1972

1972

Sabe quando a gente nutre uma enorme simpatia por um projeto, mas mesmo assim, o resultado decepciona? É o caso aqui, neste filme lançado em 2006.

Rio de Janeiro, 1972. Snoopy (Rafael Rocha) e Júlia (Dandara Guerra) se conhecem e vivem uma turbulenta paixão, pontuada pelo amor que amboes têm por rock’n’roll e tendo a ditadura militar como pano de fundo.

Pra começar, sou fã dos anos 70. Olho com bons olhos qualquer filme ambientado nesta época. E tem mais: o filme foi co-escrito pela jornalista Ana Maria Bahiana, provavelmente a melhor jornalista brasileira sobre cinema – lembro que, anos atrás, ela tinha uma coluna semanal sobre Hollywood no Segundo Caderno d’O Globo, e heu colecionava a coluna!

Alguém que entende pra caramba de cinema, fazendo um filme sobre um assunto que me interessa, esse é daqueles que viro fã antes de ver o resultado… Pena que o tal resultado ficou muito aquém do que poderia…

É o filme de estreia do também jornalista José Emílio Rondeau, marido de Ana Maria e também autor do roteiro. Sem experiência na direção, ele chamou atores também novatos para os papeis principais. E aí ficou assim: diretor inexperiente trabalhando com atores inexperientes em cima de um roteiro também inexperiente…

Os atores são fracos, só alguns coadjuvantes se salvam no elenco (como Tony Tornado e Lúcio Mauro Filho), e alguns diálogos são tão constrangedores que dá vontade de desistir e assistir um filme melhor. Acho que a inexperiência falou mais alto…

Sobre o casal principal, o único comentário que faço é que Dandara Guerra é a cara da mãe, Cláudia Ohana. Mas, pelo menos por este filme, parece que ela não herdou o talento da mãe… Ainda no elenco, os novatos Bem Gil, Fábio Azevedo e Débora Lamm, apoiados pelos experientes Tony Tornado, Lúcio Mauro Filho, Louise Cardoso e Elizângela.

O roteiro ainda falha na recriação rasa da ambientação política da ditadura. Para isso, o filme O Ano em que meus Pais Saíram de Férias, lançado no mesmo ano, funcionou muito melhor.

Em defesa do filme, podemos dizer que é uma simpática história de amor ambientada no Rio de Janeiro dos anos 70, com direito ao famoso pier de Ipanema. E a trilha sonora traz um monte de boas músicas nacionais da época. Mas é pouco, muito pouco. Infelizmente…

Coração Louco

Coração Louco

Atrasado, mas vi Coração Louco, o filme que deu o Oscar em 2009 para o grande Jeff Bridges!

Com 57 anos, o cantor de country Bad Blake vive à sombra do próprio passado, tocando em buracos quase sempre indignos do seu talento, acompanhado de muito cigarro e muito álcool. O orgulho o impede de se aproximar de Tommy Sweet, um cantor mais novo que no passado foi seu pupilo, e hoje goza de grande fama e prestígio. Apesar de vários casamentos frustrados, Bad ainda faz uma nova tentativa com a jovem jornalista Jean.

Jeff Bridges está ótimo, como sempre. Admito que sou fã do cara, caramba, ele é o Dude Lebowski! E não só isso, é só olhar o currículo dele pra virar fã: Tron, Starman, O Pescador de Ilusões… Ele estava até em Homem de Ferro! Confesso que Bad Blake não é o meu personagem preferido de sua carreira recente – ele merecia um prêmio por Os Homens Que Encaravam Cabras, isso sim! Mas pelo menos o Oscar foi para a pessoa certa.

O resto do elenco também está ok. Colin Farrell, sei lá por que, não está nos créditos principais, mas tem um dos principais papeis como Tommy Sweet. E Maggie Gyllenhaal, feinha mas simpaticíssima, está perfeita como Jean, a mulher que sabe que precisa manter distância do homem que ama. E ainda tem Robert Duvall num papel pequeno.

Preciso falar da parte musical. Por um lado, é legal ver Bridges e Farrell cantando e tocando, gosto muito quando os atores “colocam a mão na massa” e conseguimos vê-los cantando e tocando (confira nos créditos: eles não foram dublados!). Mas, por outro lado, não sou chegado em música country… Mesmo assim, reconheço o bom trabalho – e não estou sozinho, a Academia deu à canção “The Weary Kind” o outro Oscar de Coração Louco.

Coração Louco é o filme de estreia do diretor Scott Cooper, que também escreveu o roteiro. O filme é interessante, mas é o tipo de filme que não tem muito como ser criativo. É aquilo, cantor veterano tem problemas com álcool, com mulheres, com ego… e depois tem problemas com álcool, com mulheres, com ego… Não sou muito fã do estilo, então não virei fã do filme. Mas é sempre um prazer ver Jeff Bridges atuando bem!

Hedwig – Rock, Amor e Traição

Hedwig – Rock, Amor e Traição

Hansel é um jovem que mora em Berlim Oriental, mas sonha com o rock ocidental. Até que conhece um militar americano que promete levá-lo para os Estados Unidos. Mas, antes disso, para poder se casar, Hansel precisa fazer uma cirurgia de troca de sexo e virar Hedwig. A cirurgia não dá certo, deixando Hedwig com um órgão sexual do tamanho de uma polegada (a “angry inch” do título original), mas mesmo assim ela consegue ir para os EUA. Lá, abandonada pelo seu marido militar, ela conhece o jovem Tommy Gnosis, a quem ensina tudo sobre amor e sobre rock. Quando suas músicas começam a fazer sucesso, Tommy as rouba e abandona Hedwig, que, agora, faz shows em pequenos restaurantes e bares com a sua própria banda.

Hedwig – Rock, Amor e Traição (Hedwing And The Angry Inch, no original) é a adaptação de um musical de sucesso na off-Broadway, onde ficou dois anos em cartaz. Mas o filme tem um problema grave: seu protagonista. O ator / autor / diretor James Cameron Mitchel fez tudo, e ficou parecendo uma grande egotrip.Talvez fosse melhor ele entregar a direção e / ou o roteiro para outra pessoa. Pra piorar, o seu Hedwig tem carisma zero, é um personagem super antipático. Fica difícil gostar de um filme assim.

Pena, porque a parte musical é ótima. A trilha sonora composta por Stephen Trask (que faz Skszp, um dos membros da banda) tem várias músicas muito boas, e alguns números musicais são bem criativos.

No elenco, um nome desponta, Michael Pitt, que faz o jovem Tommy Gnosis, e que depois disso fez Os Sonhadores, Last Days, a refilmagem de Violência Gratuita e hoje está na série da HBO Bordwalk Empire. O resto do elenco era desconhecido e continua até hoje assim.

Há pouco estreou uma versão brasileira nos teatros cariocas, dirigida por Evandro Mesquita. Pretendo ver qualé…

A Vida Até Parece Uma Festa

A Vida Até Parece Uma Festa

Documentário sobre banda paulista Titãs, um dos maiores nomes do rock nacional dos anos 80, escrito e dirigido pelo vocalista Branco Mello e por Oscar Rodrigues Alves. Sem se preocupar com narração nem com ordem cronológica, o filme mostra vários momentos importantes da carreira da banda.

Como coleção de imagens, o filme é um deleite para os fãs. São inúmeras gravações de todas as fases da banda. Arquivos de tv, gravações pessoais, trechos de shows, bastidores de estúdio, descontração nas viagens… Branco Mello, Tony Bellotto, Charles Gavin, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Nando Reis, Marcelo Fromer e Arnaldo Antunes estão bem à vontade, e em várias épocas diferentes – vale lembrar que a banda surgiu em 1981 e está aí até hoje!

Mas como documentário, é fraco. A opção de não usar uma linha narrativa enfraquece momentos importantes. Por exemplo: André Jung, primeiro baterista da banda, trocou de lugar com Charles Gavin, então no Ira!. Isso é citado rapidamente por Charles, de maneira casual. O mesmo acontece com a participação de Ciro Pessoa (o “nono Titã”), com a prisão de membros da banda por envolvimento com heroína e com a saída de Arnaldo da banda – a saída de Nando e a morte de Frommer estão mais bem documentadas. Quem conhece a história dos Titãs conhece tudo isso, mas, e os que não conhecem?

Tem outro problema, este de ordem técnica – o volume das músicas está muito mais alto que os diálogos. Poxa, as músicas a gente já conhece. Os diálogos é que são novidade!

Mesmo assim, A Vida Até Parece Uma Festa é obrigatório para os fãs do Rock BR. O filme traz algumas cenas bem interessantes, como a apresentação do seminal Trio Mamão e as Mamonetes (com Branco Mello, Marcelo Fromer e Tony Bellotto) num programa de tv, onde Wilson Simonal era jurado. Gostei também do momento embaraçoso, quando o produtor Liminha dá uma grande bronca em Charles durante uma gravação. Quer dizer, gostei de ver, mas não queria estar presente…

Rush – Beyond The Lighted Stage

Rush – Beyond The Lighted Stage

Acho que o Festival do Rio resolveu “pegar carona” no show da banda canadense Rush que vai acontecer na Apoteose no próximo domingo, e programou este documentário Rush – Beyond The Lighted Stage, que já está à venda em dvd em lojas brasileiras…

O documentário mostra desde a infância dos integrantes em Toronto até os dias de hoje, passando pelo lançamento de seus álbuns mais marcantes, altos e baixos na carreira, mudanças na sonoridade da banda e até um problema pessoal de um dos membros que quase causou o fim da banda.

O fenômeno do duradouro sucesso da banda e sua carreira de 40 anos são explorados através de imagens de arquivo inéditas e entrevistas com artistas como Gene Simmons (Kiss), Sebastian Bach (Skid Row), Kirk Hammett (Metallica), Trent Reznor (Nine Inch Nails), Mike Portnoy (Dream Theater), Billy Corgan (Smashing Pumpkins), Zakk Wylde (Black Label Society), Les Claypool (Primus) e Jack Black (ator, mas aqui representando a banda Tenacious D).

Como já falei aqui antes, o meu interesse em um documentário está diretamente ligado ao interesse no objeto do documentário. E desta vez gostei da escolha do tema. A história da banda Rush é um bom assunto.

O Rush é uma banda peculiar: apesar de nunca ter conseguido sucesso de crítica e nunca ter tocado nas rádios, tem uma enorme legião de fiéis fãs – por exemplo, quando toca por aqui, tem público para lotar estádios (em 2002, tocaram no Maracanã).

O Rush tem outra forte característica: seu som não tem um estilo facilmente identificável, não se encaixam em nenhum rótulo – eles ficam em algum lugar entre o hard rock setentista e o progressivo. Isso porque não estou falando das peculiaridades de dois dos membros: Geddy Lee não só é um excelente baixista como também canta e toca teclados – ao mesmo tempo! E Neil Peart figura em toda e qualquer lista de melhores bateristas da história (Alex Lifeson é “apenas” um excelente guitarrista).

Estas características e outras são bem retratadas pelos documentaristas Scot McFadyen e Sam Dunn, realizadores de Metal – Uma Jornada pelo Mundo do Heavy Metal, e Iron Maiden: Flight 666.

Bom documentário. Boa opção para o “esquenta” antes do show de domingo!

O Garoto de Liverpool

O Garoto de Liverpool

Um filme mostrando a adolescência de John Lennon? Ok, vamos ver.

Aos 15 anos, John é um adolescente normal, inteligente e rebelde, que vive desde os cinco anos de idade com a rígida tia Mimi. Um dia, se reencontra com sua mãe, que tem um estilo de vida completamente diferente da tia, o que gera um certo atrito na família.

Um aviso aos beatlemaníacos: este filme não é sobre os Beatles! Vemos o primeiro encontro de John Lennon com Paul McCartney e, pouco depois, com George Harrison. E o filme termina com John se despedindo da tia porque estão indo para a Alemanha, tocar com “aquela outra banda”. Mas o nome Beatles sequer é citado!

Apesar do fundo musical, o principal foco de O Garoto de Liverpool (Nowhere Boy no original), longa de estreia da diretora inglesa Sam Taylor-Wood, é nas conturbadas relações entre John Lennon, sua mãe e sua tia.

Ainda assim, a parte musical é bem legal. Lennon, então com 15 anos, aprende a tocar banjo, muda para o violão e monta, com colegas da escola, a banda The Quarrymen, através da qual conhece Paul e George. E o resto é história da música pop…

Lennon é interpretado por Aaron Johnson, o protagonista de Kick-Ass. Ele faz um bom trabalho, mas acho que poderiam ter usado um ator mais parecido com o músico. Aliás, defeito igual acontece com Paul e George. Custava eles terem feito como em Backbeat? Lembro que o ator Ian Hart foi chamado para o filme devido à sua semelhança com Lennon! Já Kristin Scott Thomas e Ann-Marie Duff, respectivamente a tia e a mãe, estão ótimas.

Bom filme. Só não sei se beatlemaníacos vão gostar…

The Wonders – O Sonho Não Acabou

The Wonders – O Sonho Não Acabou

Tom Hanks ganhou dois Oscars de melhor ator seguidos, em 93 por Filadélfia e em 94 por Forrest Gump. Com moral alta, ele resolveu tocar um projeto pessoal, e escreveu e dirigiu este simpático e despretensioso The Wonders – O Sonho Não Acabou, lançado em 96.

The Wonders – O Sonho Não Acabou fala sobre uma banda “one hit wonder”. Conhece esta expressão? É aquela banda que teve um único sucesso – todo mundo conhece a música, mas ninguém conhece o resto do trabalho… A banda The Wonders teve um grande sucesso, a música “That Thing You Do”, mas depois a banda acabou e nunca mais ninguém ouviu falar deles. O filme mostra o início da banda, a ascenção meteórica e o melancólico fim.

A banda é fictícia, claro. Mas o filme é tão bem feito que tem gente que realmente acredita que eles existiram. Aliás, a excelente música “That Thing You Do” é tocada até hoje em festas na noite carioca!

O filme é muito legal. Como disse lá em cima, o clima é despretensioso, Tom Hanks não se preocupou em fazer um “grande filme”. Apenas contou uma boa história, de um jeito delicioso.

O elenco é liderado pelo estreante Tom Everett Scott, parecidíssimo com Hanks mais novo. Ele é o baterista que é convidado de repente pra entrar na banda, já que o baterista original (Giovanni Ribisi) quebrou o braço. Ainda no elenco, Jonathon Schaech e Steve Zahn. Liv Tyler e Charlize Theron, ainda no início de suas carreiras, têm os principais papéis femininos. O próprio Hanks tem um pequeno e importante papel, e sua esposa Rita Wilson faz uma ponta.

Leve e despretensioso. E um dos melhores filmes sobre bandas que têm por aí. Ele está até no meu Top 10 de melhores filmes de rock!

Cadillac Records

Cadillac Records

Uma cinebiografia da Chess Records, a gravadora que lançou nomes como Muddy Waters, Chuck Berry, Etta James e Howlin’ Wolf? Tem tudo pra dar certo!

Em 1947, Leonard Chess (Adrien Brody) abre um estúdio de gravação só para artistas negros, como Muddy Waters (Jeffrey Wright) e Little Walter (Columbus Short), e cuida deles como se fossem uma grande família. Pouco depois, Chuck Berry (Mos Def) praticamente inventa o rock’n’roll dentro de seu estúdio.

Infelizmente, o desenvolvimento do filme não flui bem. Os eventos são jogados na trama, senti falta de uma linha temporal mais bem definida. Por exemplo, os Rolling Stones aparecem do nada e desaparecem da mesma forma. E o mesmo acontece várias outras vezes ao longo do filme.

Depois descobri outro problema, que não tem a ver exatamente com o filme em si, mas com a História. Li pela internet que vários dos fatos estão incorretos. Leonard não estava sozinho, a gravadora foi fundada ao lado de seu irmão; Muddy Waters já tinha gravado antes da Chess Records; Leonard nunca se envolveu romanticamente com Etta James; etc. Isso sem contar com alguns nomes importantes deixados de lado, como Bo Didley!

Apesar dissol gostei muito das atuações. Adrien Brody, como sempre, manda bem. Jeffrey Wright, eterno coadjuvante, brilha como protagonista no papel de Muddy Waters. Beyoncé Knowles não só interpreta Etta James como ainda regravou suas músicas. Mos Def rouba a cenacom um Chuck Berry perfeito. E Columbus Short também está ótimo como o explosivo Little Walter. E ainda tem Cedric the Entertainer como Willie Dixon e Eamonn Walker como Howlin’ Wolf. O elenco realmente estava inspirado!

Apesar dos problemas, Cadillac Records é um bom programa para os apreciadores de música negra dos anos 50.

Top 10: Melhores Filmes de Rock

Top 10: Melhores Filmes de Rock

Hoje, dia 13 de julho, é dia do rock – o que quer que isso signifique… E, em homenagem a tão importante data (será que é importante mesmo?), resolvi postar aqui o meu Top 10 de melhores filmes de rock.

Como sempre, visitem os outros Top 10 daqui do aqui do blog: filmes de zumbi, filmes com nomes esquisitos, filmes sem sentido, personagens nerds, estilos dos anos 80, melhores vômitos, melhores cenas depois dos créditos, melhores finais surpreendentes, melhores cenas de massacre, filmes dos ano 80 e 90 nunca lançados em dvd no Brasil, estilos de filmes ruins, casais que não convencem, musicais para quem não curte musicais, melhores frases de filmes, melhores momentos de Lost, maiores mistérios de Lost e piores sequencias. Visitem!

Em ordem decrescente…

10- Pink Floyd – The Wall (1982)

Um disco conceitual do Pink Floyd inteiro na tela, numa versão sombria dirigida por Alan Parker. Viajante e genial!

9- Stoned (2005)

Hoje em dia nem todos sabem, mas um dos principais membros dos Rolling Stones, Brian Jones, morreu ainda na década de 60. Stoned conta a sua história.

9- The Doors (1991)

Um dos melhores filmes de Oliver Stone, The Doors conta a história da banda californiana. Val Kilmer ficou tão igual ao Jim Morrison que confundiu os ex integrantes da banda!

8- Across The Universe (2007)

Toda a história é contada através das canções dos Beatles. O roteiro é baseado nas músicas, quando estas não estão cantadas, elas estão faladas ou citadas por outros elementos – como os nomes dos personagens.

http://blogdoheu.wordpress.com/2009/02/11/across-the-universe/

7- Escola de Rock (2003)

Um caricato roqueiro frustrado acidentalmente vira professor em uma turma de crianças numa escola conservadora. Rock’n’roll infanto-juvenil de qualidade!

http://blogdoheu.wordpress.com/2010/02/07/escola-de-rock/

5- The Wonders (1996)

Simpático filme dirigido pelo ator Tom Hanks, conta a história de uma fictícia banda de um único sucesso. Muita gente por aí pensa que a banda realmente existiu…

4- A Fera do Rock (1989)

Cinebiografia de Jerry Lee Lewis, um dos maiores nomes da época do rockabilly. Atuação inspiradíssima de Dennis Quaid.

http://blogdoheu.wordpress.com/2010/07/12/a-fera-do-rock/

3- This Is Spinal Tap (1984)

Um documentário falso sobre uma banda falsa, mas que traz um monte de verdades sobre os exageros do hard rock dos anos 70/80. Diversão garantida para aqueles que conhecem os clichês do rock’n’roll!

http://blogdoheu.wordpress.com/2008/11/24/this-is-spinal-tap/


2- Os Irmãos Cara-de-Pau (1980)

Ok, não é exatamente rock, é uma banda de blues. Mas é um dos melhores “filmes com banda” da história! A banda, liderada pelos atores Dan Aykroyd e John Belushi, não se resumiu ao filme, começou um quadro no famoso Saturday Night Live, e depois a banda continuou na ativa.

http://blogdoheu.wordpress.com/2009/10/24/os-irmaos-cara-de-pau/

1- Quase Famosos (2000)

Os bastidores de uma banda dos anos 70, vistos por um adolescente aspirante a reporter. Como poucas vezes na história de Hollywood, a banda parece realmente uma banda na tela.

http://blogdoheu.wordpress.com/2009/03/25/quase-famosos/

A Fera do Rock

A Fera do Rock

Inspirado pela cinebiografia das Runaways, resolvi rever a cinebiografia de um dos meus artistas preferidos, A Fera do Rock, que conta a vida de Jerry Lee Lewis, que tinha o “simpático” apelido The Killer – “O Matador”.

Nos anos 50, o jovem pianista Jerry Lee Lewis é um aspirante a estrela deste novo estilo musical, o rock’n’roll. Ele consegue um contrato com Sam Philips, da Sun Records, gravadora que lançara Elvis Presley pouco antes, e alcança o sonhado sucesso. Mas seu estilo extravagante de viver atrapalha o estrelato.

Vou contar pra vocês que este filme me influenciou no estudo de piano. Se a vida pessoal de Lewis não foi motivo de orgulho, seu estilo de tocar piano é digno de se espelhar!

A Fera do Rock (Great Balls Of Fire, no original) foi baseado no livro escrito por Myra Lewis, a prima e esposa adolescente de Jerry Lee Lewis, e foi dirigido por Jim McBride em 1989. Desconfio que McBride seja um fã do Killer, afinal, seis anos antes ele fez outro filme que também citou Lewis: Breathless (aqui chamado de A Força da Paixão, pra lembrar outro filme com o mesmo ator protagonista, Richard Gere).

Dennis Quaid está excelente como Jerry Lee Lewis. Careteiro e exagerado, Quaid estudou piano para aparecer tocando no filme. Ok, existia um “dublê de mãos”, e todas as músicas foram regravadas pelo próprio Killer. Mas Quaid está lá, com as mãos no piano – ele até toca numa das músicas da trilha sonora! Winona Ryder, então com 18 anos, interpreta Mira, a prima adolescente de Lewis. Ela está ok, mas, pena, ela não parece de jeito nenhum ter 13 anos… Ainda no elenco, Alec Baldwin, John Doe, Stephen Tobolowsky e Trey Wilson.

Falei aqui em cima que o próprio Lewis regravou seus sucessos para o filme, né? Por um lado, isso foi muito legal, as regravações são muito boas, o disco da trilha sonora é sensacional (tocou muito na minha vitrola!). Mas isso trouxe um problema para o filme: a voz de Quaid não é igual à de Lewis. Em algumas cenas, como o show na Inglaterra, ficaram esquisitas, com as duas vozes se alternando.

O filme mostra o início, a ascençao e a queda de Lewis. Outro problema é que o fim do filme é muito deprê, acho que um filme sobre uma das estrelas do rockabilly poderia ser mais pra cima…

Mesmo assim, A Fera do Rock é obrigatório para os fãs de rock!