O Justiceiro – Zona de Guerra

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O Justiceiro – Zona de Guerra

Mais um filme baseado em quadrinhos…

Sabe aquela lista “Chuck Norris Facts“, que rolou pela internet? Tipo, “antes do bicho papão dormir, ele checa o armário pra ver se o Chuck Norris tá lá”? Pois é, O Justiceiro é mais ou menos isso…

O Justiceiro é Frank Castle, um ex-policial que teve a família assassinada por bandidos. E depois disso resolveu sair por aí matando TODOS os marginais que encontra pela frente. Tipo assim, seguindo a linha “Dirty Harry encontra Jack Bauer”.

Esta já é a terceira adaptação cinematográfica para os quadrinhos do Justiceiro. A primeira, ainda nos anos 80, conta com Dolph Lundgren no papel principal. Sim, aquele nórdico que ficou famoso ao fazer Ivan Drago, o vilão soviético de Rocky IV, e em seguida fez um He-Man que os fãs querem esquecer. Não vi esta versão, mas sei que tem fama de ser uma das piores adaptações de quadrinhos para o cinema da história. Acho que não ganha, afinal, tem que concorrer com o Quarteto Fantástico do Roger Corman e com a Mulher Gato da Halle Berry. Mas tá lá, na briga…

Esse filme foi ignorado, e em 2004 fizeram uma nova versão, com um Thomas Jane “bombado”. Esta versão ficou legal, mas os fãs mais radicais reclamaram, porque o Justiceiro é mais violento do que o que foi mostrado.

Aí veio este terceiro filme com um terceiro ator. A princípio não gostei da troca, porque acho que o Thomas Jane mandou bem no anterior. Mas tenho que reconhecer que Ray Stevenson, o Titus Pullo da série Roma, está ótimo pro que o papel pede: um cara sério, grande e com cara de mau. E o filme pode ser considerado uma continuação, e não uma refilmagem.

Outra coisa legal no filme é o vilão Jigsaw (nas legendas foi traduzido como Retalho), interpretado por Dominic West, o guitarrista da banda Steel Dragon de Rock Star.

Ok, às vezes algumas situações do filme ficam um pouco forçadas, como por exemplo a saída de Jigsaw da cadeia. Mas  não adianta alguém vir falar que o filme é exagerado, porque é claro que é exagerado! O Justiceiro parece aqueles mocinhos de faroeste antigo, que acerta vários tiros ao mesmo tempo sem levar nenhum!

Ou seja, se você gosta de explosões, sangue e mortes, muitas mortes, e não dá muita bola pra coisas inverossímeis, divirta-se!

The Spirit

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The Spirit

Algumas pessoas conseguem uma boa desenvoltura em diferentes artes. Outras não. O músico Rob Zombie se revelou um excelente diretor de cinema (Rejeitados pelo Diabo, Halloween); por outro lado, o badalado Caetano Veloso dirigiu um filme nos anos 80 e hoje em dia quer que todos esqueçam aquela bomba, de tão ruim que é…

Frank Miller, infelizmente, está no grupo dos que não deveriam se aventurar em outra arte…

Frank Miller é um quadrinista conceituadíssimo. Dentre suas obras, estão as famosas graphic novels 300 e Sin City (por coincidência, 2 bons exemplos de boas adaptações cinematográficas de quadrinhos), além do cultuadíssimo O Cavaleiro das Trevas . Aí, em 1990, resolveu responder ao canto da sereia hollywoodiana e escreveu o roteiro ruim de Robocop 2, e depois o roteiro pior ainda de Robocop 3.

Traumatizado com Hollywood, ele declarou que nunca mais ia trabalhar com cinema. Até que Robert Rodriguez o convenceu que era possível transformar Sin City em um filme. Rodriguez e Miller assinam juntos a direção do fantástico Sin City.

Aí Miller resolveu andar sozinho de novo em Hollywood. E fez esse The Spirit, baseado nos clássicos quadrinhos de Will Eisner. The Spirit conta a história do ex-policial e galã Denny Colt, que voltou à vida depois de morto, e agora age como um quase super-herói.

Bem, infelizmente não funciona. E sabe por que? Porque o filme não se decide entre a farsa e o filme sério. Hoje em dia estamos acostumados a ver super-heróis mais humanizados, dentro de contextos mais reais. E enquanto The Spirit tem um pouco disso,  acontecem cenas onde é tudo tão escrachado e tão exagerado que parece um desenho animado. A primeira luta entre o Spirit e o vilão Octopus (Samuel L Jackson) é tão ridícula que se caísse uma bigorna na cabeça de um deles talvez a gente achasse normal…

300 foi escrito por Frank Miller, mas filmado por Zack Snyder; Sin City foi dirigido por Miller, mas com Robert Rodriguez ao seu lado. Sozinho, Miller não conseguiu encontrar o tom certo para o seu filme. Tudo é caricato demais, às vezes parece um filme dos Trapalhões…

Apesar disso, nem tudo se perde no filme. O visual é bem legal, com vários efeitos de computador bem colocados. As cores são saturadas, exageradas como numa história em quadrinhos, muito branco e preto com detalhes vermelhos – inclusive, nos cinemas as legendas são amarelas, se fossem brancas muito ia se perder!

Outra coisa digna de nota é o elenco feminino. Eva Mendes, Scarlett Johansson, Sarah Paulson, Paz Vega, Jaime King e Stana Katic, cada uma mais bonita que a outra. Nisso Miller acertou!

O fim do filme indica que teremos continuações. Tomara que da próxima vez consigam um diretor com talento pra cinema!

Watchmen

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Watchmen

Tenho muitos amigos nerds. E a maioria está alvoraçada com a estréia de Watchmen, o novo filme de Zack Snyder, diretor da refilmagem de Madrugada dos Mortos e de 300.

Ah, sim, pros nerds, de um modo geral, antes de ser um filme do Snyder, é a adaptação da “melhor graphic novel da história”. Mas isso heu coloco entre aspas, porque não li os quadrinhos, então não posso opinar. Fui ao cinema apenas pra ver um filme. E não é que vi um bom filme?

A história se passa em 1985. Numa realidade alternativa, Nixon é o presidente pela terceira vez, e uma guerra nuclear com a União Soviética é iminente. Foi criada uma lei que proíbe super-heróis mascarados, jogando os “mocinhos” para a marginalidade. E, aos poucos, através de flashbacks, vamos conhecendo melhor a história desses mascarados.

A grande preocupação dos fãs é que essa era uma história considerada “infilmável”. Desde 1987 tem gente em Hollywood tentando trabalhar em uma adaptação!

Terry Gilliam, o ex-Monty Python que virou um diretor legal (Brazil, o Filme, 12 Macacos, tentou, ainda em 87, fazer uma adaptação. Aliás, já tinha elenco:  Robin Williams como Rorschach, Jamie Lee Curtis como Espectral, Gary Busey como Comediante e, pro papel de Coruja, estavam no páreo Richard Gere e Kevin Costner. Mas acabou desistindo, porque achou que não funcionaria como um único filme de longa metragem, e sim como minissérie de 5 horas…

E aí fica a grande dúvida: Zack Snyder conseguiu?

Bem, como não li os quadrinhos, não posso comparar como adaptação. Mas como filme posso dizer que ficou bem legal! Um filme baseado em super-heróis mais adulto, bem diferente do que se tem visto por aí, como os dois “hits baseados em quadrinhos” do ano passado, Batman e Homem de Ferro.

Quase tudo no filme funciona muito bem. O visual é impressionante, aliás, como era de se esperar. A trilha sonora, com trechos de hits oitentistas, é muito boa. O elenco é todo de semi-desconhecidos, como Jeffrey Dean Morgan, que faz um comediante sarcástico na dose certa, ou Jackie Earle Haley, que transpira ódio com seu Roschach. E a Espectral de Malin Akerman ainda vai fazer muito adolescente perder o sono, mais ou menos como um certo biquini dourado nos anos 80… Completam o time de mascarados Patrick Wilson como Coruja (não sei se de propósito, mas heu achei meio parecido com o Batman, tanto na roupa quanto no estilo “menino rico cheio de brinquedos caros”), Billy Crudup como dr Manhattan e Mathew Goode como Ozymandias.

E por que o “quase” do parágrafo acima? É que a história fica um pouco confusa às vezes, e o ritmo é um pouco lento. E, em 2 horas e 40 minutos, só explicaram o porque do superpoder do dr. Manhattan. Em tempos de X-Men e Heroes, heu esperava pelo menos saber um pouco mais sobre o motivo dos outros serem heróis…

Mesmo assim, vale o ingresso do cinema. Sim, cinema, este filme é pra ser visto em tela grande. Sabe aquelas brigas em câmera lenta de 300? Pois é, agora imagine dois mascarados enfrentando dezenas de presidiários numa rebelião…

300

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300

Todo mundo que me lê aqui sabe que heu não entendo nada de quadrinhos. Meu negócio é cinema. Se vou ver um filme baseado em quadrinhos, pouco me importa se a é uma boa adaptação – quero saber se o filme em si é bom! Bem, parece que de um tempo pra cá, Hollywood descobriu como se faz adaptações de quadrinhos: foram vários bons filmes oriundos de hqs.

Este 300 é um bom exemplo: é uma adaptação da graphic novel homônima de Frank Miller, e além disso é um filmaço! E dei uma folheada na graphic novel de onde saiu, e realmente parece que as páginas estão nas telas!

O filme conta a história de um exército de 300 espartanos que encarou um exército de cem mil persas. Não existem registros históricos pra sabermos o número exato, mas sabemos que foi por aí – poucos espartanos peitando muitos persas.

E o que diferencia esse filmes de tantos outros por aí? O diretor Zack Snider (que antes fez a refilmagem de Madrugada dos Mortos e este ano lançará Watchmen) criou um visual poucas vezes visto nas telas, com seus cenários digitais e cores alteradas, muito parecido com a graphic novel. E, o mais importante: as lutas coreografadas são em câmera lenta, com pausas em alguns golpes. Vemos tudo, com uma clareza nunca antes vista em filmes de ação. Partes de corpos decepadas, sangue, muito sangue, tá tudo lá, na cara do espectador!

No elenco, ao lado de Gerard Butler, Lena Headey e Dominic West, uma atração à parte para a plateia brasileira: quem interpreta Xerxes, o rei da Pérsia, é o “nosso” Rodrigo Santoro!

Na época que este filme foi lançado, teve gente dizendo que se tratava de um filme gay, pela quantidade de “homens seminus de barriga de tanquinho”. Que nada! Considero este um “filme testosterona”, na linha de Clube da Luta. Filme pra macho.

Batman – O Cavaleiro das Trevas

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Batman – O Cavaleiro das Trevas

Acho que este foi o filme mais falado do ano passado… É um filme que consegue agradar a todos: aos fãs de quadrinhos, aos fãs de filmes de ação, e aos fãs do bom cinema independente do estilo. Então, o que falar agora, já que todos falaram por aí?

Sim, a atuação do Heath Ledger é impressionante, assim como Aaron Eckhardt e Gary Oldman (como sempre) mandam bem. Sim, as sequências de ação são de tirar o fôlego – nem parece que são duas horas e meia de filme.

Gotham City está um caos: enquanto o crime organizado tenta destruir Batman, anônimos vestem fantasias e tentam combater o crime por conta própria. Ao mesmo tempo, surge um “Cavaleiro Branco”, o promotor Harvey Dent, um homem íntegro e que, diferente do Batman, mostra a cara. E aí surge o melhor vilão dos últimos tempos: o Coringa.

O Coringa de Ledger é genial. Deve até ganhar o Oscar póstumo domingo que vem. Mas independente disso, é genial. O jeito de andar, de falar, a ironia, a loucura, mostram que o único objetivo deste coringa é criar o caos. Desculpe, Jack Nicholson, um “garoto” te passou pra trás…

Outra coisa boa de se ressaltar é a quantidade de efeitos especiais que “estão lá” – usa-se pouco CGI, as explosões são verdadeiras, as perseguições de carro também. Numa época onde tudo é feito no computador, bola dentro para Christopher Nolan e seu “filme-sem-cara-de-computador”.

Não gostei da Maggie Gyllenhaal no lugar da Katie Holmes. Ela é boa atriz, mas acho que a franquia merecia uma atriz mais bonita (afinal, já tivemos até Nicole Kidman e Michelle Pfeiffer!). Mesmo assim, ela funciona, assim como todo o elenco.

Enfim, um forte candidato a ser lembrado sempre como “um dos melhores filmes de super-heróis”, como é o caso do Superman de 1978…

O Incrível Hulk

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O Incrível Hulk

Mais um filme de super-heróis! Temos tido muitos, né? Pelo menos agora eles têm uma coerência entre si e gente com talento e dinheiro por trás deles, coisa que raramente acontecia algumas décadas atrás…

Mas heu, que não saco nada de quadrinhos, tenho uma dúvida básica com relação ao Hulk: por que ele é um super-herói? Ele é um cara que sofreu uma mutação, e quando se transforma, simplesmente quebra tudo em volta. Isso é ser herói? Não me parece ter a mesma lógica de um Homem Aranha ou um Super Homem. Vou pesquisar sobre isso…

Bem, devido ao fracasso comercial do outro Hulk de alguns anos atrás, dirigido pelo Ang Lee e estrelado pelo Eric Bana, esse novo Hulk simplesmente ignora a existência daquele. Temos um pequeno flashback pra nos situar sobre quem é Bruce Banner, e vamos direto para a favela da Rocinha, Rio de Janeiro, onde o filme começa – as tomadas aéreas parecem ser realmente na Rocinha, mas as cenas com os atores gringos (Edward Norton, Tim Roth, William Hurt e mais uns de menor importância) foram filmadas na Tavares Bastos, no Catete. Não, Liv Tyler não esteve no Rio pra essas filmagens… 🙁

A partir daí seguimos Bruce Banner, cientista que teve sua estrutura molecular alterada por raios gama, que procura a cura para a sua situação enquanto foge do exército americano, que o querem transformar numa arma militar.

O filme funciona bem: os quatros atores principais fazem esses papéis com os pés nas costas; o diretor francês Louis Leterrier – da série Carga Explosiva – não compromete; os efeitos são competentes; o roteiro não nos chama de burros… Bom programa pra quem gosta de filmes baseados em quadrinhos!

Alguns detalhes interessantes: pra quem gosta de aparições cameo, além do óbvio Stan Lee (que gosta de aparecer em todos os filmes baseados em quadrinhos seus) como o velhinho que toma um refrigerante contaminado, temos Lou Ferrigno – o Hulk dos seriados – como o segurança do prédio que é “subornado” com a pizza. E, no fim do filme, Robert Downey Jr volta como Tony Stark, o Homem de Ferro…

Homem de Ferro

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Homem de Ferro

Antes de tudo, preciso explicar que não curto quadrinhos de super-heróis. Quadrinho pra mim tem que ser engraçado. Disney (de preferência Carl Barks), Calvin & Haroldo, Piratas do Tietê, Asterix, coisas assim são bem-vindas no universo helveciano.

Outra coisa: pra mim, homem de ferro era um desenho “desanimado”, uns desenhos que passavam muitos anos atrás, que tinham uma animação tosquíssima, que por isso mesmo não estavam na minha preferência – heu ficava com os Disney, Warner, Tom & Jerry, Hannah Barbera, etc.

Dito tudo isso, afirmo que a adaptação cinematográfica dos quadrinhos do Homem de Ferro é muito boa!

Tony Stark é um magnata da indústria bélica que um dia se toca que suas armas não trazem o bem para as pessoas, e então resolve fazer uma armadura e vira um super-herói que combate os fracos.

A história é simples, porque com certeza veremos mais vezes o Homem de Ferro nas telas…

E o que diferencia esse filme de outros filmes recentes baseados em quadrinhos? Um dos pontos altos é o elenco. Robert Downey Jr está ótimo como o quarentão beberrão Tony Stark, e um quase irreconhecível Jeff Bridges faz um vilão perfeito. Isso sem contar com Gwyneth Paltrow como a super-secretária de Stark!

O diretor John Favreau também manda bem, apesar de ser seu primeiro blockbuster (ele também fez Zathura, mas a repercussão era bem menor). Aliás, ele também aparece nas telas, como o motorista de Stark. Além dele, também vemos Hillary Swank num papel minúsculo (ao lado de Stark, na mesa de dados no cassimo) e o próprio Stan Lee (autor dos quadrinhos) na entrada de uma festa.

E, claro, não saia do cinema antes dos fins dos créditos: Samuel L Jackson aparece como Nick Fury, quase para fazer propaganda de uma nova franquia que contará com o Homem de Ferro!

Gatão de Meia Idade

Gatão de Meia Idade

Mais um filme nacional… E mais uma decepção…

O Gatão de Meia Idade é um personagem criado pelo quadrinista Miguel Paiva, que aparece em pequenas histórias de até um quadrinho. As historinhas são legais, divertidas. Mas o filme não soube transpor para as telas o charme dos quadrinhos…

Claudio (Alexandre Borges), o Gatão de Meia Idade, é um quarentão carioca, que vive entre antigas e novas namoradas. è pai de uma adolescente, Duda; e sua ex-mulher e mãe da Duda (Julia Lemmertz) diz que vai se mudar pra Miami com o namorado milionário e levar a filha junto.

Gosto do Alexandre Borges, e gosto do Gatão nas tirinhas do jornal. Mas o problema aqui foi o roteiro. Isso é um filme! Não adianta pegar várias historinhas curtas, sem qualquer nexo entre elas, e juntá-las de qualquer maneira!

O filme fica sem ritmo e sem coerência. Pena, porque é um filme simpático…

Meu Nome É Modesty Blaise

Meu Nome É Modesty Blaise

Quem não se lembra de John Travolta no banheiro do restaurante, em Pulp Fiction, lendo uma revista em quadrinhos da Modesty Blaise? Aí, anos depois, aparece um dvd com “Quentin Tarantino apresenta Meu nome é Modesty Blaise” escrito na capa. Animador, né?

Nada. Mais uma decepção.

Em primeiro lugar, preciso falar que não conheço os quadrinhos. Então não posso julgar o quanto está fiel ou não. Mas sei que Modesty Blaise é uma espiã, uma espécie de versão feminina do agente secreto 007. Então esperamos um filme nesta linha, certo? Meio Missão Impossível, meio 007, com um toque de Lara Croft…

Nada disso. Na verdade, o filme é um grande prólogo. Modesty Blaise trabalha num cassino, que é assaltado. O líder dos bandidos passa quase o filme todo conversando com Modesty. Conhecemos o seu passado, quem é ela e como chegou onde está. E só. Ou seja, vemos um prólogo, para uma série de filmes ou de tv que aparentemente nunca virá…

Tarantino? Está como produtor executivo, só colocaram o nome dele pra vender o filme. Mais ou menos como em O Albergue.

A única coisa boa do filme é a duração, menos de uma hora e 20. Pelo menos não é longo demais. Mas, mesmo assim, pode ser sonolento. Deve agradar aos fãs de Modesty Blaise, e só.

Hellboy

Hellboy

Hellboy 2 tá vindo aí, já rolam traileres bem legais, já estreou lá fora… Inclusive, dá uma coceira de ir ao torrent pra baixar! Mas não, esse filme vale esperar pra ver na tela grande!

Enquanto o 2 não vem, aproveitei pra rever o primeiro…

Este poderia ser “mais um filme baseado em quadrinhos”, e desta vez um quadrinho menos conhecido… Mas não, o projeto foi tocado pelo sempre eficiente Guillermo del Toro (que depois desse fez O Labirinto do Fauno). Gosto de diretores estrangeiros trabalhando em Hollywood: eles têm o dinheiro necessário para uma grande produção mas às vezes não caem no óbvio…

É o caso aqui. Ron Perlman faz um herói diferente: na verdade ele é uma espécie de diabo que veio de outra dimensão, ainda filhote, e cresceu escondido num laboratório do FBI, criado como filho adotivo pelo cientista que o descobriu, Trevor Broom (John Hurt).

O que é diferente do óbvio? Hellboy é politicamente incorreto! Fuma charuto, come quantidades absurdas de comida, desrespeita ordens – chega a quebrar as paredes do laboratório para ir atrás de sua amada Liz (Selma Blair)!

Boa “diversão descerebrada com um pouco de cérebro”!