Pandorum

Pandorum

Nova ficção científica com toques de terror!

No futuro, o nosso planeta não tem condições de abrigar a crescente população. O filme se passa dentro de uma enorme nave espacial que está indo em direção a Tanis, um novo planeta semelhante à Terra – a possível salvação para a raça humana.

O maior nome do elenco é Denis Quaid, mas o ator principal na verdade é Ben Foster, coadjuvante em X-Men 3 e na série A Sete Palmos. Além deles, Cam Gigandet, Cung Le e a bela Antje Traue.

O clima claustrofobico e escuro do filme é muito legal. Já o roteiro é um pouco confuso, quase tudo é explicado de uma só vez, e não fica exatamente claro o que aconteceu.

Pandorum perdeu a chance de se tornar um clássico da ficção científica. Se o roteiro fosse um pouco melhor amarrado e a direção fosse um pouco mais firme… Faltou pouco para o filme ser muito bom!

Mesmo assim, vale o download, já que esse filme tem cara de que não será lançado por aqui.

Lunar / Moon

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Lunar / Moon

Sabe quando um filme já nasce cult? É o caso deste Lunar / Moon.

No futuro, a energia usada no planeta é extraída através de escavações no lado escuro da lua. Uma companhia de mineração tem um único funcionário tomando conta de uma base, por um longo e solitário período de 3 anos.

Trata-se de uma ficção científica, mas diferente do habitual, é um filme mais cerebral, na onda de 2001, de Stanley Kubrick. Aliás, Lunar / Moon está sendo comparado direto com 2001, inclusive porque ambos têm um computador de voz humana como um dos personagens principais.

É complicado falar da trama de Lunar / Moon sem entregar spoilers. Apenas posso dizer que o roteiro é redondinho e a história funciona muito bem.

Um dos trunfos de Lunar / Moon é o ator Sam Rockwell na pele do solitário Sam Bell. Rockwell está fantástico, se esse filme não fosse tão alternativo, acredito que ele seria indicado a alguns prêmios como melhor ator. E, claro, não podemos nos esquecer do auxílio luxuoso de Kevin Spacey como a voz de GERTY, o computador que cuida da base. Aliás, um detalhe genial sobre o computador é que a única expressão que ele tem além da voz de Spacey é uma telinha onde ele mostra “smileys” – 😀

Lunar / Moon me lembrou o recente filme japonês O Clone Volta Para Casa, que passou no último Festival do Rio. Ambos são “ficção científica cabeça”, e têm mais coisa em comum na trama. Mas preferi o americano…

Este é o primeiro longa de Duncan Jones, filho de um tal de David Bowie. O garoto promete!

Dante 01

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Dante 01

Outro dia recebi por e-mail uma dessas listas de piores filmes. Este Dante 01 estava lá. Fui ver do que se tratava, descobri que é dirigido pelo Marc Caro, que fez, nos anos 90, em parceria com Jean-Pierre Jeunet, dois filmes que gosto muito, Delicatessen e Ladrão de Sonhos. Como assim, um cara que fez dois filmes muito legais ter dirigido um filme digno de estar numa lista de piores? Baixei o filme para ver qualé.

Dante 01 mostra uma prisão numa estação espacial, na órbita de um planeta distante. É uma prisão experimental, onde psiquiatras fazem experiências em presos perigosos. Uma nova médica chega com um novo tratamento, baseado em nanotecnologia. Junto com ela, chega um novo prisioneiro, com misteriosos poderes.

No elenco, temos Lambert Wilson, o Merovigian de Matrix 2 e 3, como o prisioneiro misterioso, e, claro, Dominique Pinon, que estava em Delicatessen e Ladrão de Sonhos, e também nos outros filmes de Jeunet, Alien 4, O Fabuloso Destino de Amelie Poulan e Eterno Amor.

O clima do filme é bem interessante, claustrofóbico, todo dentro da estação espacial. As cores e os ângulos inusitados lembram o estilo dos filmes anteriores de Caro. Tudo funciona bem por quase todo o filme.

Mas… O filme está presente em listas de piores filmes por um bom motivo. Tudo anda muito bem, até que, de repente, uns dez minutos antes do final, o filme se perde completamente. Sei lá o que aconteceu, me parece que a produção deve ter tido problemas e não terminaram o filme como era previsto. Eventos inexplicados acontecem, rola uma certa psicodelia na tela e uma narração tenta explicar o que era pra ter acontecido pelas imagens.

Não recomendo o filme. Só para aqueles que não se importam em ver algo sem fim…

Tron – Uma Odisseia Eletrônica

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Tron – Uma Odisseia Eletrônica

Outro dia comentei sobre alguns filmes mal lançados aqui no Brasil. Alguns filmes são dificílimos de se achar, enquanto outros ficam amontoados nas prateleiras de lojas como as Americanas. Tron é um desses. Por isso, quando vi anunciado num site, corri para comprar o meu dvd!

Aproveitei pra rever, ao lado da minha filha, este impressionante clássico da ficção científica dos ano 80. Por que impressionante? Porque, numa época onde computadores eram novidade, boa parte do filme se passa dentro de um computador!

Flynn (Jeff Bridges, o Lebowski!) é um revolucionário programador de jogos de videogame, que tem seu trabalho roubado por Dillinger (David Warner). Numa tentativa de conseguir provas que criou o jogo, acidentalmente Flynn acaba sendo jogado dentro do computador e forçado a jogar o próprio jogo. Mas o detalhe é que lá dentro as lutas são pra valer!

Ok, a história é um pouco inverossímel, mas, vamos lá, a gente releva pela época. O que importa aqui é que este foi o primeiro filme a usar computação gráfica junto com atores em carne e osso. Sim, hoje em dia é algo corriqueiro, mas na época foi um marco.

E como sobreviveu o filme hoje, quase três décadas depois? Continua legal, o visual usado para criar o mundo virtual ainda é bem interessante. Claro que hoje em dia fariam diferente, afinal, era 1982, ninguém falava de realidade virtual, internet, essas coisas do novo milênio. Mesmo assim, podemos dizer que esse filme “envelheceu” bem melhor que a maioria dos seus contemporâneos.

Fiquei com vontade de rever Jogos de Guerra

Noite dos Arrepios

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Noite dos Arrepios

Continuemos na onda de clássicos de terror dos anos 80! Hoje vamos de Noite dos Arrepios (Night of The Creeps), filme assumidamente B, de 1986!

A história é sensacional: uma cápsula alienígena cai na Terra, contendo uma espécie de lesma, que entra nas pessoas pela boca e as tranforma em zumbis! Deveriam criar uma categoria de Oscar pra filmes com o argumento assim!

O roteiro deste divertidíssimo filme tem um monte de coisas legais. Algumas das frases são geniais – uma delas, considero uma das melhores de toda a década: “Girls, I have some good news and bad news. The good news is your dates are here. The bad news is they’re dead” (“Garotas, eu tenho uma notícia boa e uma má. A boa é que seus namorados estão chegando. A má é que eles estão mortos.”). Além disso, ainda ouvimos “pérolas” como “What is this? A homicide or a bad B movie?” (“O que é isso? Um homicídio ou um filme B ruim?”); ou ainda “I personaly would rather have my brain invaded by creatures from space than pledge a fraternity.” (Eu pessoalmente preferiria ter meu cérebro invadido por criaturas do espaço do que entrar para uma fraternidade.”)

Outra coisa legal é que todos os nomes próprios que estão no filme são homenagens a diretores ligados a filmes de terror: Corman Universtity (Roger Corman), Cynthia Cronemberg (David Cronemberg), Chris Romero (George A Romero), James Carpenter Hooper (John Carpenter e Dennis Hooper), detetive Ray Cameron (James Cameron), inspetor Landis (John Landis), sargento Raimi (Sam Raimi), Brad Craven (Wes Craven), mr. Miner (Steve Miner), Cunningham (Sean S Cunnigham)…

E as homenagens não param por aí: a diretora da universidade está vendo Plano 9 do Espaço Sideral, clááásico trash, considerado um dos piores filmes já feitos!

O filme é cheio de erros de continuidade, não sei se propositalmente – no flashback do detetive Cameron, antes ele segura um braço (!), depois aparece com a espingarda no lugar do braço; Cynthia nunca coloca o lança-chamas nas costas, ele “aparece” lá; o zumbi tenta pegar o carro com os dois policiais com a mão, e logo depois está com o machado na mão… Acho que não foi de propósito, acredito que não tenham dado muita importância a “detalhes” assim…

É difícil recomendar um filme tão tosco. Mas fica aqui a minha recomendação para quem gosta do estilo!

Força Sinistra

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Força Sinistra

Recentemente revi o ótimo Alien – O Oitavo Passageiro. Pra quem não viu (se você não viu, corra para ver!), é um exemplo perfeito de um filme que mistura dois estilos: terror e ficção científica.

Aí deu vontade de rever outro filme do mesmo roteirista, Dan O’Bannon, que também passeia entre os dois estilos: o clássico dos anos 80 Força Sinistra (Lifeforce no original), dirigido em 85 por Tobe Hooper (o mesmo de Poltergeist – O Fenômeno).

A sinopse encaixaria num filme trash: uma missão espacial britânica ao cometa Halley volta à Terra trazendo seres misteriosos. Mais tarde descobre-se que esses seres são como vampiros espaciais, que sugam energia das pessoas em vez de sangue!

(Um pequeno parênteses sobre o cometa Halley: desde o início da década de 80 se falava do “grande” cometa, que iria passar perto da Terra no início de 86, se não me engano. Toda a mídia do mundo inteiro deu atenção ao famoso cometa. E quando ele apareceu, era tão pequeno que ninguém viu nada… Grande decepção mundial… E agora só em 2061…)

Mas o filme não tem nada de trash. Apesar de ter mais de 20 anos, o filme não envelheceu muito. Os efeitos especiais, a cargo de John Dykstra (Guerra nas Estrelas), continuam eficientes, tanto nas cenas “espaciais” quanto nas cenas “de terror”. O filme funciona melhor que muito filme novo!

Um dos pontos altos do filme é a lindíssima atriz Mathilda May no papel da alienígena. Mais de mil mulheres foram testadas para esse papel, que exigia uma atriz com o corpo perfeito – boa parte do filme a personagem está nua. Mathilda ganhou o papel, e acredito que ninguém pode reclamar da escolha…

Esse filme ainda tem um outro mérito: a trilha sonora, eficientíssima, é de ninguém menos que Henry Mancini, célebre por ter composto o tema da Pantera Cor-de Rosa, entre outros temas jazzísticos. O clima de tensão ao longo do filme é pontuado pela bela trilha orquestrada.

De quebra, é um dos primeiros filmes de um tal Patrick Stewart – o Pickard de Star Trek – Nova Geração, e o Professor Xavier de X-Men. Completam o elenco Steve Railsback, Peter Firth e Frank Finlay.

Infelizmente, este é um daqueles filmes que foi mal lançado por aqui em dvd e por isso não tem em lugar algum pra venda. Enquanto não corrigem esta falha, precisamos esperar uma reprise na tv ou então usemos o velho torrent…

Aliens vs Predador – Requiem

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Aliens vs Predador – Requiem

Às vezes vale mais a pena ver um trailer do que um filme…

Quando surgiu na net o trailer de AVP2, fiquei surpreso com a quantidade de “mortes legais” que estavam na tela! Legal, esse filme prometia ser melhor que o primeiro Alien vs Predador (afinal, o primeiro é muito fraco, ia ser fácil ser melhor).

Que nada…

A idéia do “crossover” das franquias Alien e Predador era interessante. O Alien é um dos “monstros” mais legais criados pelo cinema, um ser alienígena que usa humanos como hospedeiros pra se reproduzir, e que tem ácido correndo nas veias. E o Predador é um caçador genial. Aliás, em uma das cenas de um dos filmes do Predador, aparece o interior da nave dele, onde vemos rapidamente um crânio de Alien!

O encontro dos dois prometia. Mas, parece que Hollywood não sabe fazer “crossovers”, o filme foi tão fraco quanto Freddy vs Jason!

Agora veio um segundo filme, que colocaria os dois seres alienígenas lutando em uma pequena cidade nos EUA. Legal, podemos ver várias situações nunca antes imaginadas nos filmes anteriores, sempre passados em ambientes diferentes.

Mas, infelizmente, a idéia foi jogada fora. As mortes não são tão bem feitas assim, mostra-se pouco o híbrido “alienpredador”. e a motivação do Predador não me convenceu – por que ele veio pra cá?

Veja o trailer pelo youtube, e não perca tempo com o longa – uma hora e meia que não vou ter de volta!

The Mutant Chronicles

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The Mutant Chronicles

Recentemente este filme apareceu nos torrents da vida. Mais um filme baseado em um videogame que desconheço. Mas, com Ron Perlman, John Malkovich e Thomas Jane no elenco, fiquei curioso pra ver…

Num futuro toscamente indefinido – no cartaz diz que é o sec 23; no filme diz que se passa no sec 28… – o planeta é devastado por guerras entre 4 grandes corporações. Numa destas batalhas, um selo é quebrado e vários mutantes assassinos são libertados para acabar com a humanidade.

O enredo parece de filme B, não é? E realmente parece um Bzão. Por isso fiquei triste quando soube que um dos diretores cotados para dirigir era John Carpenter, um dos melhores diretores de filmes B de Hollywood…

Em vez de John Carpenter, temos o desconhecido Simon Hunter na direção. Mas até que a direção não ficou ruim: tudo é estilizado, misturando um visual retrô ao futuro. Por exemplo, as naves são movidas a carvão!

Outra coisa interessante: os cenários no filme são todos digitais. Fica meio Sky Captain e o Mundo de Amanhã, todas as cores parecem alteradas, tudo é meio preto & branco, menos o sangue, muito vermelho…

Sangue, sim, tem muito sangue. O filme é violento. Os mutantes não são bonzinhos como nos X-Men da vida. São todos feios, sujos e malvados!

Mas o que falta aqui é história. Toda essa trama de mundo destruído pela guerra entre as corporações e os mutantes meio mortos-vivos é muito confusa! E os personagens não ajudam. Thomas Jane quando faz filmes sérios (como The Mist) até funciona, mas aqui ele está canastrão até não poder mais! E não falei das situações clichê, como “o amigo que é encontrado quase morto”…

Pode ser uma boa diversão. Mas sem muitas expectativas…