Homem-Aranha no Aranhaverso

Crítica – Homem-Aranha no Aranhaverso

Sinopse (imdb): O jovem Miles Morales se torna o Homem-Aranha de sua realidade, cruzando seu caminho com cinco colegas de outras dimensões para impedir uma ameaça para todas as realidades.

Acho que já contei aqui do meu hábito: procuro saber pouca coisa sobre os filmes que vou ver. Evito ver trailers, às vezes nem leio sinopse. E isso funcionou muito bem quando fui ver este Homem-Aranha no Aranhaverso. Heu nem sabia que tinha vários Homens Aranha (informação que está na sinopse e no poster). E atesto: foi muito bom ser surpreendido pelo filme desse jeito.

A única coisa que heu sabia sobre Homem-Aranha no Aranhaverso (Spider-Man: Into the Spider-Verse, no original) era que um dos roteiristas era Phil Lord, um dos diretores de Aventura Lego, além de ter visto a cena pós créditos de Venom. Mas isso não foi nada, e tive uma grata surpresa. Sei que ainda é cedo (segunda semana do ano!), mas arrisco dizer que temos um forte candidato ao top 10 de 2019!

Vi alguns comentários por aí falando que este filme seria “só para fãs dos quadrinhos”. Olha, nunca li quadrinhos do Homem Aranha, e atesto que Homem-Aranha no Aranhaverso é um excelente filme também para espectadores “leigos”. E minha critica será direcionada a este público.

A primeira coisa que chama a atenção no longa dirigido pelo trio Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman é o visual. Parece que literalmente filmaram as páginas das hqs – e não digo isso só pelos eventuais textos escritos na tela. A textura da imagem não se assemelha às animações tradicionais, as imagens imitam as imperfeições da impressão off-set.

Aliado a este espetáculo visual temos uma história empolgante e divertida. E agora é o momento de avisar aos “não leitores de quadrinhos” que o filme se basta, você não precisa saber previamente quem é Miles Morales e como ele se insere na saga do Homem Aranha. Claro que deve ter um monte de detalhes que só os fãs vão entender, mas o público “leigo” (que, afinal, é a maior parte do público pagante) entende todo o filme. E, podemos afirmar, a história é cativante, com personagens muito bem construídos, momentos engraçadíssimos e várias piadas referenciais (outros filmes do Homem Aranha são citados).

Sobre os personagens, a sessão de imprensa foi com o som original. Que elenco! Ok, Shameik Moore, o principal, não é muito conhecido, mas ele está acompanhado de Hailee Steinfeld, Mahershala Ali, Jake Johnson, Liev Schreiber, Lily Tomlin, Kimiko Glenn, John Mulaney e… Nicolas Cage! Sim, acreditem, num elenco cheio de bons atores, interpretando bons personagens, o destaque é justamente Nicolas Cage!

Claro, tem homenagem ao Stan Lee. E, claro, tem duas cenas pós créditos, uma depois dos créditos principais e outra no fim de tudo. Não tem por que ser diferente, né?

Last, but not least, domingo passado Homem-Aranha no Aranhaverso ganhou o Globo de Ouro de melhor longa de animação. Será que também leva o Oscar?

Era uma Vez um Deadpool

Crítica – Era Uma Vez um Deadpool

Sinopse (ingresso.com): Deadpool 2 está de volta aos cinemas em sua versão conto de fadas. Para dar o pontapé inicial da temporada de férias, o público de quase todas as idades poderá desfrutar o Mercenário Boca Suja repaginado através do prisma da inocência infantil.

O Deadpool é um herói diferente dos outros. Seus filmes têm muito mais violência e humor politicamente incorreto que qualquer outro filme de super herói (independente de ser Marvel ou DC). Claro que isso impacta na bilheteria. O que fazer então? Uma nova versão do filme, suavizada.

Não sou muito a favor de uma nova versão (porque não deixa de ser uma forma de censura), mas entendo o propósito – principalmente porque sou pai de um moleque que queria ver o filme do Deadpool. Mas, um aviso importante: este Era uma Vez um Deadpool tem menos sangue, mas as piadas continuam adultas.

Vamos a esta nova versão. De diferente, além das suavizadas no humor e na violência temos uma nova e longa cena, com apenas um cenário e dois atores, que serve como introdução e encerramento, além de vários interlúdios ao longo do filme.

Como estamos falando do Deadpool, claro que os diálogos dessa cena nova são repletos de metalinguagem e humor politicamente incorreto. Inclusive, tem uma piada excelente usando a confusão Disney x Marvel x Fox.

Se isso é o suficiente para pagar um novo ingresso, aí não sei. Porque o filme é basicamente o mesmo. Agora, no finzinho, depois da última cena pós créditos, existe uma homenagem ao recém falecido Stan Lee que vai deixar muitos fãs com lágrimas nos olhos. Se você é muito fã do Stan Lee, aí sim Era uma Vez um Deadpool vale a pena.

Fora isso, vale mais (re)ver o original, com toda a violência e incorreção política que o personagem pede.

Aquaman

Crítica – Aquaman

Sinopse (imdb): Arthur Curry descobre que ele é o herdeiro do reino subaquático de Atlântida e deve dar um passo adiante para liderar seu povo e ser um herói para o mundo.

Finalmente, o aguardado Aquaman! Será que a DC acertou?

Não escondo de ninguém que sou fã do James Wan. Minha expectativa com Aquaman (idem, no original) não era pelo personagem (afinal, não leio HQs), mas para ver como Wan se sairia num grande blockbuster de super heróis. E, olha, o resultado ficou legal. Aquaman é tão bom quanto Mulher Maravilha.

Algumas coisas me incomodaram, tipo toda a parte do deserto (vou comentar com mais detalhes no Podcrastinadores que vai sair em breve). A sequência final também é fraca. Felizmente não é nada muito grave.

Aquaman é colorido e divertido, incluindo piadinhas e frases de efeito aqui e acolá (se o formato dá certo na Marvel, por que a DC não pode repetir?). O visual de Atlântida é bem legal, o clima lembra um pouco Flash Gordon, aquele clássico incompreendido dos anos 80.

O filme é um pouco longo (duas horas e vinte e três minutos). Talvez fosse melhor só ter um vilão e guardar o segundo para a continuação, mas a gente sabe que a DC não pensa muito a longo prazo.

James Wan tem um bom currículo no cinema de terror. A cena com os seres das profundezas (que parecem gremlins grandes) mostra bem essa vocação, aquele trecho tem o maior jeitão de filme de terror.

No papel principal, Jason Momoa é um dos grandes responsáveis pelo sucesso do filme. Carismático, ele nos convence que o Aquaman é um herói cool, bem diferente daquele loirinho bobinho que todos conhecem do desenho animado. Também no elenco, Nicole Kidman, Amber Heard, Willem Dafoe, Patrick Wilson, Dolph Lundgren, Temuera Morrison e Yahya Abdul-Mateen II (sim, o Khal Drogo é filho da namorada do Batman com o Jango Fett, e é treinado pelo Duende Verde, que trabalha pro Coruja, amigo do Ivan Drago).

No fim, o saldo é positivo, apesar de alguns escorregões. Que a DC continue assim. O espectador é quem ganha!

O Doutrinador

Crítica – O Doutrinador

Sinopse (google): Um vigilante mascarado surge para atacar a impunidade que permite que políticos e donos de empreiteiras enriqueçam às custas da miséria e do trabalho da população brasileira. A história do homem por trás do disfarce de Doutrinador envolve uma jornada pessoal de vingança na qual um agente traumatizado decide fazer justiça com as próprias mãos.

Opa! Filme nacional de gênero no circuitão é algo raro. Baseado em quadrinhos nacionais, com pegada de filme de super herói, mais raro ainda! Mas, será que presta?

Vamos ao que funciona. Tecnicamente, o filme dirigido por Gustavo Bonafé (um dos direotes de Legalize Já, outro filme nacional “fora do óbvio”) é ótimo. Bom saber que o cinema nacional consegue fazer um bom filme de ação, com boas cenas de tiroteio, lutas e perseguições. O ritmo também é bom, dá pra gente torcer pelo anti-herói de moral duvidosa. Não li os quadrinhos, mas vários takes parecem tirados de uma página de HQ. Os efeitos de maquiagem, feitos pelo Rodrigo Aragão (diretor de vários trash excelentes), também são top.

Agora… O roteiro às vezes força um pouco (por exemplo, o cara praticamente ganha super poderes). Mas, o que atrapalha mais são algumas atuações muito caricatas. Ok, é baseado em quadrinhos, mas – ou você faz como o Sam Raimi e assume a galhofa, ou leva o seu filme a sério e não coloca um vilão gargalhando enquanto conta dinheiro.

Mas acho válida a proposta de filme de gênero no Brasil, e somando os prós e contras, diria que temos em cartaz um bom exemplo do que o cinema nacional pode conseguir se pensar um pouco fora da caixinha.

No fim do filme, um anúncio que teremos uma série do Doutrinador em 2019. Que mantenham a qualidade!

Venom

Crítica – Venom

Sinopse (imdb): Quando Eddie Brock adquire os poderes de um simbionte, ele terá que liberar seu alter-ego “Venom” para salvar sua vida.

Sabe quando tudo dá errado? Poizé…

Este Venom (idem, no original) já estava sendo criticado por fãs das HQs desde a produção, porque o Venom é intimamente ligado ao Homem Aranha – personagem que não está presente. Mas, quem costuma ler o heuvi, sabe que não dou muita bola para quadrinhos, então isso não era algo que me incomodava.

Quem dera esse fosse o maior problema…

Dirigido por Ruben Fleischer (Zombieland), Venom tem um roteiro muito mal construído. É difícil falar da enorme quantidade de tosqueiras presentes aqui sem entrar em spoilers, mas posso citar algumas coisas. Por exemplo, quando o Venom fala que sabe tudo o que está na cabeça do Eddie Brock, mas na cena seguinte pergunta quem é Annie. Ou várias pessoas mortas em um local público por “lâminas alienígenas”, mas sem nenhuma repercussão da polícia e/ou da mídia. Ou um laboratório super protegido que não tem câmeras de segurança. Ou um vidro super resistente por dentro, mas que quebra facilmente por fora. Ou uma sala de ressonância magnética que tem uma porta com um vidro tão resistente que consegue segurar uma criatura poderosa e super forte. Ou uma longa perseguição de carros com muita destruição por ruas movimentadas de uma grande cidade, onde não aparece um único carro de polícia. Ou…

Mas, acreditem, ainda não acabou. Por incrível que pareça, teve outra coisa no filme que me incomodou ainda mais do que essas falhas de roteiro. Foi a repentina mudança de personalidade do personagem título. Do nada, sem motivação. Naquele momento o filme, que já estava ruim, conseguiu piorar.

Se tem algo que se salva, Tom Hardy tem um bom timing pra comédia, e algumas cenas são divertidas. Muito pouco. Michelle Williams não atrapalha, mas tampouco ajuda. Riz Ahmed, por outro lado, faz um vilão bem fraco.

Segundo filme onde aparece o Venom, os dois são ruins. Uma ideia para os produtores: assistam os filmes do Deadpool. Todos. O ruim e depois os dois bons. Vejam o que deu certo, e repensem o Venom. Porque tem uma cena pós créditos com gancho para uma continuação. E, na boa, ninguém quer uma continuação tão ruim.

p.s.: Tem uma segunda cena pós créditos, no fim de tudo, com uma animação com o Homem Aranha, nada a ver com o filme do Venom. Deve ser um teaser para um próximo filme.

Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas

Crítica – Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas

Sinopse (imdb): O plano maníaco de um vilão para dominar o mundo atrapalha cinco super-heróis adolescentes que sonham com o estrelato de Hollywood.

A DC normalmente segue uma linha mais sóbria que a concorrente Marvel. Mas, com esse Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas, resolveu abraçar a galhofa. E o resultado é um dos desenhos mais divertidos do ano!

Baseado no desenho homônimo do Cartoon Network, Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas (Teen Titans Go! To the Movies, no original) não se leva a sério em momento algum, e traz inúmeras referências, tanto para leitores da DC, quanto para cinéfilos de um modo geral. O resultado é uma mistura de Aventura Lego com Deadpool – uma avalanche de piadas referenciais, usando o universo dos super heróis (incluindo várias citações à Marvel). O humor é quase sempre direcionado ao público infantil, mas os adultos que se aventurarem nos cinemas certamente vão se divertir.

O traço do desenho dirigido pela dupla Aaron Horvath e Michael Jelenic é simples, não é uma animação com gráficos perfeitos “padrão Disney / Pixar”, mas isso não deve incomodar ninguém, a proposta aqui nunca foi fazer um desenho realista. O ritmo às vezes dá uma bambeada, mas não é nada grave.

Vi a versão dublada (ótima dublagem, aliás), mas, vendo os créditos, fiquei curioso com o elenco original. Os cinco principais repetem as vozes do desenho do Cartoon, mas temos, entre as vozes novas, Kristen Bell, Will Arnett e Nicolas Cage (fazendo o Superman!).

Não sei como o fã sisudo de DC vai encarar este filme. Mas digo que o espectador que entrar na brincadeira vai se divertir como poucas vezes em um longa da DC.

p.s.: É DC, mas tem participação do Stan Lee! Dublado pelo próprio! Muito boa sacada. Mas, achei excessivo ele aparecer duas vezes…

p.s.2: Por uma feliz coincidência, coloquei meus filhos para verem De Volta Para o Futuro no último fim de semana. Legal, eles entenderam a referência – a citação é tão grande que chega a ter o tema do Alan Silvestri!

Homem-Formiga e a Vespa

Homem Formiga e VespaCrítica – Homem-Formiga e a Vespa

Sinopse (imdb) Enquanto Scott Lang se equilibra tanto como super-herói quanto como pai, Hope van Dyne e Hank Pym apresentam uma nova missão urgente que encontra o Homem-Formiga lutando ao lado da Vespa para descobrir segredos de seu passado.

Voltemos ao MCU!

Uma continuação de Homem-Formiga já era esperada. Mas a expectativa cresceu por este ser o primeiro filme depois de Guerra Infinita. Como será que os filmes se encaixariam?

Bem, “in Marvel we trust”. Sem entrar em spoilers, Homem-Formiga e a Vespa (Ant-Man and the Wasp no original) se insere perfeitamente no MCU. A única “má notícia” aqui é que o filme depende dos outros, quem quiser ver apenas esse pode ficar um pouco perdido.

Dirigido pelo mesmo Peyton Reed do filme anterior, Homem-Formiga e a Vespa tem a mesma pegada de ação misturada com comédia. As sequências de ação são excelentes, e o filme tem piadas muito boas (não à toa, Paul Rudd está no time de roteiristas).

Aliás, Paul Rudd é “o cara” aqui. Carismático e bom ator, consegue acertar o ponto exato entre o herói de ação e o cara engraçadinho. Do filme anterior, voltam aos sues papeis  Evangeline Lilly, Michael Douglas, Michael Peña, Bobby Cannavale e Judy Greer. Michelle Pfeiffer tem um papel importante, com pouco tempo de tela, mas seu papel deve crescer nos próximos filmes. Laurence Fishburne podia ter um papel melhor, vamos ver se ele volta. Também no elenco, Walton Goggins e Hannah John-Kamen.

Os efeitos especiais são excelentes, para surpresa de ninguém. Personagens aumentados ou diminuídos funcionam perfeitamente. Agora, o que me deixou boquiaberto foi o novo “rejuvenescimento por cgi”. Aparece a Michelle Pfeiffer nova!

Como já era de se esperar, são duas cenas pós créditos. Uma tem uma piadinha boba (vai ter gente saindo do cinema com raiva…), mas a outra tem um bom gancho para o próximo filme, que vai gerar teorias na cabeça dos fãs.

E que venha o filme da Capitã Marvel!

Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas

Professor MarstonProfessor Marston e as Mulheres-Maravilhas

Sinopse (imdb): A história do psicólogo William Moulton Marston e sua relação poliamorosa com sua esposa e sua amante, que inspirariam sua criação da super-heroína Mulher Maravilha.

Certas histórias pessoais são tão fascinantes que merecem ser contadas no cinema. William Moulton Marston foi o criador da Mulher Maravilha, inventor do detector de mentiras e vivia uma relação de bigamia com duas mulheres – isso nos anos 30 e 40!

A divulgação do filme escrito e dirigido por Angela Robinson vai querer pegar carona no sucesso de Mulher Maravilha. Mas o foco de Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas (Professor Marston and the Wonder Women, no original) é a vida incomum de William Moulton Marston – seu relacionamento com Elizabeth e Olive (que gerou quatro filhos, dois com cada uma), seu envolvimento com sadomasoquismo e sua briga contra as regras impostas pela sociedade.

Claro que o trio da vida real era bem diferente dos atores Luke Evans, Rebecca Hall e Bella Heathcote (no fim do filme vemos fotos do trio) – mas a gente entende a opção da produção de escolher rostos mais vendável. Também no elenco, Connie Britton e Oliver Platt.

Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas não é um grande filme, mas certamente vale o ingresso.

Deadpool 2

Deadpool2Crítica – Deadpool 2

Sinopse (imdb): O mercenário mutante boca suja Wade Wilson (AKA. Deadpool) reúne uma equipe de companheiros mutantes para proteger um jovem de habilidades sobrenaturais do brutal mutante viajante no tempo, Cable.

Quem mais estava aguardando outro filme do super herói mais zoador de todos?

Não escondo de ninguém que gostei muito do primeiro Deadpool, Gosto do conceito de um personagem politicamente incorreto, que sacaneia tudo e todos em volta, num filme cheio de referências à cultura pop. Só isso já é o suficiente pra me fazer querer ver o filme.

Pra vocês verem o quanto o filme é zoado, o imdb colocou uma “sinopse oficial” escrita pela própria Fox: “Depois de sobreviver a um ataque bovino quase fatal, um chef de lanchonete desfigurado (Wade Wilson) se esforça para realizar o sonho de se tornar o bartender mais quente de Mayberry, enquanto aprende a lidar com seu senso de paladar perdido. Buscando recuperar sua especiaria para a vida, bem como um capacitor de fluxo, Wade precisa lutar contra os ninjas, a Yakuza e um bando de caninos sexualmente agressivos, enquanto viaja pelo mundo para descobrir a importância da família, amizade e sabor. um novo gosto pela aventura e ganhar o cobiçado título de melhor amante do mundo.” Sim, isso está no imdb!

Como aconteceu no primeiro filme, Deadpool 2 (idem no original) segue esta onda. Alem de ter mais violência e sangue do que outros filmes de super heróis, temos muitas referências a outros filmes e elementos da cultura pop, e muito humor escrachado, incluindo humor grosseiro e ofensivo – a cena que cita Instinto Selvagem me lembrou Borat, no limite entre o muito engraçado e o muito grotesco. E, assim como no primeiro filme, também temos muita metalinguagem e quebras de quarta parede.

A quantidade de referências à cultura pop aqui é enorme. O filme não perdoa ninguém, cita personagens da Marvel e da DC, faz zoações em cima da carreira do próprio protagonista, cita filmes novos, filmes velhos, quadrinhos… Não chega ao nível de Jogador Nº 1, mas mesmo assim dava vontade de pausar o filme pra digerir tudo. Com certeza verei de novo.

A direção mudou, e quem assumiu foi David Leich, responsável por Atômica, um dos melhores filmes do ano passado. Atômica é um filme sério, com um excepcional trabalho de dublês. Leitch mostrou versatilidade, Deadpool 2 não mostra nem uma pequena fração daquela sisudez.

E assim o filme segue. Ritmo desenfreadao, piada atrás de piada, referência atrás de referência. Além disso, uma boa trilha sonora com músicas fora do óbvio e efeitos especiais bons o suficiente para o que o filme pede. Prato cheio pra quem gosta do gênero.

No elenco, Ryan Reynolds mostra que, assim como Hugh Jackman é “o” Wolverine, ele é “o” Deadpool. O cara está excelente, fica impossível imaginar outro ator no papel. Josh Brolin, ainda em cartaz como Thanos, também está ótimo. Morena Baccarin, Brianna Hildebrand e T.J. Miller voltam aos seus papéis, e ainda temos rápidas participações de Terry Crews, Bill Skarsgård e Brad Pitt – este último, numa cena tão rápida que quem piscar o olho perde. Zazie Beetz é o novo nome no elenco principal.

Por fim, claro, temos cenas pós créditos. Como no filme anterior, cenas engraçadíssimas, Pará entrar em listas de melhores cenas pós créditos da história.

Muito se fala das negociações entre o Marvel Studios e a Fox, sobre uma possível compra dos personagens – seria um jeito de trazer os X-Men e o Quarteto Fantástico para o MCU (Universo Cinematográfico da Marvel). Torço para que se um dia isso acontecer, que deixem o Deadpool de fora. Um herói assim nunca se encaixaria no MCU!

Vingadores: Guerra Infinita – COM SPOILERS!

Vingadores Guerra Infinita 2Vingadores: Guerra Infinita – COM SPOILERS!

A crítica convencional está aqui. Este segundo texto é porque quero comentar coisas spoilerentas, e não quero estragar o programa de ninguém.

Então, vamos aos avisos de spoilers!

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

Em primeiro lugar, precisamos reconhecer que Vingadores: Guerra Infinita é um filme corajoso. Muito se fala da mania ruim de não se matar personagens em filmes de super heróis. Claro, o personagem tem que voltar para a(s) continuação(ões). Isso gera uma previsibilidade chata.

Felizmente Vingadores: Guerra Infinita tomou outro caminho. Logo na primeira cena, temos a morte de dois personagens importantes, Heimdal e Loki. Sou fã do Loki, e mesmo assim bato palmas pela decisão de sacrificar um personagem para a história seguir em frente.

Essas não são as únicas mortes de personagens importantes, ainda tem a Gamora e o Visão. Esses são eventos dentro da narrativa do filme.

E aí temos aquele fim que deixou os fãs com o coração na boca, com a morte de vários heróis. Sobre isso, tenho dois comentários, um passional, outro racional. O passional é que fiquei muito triste pelo Groot, meu personagem favorito.

Agora, analisando friamente, por todo o plano da Marvel nos últimos dez anos, a gente podia acreditar que isso podia ser pra renovar o elenco. Mas isso se tivessem morrido outros personagens! Já tivemos o Homem de Ferro em oito filmes, e o Capitão América e o Thor em seis cada um. Mas eles ficaram vivos, enquanto personagens mais recentes no MCU se foram – como Pantera Negra e Homem Aranha (três filmes) e Doutor Estranho (dois filmes).

Como mataram os personagens “errados”, isso é quase uma certeza que os personagens vão voltar – e aí questiono aquele “corajoso” que falei no início início do texto. Não vou falar mal antes de ver o filme novo, mas posso dizer que isso desanimou um pouco. Vingadores: Guerra Infinita continua excelente, um dos melhores filmes de super heróis de todos os tempos – mas tô com o pé atrás para a continuação. Espero ser surpreendido positivamente…

Ah, só mais um comentário: o Thor é “o cara”!