filme onde uma mulher busca vingança pela morte do irmão, assassinado pela Yakusa. Só que em vez de usar elementos orientais, o filme e seus personagens são japoneses.

Logo de cara o filme mostra ao que veio. Com dois minutos de filme a mocinha Ami Hyuga diz que só tem um braço, mostrando o cotoco do outro braço. Logo depois ela pula, com OS DOIS BRAÇOS ABERTOS! Sensacional, não?

As atuações são péssimas e caricatas – o que é aquele irmão da Ami? O roteiro traz situações dignas de Didi Mocó. E, mesmo assim, o filme é divertidíssimo!

Em momento nenhum o filme se propõe a ser sério. A cada membro cortado, muito sangue jorra como se fosse num esguicho de mangueira. E temos um desfile de situações gore-bizarras na tela: um braço-metralhadora, um sutiã-furadeira, uma guilhotina voadora, e por aí vai…

Importante: semanas atrás falei de A L’Interieur, um filme onde o excesso de gore nos traz mal-estar. Bem, aqui em Machine Girl, o excesso de gore nos traz gargalhadas…

Infelizmente, é mais um filme sem previsão de ser lançado no Brasil.

Encarnação do Demônio

Encarnação do Demônio

Alvíssaras! Zé do Caixão está de volta!

José Mojica Marins, o mais famoso cieneasta de terror brasileiro, finalmente conseguiu terminar a trilogia do coveiro Zé do Caixão, começada em 64 com À Meia Noite Levarei sua Alma e que teve continuidade em 67 com Esta Noite Encarnarei no Teu Cadaver. Agora, em 2008, mais de 40 anos depois, a saga de Josefel Zanatas em busca da mulher perfeita que gerará o seu filho tem um fim!

A saga de Josefel continua de onde parou no fim de Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver. Para explicar o hiato de 40 anos, o filme começa com Josefel saindo da cadeia, onde ficou por todo esse tempo, e recomeçando a sua busca, assessorado pelo fiel corcunda Bruno e por alguns empregados / vassalos “góticos”.

O mais interessante desse filme é situar o cinema “udi-grudi” do Zé do Caixão dentro de um contexto moderno. O roteiro consegue fazer o Zé e seu jeito exagerado e histriônico encaixar perfeitamente com cenas gore de deixar produções gringas como O Albergue no chinelo! Qualquer garoto fã de filmes de terror atuais não vai se decepcionar! São várias as cenas bem feitas aqui. Os policiais sendo torturados, o banho de sangue e a descida ao inferno, o balde de baratas, os fantasmas do passado de Josefel… Por um lado, clima psicodélico dos anos 60, quando o roteiro começou a ser escrito; por outro lado, cenas gore à vontade!

E tem um detalhe que deixa o Zé do Caixão ainda mais assustador. Diferente de um zumbi ou vampiro, é um personagem que pode muito bem existir na nossa sociedade. Um cara sádico, que não respeita as leis da sociedade e tortura e mata pessoas pode ser o seu vizinho…

O elenco também tem alguns destaques, como o padre fanático interpretado por Milhem Cortaz; e Jece Valadão, em seu último papel, mostrando porque ele é o nosso cafajeste preferido!

Clássico instantâneo. Desde já um dos melhores filmes do ano!

Zombie Strippers

Zombie Strippers

Ok, um filme chamado “Zombie Strippers” não pode ser bom, concordo.

Dançarinas de um clube de strip-tease viram zumbis e atacam seus clientes. E ainda tem no elenco a atriz pornô Jenna Jameson e Robert Englund, o Freddy Kruger? A idéia, de tão tosca, poderia render um filme trash divertido. Mas não, é fraaaco…

Existem os filmes trash com algum talento por trás. Peter Jakcson, antes da fama e dos Oscars da trilogia O Senhor dos Anéis, fez dois trash maravilhosos! Sim, é tudo tosco, mas é um tosco “cool” e engraçado. E existem filmes como Zombie Strippers, que são simplesmente toscos. Não se vê nada além da nudez e do gore…

O elenco, claro, é péssimo. Todos são caricatos ao extremo. Sim, é o tom que se pede num filme desses, mas talvez esteja caricato demais. Mr Englund, volte para debaixo da maquiagem do Freddy! Por sua vez, o roteiro tenta colocar piadas políticas no meio da trama, mas é um roteiro tão fraquinho que dá até pena…

Concordo numa coisa: pelo menos temos muita nudez gratuita, violência desnecessária, cabeças explodindo, muito gore, tudo o que se espera num filme desses. A cena do pompoarismo é genial! Mas, pergunto, isso é suficiente?

Anyway. serve pra ser visto com galera, no meio da farra…