Capitão América: Guerra Civil

Capitão América Guerra CivilCrítica – Capitão América: Guerra Civil

Interferências políticas nas atividades dos Vingadores provocam um racha entre os antigos aliados Capitão América e Homem de Ferro.

Pouco depois da estreia de Batman Vs Superman, temos outro filme onde dois heróis amigos brigam entre si. Se uns dez anos atrás, Batman e Superman eram nomes muito mais fortes que Homem de Ferro e Capitão América, hoje, com o sólido trabalho feito pela Marvel com o MCU (Marvel Cinematic Universe), podemos dizer que a balança está mais equilibrada. E, devido aos últimos bons filmes da Marvel, a expectativa para este Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War, no original) era ainda maior que a do longa da DC.

O título fala como se fosse o terceiro filme do Capitão América, mas Capitão América: Guerra Civil parece mais um terceiro filme dos Vingadores. Tirando o Thor e o Hulk, todo mundo está presente. E a divisão do protagonismo entre o Capitão América e o Homem de Ferro é bem equilibrada.

Mais uma vez a direção coube aos irmãos Anthony e Joe Russo, que eram nomes desconhecidos até dois anos atrás, quando fizeram um excelente trabalho com Capitão América 2: O Soldado Invernal. O trabalho dos irmãos é tão consistente que eles foram escalados para dirigirem os próximos dois filmes dos Vingadores!

O ritmo do filme é muito bom. Temos várias sequências de tirar o fôlego, como a cena inicial, que mostra os heróis em equipe, como um time bem treinado; ou a cena onde o Pantera Negra persegue o Bucky; ou ainda a sensacional sequência no aeroporto, onde vários heróis brigam, cada um no seu estilo. Só achei que o ritmo caiu um pouco no final – o final não é ruim, o problema é que o meio é melhor.

Já a parte técnica é impecável. Todas as lutas são muito bem coreografadas e editadas, vemos e entendemos tudo o que está acontecendo (diferente de alguns filmes por aí, com cenas escuras e/ou tremidas). E mais: logo no início, vemos uma cena com o Tony Stark de 25 anos atrás. Sim, um Robert Downey Jr rejuvenescido digitalmente está lá, e está perfeito!

Ah, o elenco e outro destaque. Temos a volta de Robert Downey Jr, Chris Evans, Scarlett Johansson, Sebastian Stan, Anthony Mackie, Jeremy Renner, Don Cheadle, Paul Bettany, Elizabeth Olsen, Paul Rudd e Emily VanCamp aos seus papeis nos vários outros filmes da Marvel. De novidade, temos Daniel Bruhl, Marisa Tomei, William Hurt, Tom Holland, Frank Grillo e Chadwick Boseman. Martin Freeman aparece num papel muito pequeno, acredito que ele deve voltar em outro(s) filme(s). Ah, claro, tem a tradicional ponta do Stan Lee.

Precisamos citar o humor. Como de costume na Marvel, o filme tem várias tiradas engraçadíssimas. Homem Aranha e Homem Formiga são ótimos alívios cômicos! E o Tony Stark de olho na tia May da Marisa Tomei está impagável!

Ah,o 3D. Blé como sempre.

Por fim, são duas cenas pós créditos. Uma depois dos créditos principais e outra no fim do filme. Não saia sem vê-las!

Vingadores: Era de Ultron

Vingadores 2Crítica – Vingadores: Era de Ultron

Finalmente, uma das continuações mais esperadas dos últimos anos!

Quando Tony Stark tenta usar um programa de inteligência artificial com objetivo de alcançar a paz e as coisas dão errado, os Vingadores precisam se unir para deter o vilão Ultron e seu terrível plano.

Os Vingadores foi um dos melhores filmes de 2012, e um dos melhores filmes de super heróis de quadrinhos de todos os tempos. Claro que a expectativa era muito alta. E acredito que este é o maior problema de Vingadores: Era de Ultron (Avengers: Age of Ultron, no original). O filme não é ruim. Mas é bem inferior ao primeiro.

Na verdade, esta não é uma continuação direta do primeiro Vingadores, e sim do segundo Capitão América. Palmas para a Marvel, que conseguiu construir um universo sólido, com vários bons filmes independentes, mas interligados!

Mais uma vez dirigido por Joss Whedon, este segundo Vingadores tem um início alucinante. Vemos os seis heróis em ação juntos – Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro mostram um bom entrosamento, pra nos provar logo de cara que o time é muito forte. Toda a sequência – que inclui um plano sequência muito bem orquestrado – é sensacional. Aliás, justiça seja feita, todas as sequências de ação são muito boas. A briga do Hulk com uma versão “bombada” do Homem de Ferro também chama a atenção.

Não só a ação é muito bem montada, como temos vários momentos de humor – a grande diferença entre a Marvel e a DC é que enquanto a DC quer criar personagens sombrios, o universo Marvel parece se basear na premissa “o cinema é a maior diversão” (na minha humilde opinião, um caminho muito melhor). Alguns trechos são pura comédia, a plateia deu boas risadas. E todas as citações ao martelo do Thor são geniais.

O problema aqui é que o primeiro filme tinha duas horas e vinte e três minutos e não cansava, enquanto este novo tem quase a mesma duração (são dois minutos a menos), e vemos algumas “gordurinhas” que poderiam ser cortadas. Por exemplo, aquela sequência na fazenda podia ser bem menor. E a subtrama do Thor ficou confusa e pareceu incompleta, de repente é algo só para quem acompanha os heróis pelos quadrinhos.

O elenco é um grande destaque. O bom trabalho da Marvel na construção do seu universo, com bons filmes e boas bilheterias, garante a manutenção dos vários nomes do grande elenco. Assim, temos de volta Robert Downey Jr., Chris Evans, Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Scarlet Johansson, Jeremy Renner, Samuel L. Jackson, Don Cheadle, Cobie Smulders, Anthony Mackie, Hayley Atwell, Idris Elba e Stellan Skarsgard – as personagens de Gwyneth Paltrow e Natalie Portman são citadas, mas as atrizes não aparecem. Paul Bettany – a voz do Jarvis – finalmente mostra a cara (ou quase). De novidade, temos Elizabeth Olsen, Aaron Taylor Johnson, Andy Serkis (ele mesmo, sem captura de movimento), Julie Delpy e a voz de James Spader no vilão Ultron. Ah, claro, Stan Lee, como sempre, faz uma ponta.

Por fim, preciso citar os efeitos especiais. É impressionante a qualidade e clareza das imagens em todas as cenas de ação e – principalmente – de destruição. E o vilão Ultron é um absurdo de bem feito.

Vingadores: Era de Ultron pode não ser tão bom quanto o primeiro, mas acho que vai agradar os fãs. E nem precisa mencionar que tem um gancho para um próximo filme, né?

p.s.1: Não tem cena pós créditos, tem uma cena curta durante, logo depois dos créditos principais.

p.s.2: Não conheço os quadrinhos, mas sei que os X-Men atuais não fazem parte do mesmo universo Marvel dos Vingadores. Afinal, Quicksilver aparece no útlimo X-Men, numa cena dos anos 70 e é americano, enquanto no Vingadores ele é jovem e nasceu na fictícia Sokovia…

Snowpiercer – Expresso do Amanhã

SnowpiercerCrítica – Snowpiercer – Expresso do Amanhã

Filme novo do Joon-ho Bong!

No futuro, uma tentativa de se combater o aquecimento global falha e acaba criando uma nova era do gelo, matando toda a vida do planeta, exceto alguns poucos sortudos que conseguiram embarcar no Snowpiercer, um trem autossuficiente que fica rodando pelo globo, e onde uma luta de classes está prestes a acontecer.

O coreano Bong ficou famoso no ocidente com O Hospedeiro, um “filme de monstro” que era bem mais complexo do que o cinema americano costuma apresentar. Agora ele conseguiu cacife para seu primeiro filme em inglês, uma superprodução com estrelas hollywoodianas e parte técnica de primeira linha.

Baseado na graphic novel francesa “Le Transperceneige”, Expresso do Amanhã (Snowpiercer, no original) é mais uma “ficção científica usando futuro distópico”. Mas, diferente dos filmes adolescentes que querem pegar carona no sucesso de Jogos Vorazes, Expresso do Amanhã tem um tema mais adulto, é quase um estudo sobre a sociedade, baseado no microcosmo que habita o trem.

A ambientação claustrofóbica do trem é excelente. A fotografia bem cuidada consegue criar um estilo diferente para cada vagão, desde os sujos e apertados vagões do fim do trem até os agradáveis vagões da primeira classe. E a cena do “vagão escola” é sensacional!

Os efeitos também são ótimos. Além disso, o cinema oriental sabe filmar lutas como ninguém no ocidente. Expresso do Amanhã não é um “filme de luta”, mas temos uma luta sensacional, alternando momentos em câmera lenta e câmera normal, assim como momentos claros e escuros. Ah, é bom avisar: o filme é bem violento, tem muito sangue.

Liderando o elenco, temos talvez a melhor interpretação da carreira de Chris Evans, hoje um nome grande em Hollywood por causa do Capitão América. Mas quem chama mais a atenção é Tilda Swinton, num papel completamente diferente de tudo o que vemos por aí. Expresso do Amanhã também conta com duas estrelas coreanas, Kang-ho Song e Ah-sung Ko (ambos estavam em O Hospedeiro), e isso me fez pensar por que não havia nenhum brasileiro em O Jardineiro Fiel (2005) e Robocop (2014), as estreias hollywoodianas de Fernando Meirelles (Cidade de Deus) e José Padilha (Tropa de Elite)… Ainda no elenco, John Hurt (em seu terceiro filme de futuros distópicos, depois de 1984 e V de Vingança), Ed Harris, Jamie Bell, Octavia Spencer, Ewen Bremner e Allison Pill.

Expresso do Amanhã não vai agradar a todos. Algumas coisas soam forçadas, como o trem levar um ano inteiro para dar uma volta ao mundo (a que velocidade este trem anda?). Mas isso não me incomodou. Na minha humilde opinião, o ponto fraco do filme é o final – mas não digo mais por causa de spoilers.

Não sei por que, mas Expresso do Amanhã não foi lançado por aqui – mesmo tendo nomes fortes (e vendáveis) no elenco, e mesmo constando em listas de melhores filmes de 2014. Aguardemos um bom lançamento em dvd/blu-ray.

Capitão América 2 – O Soldado Invernal

0-CAPITÃO-AMÉRICA-2Crítica – Capitão América 2 – O Soldado Invernal

Mais um (bom) filme da Marvel!

Após os eventos de Os Vingadores, Steve Rogers, também conhecido como Capitão América, vive em Washington, DC e tenta se ajustar ao mundo moderno. Mas quando um colega da S.H.I.E.L.D. é atacado, Steve se vê preso em uma rede de intrigas que ameaça colocar o mundo em risco, e conhece um inimigo formidável e inesperado — o Soldado Invernal.

Antes de tudo preciso falar que, desde a minha adolescência, nutria antipatia pelo personagem Capitão América, que sempre me parecia ser um símbolo do imperialismo norte-americano. Mas… admito que o primeiro filme do Capitão foi bem conduzido e me convenceu como um heroi assim pode se inserir no mundo globalizado contemporâneo.

Agora que o heroi não precisa mais de introdução, o filme já começa em ritmo acelerado. Os roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely fizeram um bom trabalho, e o filme dirigido pelos pouco conhecidos irmãos Anthony e John Russo tem um excelente equilíbrio entre a tensão e o bom humor – principal característica que diferencia a Marvel da DC. Capitão América 2 – O Soldado Invernal não é comédia, mas tem seus momentos engraçados espalhados aqui e ali, como a lista de coisas que o Capitão perdeu. E a lápide que aparece no fim do filme é desde já uma das melhores piadas do ano!

Nick Fury e Viúva Negra têm uma participação maior aqui – não seria exagero dizer que a personagem de Scarlet Johansson é tão importante quanto o protagonista. Maria Hill aparece pouco, mas em momentos-chave; sei lá por que, o Gavião Arqueiro, que andava com a Viúva Negra, foi ignorado pelo roteiro. Ah, aparece um novo heroi, mas não digo qual… E temos um bom vilão novo também.

Capitão América 2 – O Soldado Invernal é um filme “independente”, mas segue a “linha temporal Marvel”. Se por um lado isso é muito legal – todos os filmes são interligados – por outro traz um dos poucos pontos fracos do filme. Assim como aconteceu em Homem de Ferro 3 e Thor 2, fica a pergunta: cadê o resto dos Vingadores? Na hora que o bicho pega, todos se esquecem do “time de super amigos”… Pelo menos a SHIELD está bem presente aqui.

O elenco traz de volta Chris Evans, Scarlett Johansson, Samuel L. Jackson e Cobie Smulders repetindo os seus papeis. De novidades, temos Robert Redford, Anthony Mackie e Sebastian Stan. E, claro, Stan Lee aparece em uma ponta.

Por fim, algo que os fãs de Marvel já sabem, mas é sempre bom lembrar: Capitão América 2 – O Soldado Invernal tem cenas depois dos créditos! Rolam uns créditos bem legais, num estilo que lembra o traço do Will Eisner, e logo depois vemos uma cena que aparentemente fará uma ligação com Os Vingadores 2. Depois temos os créditos convencionais – letrinhas subindo – e, ao fim, uma segunda cena, que deve fazer uma conexão com Capitão América 3.

Agora vamos esperar os próximos passos da Marvel, que ainda tem três filmes a serem lançados antes do fim do ano.

Sunshine – Alerta Solar

Crítica – Sunshine – Alerta Solar

Continuemos com ficção científica. Vamos de Danny Boyle?

No ano 2057, o sol está morrendo. A nave Icarus II leva uma missão com oito astronautas e uma bomba nuclear com a mesma massa da ilha de Manhattan para tentar “reiniciar” o sol.

Danny Boyle já tinha uma carreira sólida na época de Sunshine – Alerta Solar, com alguns bons filmes no currículo, como Cova Rosa, Trainspotting e Extermínio. Boyle tem um estilo característico, muitas cores, muitos cortes rápidos – seus filmes têm muito de linguagem publicitária. E ele conseguiu encaixar seu estilo numa ficção científica fora do eixo aventura-fantasia, como a maioria das fcs que chegam às telas.

Nesta terceira parceria com o roteirista Alex Garland (Extermínio, A Praia), Boyle conseguiu criar um ótimo clima tenso e claustrofóbico. Sunshine tem muito de 2001 (como um computador falante) e de Alien, o Oitavo Passageiro (como poucos passageiros em uma grande nave com algo misterioso escondido). Os efeitos especiais funcionam perfeitamente, e a trilha sonora também é muito boa.

No elenco, é curioso notar um coadjuvante que tem hoje muito mais star power do que na época do lançamento: Chris Evans, o Capitão América (e ex-Tocha Humana). Cillian Murphy está bem como o protagonista (repetindo a parceria com Boyle, que lhe deu sua primeira grande oportunidade na carreira com Extermínio). Ainda no elenco, Rose Byrne (Sobrenatural 1 e 2), Michelle Yeoh (O Tigre e o Dragão), Hiroyuki Sanada (Wolverine Imortal), Mark Strong (Sherlock Holmes), Troy Garity, Benedict Wong e Cliff Curtis.

Não gostei muito do fim, acho que o elemento sobrenatural enfraquece a trama original. Felizmente, não chegou a “estragar” o filme. Sunshine ainda é uma boa ficção científica “séria”.

p.s.: O desenho do capacete dourado, que eles usam para sair da Icarus, foi inspirado no capuz do Kenny, de South Park…

Os Vingadores

Crítica – Os Vingadores

Estreou o aguardado Os Vingadores!

Quando um inimigo surge ameaçando a segurança do planeta, Nick Fury, da S.H.I.E.L.D., reúne uma equipe de super herois para salvar o mundo.

O “aguardado” do primeiro parágrafo é porque poucas vezes um filme teve tantas referências em outros filmes anteriores. A Marvel vem construindo esta reunião de super herois há tempos, em diversos filmes de super heroi “solo” – não sei exatamente quantas cenas foram, mas sei que pelo menos rolaram cenas extras nos filmes anteriores dos quatro herois principais (Hulk, Homem de Ferro, Thor e Capitão América).

E felizmente a expectativa não foi em vão. Os Vingadores é um filmaço. Desde já, forte candidato a um dos melhores filmes de super herois da história!

A grande sacada aqui é o equilíbrio. A trama consegue equilibrar os diversos personagens, sem ter um principal, dando importância a todos. E ao mesmo tempo, é um bom filme de ação, com as doses exatas de drama e comédia – e com direito a uma grande sequência digna de um bom filme catástrofe.

O diretor e roteirista Joss Whedon não tem um grande currículo no cinema – ele só tinha feito um filme para a tela grande, a ficção científica Serenity, spin off da série Firefly. Seu maior trabalho está na tv, ele foi o criador de algumas séries, como Buffy, Angel, Firefly e Dollhouse. Ele também é roteirista, chegou a ser indicado ao Oscar de melhor roteiro pelo primeiro Toy Story. E, além disso tudo, ele já escreveu roteiros para quadrinhos da Marvel. Então, apesar da pouca experiência na cadeira de diretor, ele era o cara certo para este projeto – alguém que entende dos meandros de Hollywood e também do universo dos super herois.

O roteiro é impecável. Acredito que o maior problema aqui era como encaixar os diferentes herois e seus enormes egos de maneira convincente. E Whedon conseguiu – no início, rola muita briga entre eles; depois, na hora que “o bicho pega”, formam um time bem entrosado. Outra coisa inteligente do roteiro foi não ignorar o que aconteceu nos outros filmes (uma vantagem de ser um filme pensado há muito tempo) – um exemplo disso é que a Natalie Portman não aparece aqui, mas seu personagem não é esquecido. E, de quebra, o roteiro consegue inserir humor na dose exata e nos momentos certos – alguns diálogos são muito engraçados.

Ainda sobre o roteiro: o filme já estava muito bom, até chegar na parte final, quando começa a briga que todo fã de super heroi sempre sonhou em ver no cinema. A partir daí, o que já estava bom fica excepcional. A longa sequência da guerra destruindo Nova York é sensacional, um dos melhores momentos do cinema de ação recente. Os excelentes efeitos especiais usados aqui fazem aquilo parecer absurdamente real.

O elenco está perfeito, afinal, quase todos voltam a papeis que já interpretaram em outros filmes – acho que, de novidade, só a Maria Hill de Cobie Smulders (do seriado How I Met Your Mother), e a troca no ator que interpreta Bruce Banner, o Hulk – Mark Ruffalo pega o papel que já foi de Eric Bana e Edward Norton. De resto, não há novidades: Robert Downey Jr (Homem de Ferro), Chris Evans (Capitão América), Chris Hemsworth (Thor), Scarlett Johansson (Viúva Negra), Jeremy Renner (Gavião Arqueiro), Tom Hidleston (Loki), Samuel L Jackson (Nick Fury), Gwyneth Paltrow (Pepper Potts), Clark Gregg (Coulson), Stellan Skarsgård (Selvig) e a voz de Paul Bettany na armadura do Homem de Ferro. Algo raro aconteceu: não há um destaque, e todos estão bem. Como sempre acontece nos filmes da Marvel, rola uma ponta de Stan Lee; outra ponta é Harry Dean Stanton, como o segurança que ajuda o Hulk depois da queda.

Falando em Hulk… Os dois Homem de Ferro foram muito bons, e o mesmo podemos dizer sobre Thor e Capitão América – O Primeiro Vingador. Parece que a única bola na trave nesta fase da Marvel foi o Hulk. Foi feito um filme em 2003, dirigido por Ang Lee e estrelado por Eric Bana e Jennifer Connelly, mas parece que não agradou muito. Digo isso porque em 2008 foi feito outro filme, O Incrível Hulk, desta vez estrelado por Edward Norton e Liv Tyler, ignorando o filme de 5 anos antes. Confesso que não achei muita graça nos dois filmes do Hulk – diferente dos filmes dos outros três herois. Mas posso falar que aqui o Hulk está muito melhor. Virei fã do grandão verde!

Por fim, é preciso dar a recomendação que todos os que viram os “filmes solo” já sabem: não se levante da cadeira assim que começarem os créditos. Assim que acabam os créditos iniciais, rola uma cena muito boa. E aposto que já tem fã contando os dias para a continuação…

Heu poderia falar mais, mas acho que o melhor que tenho a fazer é recomendar: vá ao cinema!

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Batalha Por T.E.R.R.A.

Crítica – Batalha Por T.E.R.R.A.

Quando todos os últimos recursos da Terra são exauridos, os sobreviventes saem à procura de um novo planeta para recomeçar a vida. O planeta T.E.R.R.A., habitado por seres pacíficos e que vivem em harmonia, é uma opção. O problema é que a atmosfera é incompatível com a sobrevivência dos humanos.

Batalha Por T.E.R.R.A. é um desenho animado incomum. A história é séria, diferente da maioria das animações atuais, quase sempre em tom de comédia – não rola nem um alívio cômico. Mesmo assim, a temática não é adulta. Talvez isso seja um problema, porque a criançada pode se cansar, enquanto os adultos podem não curtir o visual infantil.

O traço do desenho não é tão impressionante quanto o “padrão Pixar”, mas gostei do resultado, o visual do planeta e de seus habitantes é muito interessante. E a trama é simples mas não é óbvia, boa notícia quando se fala de animações atualmente.

Vi a versão dublada, o que foi uma pena. O elenco da versão original é impressionante: Evan Rachel Wood, Brian Cox, Chris Evans, James Garner, Danny Glover, Amanda Peet, Luke Wilson, Justin Long, Rosanna Arquette, Beverly D’Angelo, Ron Perlman, Dennis Quaid, Danny Trejo e Mark Hammil. Nada mal!

Teve uma coisa que me deixou encucado: por que escolheram o nome “T.E.R.R.A.” para o novo planeta? No mundo globalizado em que vivemos, será que ninguém avisou aos gringos como é, em português, o nome do nosso próprio planeta? E tem mais: são quantas letras “R”? No estojo do dvd (original), é “T.E.R.A.”, com um “R” (como a imagem acima); nas legendas do dvd (original), é “T.E.R.R.A.”, com dois. Na dúvida, fui ao imdb, onde está com dois “R”s…

Batalha Por T.E.R.R.A. não entrará para a história como um desenho “obrigatório”. Mas não vai decepcionar ninguém.

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Capitão América – O Primeiro Vingador

Crítica – Capitão América – O Primeiro Vingador

E vamos ao último filme de super heroi da Marvel antes do aguardado Os Vingadores

1942. Steve Rogers é um jovem baixinho e magrelo que quer lutar na Segunda Guerra Mundial, mas seu tipo físico franzino o impede. Ele então aceita participar de uma experiência do exército e vira um super soldado.

A Marvel aprendeu a fórmula para fazer bons filmes de super-herois. Dirigido por Joe Johnston, Capitão América – O Primeiro Vingador pode não ser tão bom quanto Homem de Ferro, mas não vai decepcionar ninguém – e faz um belo par com o outro lançamento da Marvel de 2011, o também bom X-Men Primeira Classe.

Aliás, às vezes Capitão América – O Primeiro Vingador nem parece um filme de super-heroi, e sim um bom filme de ação – tem muito mocinho de filme de ação que parece ter mais poderes que Steve Rogers aqui. A cenografia ajuda isso, foi recriada uma boa ambientaçäo de época, e não são comuns filmes de super-herois nos anos 40.

Os efeitos especiais são excelentes. Sabe O Curioso Caso de Benjamin Button, que mostrava o Brad Pitt com várias idades diferentes? Uma técnica parecida foi usada aqui, e Chris Evans começa o filme franzino, e de repente aparece bombadão. Antes do cgi, ia precisar de dois atores diferentes…

Sobre o elenco, preciso falar da escalação de Chris Evans. Por um lado, admito que ele está bem, não me lembro de vê-lo tão bem em outros filmes. Mas, caramba, ele não deveria ser escalado para um filme de super-herois, principalmente da Marvel. Chris Evans foi o Tocha Humana nos dois filmes do Quarteto Fantástico, e isso porque não estou falando do menos conhecido Os Perdedores, adaptação de quadrinhos da DC, do qual Evans também faz parte do elenco. Tá, os dois Quarteto Fantástico foram fracos, mas o ator ficou marcado pelo papel. Aí ficou sendo o “Tocha Humana” interpretando o “Capitão América”. Nada a ver, né?

(Aliás, falanddo em “Tocha Humana”, tem um easter egg no filme relativo a outro Tocha Humana da Marvel. Isso é só pra confundir ainda mais?)

O resto do elenco está ok: Hayley Atwell, Tommy Lee Jones, Stanley Tucci, Sebastian Stan, Dominic Cooper e Toby Jones. Só não gostei muito de Hugo Weaving, achei um vilão caricato demais, na minha humilde opinião, ele estava um pouco acima do tom.

Preciso admitir que nunca simpatizei com o personagem Capitão América. Achava-o o símbolo do imperialismo americano, nas roupas, no escudo, no próprio nome – ei, alguém avisa o povo de lá que nós, aqui no Brasil, também estamos na América? Mas gostei de como isso foi encarado no filme – afinal, os EUA passam por uma crise de popularidade, eles sabiam que a aceitação não ia ser muito fácil. Achei interessante o modo como surgiu o uniforme. E a ambientação durante a Segunda Guerra foi essencial para isso. Pena que precisou forçar uma barra para juntar o Capitão América aos outros filmes do “projeto Vingadores“…

Como o filme precisava se encaixar na “franquia Vingadores“, o final ficou meio forçado, principalmente se este filme for visto sozinho. Mas, dentro do conjunto, funcionou. Mas não se esqueça da tradicional cena depois dos créditos.

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p.s.: Pra quem está por fora, Os Vingadores será o filme que vai reunir vários herois da Marvel: Homem de Ferro, Thor, Hulk e Capitão América, além de outros menos conhecidos. Este filme é  muito aguardado, porque os filmes “solo” dos quatro super-herois citados acima foram feitos já pensando nele – todos estão conectados. Tem tudo para ser um grande filme, fica pronto só ano que vem.

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Scott Pilgrim Contra O Mundo

Scott Pilgrim Contra O Mundo

Encerrei bem minha maratona pessoal de 21 filmes em pouco mais de duas semanas (na verdade, vi 24 filmes da programação, mas três heu já tinha visto antes). Ontem vi o divertido Scott Pilgrim Contra O Mundo!

Scott Pilgrim (Michael Cera) tem 23 anos e é um cara comum. Tem cara de nerd e toca baixo numa banda de garagem, a Sex Bob-Omb. Até que um dia conhece Ramona Flowers (Mary Elizabeth Winstead), e, apaixonado, tem que enfrentar os seus sete malignos ex-namorados, dispostos a lutar até a morte com qualquer um que quiser ficar com ela.

Baseado na história em quadrinhos “Scott Pilgrim”, de Bryan Lee O’Malley, este é o primeiro filme americano do diretor inglês Edgard Wright, o mesmo de Todo Mundo Quase Morto e Chumbo Grosso. Seu estilo ágil, de cortes rápidos, funcionou perfeitamente nesta excelente adaptação de quadrinhos misturados com videogames.

Hoje em dia está na moda se falar de boas adaptações de quadrinhos, né? Afinal, temos tido vários filmes muito bons com personagens oriundos de hqs, como os recentes filmes do Batman e do Homem de Ferro. Mas são filmes com cara de filme. Já Scott Pilgrim Contra O Mundo não tem cara de filme, tem cara de quadrinhos. Temos até onomatopeias escritas na tela! Poucas vezes um filme foi tão parecido com uma hq. Sin City e 300 também são assim, mas estas são duas graphic novels, enquanto Scott Pilgrim parece mais um gibi. Não conheço os quadrinhos originais, mas li que os trechos em animação foram tirados dos mesmos. Ou seja, literalmente, vemos os quadrinhos na tela do cinema.

E não só quadrinhos, como também videogame. As lutas entre Scott e os ex-namorados malignos são iguais a games de luta, inclusive com direito a golpes especiais, pontuação e vidas extras no fim da luta! O filme ainda traz inúmeras referências ao universo dos games, como, por exemplo, o nome da banda Sex Bob-Omb – no game Super Mario 2, de 1988, tem um personagem chamado Bob-Omb.

O elenco está perfeito. É difícil imaginar outro ator no lugar de Scott Pilgrim – se não fosse baseado em quadrinhos, dava pra dizer que o roteirista escreveu o papel pensando em Cera. Mary Elizabeth Winstead, depois de Duro de Matar 4 e À Prova de Morte, também está ok, assim como a oscarizável Anna Kendrick. E o resto do elenco principal, cheio de nomes pouco conhecidos, também funciona bem: Ellen Wong, Aubrey Plaza, Alison Pill, Mark Webber, Johnny Simmons e Kieran Culkin – o irmão do sumido Macauley Culkin está impagável como o colega de quarto gay.

Ainda tem mais gente legal no elenco. Alguns atores famosos fazem pequenos papeis como alguns dos ex-namorados. Temos Chris Evans (que foi o Tocha Humana em Quarteto Fantástico e será o novo Capitão América), Brandon Routh (o Superman do filme de 2006) e Jason Schwartzman. Isso sem contar numa ponta não creditada de Thomas Jane, como um policial vegan.

O roteiro é uma grande e divertidíssima bobagem. Claro que não dá pra levar a sério uma “liga de ex-namorados malignos”, né? Mas isso traz situações engraçadíssimas – cada luta é melhor que a anterior (pra ser sincero, só não gostei da luta dos gêmeos). E a luta final é muito, muito boa!

Enfim, diversão garantida. Foi divulgado que o filme teria cópias com legendas eletrônicas, mas a cópia já estava legendada – deve entrar em cartaz em breve!

The Losers

The Losers

Um grupo de soldados de elite é mandado para a Bolívia para uma missão que dá errado e eles são dados como mortos, e se vêem sem dinheiro e sem documentos. Uma misteriosa mulher aparece para ajudá-los a voltar.

Dirigido pelo desconhecido Sylvain White, The Losers é mais uma adaptação de quadrinhos, desta vez um quadrinho menos famoso da DC.

O filme é aquilo que a gente espera. Tiros, explosões, correria… A história é meio óbvia e o filme é cheio de clichês, mas, como disse, isso tudo era esperado. O que me chamou a atenção aqui foi o elenco, com Jeffrey Dean Morgan (o Comediante de Watchmen), Zoe Saldana (a Uhura do novo Star Trek), Chris Evans (o Tocha Humana do Quarteto Fantástico) e Jason Patrick (do primeiro Lost Boys). É um bom time para um filme desconhecido… (O elenco também conta com Idris Elba, Óscar Jaenada e Columbus Short).

Jeffrey Dean Morgan está ok no papel principal. Gosto dele, fico feliz de vê-lo como protagonista. Zoe Saldana também está bem, a fotografia do filme mostra bem sua beleza. Chris Evans soma mais um filme baseado em quadrinhos no currículo – além do Tocha Humana, o cara será o Capitão América em breve – será que existe um limite de personagens de quadrinhos que um mesmo ator pode representar? O ponto fraco do elenco é Jason Patrick, bom ator, mas que está excessivamente caricato com o seu vilão mau, muito mau…

The Losers não é bom, mas também não é ruim. Pode agradar os fãs do gênero.