Os Mercenários 3

0-os-mercenarios-3Crítica – Os Mercenários 3

O terceiro filme de uma das mais divertidas franquias do cinema recente!

Barney (Stallone) descobre que Stonebanks, um dos fundadores de sua empresa de mercenários, dado como morto há tempos, não só está vivo como virou um grande contrabandista de armas. Agora Barney quer montar um novo time para partir para uma missão pessoal atrás de seu ex-companheiro.

O primeiro Mercenários foi uma agradável surpresa, uma reunião de veteranos de filmes de ação, trazendo alguns lutadores contemporâneos como coadjuvantes. O segundo foi ainda mais divertido quando trouxe outros ícones e investiu nas piadas ligadas ao elenco – Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger têm uma sequência engraçadíssima com várias citações a filmes antigos de ambos, e Chuck Norris chega a citar uma piada famosa na internet.

E agora? Será que o terceiro segura a onda?

Não…

Era uma boa expectativa. Se não tinha Bruce Willis, nem Mickey Rourke e Eric Roberts (que estavam no primeiro) e Jean Claude Van Damme e Chuck Norris (que estavam no segundo), o elenco desta vez contava com Harrison Ford e Mel Gibson. Ou seja, Rambo e o Exterminador do Futuro encontram Han Solo e Mad Max! E não parava aí: ainda tinha Antonio Banderas e Wesley Snipes (ambos trabalharam com Stallone nos anos 90, Snipes fez O Demolidor em 93; Banderas fez Assassinos em 95), além da volta de Jason Statham, Dolph Lundgren e Jet Li. Caramba, como um elenco desses pode dar errado?

(Ainda no elenco, temos Randy Couture e Terry Crews, que estavam nos outros filmes – mas Crews quase não aparece, li que ele estava enrolado com as filmagens da série Brooklyn 99. E também tem Kelsey Grammer e Robert Davi em papeis pequenos mas importantes.)

Vamos aos problemas. Em primeiro lugar, o filme dirigido pelo pouco conhecido Patrick Hughes (é seu segundo longa metragem) tem muitos personagens. Não tem espaço pra tanta gente num filme de duas horas e pouco, alguns têm participações minúsculas – por exemplo, Jet Li aparece tão rápido que não dá tempo de bater em ninguém.

Mas na minha humilde opinião, o pior problema é a nova geração. Determinado momento do filme, Stallone quer um novo time de mercenários, formado por Ronda Rousey, Victor Ortiz, Kellan Lutz e Glen Powell. Isso não só incha ainda mais o elenco como ainda traz alguns personagens sem carisma. Quem quer saber de novatos se você pode ver os veteranos em ação?

(Pra mim, isso foi uma estratégia. Não me espantarei se em breve vermos um spin-off com o novo time.)

Ah, tem um agravante. Ronda Rousey é bonita e bate bem. Mas há tempos não vejo uma atuação tão ruim! Heu achava que a Gia Carano era má atriz, mas vi que tem gente pior…

Além do excesso de personagens e da falta de carisma de alguns deles, Os Mercenários 3 ainda tem outros dois problemas. Um deles é o cgi preguiçoso. É inadmissível uma produção deste porte usar efeitos digitais tão vagabundos. Alguns efeitos lembram produções da Asylum, como a explosão do helicóptero ao fim da primeira cena ou o paraquedas na pedreira.

O outro problema é algo mais pessoal, admito. É que gosto do humor presente no segundo filme, cheio de referências às carreiras dos veteranos action heroes. O roteiro do terceiro filme, co-escrito pelo próprio Stallone, é mais sério. Ok, foi legal ver o Schwarza gritando “get to the choppa!”, mas é pouco – pelo elenco, heu esperava bem mais.

Tem uma última coisa que me incomoda, mas é algo que acontece em quase todos os filmes de ação por aí. A cena final tem 10 mocinhos encurralados em um prédio cheio de bombas em posições estratégicas, cercados por um exército fortemente armado com tanques e helicópteros. E, ao fim da cena, todos os inimigos estão mortos, enquanto todos os mocinhos estão inteiros, ninguém levou nem um tiro… Ok, sei que isso não é exclusivo deste filme, e que acontece direto por aí. Mas, que incomoda, ah, incomoda.

No fim, temos apenas mais um filme de ação, com todos os clichês do bem e do mal presentes. Aí a gente lê o elenco e pensa “caramba, conseguiram reunir um elenco desses pra fazer um filme meia bomba?”

Rola um papo que este seria o último filme da franquia. Mas a gente vê que os atores estão se divertindo, se a bilheteria compensar, aposto que teremos mais veteranos voltando à ação. Só espero que Mercenários 4 seja mais próximo do 2 do que do 3.

p.s.: Li que o próximo projeto do diretor Patrick Hughes é a refilmagem do excelente filme indonésio The Raid. Torço muito pelo sucesso de Hughes. Mas torço ainda mais para esta refilmagem nunca ser feita. Vejam o original!!!

Parker

Crítica – Parker

Jason Statham e Jennifer Lopez juntos. Será que a dupla funciona?

Um ladrão profissional que vive sob estritas regras é traído por sua equipe e deixado para morrer. Depois que se salva, vai atrás de vingança.

Sobre a pergunta do primeiro parágrafo: este é um filme de Jason Statham. Jennifer Lopez aqui é coadjuvante – ela não chega a atrapalhar, mas se o seu papel fosse subtraído, o filme não perdia em nada. Sabe essa pose de bad girl do poster? Só no poster mesmo… Ou seja: legal ter a J-Lo num filme de ação, mas se ela não estivesse, o filme não mudava nada.

Dito isso, Parker é um bom “filme do Jason Statham”, com tudo de bom e de ruim que esse estereótipo carrega. É um eficiente filme de ação, com boas cenas de pancadaria. E é um tanto previsível… Principalmente a parte final.

O curioso é que o diretor é veterano, experiente e versátil. É o mesmo de Ray, Advogado do Diabo, O Sol da Meia Noite e A Força do Destino. E mesmo assim, Parker é essencialmente um “filme do Jason Statham”…

Parker tem alguns bons coadjuvantes. Michael Chiklis e Nick Nolte atuam dentro do esperado. E o personagem de Bobby Cannavale é desnecessário. Ainda tem a bela Emma Booth em um pequeno papel e, talvez o único papel fora óbvio, Patti LuPone como a mãe de Jennifer Lopez. E, claro, a própria J-Lo, que não está mal, mas que tem um papel com pouquíssima importância na trama.

Claro, a maioria dos fãs de Statham quer mesmo é a ação. Estes não vão ficar decepcionados. Mas não espere nada demais.

Os Mercenários 2

Os Mercenários 2

A continuação do divertido Os Mercenários!

Barney Ross (Sylvester Stallone) tem uma tarefa teoricamente fácil para o seu grupo de mercenários. Mas algo dá errado no meio do caminho, e agora ele e seu time querem vingança.

Os Mercenários 2 é muito bom, tão bom quanto o primeiro (talvez até melhor). E por um motivo simples: em momento algum o filme se leva a sério. O filme é muito violento, mas as gargalhadas correm soltas ao longo da projeção.

A violência gráfica é grande. Morre muita gente, rola muito sangue – algumas cenas têm requintes de crueldade como cabeças explodindo por causa de tiros de grosso calibre. Mas mesmo assim o filme não é pesado. Os diálogos divertidos são abundantes, são muitas as piadas com referências aos filmes antigos dos atores principais. É quase uma comédia de humor negro…

Desta vez, o protagonista / idealizador do projeto, Sylvester Stallone passou o cargo de diretor para Simon West (Con Air, Lara Croft, Assassino A Preço Fixo). Foi bom, Stallone pode se dedicar ao que ele sabe fazer melhor. E todos os fãs de filmes de ação dos anos 80 conseguiram finalmente ver algo há muito almejado: Stallone, Arnold Schwarzenegger e Bruce Willis, lado a lado, empunhando armas pesadas em uma cena de ação!

Como era de se esperar, o elenco é o maior destaque. Do primeiro filme, não temos nem Eric Roberts, nem Mickey Rourke. Repetem seus papeis Jason Statham, Dolph Lundgren, Jet Li (num papel reduzido, ele devia ter outro compromisso na época da filmagem), Terry Crews e Randy Couture. Também estão de volta Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger, desta vez entrando na ação (no primeiro filme, eles só participam de uma cena “bem comportada”, só com diálogos). As boas novidades são Jean-Claude Van Damme e Chuck Norris, ambos muito bem em seus papéis caricatos. Ainda no elenco, Liam Hemsworth (irmão de Chris Hemsworth, o Thor), Scott Adkins e Nan Yu – uma mulher oriental que entra na briga.

Um parágrafo a parte para falar do Chuck Norris. Nasci em 1971, vi muitos filmes de ação nos anos 80. Se Stallone e Schwarzenegger faziam filmes de “primeira linha”; e Steven Seagal e Van Damme eram “segunda linha”; Chuck Norris era terceira (ou quarta, ou quinta)… Lembro de ter visto nos cinemas Comando Delta e alguns da série Braddock, o Super Comando; lembro que a primeira vez na minha vida que tive consciência de que estava vendo um filme muito ruim no cinema foi quando vi Invasão USA. Gente, Chuck Norris nunca tinha feito um filme bom! Mas parece que a nova geração não sabe disso, já que foi criado um “mito Chuck Norris” na internet. Acho que essa nova geração nunca viu nenhum filme de Norris e não tem noção de como eram ruins. Digo tudo isso para afirmar que Os Mercenários 2 foi a primeira vez na minha vida que fiquei ansioso pela participação de Norris em um filme – mas não pelo seu currículo como ator, e sim por causa do mito criado pela internet.

E posso dizer que Norris não decepcionou. O mesmo podemos afirmar sobre Van Damme, que ainda consegue dar o “chute helicóptero” apesar de ter quase 52 anos de idade. E olha que ainda tem a cena com o trio Stallone, Willis e Schwarza. Como diria Barney Stinson, “legen – wait for it – dary”!

Bem, nem tudo funciona perfeitamente. O roteiro de Richard Wenk e do próprio Stallone tem suas fraquezas. Como são vários grandalhões fortemente armados, o grupo fica sem identidades individuais – por exemplo, os papeis de Crews e Couture ficaram redundantes, um dos dois poderia ter sido cortado sem prejuízo para o filme. Isso porque não estou falando de algumas coisas muito caricatas como o vilão de óculos escuros dentro da mina…

Pelo menos o roteiro traz um monte de piadas para os fãs dos filmes de ação dos anos 80 (acredito que seja o principal público alvo do filme). É um tal de “I’ll be back” pra cá, “Yippie-ki-yay” pra lá, citação a Rambo, a Lone Wolf… É o outro destaque do filme.

Agora a gente fica torcendo por um terceiro filme e imaginando o elenco. Steven Seagal? Wesley Snipes? Jackie Chan? Dwayne Johnson?

.

.

Se você gostou de Os Mercenários 2, o Blog do Heu recomenda:
Tropa de Elite 2
Predadores
Batida Policial

Safe

Crítica – Safe

Mei, uma menina oriental superdotada que tem na mente um código numérico de valor incalculável, está sendo perseguida pelas máfias russa e chinesa e por policiais corruptos. Um ex-policial, que teve a vida arruinada pelos mesmos inimigos, aparece para ajudá-la.

Escrito e dirigido por Boaz Yakin (roteirista de Príncipe da Pérsia), Safe segue a “cartilha Jason Statham”: cenas de ação bem feitas, tiroteios, pancadarias e perseguições de carro. Nada de novidades. Mas os apreciadores do estilo vão curtir. Não sou expert em “stathamania”, mas tive a impressão que o que Safe tem de diferente dos seus outros filmes é o elevado “body count” – morre MUITA gente aqui!

O mais interessante na trama de Safe é a multiplicidade de antagonistas: são vilões vindo de três fontes diferentes. Pena que o roteiro é fraco e os personagens são rasos e mal construídos – incluindo o protagonista. Assim, a gente não torce nem por ele, nem por ninguém. Só torce pro fim do filme…

No elenco, o único nome famoso é o do Jason Statham. Mas tem pelo menos mais um nome digno de nota: Chris Sarandon, o eterno Jerry Dandridge do primeiro A Hora do Espanto. Catherine Chan, que faz a menina Mei, é vítima do roteiro fraco, mas pelo menos não atrapalha como algumas atrizes mirins por aí.

Dispensável. Só para fãs hardcore do Jason Statham…

.

.

Se você gostou de Safe, o Blog do Heu recomenda:
Os Especialistas
À Toda Prova
The Raid – Batida Policial

Os Especialistas

Crítica – Os Especialistas

Não sei po que, achei que este seria um “filme-galhofa”, na linha do divertido Os Mercenários. Que nada, Os Especialistas é um filme sério, um bom filme de ação!

Quando seu antigo mentor é sequestrado, um ex-agente secreto britânico é forçado a voltar à ativa, agora trabalhando como mercenário, com a missão de assassinar três ex-agentes das forças especiais britânicas SAS.

Dirigido pelo estreante Gary McKendry, Os Especialistas transita entre a ação e o filme político. Parte da divulgação do filme o vende como “baseado em fatos reais”, como se os acontecimentos na tela fossem algo que tem que ser escondido. Mas, sei lá, com as notícias que a gente tem todas as semanas vindo de Brasília sobre os podres na política brasileira, não me pareceu nada demais a existência de tais grupos secretos ditando a vida de pessoas por aí.

A melhor coisa de  Os Especialistas é o seu elenco. Jason Statham, o brutamontes da vez, faz o de sempre – mas pelo menos faz bem feito (se bem que talvez atrapalhe um pouco ele ter feito um papel bem semelhante recentemente, em Assassino a Preço Fixo). Clive Owen está muito bem como o antagonista, não só o cara é bom ator, como tem porte para “sair no braço” com Statham. E Robert De Niro, como (quase) sempre, está ótimo, num papel menor.

Além do trio principal, o filme ainda conta com um excelente time de coadjuvantes de nomes menos conhecidos. Dominic Purcell e Aden Young estão muito bem como os auxiliares de Statham (principalmente o irreverente “welshman” de Purcell). E o filme ainda conta com a bela Yvonne Strahovski e o eterno “mr. Eko”, Adewale Akinnuoye-Agbaje.

O roteiro, baseado no livro de Ranulph Fiennes (irmão de Ralph Fiennes), não é perfeito, a parte final poderia ter um ritmo melhor – nada muito grave, isso é compensado na parte técnica, com boas sequências de ação. Por fim, gostei da ambientação nos anos 80.

Os Especialistas não se tornará um clássico. Mas vale o preço do ingresso, nem que seja pelo bom elenco.

.

.

Se você gostou de Os Especialistas, o Blog do Heu recomenda:
The Big Bang
Os Mercenários
Inimigos Públicos
Mandando Bala

Assassino A Preço Fixo

Assassino A Preço Fixo

Refilmagem do filme homônimo estrelado por Charles Bronson em 1972.

Arthur Bishop (Jason Statham) é um assassino profissional de elite, especialista em “trabalhos limpos” – suas vítimas parecem mortas por acidentes. Quando seu mentor e amigo Harry (Donald Sutherland) é assassinado, ele se sente na obrigação de treinar Steve (Ben Foster), o impulsivo filho de Harry, que quer vingar a morte do pai.

Assassino A Preço Fixo tem como principal marketing ser “o mais novo filme de ação de Jason Statham”. Mas Statham tem feito coisa melhor, Assassino A Preço Fixo deixa a desejar.

O filme não é ruim, mas também não é bom. A dupla Statham – Ben Foster parece forçada demais, alguém do estilo de Bishop não aceitaria tão facilmente uma parceria com uma pessoa de estilo tão diferente. E o roteiro é sempre previsível demais.

Pelo menos as cenas de ação são bem feitas. Muitos tiros e explosões, sangue no ponto certo. Não vai decepcionar os fãs.

Sobre o elenco: é sempre legal ver um ator como Donald Sutherland em ação. Mas o seu papel é pequeno, umas duas ou três cenas no máximo. Statham e Foster fazem o esperado. E, de “bônus”, uma rápida nudez gratuita da supermodel sueca Mini Anden. 😉

Enfim, não é ruim. Mas prefiro a série Carga Explosiva.

p.s.: Segundo o imdb, o título é “Assassino À Preço Fixo“, assim, com o “A” craseado. Mas, caramba, não se usa crase antes de palavra masculina! Espero que consertem antes do lançamento nacional, previsto para este mês!

Os Mercenários

Os Mercenários

Um filme que reúne Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenneger, Bruce Willis, Mickey Rourke, Eric Roberts, Jason Statham e Jet Li é um filme que PRECISA ser visto!

A trama do novo filme dirigido, escrito e estrelado por Stallone é simples e eficiente: um grupo de mercenários é contratado pra derrubar o ditador de um pequeno país da América Latina. Claro que coisas dão errado. E claro que tem uma mulher no meio da história.

Mas… Será que alguém vai ver Os Mercenários por causa da história? Não acredito. O legal aqui é ver o dream team dos filmes de ação!

Tá quase todo mundo lá. Pena que Jean Claude Van Damme, Steven Seagal e Wesley Snipes não puderam se juntar ao elenco (o primeiro não gostou do roteiro, o segundo brigou com o produtor, e o terceiro não está autorizado a sair dos EUA). Quem sabe não rola uma continuação e eles aparecem?

O resto do elenco conta com lutadores e ex-lutadores de lutas como Ultimate Fighting, como Randy Couture, Steve Austin e Terry Crews. Ou seja, quem não era “action hero” do cinema, era “action hero” dos ringues!

O filme é pura testosterona, quem gosta de filmes de ação não vai reclamar. Temos brigas (de vários estilos), tiros (de vários calibres), facas, explosões, perseguições de carros, tudo em boa quantidade. E algumas das cenas são tão boçais que causam gargalhadas! Mas, apesar dos momentos engraçados, o filme não é uma comédia. Apenas não se leva a sério, o que é uma grande virtude – não daria pra levar a sério um elenco desses, com a idade que essa galera tem hoje em dia.

Ok, o roteiro tem algumas situações que fogem à lógica. (Aviso de Spoilers leves!) Por exemplo, cinco mercenários americanos (ou quase) vão até um pequeno país latino-americano, matam TODO o exército local, e na despedida, a habitante local – sem governo, sem exército – está feliz. Por que?

Para nós, brasileiros, o filme ainda tem outro atrativo: boa parte foi filmada no Brasil. O palácio do ditador é o Parque Lage, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro. E parece que a cidade mostrada é Mangaratiba.

Stallone recentemente se envolveu em uma polêmica, na divulgação do filme na Comic-Con, ele fez comentários politicamente incorretos sobre sua estadia no Brasil. Mas não acho que isso seja motivo para boicotar o filme…

Enfim, uma boa opção para os fãs de um bom e exagerado filme de ação!

Carga Explosiva – 1, 2 e 3

carga-explosiva-poster03

Carga Explosiva 1, 2 e 3

Outro dia me toquei que heu nunca tinha visto nenhum dos filmes da série Carga Explosiva. Aproveite então para ver os três seguidos, e assim criar um só tópico falando sobre a série.

(Afinal, se heu criar mais três tópicos sobre filmes estrelados pelo Jason Statham, vão dizer que isso aqui virou um blog pra ele… Recentemente vi e escrevi sobre outros três filmes estrelados por ele: Corrida Mortal, Adrenalina 2 e Revolver!)

Frank Martin (Jason Statham) é um ex-militar americano que agora trabalha como motorista, transportando pessoas ou cargas perigosas. Excelente motorista, Frank é um cara metódico, e segue algumas regras básicas, como não saber nomes nem nada sobre o que está transportando.

Temos perseguições de carro de tirar o fôlego, pancadarias, tiros e explosões em abundância, tudo o que se espera num filme desses. Os três filmes são muito bons no que se propõem, e o pique do primeiro se mantem até o terceiro.

Jason Statham usa algo que considero muito interessante: nas cenas de briga, seu personagem usa objetos que estão em volta para bater em vários oponentes ao mesmo tempo. Não sei quem inventou esse tipo de cena, mas Jackie Chan fazia isso muito bem no início dos anos 90. Em um dos filmes, por exemplo, Statham se lambuza de óleo de motor, para escorregar no meio de dezenas de agressores…

Uma vantagem sobre esta “trilogia” é que os filmes não são contiuações entre si. A três histórias são independentes, ou seja, você não precisa saber de algum detalhe importante que rolou em outro filme…

Claro que algumas pessoas vão achar algumas cenas exageradas e absurdas. Mas estas pessoas precisam aprender que essas cenas exageradas e absurdas é que fazem filmes assim serem legais!

Enfim, bom divertimento pra quem gosta de filmes de ação.

Adrenalina 2

crank_high_voltage_poster2

Adrenalina 2

O primeiro Adrenalina é um divertido e taquicárdico filme de ação de 2006. Uma trama improvável: Chev Chelios (Jason Statham) é envenenado, e pra se manter vivo, tem que manter a adrenalina alta – se o coração reduzir os batimentos, ele morre. Ou seja, o filme é uma correria só, exagerado e absurdo do início ao fim. Daqueles que se a gente deixar o cérebro de lado, se diverte à beça.

O fim do primeiro filme não deixa muito espaço pra continuações. Mas quem quer uma história lógica e coerente aqui? Simplesmente o segundo filme começa de onde o outro terminou, e continua no  mesmo ritmo frenético de antes! Sem explicar nada! Afinal, pra que explicações? 😀

Insana. É uma boa palavra pra descrever a ação aqui. Tudo está tão exagerado quanto no primeiro, ou mais ainda. A diferença está no título original: Crank: High Voltage. Aqui ele precisa tomar choques pra continuar com a correria!

E rola correria, brigas, tiros, tudo o que um filme desses pede. Ninguém ficará desapontado.

O elenco traz de volta Amy Smart no mesmo papel, e ainda tem participações de Corey Haim, Geri Halliwell e David Carradine. E Bai Ling, histérica, está ótima!

Quem gostou do primeiro, pode ir ao cinema sem medo nesta continuação. Quer dizer, não sei se alguém vai esperar pra ver no cinema… Afinal, o filme foi lançado lá fora em abril, e a previsão aqui é 18 de setembro. Antes disso, só via torrent.

E depois reclamam da pirataria…

Corrida Mortal

death-race-poster

Corrida Mortal

Como já disse em outra ocasião, o espectador tem que saber o que esperar do filme que vai assistir. Se você vai ver uma refilmagem de uma produção trash produzida pelo Roger Corman nos anos 70, não procure um novo Kubrik, e as chances de diversão serão bem maiores!

Em 2012, uma violenta corrida de carros dentro de uma grande penitenciária é sucesso absoluto entre transmissões pagas. Jensen Ames (Jason Statham), preso injustamente, é convidado para tomar o lugar de um corredor morto. E aos poucos descobre que caiu numa cilada.

O diretor Paul W.S. Anderson nos deu o divertido Resident Evil (além de dirigir o primeiro, ainda escreveu toda a trilogia), mas depois escorregou ao dirigir o primeiro Alien vs Predador. Mas aqui ele volta a acertar a mão!

O filme é excelente dentro do que se propõe: boas cenas de corridas de carro, muita pancadaria, muitos tiros e muitas explosões. De quebra, tem ainda bastante sangue e algumas mortes bem gráficas. “Ah, mas a história é inverossímel e é cheia de clichês!” Claro que sim. Mas o filme nunca se propôs revolucionário…

Existe o “colesterol bom” e o “colesterol ruim”, certo? Pois é, pra mim, aqui tem o “clichê bom”. Por exemplo, a cena em que aparecem os co-pilotos é sensacional: um ônibus vem da penitenciária ao lado – penitenciária feminina – e, em câmera lenta, saem várias mulheres gostosas, todas de shortinho e balançando longas cabeleiras! Não é genial?

Isso sem contar com a ótima atriz Joan Allen (A Outra Face), que já foi indicada ao Oscar 3 vezes, mas aqui exerce o direito de ser canastrona como a malvada diretora da penitenciária!

Deixe seu cérebro de lado e divirta-se!