De Olhos Bem Fechados

De Olhos Bem FechadosCrítica – De Olhos Bem Fechados

Para o podcast sobre Tom Cruise, revi De Olhos Bem Fechados, filme que heu só tinha visto uma única vez, na época do lançamento.

Um médico novaiorquino, casado com uma curadora de arte, se vê em uma perigosa odisseia noturna de descobertas morais e sexuais depois que sua esposa admite que quase o traiu.

De Olhos Bem Fechados (Eyes Wide Shut, no original) foi o último filme de Stanley Kubrick – segundo o que foi noticiado na época, Kubrick morreu quatro dias depois de entregar o filme pronto. Mas a recepção, tanto do público, quanto da crítica, não foi boa, e muita gente se questiona se a versão oficial é realmente o filme que Kubrick pretendia fazer.

A produção de De Olhos Bem Fechados foi bem conturbada. Boatos na época diziam que Harvey Keitel e Jennifer Jason Leigh teriam papeis importantes na trama. Mas por causa dos atrasos (o filme demorou mais de dois anos pra ficar pronto), Keitel brigou com Kubrick e se desligou do projeto. Kubrik então resolveu reescrever e refilmar tudo, para não usar nenhuma imagem com Keitel. Aí foi a vez de Jennifer se pronunciar: ela tinha contrato para filmar eXistenZ com David Cronenberg e não tinha tempo pra refazer tudo. Resultado? Os papeis foram reduzidos e entregues a Sydney Pollack e Marie Richardson.

Outro problema foi que a divulgação na época dizia que o filme teria tórridas cenas de sexo entre o casal “namoradinho da América”, Tom Cruise e Nicole Kidman, que eram casados na época mas se separaram pouco depois. Nada, o filme até mostra bastante nudez e sexo, mas pouca coisa entre Tom e Nicole.

(Diferente de Jennifer e Keitel, Tom e Nicole assinaram contratos onde garantiam que esperariam o tempo que fosse necessário até Kubrick liberar o casal. De Olhos Bem Fechados está no Guiness como o recorde de maior tempo de filmagem, 400 dias. Tom Cruise não lançou nenhum filme em 97 e 98…)

Cinematograficamente falando, o resultado final de De Olhos Bem Fechados ficou impecável (afinal, Kubrick gastou tanto tempo porque era perfeccionista). Quase todas as cenas têm muitas luzes dentro dos cenários, criando um visual incomum e onírico, e a trilha sonora com poucas notas no piano ajuda a criar o clima tenso – e toda a sequência do baile de máscaras é muito boa. Mas, por outro lado, o desenvolvimento da história não agradou a quase ninguém na época do lançamento – houve muitas críticas vindas de todos os lados, me lembro que saí do cinema (em 1999) perplexo, sem entender nada, e com muita raiva de ter esperado tanto tempo por aquilo.

Revi agora sob outra ótica, que ajuda um pouco a compreensão. Precisa de aviso de spoilers para um filme de dezesseis anos atrás?

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

Imaginem que o dr. Bill é um sujeito muito certinho, e um dia, ouve sua esposa falando de uma possível traição (ela não chega a admitir que traiu). Bill pira com isso, e resolve sair à procura de uma transgressão. Mas ele é tão certinho que não consegue – ele mesmo sabota as próprias transgressões (a prostituta, a filha do lojista, a orgia). Ou seja, tudo a partir daquele papo com a esposa seria uma viagem na cabeça de Bill.

FIM DOS SPOILERS!

Mesmo revendo sob este ponto de vista, o fim do filme continua ruim, na minha humilde opinião.

De Olhos Bem Fechados, assim como acontece com toda a carreira de Kubrick, é repleto de simbolismos. Mas não vou entrar nesse aspecto do filme, quem tiver interesse é só dar uma googlada…

No Limite do Amanhã

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Crítica – No Limite do Amanhã

Você consegue imaginar uma mistura de O Feitiço do Tempo com Tropas Estrelares?

Depois de uma invasão de monstros alienígenas, um soldado que não deveria estar na frente de batalha se encontra em um loop temporal de seu último dia na guerra – sempre que morre, volta ao mesmo ponto.

Baseado no mangá All You Need Is Kill, o novo filme do Tom Cruise, No Limite do Amanhã (Edge of Tomorrow, no original), tem umas boas sacadas no roteiro com a brincadeira do mesmo dia recomeçando diversas vezes. O problema é que isso não é novidade, todo mundo conhece o formato, famoso pela ótima comédia O Feitiço do Tempo.

Mas, se a gente não se incomodar com a ideia repetida, o filme funciona. Dirigido por Doug Liman (A Identidade Bourne, Jumper) e roteirizado por Christopher McQuarrie (ganhador do Oscar por Os Suspeitos, aqui em seu terceiro roteiro para o Tom Cruise), No Limite do Amanhã tem bom ritmo, boas cenas de ação e efeitos especiais de primeira – o cgi é impressionante. O uso de exoesqueletos foi uma boa sacada, e os vilões são assustadores, apesar de parecerem uma versão orgânica dos Sentinelas de Matrix.

Sobre as cenas de ação, uma crítica: rola uma câmera tremida que lembra os maus momentos do Michael Bay. Parece que alguns diretores acham que a câmera tremida é boa para “colocar o espectador dentro da ação”. Discordo desse estilo. Prefiro ver imagens nítidas e bem filmadas, mas é a minha opinião.

No elenco, além do cinquentão Tom Cruise, eficiente como (quase) sempre, o destaque vai para Emily Blunt (21 anos mais nova que seu colega!), de Looper e Os Agentes do Destino. Ainda no elenco, Brendan Gleeson e um Bill Paxton exagerado, mas servindo como um bom alívio cômico.

Ah, o 3D. Mais uma vez, escuro. Mais uma vez, desnecessário. Evitem!

Por fim, preciso falar que não gostei do fim hollywoodiano. É, infelizmente temos que conviver com esses finais – Oblivion, o último Tom Cruise a chegar aqui, também teve um fim decepcionante. Mas entendo por que os realizadores procuraram este caminho, e pelo menos podemos dizer que não atrapalha o resultado final.

Oblivion

Crítica – Oblivion

Filme novo do Tom Cruise! Mais: filme novo de Joseph Kosinski, o diretor de Tron – O Legado!

Décadas depois de uma guerra contra alienígenas, o planeta Terra está devastado. Quase toda a população foi transferida para uma lua de Saturno, os poucos que ficaram trabalham cuidando da exploração dos últimos recursos do planeta. Neste ambiente, o técnico de reparos Jack é assombrado por misteriosos sonhos.

Joseph Kosinski tem uma carreira curta – este é apenas seu segundo longa. Por enquanto, o cara tá bem: mais uma vez, ele apresenta um filme acima da média. Oblivion tem uma trama que foge do óbvio, um bom elenco, excelentes efeitos especiais, uma boa trilha sonora e efeitos sonoros que faziam tremer as poltronas do cinema.

Tom Cruise, como de costume, lidera bem o elenco. É impressionante como Cruise sabe administrar bem sua carreira, com muitos blockbusters e poucos fracassos no currículo. Sua interpretação não foge ao habitual, é o mesmo feijão com arroz de quase sempre – mas ninguém pode negar que ele faz muito bem este feijão com arroz. Ainda no elenco, Olga Kurilenko, Andrea Riseborough, Morgan Freeman, Melissa Leo, Nicolaj Coster-Waldau e Zoe Bell.

O visual do filme chama a atenção, os cenários pós apocalípticos são extremamente bem feitos. Foram usadas locações na Islândia, fiquei imaginando o que era real e o que era computador. São belíssimas paisagens, a Nova York destruída de 2070 é impressionante.

Um parágrafo para falar da trilha sonora. Kosinski chamou o grupo eletrônico Daft Punk para a trilha de Tron O Legado e o resultado ficou excelente. Agora, outro grupo eletrônico foi chamado, o M83 (confesso que nunca tinha ouvido falar), e mais uma vez a trilha é um dos destaques do filme. Trilha sonora forte e presente, com bons temas ao longo de todo o filme. E além da trilha sonora, outra coisa que chama a atenção são os efeitos sonoros. O ruído dos drones se destaca, um ruído grave e forte que chega a dar medo.

O roteiro é bom, com uns toques de Matrix, 2001, Prometheus, Moon e pelo menos uma referência explícita a Guerra nas Estrelas (impossível não nos lembrarmos da cena do ataque à Estrela da Morte e da “manobra Millenium Falcon”). As reviravoltas estão bem colocadas no roteiro, mas este não é perfeito – algumas coisas soam forçadas, principalmente na parte final (certa cena me lembrou de ID4). O fim do filme é hollywoodiano, deve agradar a maioria dos espectadores. Heu preferia que tomassem outro caminho, mas não é nada tão grave que atrapalhe o bom conjunto do filme.

Enfim, bom filme. Sr. Kosinski, mantenha o bom trabalho!

Jack Reacher – O Último Tiro

Crítica – Jack Reacher – O Último Tiro

Opa, já é hora do Missão Impossível 5? Ah, não é o Ethan Hunt, é o Jack Reacher…

Cinco pessoas são assassinadas, e um atirador de elite, veterano de guerra, é acusado pelo crime. Durante o interrogatório, ele cita apenas o nome de Jack Reacher, um ex-combatente com inúmeras condecorações, dado como desaparecido para o governo e autoridades. Até que Jack aparece do nada e resolve investigar por conta própria os assassinatos.

Escrito e dirigido por Christopher McQuarrie (roteirista de Os Suspeitos), Jack Reacher – O Último Tiro é baseado na série de livros Jack Reacher, escritos por Lee Child. Apesar do heroi Jack Reacher do livro ser loiro e ter 1,90 de altura, Tom Cruise (também produtor do filme) o adaptou para o seu físico, e fez um bom trabalho. E isso gerou um fato curioso sobre Jack Reacher: Cruise é, ao mesmo tempo, uma das melhores coisas e uma das coisas que mais atrapalha o filme.

Como assim, Cruise ajuda e atrapalha ao mesmo tempo? Explico. Por um lado, ele está muito bem. O papel de Jack Reacher lhe caiu muito bem, pelo menos pra quem não leu os livros (caso deste que vos escreve). Cruise é baixinho, mas tem excelente porte físico e pode passar por um militar veterano (lembrem-se que ele já é um cinquentão). E as tiradas de humor do personagem caíram perfeitamente no ator.

Mas, por outro lado, ver Cruise num filme assim nos traz à lembrança Ethan Hunt e toda a série Missão Impossível – “personagem safo que costuma não se dar bem com superiores e tem que se virar sozinho”. É mais ou menos como pegar o Matt Damon pra fazer um papel parecido com o Jason Bourne ou o Bruce Willis num papel semelhante ao John McLane. Fica difícil ver Jack Reacher e não sair do cinema cantando o tema de Lallo Schifrin…

Felizmente, o fato de ser parecido com Missão Impossível não faz de Jack Reacher um filme ruim. Jack Reacher é bem dirigido, tem bons personagens, bom ritmo, boas cenas de ação e ainda traz uma boa perseguição de carro. Tudo funciona redondinho, quem gosta de filmes de ação não vai se decepcionar.

No elenco, como já disse antes, Tom Cruise “veste” bem o papel título. Rosamund Pike, que faz um misto de coadjuvante com quase interesse romântico, está meio apagada, acho ela meio sem sal. E Werner Herzog (diretor alemão de filmes clássicos como Nosferatu, Fitzcarraldo e Aguirre, a Cólera dos Deuses) tem um bom personagem, mas sub-aproveitado – Zec, seu personagem, empolga quando aparece (a cena que fala dos seus dedos), mas some na parte final do filme. Ainda no elenco, Richard Jenkins, David Oyelowo, Robert Duvall e Alexia Fast.

Como Jack Reacher é uma série de livros (parece que já são 14 livros), devemos ter uma continuação em breve. Que mantenham a qualidade!

p.s.: Falei sobre Missão Impossível 5 como uma piada. Mas Christopher McQuarrie está cotado para dirigir esta provável quinta parte, em 2015…

Rock Of Ages – O Filme

Crítica – Rock Of Ages

Um musical recheado de músicas de rock farofa dos anos 80 e 90, estrelado por Tom Cruise e dirigido por Adam Shankman, o mesmo de Hairspray? Pára tudo, preciso ver isso!

1987. Sherrie, uma menina do interior, vai até Los Angeles para tentar a carreira de cantora. Consegue um emprego de garçonete no famoso Bourbon Club, às vésperas do aguardado show de despedida da banda Arsenal, já que Stacee Jaxx, seu vocalista, está prestes a sair em carreira solo.

Rock Of Ages – O Filme não é perfeito. Comecemos pelo que não funcionou: os personagens são todos caricatos, e a história é clichê e previsível. Além disso, o filme é um pouco longo demais, com pouco mais de duas horas – algumas “gorduras” poderiam ter sido cortadas. Mesmo assim, apesar das falhas, achei o filme divertidíssimo. Forte candidato a um dos melhores lançamentos de 2012!

Assim como acontece com Hairspray, Rock Of Ages – O Filme é leve, divertido e super alto astral. A gente sai do cinema com vontade de procurar os velhos vinis de rock farofa, para ouvir e cantar tudo aquilo batendo cabeça!

Aviso logo: o formato é o “musical clássico” – a cena inicial do filme já deixa isso claro, quando Sherrie começa a cantar no ônibus e todos em volta resolvem cantar interagindo com ela. Tem gente que não curte esse estilo, entendo isso. Mas quem curte vai ouvir novos arranjos de um monte de músicas legais de artistas conhecidos como Bon Jovi, Poison, Journey, Guns’n’Roses, Whitesnake, Extreme, Twisted Sister, Foreigner, Def Leppard, REO Speedwagon, Starship, Scorpions, Joan Jett, Pat Benatar, entre outros. Mais: algumas músicas estão inteiras, outras estão em “mashups” – duas (ou mais) músicas misturadas como se fossem apenas uma. Não é todo dia que temos algo assim!

Aliás, boa notícia sobre a parte musical: os atores cantam! Se os dois que formam o casal principal, Julianne Hough e Diego Boneta, não são muito conhecidos e podem ter sido escalados por terem boa voz, o que dizer de Tom Cruise, Alec Baldwin, Malin Akerman, Catherine Zeta-Jones, Paul Giamatti e Russel Brand? Esses são atores, e alguns nunca tinham cantado antes em filmes. E aqui todos fazem um excelente trabalho. Quem diria que Tom Cruise teria voz para cantar Paradise City, do Guns?

Aliás, falando em Tom Cruise… Dois meses atrás fiz aqui um Top 10 de atores que envelheceram bem. O Top 10 já estava certo ao trazer Cruise em primeiro lugar, mas heu ainda não tinha visto Rock Of Ages. Aqui ele está ainda mais impressionante. Agora um cinquentão (fez 50 anos mês passado), Cruise passa o filme inteiro sem camisa e com um físico de dar inveja a muitos caras de trinta anos na cara. Só pra ter uma ideia: Alec Baldwin é apenas quatro anos mais velho que Tom Cruise. Vejam os dois no filme e me digam se são só quatro anos de diferença… Só tenho uma única crítica ao seu personagem: o achei muito parecido com o Axl Rose, acho que o seu Stacee Jaxx poderia misturar outros “bad boys” do rock.

O elenco está ótimo. Além dos já citados, o filme ainda conta com Bryan Cranston (que acho que é o único dos principais que não canta) e a cantora Mary J. Blige, além de pontas de músicos de bandas citadas no filme, como Nuno Bettencourt (Extreme), Sebastian Bach (Skid Row), Kevin Cronin (REO Speedwagon) e Debbie Gibson, além do Eli Roth (O Albergue) como o diretor do videoclipe. Só não gostei muito do papel de Mary J.Blige, era pra ser um papel bem menor, me pareceu que ela só teve mais tempo de tela por causa de sua poderosa voz.

Na minha humilde opinião, esta super valorização do personagem de Blige é uma das falhas do roteiro escrito por Justin Theroux, Chris D’Arienzo e Allan Loeb. Também achei forçada a cena com Alec Baldwin e Russel Brand (apesar da música ter ficado engraçadíssima!). Sei lá, de repente cortando esses lances, o filme teria meia hora a menos e seria mais ágil… Além disso, tem o lance dos personagens caricatos. Mas acho que isso foi de propósito, alguns personagens foram construídos para serem clichês: o “rockstar”, a “falsa puritana”, etc.

Apesar dos defeitos, Rock Of Ages – O Filme é delicioso, pelo menos para aqueles que viveram esta onda de “hair metal” dos anos 80 e 90. Se você curte um bom rock farofa, é um programa imperdível!

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Missão Impossível – Protocolo Fantasma

Crítica – Missão Impossível – Protocolo Fantasma

Depois de rever os três primeiros filmes, fui ao cinema ver o novo Missão Impossível.

O Kremlin é bombardeado, e a culpa cai sobre a IMF, agância de Ethan Hunt (Tom Cruise). Agora sem o apoio da agência, ele e sua equipe precisam evitar uma guerra nuclear.

Este é o primeiro filme “live action” de Brad Bird, diretor de Os Incríveis e Ratatouille. Bem, em Os Incríveis, o cara mostrava que tinha boa mão para ação, agora eles faz isso com atores e cenários reais.

Bird fez um bom trabalho e manteve o bom nível da série. Missão Impossível – Protocolo Fantasma é tão bom quanto seus antecessores. Vi uns sites por aí elegendo este quarto filme como o melhor da franquia – não, não é. Desconfio que quem achou isso deve ser novinho e não deve ter visto os outros no cinema, só em reprises na tv… A cena do “pendurado no computador” continua imbatível!

Aliás, Missão Impossível – Protocolo Fantasma é um bom filme, mas não é perfeito. Algumas coisinhas me incomodaram. Por exemplo: Paula Patton é bonitinha, mas tem um tipo comum demais para ser aquela sedutora fatal que fez a cabeça do milionário (pelo menos para nós, brasileiros – aqui no Rio tem dúzias de mulheres mais interessantes em cada esquina). Ou então o vilão, mal construído, diferente dos outros filmes. Aliás, falando em vilão, achei forçada a luta no estacionamento, acredito que alguém com o treinamento de Hunt derrotaria mais facilmente um oponente com aquela idade. Por fim, falar de guerra nuclear é tão “anos 80″…

Independente disso, Missão Impossível – Protocolo Fantasma é um bom filme. São várias as sequências de ação de tirar o fôlego. E Tom Cruise mais uma vez manda muito bem nas cenas de ação – segundo a divulgação, ele dispensou os dublês e fez as cenas perigosas. E, pra manter a tradição, Cruise fica pendurado (o que aconteceu nos outros três filmes). A diferença é que ele se pendura no exterior do prédio mais alto do mundo, em Dubai – em uma cena eletrizante!

Uma coisa boa e diferente que acontece aqui é o alívio cômico, através do personagem do sempre eficiente Simon Pegg. Os outros filmes eram mais sérios; Pegg acerta o tom, o filme fica mais leve mas não fica “engraçadinho”.

No elenco, Ving Rhames só tem uma ponta, diferente dos outros três filmes. A equipe é composta pelos já citados Paula Patton e Simon Pegg (repetindo o papel do terceiro filme, agora com mais destaque), mais Jeremy Renner (rola um boato que ele seria o protagonista de um possível quinto filme). Ainda no elenco, Léa Seydoux, Josh Holloway (o Sawyer de Lost) e Anil Kapoor; Tom Wilkinson tem uma participação não creditada, e tem um outro personagem que volta, também não creditado, mas é spoiler falar sobre isso.

Nesses tempos de última semana do ano, pululam pela internet listas de melhores filmes de 2011. Missão Impossível – Protocolo Fantasma não entrou na minha lista, mas está mais próximo dela do que dos 10 piores do ano!

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Missão Impossível III

Missão Impossível III

Crítica – Missão Impossível III

Chegou a vez do terceiro filme!

Agora aposentado do trabalho de campo, Ethan Hunt continua na IMF treinando agentes. Quando uma de suas pupilas é capturada, ele é forçado a voltar a ação.

Vou confessar uma coisa aqui: quando este filme foi lançado no cinema, heu tinha implicância com ele. Afinal, os dois filmes anteriores foram dirigidos pelos mestres Brian De Palma e John Woo, dois diretores consagrados e com extenso currículo de bons serviços prestados ao cinema. E agora o diretor era JJ Abrams, um novato cheio de hype por causa de séries de tv (sendo que uma delas, Alias, considero bem fraquinha), mas sem nada de experiência no cinema.

Admito, vi o filme com má vontade e não gostei na época. Mas, agora, revendo sem preconceitos, afirmo: Missão Impossível III mantem o alto nível dos outros dois!

O segundo filme trazia um exagero estilizado, muita câmera lenta, muitas imagens contemplativas. Aqui o exagero continua sendo o tom, mas em vez de câmera lenta, tudo é acelerado, tudo é frenético. Hunt e sua equipe executam planos de maneira tão rápida que se você piscar o olho vai perder partes importantes. A direção de Abrams tem um bom timing nas cenas de ação – coisa que veríamos nos anos seguintes no seu Star Trek.

O elenco repete a fórmula do segundo filme. Assim como nos outros filmes da série, Tom Cruise assume a responsabilidade de figura central e corre, pula, se pendura, bate, apanha, usa armas e explosivos, faz o diabo. Ving Rhames mais uma vez é o único ator a repetir o papel; mais uma vez o elenco de coadjuvantes é acima da média: Philip Seymour Hoffman, Billy Crudup, Michelle Monaghan, Jonathan Rhys Meyers, Keri Russell, Maggie Q, Simon Pegg e Laurence Fishburne. Nada mal para um terceiro filme de franquia…

Como disse no início, heu tinha implicância com Missão Impossível III, mas revendo, afirmo que a série inteira segura a qualidade e os três filmes são bons (heu prefiro os outros dois, mas isso não significa que este é ruim!).

Agora vou ver o quarto filme que está estreando nos cinemas… Em breve, comento aqui!

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Missão Impossível 2

Crítica – Missão Impossível 2

Vamos ao segundo filme da série!

Desta vez, Ethan Hunt (Tom Cruise) precisa encontrar e destruir o vírus Chimera. Mas terroristas liderados por um ex-colega de Hunt roubaram a cura e também querem o vírus.

Assim como o primeiro filme tinha a cara de seu diretor Brian De Palma, este segundo segue a mesma fórmula. Missão Impossível 2 é um “puro John Woo”!

Missão Impossível 2 tem tudo o que se espera de um filme do diretor chinês. Todos os clichês estão presentes: muita câmera lenta, um antagonista parecido com o protagonista (os dois trabalhavam juntos), várias cenas com o mocinho atirando com uma arma em cada mão e – claro – pombos voando!

(Heu arriscaria dizer que Tom Cruise deixou o cabelo crescer para ficar melhor na câmera lenta de Woo!)

Claro, o resultado foi um filme muito mais exagerado que o primeiro. Se o filme de De Palma era mais sério e cerebral, esta segunda parte nunca se leva a sério, e tudo aqui é propositalmente acima do tom. Um prato cheio para quem gosta do estilo de John Woo – um dos melhores diretores de filmes de ação da história do cinema.

No elenco, mais uma vez, o filme é de Tom Cruise. Inclusive, diz a lenda que foi ele que fez o trabalho de dublê – pelo menos a cena no início, a da escalada, era o próprio Cruise. Ele estava com os cabos de segurança, que foram apagados digitalmente, mas era ele mesmo.

Além de Cruise, o único ator do primeiro filme que também está aqui é Ving Rhames. O resto é novidade: Anthony Hopkins (não creditado, assim como Emilio Estevez no primeiro), Thandie Newton, Dougray Scott, Richard Roxburgh, Rade Serbedzija, William Mapother e Dominic Purcell. Aliás, não é só o elenco que é novo, todo o filme é construído para ser independente do primeiro (o mesmo acontece com o terceiro, você não precisa ver os filmes anteriores para acompanhar a história).

Parece que Woo queria um filme de mais de 3 horas de duração. Como os produtores bateram o pé pra ficar com 2 horas (foram 2h3min, no fim), já vi gente reclamando de falhas no roteiro. Mas heu não achei nada tão grave – o único “problema” de Missão Impossível 2 é seu exagero. Mas isso faz parte do “pacote”!

Excelente continuação! E, em breve, falo aqui sobre o terceiro!

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Missão: Impossível

Crítica – Missão: Impossível

Agora no fim do ano estreia o quarto filme da série Missão: Impossível. Pensei que era uma boa oportunidade para rever os outros três.

Durante uma missão em Praga, um grupo de agentes especiais cai em uma cilada. Ethan Hunt (Tom Cruise), um dos únicos sobreviventes, escapa e tenta desvendar a trama por conta própria.

Missão: Impossível é uma adaptação de seriado, e também um veículo de ator, um “filme do Tom Cruise”. Mas, antes de tudo, heu considero um filme do diretor Brian De Palma.

Já falei aqui o quanto sou fã do Brian De Palma. Disse antes e repito: De Palma é um dos últimos artesãos do cinema. Cada ângulo, cada tomada, tudo é bem cuidado e bem pensado para aparecer bem na tela. Cada plano-sequência, cada travelling, cada câmera lenta, tudo no filme nos mostra que tem alguém com muito talento por trás das câmeras, que se preocupou com cada fotograma do filme. Algumas sequências são simplesmente sensacionais – aquela onde Cruise fica pendurado dentro da sala do computador se tornou um dos momentos mais marcantes do cinema dos anos 90!

Mesmo assim, Missão: Impossível não decepciona como veículo de ator. Cruise assume a responsabilidade e não faz feio como protagonista. Se seu papel não exige muito no lado dramático, o faz no lado físico. Cruise corre, pula, se pendura e faz acrobacias, e não faz feio.

O filme ainda tem vários coadjuvantes legais. O elenco conta com Jon Voight, Ving Rhames, Jean Reno, Henry Czerny, Vanessa Redgrave, um Emilio Estevez não creditado (não entedi o motivo) e uma Emanuelle Béart belíssima, como poucas vezes se viu em Hollywood.

A trilha sonora usa um dos melhores temas de seriado da história. O tema em 5/4 composto por Lallo Schiffrin é bem utilizado, tanto na sua versão original, quanto numa nova versão adaptada por Danny Elfman.

Missão: Impossível não é unanimidade, o povo mais cabeça vai achar pop demais. Mas, pra quem curte filmes de ação (o meu caso), é um dos melhores filmes dos anos 90 dentro do estilo. O filme foi um grande sucesso e abriu portas para as continuações. Em breve falo aqui dos outros filmes!

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Encontro Explosivo


Crítica – Encontro Explosivo

June Havens (Cameron Diaz) levava uma vida simples até esbarrar com o misterioso agente secreto Roy Miller (Tom Cruise) num aeroporto, e ser obrigada a acompanhá-lo em perigosíssimas missões para proteger uma bateria especial, que nunca descarrega.

Encontro Explosivo é uma eficiente mistura de comédia com ação exagerada. A ação tem um ritmo frenético, deve ser pra gente não reparar nas várias inconsistências do roteiro – muita coisa lá é absurda! Mas, relevando o lado impossível, dá pra se divertir.

O grande trunfo de Encontro Explosivo é a dupla de atores protagonistas. Tom Cruise está ótimo como o super agente com ar paternalista, e tem uma boa química com Cameron Diaz (eles já tinham trabalhado juntos em Vanilla Sky). Não é preciso dizer que, se você não gosta de Tom Cruise, passe longe deste filme – é um típico “veículo de ator”… Além deles, o elenco conta com Peter Sarsgaard, Jordi Mollà, Viola Davis, Paul Dano e uma ponta de Maggie Grace.

A direção é de James Mangold, autor de filmes de diversos estilos (Garota Interrompida, Cop Land, Johnny & June), em cima do roteiro do estreante Patrick O’Neill. Os efeitos especiais podiam ser melhores, mas não chegam a atrapalhar, afinal, o filme não se leva a sério nunca.

Enfim, Encontro Explosivo é perfeito para aqueles dias que queremos ver um bom filme pipoca. Divertido, e facilmente esquecível logo depois.

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