Star Wars Episódio 9 – A Ascensão Skywalker

Crítica – Star Wars Episódio 9 – A Ascensão Skywalker

Sinopse (imdb): Os membros sobreviventes da resistência enfrentam a Primeira Ordem mais uma vez, e o lendário conflito entre os Jedi e os Sith atinge seu auge, levando a saga Skywalker ao fim.

(Antes de entrar no texto, um aviso. Os últimos textos sobre Star Wars foram escritos “no calor do momento”, e com um segundo texto para desabafar spoilers. Mas este sobre o Ep. 9, estou atrasado, devido aos problemas pessoais no heuvi. Então é um texto mais “pé no chão”, e não farei um segundo post com spoilers. Peço desculpas aos leitores!)

E, depois de nove filmes, chega ao fim a saga Skywalker!

Sou muito fã de Star Wars. É o único tema onde não consigo separar o “crítico” do “fã”. Ouvi um monte de gente falando de problemas técnicos, mas tenho dificuldade de vê-los. Sento na poltrona do cinema, começa a tocar o tema do John Williams, e toda a razão se apaga. Sou uma pessoa feliz vendo os filmes da saga!

Mas, vamulá. Star Wars Episódio 9 – A Ascensão Skywalker (Star Wars: Episode IX – The Rise of Skywalker, no original) tinha uma responsabilidade enorme: encerrar uma série que começou 42 anos antes e ganhou uma enorme importância na cultura pop. Sendo assim, não podemos vê-lo apenas como “mais um filme”. Não, é a parte final de uma das mais importantes sagas da história do cinema.

Como filme isolado, Star Wars Episódio 9 funcionaria melhor. Mas, como capítulo final, não foi tão bem. A direção voltou para JJ Abrams, que tinha feito o Ep. 7. E a gente vê que algumas coisas parecem conflitantes com o Ep. 8 – como, por exemplo, deixarem de lado o flerte entre a Rose e o Finn; ou, esquecerem que a Maz Kanata ia explicar como o sabre do Luke foi parar em suas mãos (um furo de roteiro que talvez seja explicado num livro). Não sei se foi isso, mas deu a impressão que os roteiros da trilogia não foram pensados como uma única história.

Teve outro problema, mas aí não é culpa do roteiro ou da produção. O Ep. 7 mostrava o Han Solo; o Ep. 8 mostrava o Luke Skywalker. Este filme mostraria a Leia Organa, mas a atriz Carrie Fischer morreu antes das filmagens. Então várias cenas ficaram estranhas, porque foram adaptadas – ou com a personagem em cgi, ou de costas. Pena, a gente queria mais da Leia…

Agora, um comentário com spoilers.

SPOILERS!
SPOILERS!
SPOILERS!

Um pequeno parágrafo com spoilers. Adorei a participação do Han Solo! Sensacional! Por outro lado, achei que trazer o Palpatine de volta não foi a melhor escolha. Não tinha nenhum outro vilão?

FIM DOS SPOILERS!

Dito isso tudo, afirmo sem medo: adorei o filme! Não tem sensação melhor do que sentar num cinema e entrar mais uma vez no universo de Star Wars! Pra melhorar, Star Wars 9 é cheio de fan service. Em vários momentos os fãs iam ao delírio durante a sessão.

No elenco, a novidade que não é exatamente novidade é a volta de Billy Dee Williams como Lando Calrissian – pena que não voltou nos filmes anteriores. E me parece que Anthony Daniels foi o único a “completar o álbum” – ele esteve nos nove filmes como C3PO! Estão de volta aos seus papeis Daisy Ridley, Oscar Isaac, John Boyega, Adam Driver, Mark Hamill, Carrie Fisher, Ian McDiarmid, Domhnall Gleeson, Kelly Marie Tran e Lupita Nyong’o (e Joonas Suotamo, pela quarta vez sob a fantasia de Chewbacca); as novidades são Naomi Ackie, Richard E. Grant e Keri Russell (Greg Grunberg e Dominic Monaghan devem ser amigos do diretor JJ, porque frequentemente aparecem em seus projetos; o próprio JJ Abrams faz a voz do novo robô apresentado, mas esse novo robô é um personagem bem bobo, principalmente se comparado aos robôs já apresentados desde que Star Wars foi pra Disney (BB8, K-2SO, L3-37)).

Chega, né? Ainda podia escrever muito, mas a ideia era fazer um texto curto. Só resumindo: Star Wars 9 tem seus problemas. Mas a gente que é fã deixa isso pra lá e fica feliz na cadeira do cinema.

Ah, por fim, um recado para os fãs que gostam de reclamar. Temos filmes novos no cinema todos os anos (5 filmes entre 2015 e 2019), temos séries live action e desenhos. Galera, vocês que reclamam não sabem o que é não ter material para consumir! Nos anos 90 a gente lia os livros do Timothy Zahn porque não tinha nada mais! Parem de reclamar e aproveitem que Star Wars está na moda!

E que venham mais filmes de Star Wars!

O Senhor Dos Anéis – As Duas Torres

Crítica – O Senhor Dos Anéis – As Duas Torres

Hora de falar do segundo filme da saga!

A trama segue exatamente de onde acabou o primeiro filme. Frodo precisa levar o Um Anel até Mordor, mas a Sociedade do Anel acaba se desfazendo em três núcleos, que seguem caminhos diferentes.

As Duas Torres é uma continuação diferente da maioria. O padrão em Hollywood é só pensarem na sequência depois do sucesso do primeiro filme – por isso tantas continuações são inferiores aos originais. Mas O Senhor dos Anéis foi pensado desde o início como um filme só, dividido em três partes. Por isso, heu arriscaria dizer que As Duas Torres é ainda melhor que A Sociedade do Anel – o primeiro filme tem que nos apresentar a trama e os personagens e por isso é um pouco lento; este segundo filme vai direto ao assunto.

O grupo se separa, e a trama se divide em caminhos paralelos: temos Frodo, Sam e Gollum a caminho de Mordor; Merry e Pippin fugindo de orcs; e Aragorn, Legolas e Gimli com os cavaleiros de Rohan, entre outras sub-tramas. Sim, são quase quatro horas; sim, o ritmo é quase o tempo todo tenso. E o clímax no Abismo de Helm é sensacional. Mesmo vista hoje, dez anos depois, a batalha que coloca homens e elfos enfrentando milhares de orcs ainda é excelente. Não dá pra saber o que era ator maquiado ou o que era computação gráfica – e também, quem se importa em saber? Só sei que a pancadaria rola solta, em cenas de altíssima qualidade – a sequência é ainda hoje uma das melhores batalhas da história do cinema.

Ainda sobre os efeitos especiais: é hora de falar do Gollum. Em 1999, George Lucas resolveu colocar um personagem digital no seu Star Wars ep I – A Ameaça Fantasma: o controverso Jar Jar Binks. Foi um marco na história dos efeitos especiais, mas a concepção do personagem ficou capenga – Jar Jar era um alívio cômico caricato e insuportavelmente chato. Peter Jackson foi mais feliz: Gollum não só é um personagem mais bem construído, como tecnicamente muito superior a Jar Jar – em Star Wars, um ator com uma máscara interagiu com o resto do elenco, e depois foi substituído pelo personagem digital; aqui, o ator Andy Serkis usou uma roupa com sensores de captura de movimentos – o personagem digital inserido tinha movimentos muito melhores, assim como interagia muito melhor com o resto do elenco.

E como está o Gollum hoje, dez anos depois, agora que já estamos mais acostumados a ver filmes quase inteiros em cgi? Olha, em algumas cenas, conseguimos ver claramente que ele não está no mesmo plano que o resto do filme. Mas essas cenas são minoria, o Gollum de dez anos atrás é melhor que muito cgi atual.

Alguns novo personagens são apresentados, para acompanhar o bom elenco do primeiro filme, como Brad Dourif como Grima Língua de Cobra, Miranda Otto como Eowyn, David Wenham como Faramir e Karl Urban como Eomer. Curiosidade: John Rhys-Davies, o Gimli, faz a voz do Barbárvore!

O ritmo do filme é muito bom, mas nem tudo é perfeito. Os livros davam pouca importância à Arwen e ao seu romance com Aragorn. Já os filmes dedicam muito tempo a esse romance. Essas partes são arrastaaadas… Me pareceu ser uma imposição dos produtores, ter uma “mocinha” e um “mocinho” para ajudar a vender o filme. Não gostei, podia ser como acontece no livro: o romance está lá, mas em segundo plano.

O Oscar não foi muito generoso com esta segunda parte, da trilogia este é o filme com menos prêmios e indicações. Concorreu a seis estatuetas: ganhou efeitos especiais (merecidíssimo) e edição de som; não levou melhor filme, edição, direção de arte e som.

Em breve vou rever o terceiro filme e falo dele aqui!

O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel

Crítica –  O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel

É hora de encarar (mais uma vez) a trilogia estendida d’O Senhor dos Anéis!

Antes de falar do filme em si, vamos a algumas informações interessantes. Os três livros O Senhor dos Anéis, escritos por J. R. R. Tolkien entre 1937 e 1949, e lançados pela primeira vez em 1954 e 55, eram considerados “infilmáveis”. O diretor neo-zelandês Peter Jackson já tinha cinco filmes no currículo, mas nada que enchesse os olhos dos estúdios – eram três trash (Bad Taste – Náusea Total, Fome Animal e Meet The Feebles), um cult (Almas Gêmeas) e uma comédia de terror feita em Hollywood (Os Espíritos). Mesmo assim, ele conseguiu convencer o estúdio New Line Cinema a bancar um projeto ambicioso: Jackson iria com toda a equipe para a Nova Zelândia (por causa das locações naturais e da mão de obra barata), ficaria lá por 13 meses e filmaria os três filmes de uma vez. Claro que o estúdio preferia fazer só o primeiro filme, afinal, se fosse um fracasso de público, o que fariam com as continuações? Mas Jackson bateu o pé e conseguiu carregar a galera para o seu país natal – e assim foi criada uma das melhores sagas da história do cinema!

Quando os três filmes foram lançados em 2001, 2002 e 2003 nos cinemas, cada um tinha cerca de três horas de duração. As versões estendidas, onde cada filme tem cerca de quatro horas, só passaram aqui no Brasil em sessões especiais, não entraram no circuito. E acho que não foram lançadas em dvd aqui no Brasil. Só recentemente tivemos versões oficiais, já em blu-ray. Mas não comprei o blu-ray nacional, já que o box importado, com 15 discos, tem legendas e dublagem em português – comprei o meu pela Amazon.

Vamos ao filme? Quando o “Um Anel”, um anel mágico de poder dado como desaparecido há muito tempo, é encontrado, o pequeno hobbit Frodo tem a tarefa de levá-lo para ser destruído. Ele não está sozinho na sua jornada: é acompanhado por Aragorn, Boromir, o mago Gandalf, o elfo Legolas, o anão Gimli e seus amigos hobbits Sam, Merry e Pippin.

O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel é um daqueles raros e felizes casos onde tudo dá certo. Adaptação literária bem feita, bom elenco, excelentes efeitos especiais, tudo isso numa trama simples (o bem contra o mal), mas contada de uma maneira excepcional.

A adaptação, que era uma grande incógnita, foi muito bem feita. Os fãs mais xiitas do livro reclamaram de algumas ausências, como por exemplo os trechos envolvendo o personagem Tom Bombadil (ignorado pelo filme), mas, afinal, era uma “adaptação”, não tinha como entrar tudo em um filme para cinema (talvez em uma mini série).

Acho que uma das coisas mais difíceis era mostrar personagens de tamanhos diferentes. Temos homens, elfos e orcs, mas todos têm tamanhos semelhantes. Já os hobbits, personagens importantíssimos na saga, são seres da altura de uma criança. E ainda tem um anão – interpretado por John Rhys-Davies, um ator de 1,85. E esses seres de tamanhos diferentes aparecem juntos vááárias vezes, e em nenhuma delas parece falso. Digo mais: hoje em dia seria tudo cgi, mas naquela época o cgi ainda não era o que é hoje (vou falar mais do cgi no texto sobre o próximo filme, As Duas Torres). Jackson usou truques de câmera e dublês nas cenas em close. O resultado ficou irretocável!

O elenco misturava atores desconhecidos com alguns de fama intermediária, como Ian McKellen, Liv Tyler, Cate Blanchett, Ian Holm e Christopher Lee. Boa parte do elenco soube capitalizar em cima do sucesso dos filmes e hoje são nomes bem conhecidos, mas antes eram nomes “lado B” – também, quem estava disposto a se mandar pra Nova Zelândia por um projeto arriscado e com mais de um ano de duração? Mas mesmo assim, a escolha do elenco foi perfeita, cada ator “vestiu” perfeitamente o seu personagem.

Lembro de Viggo Mortensen como coadjuvante de Demi Moore em GI Jane e num pequeno papel em O Pagamento Final – hoje o cara é protagonista de grandes produções como A Estrada e Um Método Perigoso – e chegou a concorrer ao Oscar de melhor ator por Senhores do Crime. Antes desconhecido, Orlando Bloom depois esteve nos três primeiros Piratas do Caribe e em Os Três Mosqueteiros. Elijah Wood participou de bons filmes como Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças e Sin City. Dominic Monaghan teve papéis importantes em séries badaladas como Lost e Flash Forward; Sean Bean foi o personagem central da primeira temporada da elogiada série Game of Thrones. Hugo Weaving antes era mais lembrado por Priscilla, a Rainha do Deserto; hoje o currículo dele é bem extenso, com filmes do porte de Matrix, Capitão América, O Lobisomem, V de Vingança e a franquia Transformers.

Outros atores ainda estão por aí, mas não são tão famosos hoje. John Rhys-Davies já tinha uma extensa carreira, mesmo não sendo um rosto muito conhecido – acho que o seu papel mais famoso era o Sallah de Os Caçadores da Arca Perdida (1981) e Indiana Jones e a Última Cruzada (1989). Sean Astin é outro que também já tinha currículo, ele foi o ator principal de Os Goonies quando tinha 14 anos. E acho que o único do elenco principal que era desconhecido e continua assim até hoje é Billy Boyd, o hobbit Pippin…

Os efeitos especiais também são sensacionais. Tudo bem que o que a trilogia traz de mais impressionante (o Gollum) só aparece no segundo filme. Mas mesmo assim, tudo aqui é extremamente bem feito – a começar pelo tamanho dos personagens que falei alguns parágrafos acima. Um universo onde a magia faz parte do dia-a-dia é mostrado e, hoje, uma década depois, os efeitos ainda não “perderam a validade”.

Ainda preciso falar das locações. Jackson estava certo quando quis fazer seu filme na Nova Zelândia – florestas, montanhas, planícies, rios, neve, tem todas as paisagens que o livro pedia. Boa escolha!

O filme concorreu a 13 Oscars, incluindo melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro adaptado e melhor ator coadjuvante para Ian McKellen. Não ganhou nenhum desses, mas levou quatro estatuetas: trilha sonora, fotografia, efeitos especiais e maquiagem.

Heu poderia continuar falando do filme, mas – caramba, o post já tá gigantesco! Só preciso falar mais uma coisa: a versão que passou nos cinemas é boa, mas, se você é fã, procure a versão estendida. É um total de 12 horas de filme, mas vale a pena!

Em breve, falo do segundo filme aqui!

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Alice no País das Maravilhas
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I Sell The Dead

I Sell The Dead

Prestes a ser levado à guilhotina, um ladrão de túmulos confessa a um padre como entrou no negócio de comércio de cadáveres.

Segundo filme do diretor Glenn McQuaid, I Sell The Dead é um daqueles filminhos despretensiosos e divertidos que não têm muito espaço no circuito. O filme é de 2008, e heu nunca tinha ouvido falar dele! Não sei se existe previsão de lançamento no Brasil. Se for, acredito que só em dvd…

Os dois principais nomes do elenco chamam a atenção: Ron Perlman (o Hellboy!) e Dominic Monaghan (o Charlie de Lost). Aliás, o papel de Perlman é bem menor que o do desconhecido Larry Fessenden, um dos verdadeiros protagonistas (ao lado de Monaghan). E tem um outro nome interessante escondido: Angus Scrimm, o “homem alto” da franquia de “terror esquisito” Fantasma.

A segunda parte de I Sell The Dead é muito divertida, mas não vou falar aqui por causa dos spoilers. Só digo que achei genial a solução encontrada no roteiro para variar o tema “ladrões de túmulos”.

I Sell The Dead não vai mudar a vida de ninguém, mas vale o download!

X-Men Origins : Wolverine

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X-Men Origins : Wolverine

No último cinco de abril escrevi aqui sobre a versão incompleta de X-Men Origins, que vazou na internet. Prometi que veria o filme assim que saísse no cinema, ou seja, hoje, dia 30. Cheguei do cinema agora! Vamos ao filme pronto?

A história do filme está no título: conhecemos a origem do Wolverine (Hugh Jackman) e sua relação com personagens como Dente de Sabre e William Stryker. É uma prequel da trilogia X-Men. A desvantagem disso é que sabemos que alguns daqueles personagens não podem morrer. Afinal, eles vão aparecer depois…

Hugh Jackman é “o cara” hoje em dia em Hollywood. Frequenta as listas de “celebridades mais sexy”, tem bons papéis em filmes blockbusters e, de quebra, mostrou no Oscar 2009 que canta e dança. Conheço gente que o critica como ator, mas posso garantir que ele é o Wolverine perfeito!

A princípio achei estranha a troca do ator que faz o Dente de Sabre. Por que não repetir Tyler Mane (que também foi o novo Michael Myers no Halloween 2007), que fez um bom Dente de Sabre no primeiro X-Men? Mane pode não ser lá grandes coisas como ator, mas tem o physique-du-rôle necessário para esse papel. Bem, o novo Dente de Sabre é Liev Schreiber. Se Schreiber tem menos “cara de Dente de Sabre”, pelo menos é muito mais ator. E a química entre ele e Jackman funciona muito bem, o que é essencial pra esse filme!

Como heu tinha constatado há quase um mês atrás, existe um defeito nesse filme, mas que já era esperado: excesso de personagens e pouco tempo para desenvolvê-los. Tem um monte de outros mutantes, poderíamos nos aprofundar muito mais nas histórias e poderes de cada um! Acaba o filme e a gente não sabe exatamente quem são e o que fazem vários dos mutantes que desfilam pela tela. Mas, como disse, esse problema já era esperado. Afinal, os quadrinhos de X-Men sempre mostraram vários heróis, diferente de um único Homem Aranha ou um único Batman, por exemplo. Mas achei que Ryan Reynolds (Blade Trinity, Smokin’ Aces) e Dominic Monaghan (Lost e a trilogia Senhor dos Anéis)  foram sub-aproveitados.

Mesmo a gente tendo de adivinhar qual o poder de cada um, o filme funciona redondinho. A equipe de mutantes do início é bem legal, assim como as poucas cenas do Gambit (aliás, qual é o poder do Gambit? Transformar cartas em balas de canhão?).

Outra coisa interessante deste filme é a escolha pelo diretor Gavin Hood, famoso por ter escrito e dirigido Infância Roubada, filme sul-africano que ganhou  Oscar de melhor filme estrangeiro em 2005. A princípio ele não faz o perfil de “filme de super-herói”. Mas não é que o cara manda bem? Algumas das cenas, como a do “Wolverine vs helicóptero”, são daquelas que dá vontade de rever no dvd!

E agora, vamos à pergunta que está na cabeça de muita gente: qual a diferença entre o filme baixado, o “workprint”, e esse, finalmente pronto?

Olha, não me lembro de nada diferente no desenrolar da história. Até a cena depois dos créditos é a mesma. Mesmo assim, esqueça a versão incompleta. Falta muita coisa no visual do filme. E, num filme como esse, não dá pra ficar satisfeito com imagem ruim. Mais ou menos como a diferença entre ver um filme em blu-ray ou num vhs amassado e mofado… O cinema é onde ele merece ser visto!