O Círculo

O CírculoCrítica – O Círculo

Uma jovem consegue um trabalho de sonho em uma poderosa empresa de tecnologia chamada Círculo, e acaba descobrindo uma ferramenta que afetará a vida de toda a humanidade.

Sabe quando um filme parte de uma premissa boa, mas o resultado final é maomeno? É o caso aqui.

A ideia inicial é meio Black Mirror, um mundo onde uma rede social tipo o Facebook domina a maior parte da sociedade. Conhecemos as entranhas da empresa, incluindo as reuniões dos cabeças para que a empresa cresça no seu plano megalomaníaco de conquistar o mundo meio Pinky e Cérebro. Essa é a parte interessante do filme, porque acredito que empresas como o Google e o próprio Facebook devem testar estratégias parecidas.

Mas durante o filme o roteiro pega alguns caminhos que atrapalham tudo. O foco deixa de ser o Círculo e passa a ser a mocinha. E aí aparecem situações mal desenvolvidas, como todo o relacionamento entre a protagonista e o personagem do John Boyega; ou a repentina mudança de atitude da personagem de Karen Gillan. Isso sem falar do final do filme, tão inocente que parece tirado de um desenho animado pra tv.

O elenco se baseia em dois grandes nomes: Tom Hanks e Emma Watson. Hanks está bem como sempre, mas nada que lhe renda mais uma indicação ao Oscar; gostei de ver Emma sem o sotaque britânico de sempre, mas também nada de mais. Também no elenco, além do já citados John Boyega e Karen Gillan, Patton Oswalt e Ellar Coltrane. A nota triste é que Glenne Headly e Bill Paxton – os pais – faleceram pouco depois deste filme.

Não chega a ser ruim, mas fica aquela sensação de que poderia ter sido bem melhor…

O Abutre

0-OAbutreCrítica – O Abutre

Um homem descobre que pode ganhar dinheiro filmando matérias sensacionalistas, e resolve montar uma equipe para vender material para um telejornal.

Estreia na direção do roteirista Dan Gilroy, O Abutre (Nightcrawler, no original) conta uma história sórdida sobre um anti-herói que ignora a moral e a ética, e faz tudo para vender seus vídeos. Todo mundo sabe o quanto atraente e ao mesmo tempo repugnante uma matéria sensacionalista pode ser. O Abutre é um excelente retrato disso.

Mas o nome do filme é Jake Gyllenhaal. Mais magro que o habitual (idéia do ator, que achou que o personagem seria mais sinistro se fosse cadavérico), Gyllehaal entrega uma das melhores interpretações de sua carreira, com um cara ao mesmo tempo carismático e repugnante. Também no elenco, Rene Russo, Bill Paxton e Riz Ahmed.

Ainda podemos citar a bem cuidada fotografia, que consegue excelentes takes noturnos, neste triste retrato do lado “feio” do jornalismo…

Quando Chega A Escuridão

Quando Chega a EscuridãoCrítica – Quando Chega A Escuridão

Há tempos queria rever este filme, que só tinha visto na época do lançamento, ainda nos anos 80. Aproveitei o podcast de vampiros para rever.

Ao dar em cima de uma garota, sem saber que ela não era humana, um jovem caipira acaba se unindo a um cruel grupo de vampiros.

Quando Chega a Escuridão (Near Dark, no original) frequenta listas de melhores filmes de vampiros feitas por críticos. Lembro que gostei muito quando vi na época. Mas acho que o filme envelheceu mal, achei meio lento demais quando revi. Hoje em dia, prefiro rever Garotos Perdidos, lançado no mesmo ano de 1987.

Quando Chega a Escuridão apresentou um novo conceito de vampiros. Aliás, a palavra “vampiro” não é mencionada nenhuma vez durante o filme. Sua aparência também é diferente, são feios e sujos. Mas não há dúvidas sobre o que eles são, afinal, matam pessoas para beber o seu sangue, e queimam com a luz do sol. São vampiros, mas sem o glamour do vampiro clássico do cinema.

A direção é de Kathryn Bigelow, hoje muito conhecida por ter ganhado o Oscar de melhor diretora por Guerra Ao Terror e por ser a ex de James Cameron. Mas nessa época, Kathryn era apenas uma diretora de filmes “legais”, como Caçadores de Emoções (1991), Estranhos Prazeres (1995) e este Quando Chega a Escuridão.

O papel principal é de Adrian Pasdar, que ficou mais famoso quase vinte anos depois, com o Nathan Petrelli da série Heroes. Também no elenco, Jenny Wright, Lance Henriksen e Bill Paxton.

Por fim, queria levantar um questionamento sobre o download de filmes. Sim, a gente sabe que é errado. Mas… Quando Chega A Escuridão nunca foi lançado em dvd por aqui. Ok, sem problemas, no mundo globalizado de hoje, posso comprar um dvd importado. Fiz isso, comprei um dvd original gringo. Mas não tem legendas, nem em inglês. Tentei ver mesmo assim, mas não consegui acompanhar os diálogos. Sei que na análise fria da lei, baixar filme é errado. Mas, se o cara já tem o filme original, se o cara pagou por uma cópia oficial, ele não deveria ter o direito de ver o filme – nem que precise baixar uma cópia para isso?

No Limite do Amanhã

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Crítica – No Limite do Amanhã

Você consegue imaginar uma mistura de O Feitiço do Tempo com Tropas Estrelares?

Depois de uma invasão de monstros alienígenas, um soldado que não deveria estar na frente de batalha se encontra em um loop temporal de seu último dia na guerra – sempre que morre, volta ao mesmo ponto.

Baseado no mangá All You Need Is Kill, o novo filme do Tom Cruise, No Limite do Amanhã (Edge of Tomorrow, no original), tem umas boas sacadas no roteiro com a brincadeira do mesmo dia recomeçando diversas vezes. O problema é que isso não é novidade, todo mundo conhece o formato, famoso pela ótima comédia O Feitiço do Tempo.

Mas, se a gente não se incomodar com a ideia repetida, o filme funciona. Dirigido por Doug Liman (A Identidade Bourne, Jumper) e roteirizado por Christopher McQuarrie (ganhador do Oscar por Os Suspeitos, aqui em seu terceiro roteiro para o Tom Cruise), No Limite do Amanhã tem bom ritmo, boas cenas de ação e efeitos especiais de primeira – o cgi é impressionante. O uso de exoesqueletos foi uma boa sacada, e os vilões são assustadores, apesar de parecerem uma versão orgânica dos Sentinelas de Matrix.

Sobre as cenas de ação, uma crítica: rola uma câmera tremida que lembra os maus momentos do Michael Bay. Parece que alguns diretores acham que a câmera tremida é boa para “colocar o espectador dentro da ação”. Discordo desse estilo. Prefiro ver imagens nítidas e bem filmadas, mas é a minha opinião.

No elenco, além do cinquentão Tom Cruise, eficiente como (quase) sempre, o destaque vai para Emily Blunt (21 anos mais nova que seu colega!), de Looper e Os Agentes do Destino. Ainda no elenco, Brendan Gleeson e um Bill Paxton exagerado, mas servindo como um bom alívio cômico.

Ah, o 3D. Mais uma vez, escuro. Mais uma vez, desnecessário. Evitem!

Por fim, preciso falar que não gostei do fim hollywoodiano. É, infelizmente temos que conviver com esses finais – Oblivion, o último Tom Cruise a chegar aqui, também teve um fim decepcionante. Mas entendo por que os realizadores procuraram este caminho, e pelo menos podemos dizer que não atrapalha o resultado final.

The Colony

Crítica – The Colony

Ficção científica pós apocalíptica com nomes legais no elenco? Será que é bom?

Forçados a viver debaixo da terra por causa de uma nova era do gelo, um grupo de sobreviventes precisa lutar para preservar a humanidade, diante de uma ameaça mais selvagem que a própria natureza.

A ideia era boa. Mas foi mal desenvolvida. E tudo piora na parte final. É, The Colony não é bom…

Escrito e dirigido pelo quase desconhecido Jeff Renfroe, The Colony começa mostrando uma interessante sociedade subterrânea num futuro pós apocalíptico gelado. Mas logo deixamos esta sociedade de lado e embarcamos numa viagem pela neve. Achei que a vida dentro do bunker podia render boas histórias, mas, deixa isso pra lá e vamos seguir por um caminho menos interessante.

Mas, claro que podia piorar. A terceira parte revela uma das maiores decepções do cinema recente. Vou fazer um comentário sobre a parte final, com spoilers leves.

SPOILERS!
SPOILERS!
SPOILERS!

Os “inimigos” eram canibais. Humanos normais, só que comiam carne humana. Não eram monstros com super-poderes. Pergunta: por que diabos o pessoal ficou com tanto medo deles? Os canibais estavam desarmados e, aparentemente, em menor número. Era só usar as armas de fogo que eles tinham à mão!

FIM DOS SPOILERS!

Ah, quase esqueci, tem o Laurence Fishburne e o Bill Paxton no elenco. Fishburne está apagado; Paxton, caricato…

Resumindo: uma boa ideia inicial, mas que foi mal aproveitada no desenrolar da trama e estragada por um fim bobo.

Dose Dupla

Crítica – Dose Dupla

Robert “Bobby” Trench (Denzel Washington) e Michael “Stig” Stigman (Mark Wahlberg) trabalham juntos há dez meses. Quando não conesguem fazer negócios com um poderoso traficante mexicano, resolvem então é roubar um banco que, supostamente, receberia o faturamento deixado toda semana por capangas do traficante.

Adaptação dos quadrinhos “2 Guns”, escritos por Steven Grant e ilustrados pelo brasileiro Mateus Santolouco, Dose Dupla (2 Guns, no original) segue a fórmula dos “buddy movies” – filmes onde dois personagens bem diferentes têm que se aturar para um objetivo comum. A fórmula é batida, mas ainda pode render bons filmes, como este.

Boa parte dos méritos está com a dupla de protagonistas. Denzel Washington é um grande ator e está muito bem, mas o melhor papel é o marrento Stig de Mark Wahlberg, que tem vários ótimos momentos ao longo do filme (adorei a cena das galinhas). E o elenco ainda conta com vários outros bons nomes, como Edward James Olmos, Paula Patton, Bill Paxton, James Marsden e Fred Ward.

A direção ficou a cargo do pouco conhecido Baltasar Kormákur (que já tinha trabalhado com Wahlberg em Contrabando), que fez aqui um bom trabalho. Dose Dupla não é lá muito original, segue a linha “tarantineana” – personagens marginais, violência, diálogos afiados e edição ágil – mas nada que impeça de ser um filme divertido. Se bem que, pelos cenários mexicanos, lembra mais a trilogia “mariachi” de Robert Rodriguez…

Um coisa interessante em Dose Dupla é que os mocinhos e bandidos não estão onde se espera – temos algumas surpresas neste assunto. O espectador precisa ficar atento às viradas no roteiro! Outros destaques são a boa trilha sonora e uma bem cuidada fotografia, que ainda inclui alguns bem colocados efeitos de câmera lenta.

Como destaque negativo, o roteiro de Dose Dupla exige muita suspensão de descrença. Se o roteiro é bem escrito no que diz respeito a personagens bem construídos, por outro lado temos várias situações forçadas – como por exemplo toda a sequência dentro da base naval – aquilo nunca daria certo…

Enfim, boa opção despretensiosa em cartaz nos cinemas!

O Exterminador do Futuro

Crítica – O Exterminador do Futuro

Sábado passado teve Cineclube Sci-Fi, evento organizado mensalmente pelo Conselho Jedi RJ no Planetário. O filme era o primeiro O Exterminador do Futuro. Há tempos que não via este filme, aproveitei a oportunidade e fui lá prestigiar o evento.

Alguém ainda não viu? No futuro, as máquinas dominam a Terra, e enviam um robô exterminador ao passado para eliminar Sarah Connor, mulher que será mãe do futuro líder dos humanos

Ver um filme de quase trinta anos atrás (O Exterminador do Futuro é de 1984), tem seus problemas. Reparamos em muita coisa que não vimos na época. A maquiagem é muito mal feita, toda a sequência onde o robô conserta o braço e tira o olho é muito tosca. O stop motion é muito inferior ao d’O Retorno do Jedi, lançado um ano antes. Ainda tem a trilha sonora datada, mas isso a gente não tinha como ver na época… 😉

Outra coisa: precisamos de uma boa dose de suspensão de descrença para relevar as inconsistências do roteiro – se um robô pode voltar no tempo se tiver carne em volta, por que não envolver armas pesadas em carne e mandar junto? Mesmo assim, considero este um dos melhores roteiros de viagem no tempo. Cada detalhe da história é importante, o roteiro não deixa pontas soltas.

Além da boa história, O Exterminador do Futuro ainda é um excelente filme de ação. O ritmo do filme é ótimo, o quase novato diretor James Cameron já mostrava talento. Cameron antes tinha feito apenas um longa (de qualidade duvidosa), Piranhas 2 – Assassinas Voadoras. Mas depois, sua carreia deslanchou e ele virou um dos nomes mais importantes da Hollywood contemporânea. Ele fez Aliens – O Resgate, O Segredo do Abismo, O Exterminador do Futuro 2, True Lies, e depois bateu recordes de bilheteria e ganhou 11 Oscars com Titanic – e ainda nem falei de Avatar, outro recordista de público.

O Exterminador do Futuro também foi um marco importante na carreira de outro nome “gigante” hoje em dia: Arnold Schwarzenegger, que era um fisiculturista tentando fazer carreira como ator. Ele já tinha sido o Conan no filme de 1982, mas ainda estava longe de se firmar. O forte sotaque (Arnold é austríaco) e o talento limitado como ator eram compensados pelo enorme carisma. O papel do Exterminador lhe caiu como uma luva: poucas falas e poucas expressões faciais não atrapalharam e Arnoldão teve o seu primeiro grande sucesso. E daí para o estrelato foi um pulo – Schwarzenegger se tornou um dos nomes mais fortes do cinema de ação pelas décadas seguintes.

Os outros dois atores principais, Linda Hamilton e Michael Biehn, não fizeram filmes relevantes fora dos anos 80. Mas o elenco ainda traz algumas curiosidades. Lance Henriksen tem um papel menor como um dos policiais; e Bill Paxton aparece numa ponta, como um dos punks que são atacados pelo Exterminador no início do filme.

Agora, uma história com spoilers leves (pode spoiler de um filme de quase trinta anos atrás?). Lembro, na época do lançamento, o cinema lotado, com todos gritando cada vez que achavam que o Exterminador estava morto, mas depois se levantava – mais uma vez. Era uma histeria divertida!

O Exterminador do Futuro teve três continuações e gerou uma série de TV. E diz a lenda que em 2015 vem mais um filme por aí…

Titanic

Crítica – Titanic

Hora de rever Titanic!

84 anos depois, Rose DeWitt Bukater, uma senhorinha de 101 anos, conta sua viagem no Titanic, desde o embarque até o naufrágio, e como conheceu e se relacionou com Jack Dawson, um passageiro de uma classe inferior.

O que falar hoje, 15 anos depois, de Titanic, um dos filmes mais vistos de toda a história do cinema?

Em primeiro lugar, existe a relação amor & ódio que acompanha o filme. Quase todo mundo viu este recordista de prêmios e de bilheteria – se não me engano, é dono da segunda maior arrecadação da história até hoje, quinze anos depois. E quase todo mundo encheu o saco. Daí a rejeição atual de boa parte das pessoas em volta – não sei vocês, mas a maioria dos meus amigos olhou torto quando disse que ia rever Titanic no cinema.

No fundo, essas pessoas estão erradas. Titanic é um filmaço!

Mas voltemos no tempo. Hoje a gente vê o sucesso que se tornou, mas antes da estreia, Titanic era uma grande – e cara – incógnita. Muita coisa deu errado durante a produção do filme, prazos e orçamentos foram estourados muito mais do que o aceitável, e muita gente apostava na falência iminente do diretor megalomaníaco James Cameron. Lembro de ler notícias na época, eram poucos os que acreditavam que Titanic pudesse escapar de ser um grande fracasso.

E o filme estreou, e ficou muitas semanas em primeiro lugar nas bilheterias. E depois veio a consagração com os Oscars. Na história de Hollywood, pouca gente conseguiu uma volta por cima como Cameron neste filme. Se antes tudo deu errado, depois tudo deu certo. Titanic é um épico grandioso, uma história romântica e um eletrizante filme catástrofe – tudo ao mesmo tempo.

A parte técnica é impecável. Cameron construiu um navio cenográfico quase do tamanho do Titanic original, onde foram feitas as filmagens do navio afundando – acredito que dificilmente ele conseguiria tamanho realismo em estúdio. Isso, aliado aos melhores efeitos especiais que a tecnologia de então permtia, criou um visual que continua impressionante até hoje.

Sobre o elenco, Titanic é daqueles filmes onde os atores assumem papel secundário, não tem espaço para grandes atuações. Mas pelo menos ninguém atrapalha. Muita gente fala mal do Leonardo DiCaprio, mas sou fã do cara, acho que ele é um dos grandes atores da sua geração. E Kate Winslet aqui teve sua grande porta de entrada para Hollywood, antes ela era uma atriz pouco conhecida (mas heu já era fã dela desde Almas Gêmeas!). Ainda no elenco, Billy Zane, Kathy Bates, Gloria Stuart, David Warner, Frances Fisher, Jonathan Hyde, Bill Paxton, Suzy Amis e Victor Garber.

A trilha sonora de James Horner é excelente, mas hoje sofre com o “trauma da Celine Dion”. A cantora canadense gravou uma música para o filme – que só rola nos créditos. Mas a música tocou MUITO na época do filme. A ponto de encher o saco! Aí, toda vez que toca aquele teminha na pan flute pá-rá-rááá, a gente lembra da Celine Dion e pensa NÃÃÃO…

Titanic é um dos maiores vencedores da história do Oscar. Até então, todos acreditavam que a marca de 11 estatuetas conquistadas por Ben-Hur em 1959 nunca mais seria alcançada (seis anos depois, em 2003, O Senhor dos Aneis – O Retorno do Rei seria o terceiro filme a ganhar 11 Oscars). Titanic ganhou os prêmios de melhor filme, diretor, direção de arte, fotografia, figurino, som, efeitos sonoros, efeitos especiais, edição, trilha sonora e canção (a tal música chata da Celine Dion). E ainda concorreu, mas não ganhou, a melhor atriz (Kate Winslet), melhor atriz coadjuvante (Gloria Stuart) e melhor maquiagem!

Ainda preciso falar do 3D. Existem dois tipos de filmes 3D, os que são filmados assim, e os que são filmados de maneira convencional e depois convertidos. Normalmente estes ficam mal feitos. Mas Cameron é perfeccionista, e conseguiu a melhor conversão já feita até hoje – o 3D está realmente muito bem feito. Heu é que não sou muito fã de filmes 3D…

Ainda preciso falar do Imax. Fui ver na tela gigantesca do Imax da Barra. A primeira metade do filme nem faz diferença. Mas a segunda metade – quando Titanic vira um filme catástrofe – aí sim é legal ver numa tela grande e com um som bom!

Último comentário: tinham muitos adolescentes perto de mim no cinema. Três meninos ao meu lado esquerdo estavam impacientes, me parece que estavam entediados pela longa duração do filme (mais de 3 horas). E do meu lado direito, um grupo de meninas – e uma delas passou a última meia hora do filme chorando copiosamente. Não aguentei e, numa das cenas mais tristes, soltei uma gargalhada por causa do exagero do choro… Tá, o filme é triste, mas não precisa de tanto, né?

No fim da sessão, saí do cinema confirmando o que já sabia desde 1997: Titanic é um filmaço!

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À Toda Prova

Crítica – À Toda Prova

Um grande elenco, cheio de atores consagrados, liderados por uma lutadora de MMA? Pode ser uma boa…

Mallory é uma agente secreta que trabalha para uma empresa privada que presta serviços para a CIA – uma espécie de mercenária do mundo moderno. Algo aconteceu de errado em sua última missão, e agora ela está agindo sozinha para salvar a própria vida.

O diretor Steven Soderbergh alterna a sua carreira: às vezes trabalha em pequenos projetos com cara de cinema independente; às vezes são super produções hollywoodianas com elencos grandiosos. À Toda Prova (Haywire, no original)faz parte do segundo grupo. Afinal, não é todo dia que vemos um elenco que conta com Ewan McGregor, Antonio Banderas, Michael Douglas, Michael Fassbender, Channing Tatum e Bill Paxton.

Logo a figura central do elenco é “caloura”: a lutadora Gina Carano. Por um lado, foi legal colocar uma mulher que realmente sabe bater, as lutas são muito bem coreografadas, Gina convence que uma mulher pode bater em caras maiores que ela. Mas por outro lado, a inexperiência de Gina é um dos pontos fracos aqui – sua habilidade para expressar emoções parece ser inversamente proporcional à sua habilidade com a luta…

(Curiosamente, não é a primeira vez que Soderbergh traz uma atriz de outro universo para estrelar um filme seu. Em 2009 foi a vez de Sasha Grey, atriz pornô que protagonizou Confissões de uma Garota de Programa. Pelo visto Soderbergh não gosta muito de arriscar: uma atriz pornô interpretando uma prostituta; uma lutadora fazendo um filme de ação…)

A trama é um pouco confusa, são muitas idas e vindas (boa parte do filme é em flashback), mas não vi pontas soltas no fim. E Gina Carano pode ser limitada, mas não chega a atrapalhar o bom elenco. Também gostei da trilha sonora de David Holmes.

À Toda Prova não vai entrar pra história como um grande filme de ação. Mas é um filme divertido. E sempre é legal ver mulher metendo a p%$#@rrada!

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