Assassins Creed

Assassins Creed

Crítica – Assassin’s Creed

Por meio de uma tecnologia revolucionária que destrava suas memórias genéticas, um homem experimenta as aventuras de seu ancestral na Espanha do século XV. Ele descobre que é descendente de uma misteriosa sociedade secreta, os Assassinos, e acumula conhecimentos e habilidades incríveis para enfrentar a organização opressiva e poderosa dos Templários nos dias de hoje.

Existe uma máxima que diz que filmes baseados em videogames não são bons. Bem, este novo Assassin’s Creed (idem, no original) não vai mudar esta máxima.

A direção é de Justin Kurzel, que já tinha trabalhado com Michael Fassbender e Marion Cotillard no recente (e cansativo) Macbeth. Seu novo filme também é cansativo, e olha que Assassin’s Creed até tem bastante ação.

Assassin’s Creed tem vários problemas. Começo com o fraco desenvolvimento dos personagens. O protagonista tem um breve prólogo na sua infância, logo corta pra 30 anos depois, quando ele está preso, no corredor da morte. Quem é esse cara? Por que devo torcer por ele? Isso porque não estou falando de vários personagens secundários que não têm nenhuma função na trama.

Tem elementos aqui tirados do jogo, claro. No game, existe um “salto de fé”, onde um personagem pula lááá do alto de uma torre, cai num montinho de feno, e sai andando. Claro que no cinema esse montinho de feno ia ficar ridículo, então foi cortado da história. Mas o salto é importante na mitologia do jogo. O que fazer? Ah, coloca ele saltando, e depois corta pra outra cena antes dele chegar no chão…

Isso sem contar com vááários furos de roteiro, como, por exemplo, os seguranças que no início do filme usam armas de fogo, mas quando isso mataria personagens importantes, usam só cassetetes e tasers.

Mas o pior de tudo, na minha humilde opinião, foi a trilha sonora, alta, monótona e irritante. Vi no Imax, onde o som é muito alto, dava vontade de pedir pra alguém abaixar o som!

Pena, porque temos um bom elenco à serviço de um filme meia boca. Afinal, não é todo filme que consegue reunir Michael Fassbender, Jeremy Irons, Marion Cotillard, Brendan Gleeson e Charlotte Rampling.

Outra coisa boa é que as cenas passadas na Espanha antiga (e são muitas cenas) são faladas em espanhol. Bom saber que Hollywood evoluiu, alguns anos atrás tudo seria em inglês mesmo. Algumas (poucas) sequências de ação também se salvam.

Pena. E o pior é que o filme termina com um gancho para começar uma nova franquia…

Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos

Warcraft - posterCrítica – Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos

O reino pacífico de Azeroth está à beira da guerra quando sua civilização enfrenta temíveis invasores: orcs guerreiros que fogem do seu mundo que está morrendo para colonizar outro.

Antes de tudo, preciso falar que nunca joguei o videogame Warcraft, de onde este filme é baseado. Acredito que devem existir várias referências ao jogo ao longo do filme. A boa notícia é que pode-se ver o longa sem conhecer o jogo. Para estes, trata-se de mais um filme de fantasia medieval.

E aí temos um dos principais problemas de Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos (Warcraft, no original): a comparação inevitável com O Senhor dos Anéis – afinal, temos um mundo onde habitam anões e elfos e onde humanos brigam contra orcs. E, na comparação, Warcraft perde, mesmo tendo um concorrente lançado 15 anos antes.

Mesmo inferior a Senhor dos Anéis, acredito que Warcraft vai agradar os menos exigentes. Alguns cenários digitais são muito bem feitos, e a trilha sonora é muito boa! Mas, por outro lado, não vemos nenhuma batalha épica, nenhum momento “Abismo de Helm” (se é pra comparar com Senhor dos Anéis…). E o filme não precisava ter mais de duas horas, ficou cansativo.

Saber que este é o novo filme de Duncan Jones me causou surpresa. Jones chamou a atenção do mundo com seu primeiro filme, Lunar, uma ficção científica independente bem diferente do padrão. Seu segundo filme, Contra o Tempo, já era uma super produção, mas também não era nada convencional. Warcraft é seu terceiro filme. Não sei se foi culpa do estúdio ou falta de inspiração de Jones, mas ele agora parece estar no “modo genérico”. No futuro, Warcraft não entrará nas listas dos seus melhores filmes…

Tenho coisas boas e ruins pra falar sobre o cgi. Se por um lado é interessante termos quase uma animação por computador com alguns atores humanos inseridos, por outro lado o cgi soa artificial em algumas cenas. Mas apesar disso achei o resultado positivo. Seria inimaginável um filme desses sem o cgi!

O elenco não tem nenhum grande nome. O protagonista é Travis Fimmel, da série Vikings. Paula Patton faz uma orc fêmea com traços humanos, bem diferente de todas as outras orcs fêmeas do filme – será que vão explicar isso no(s) próximo(s) filme(s), ou será que é só pra gente simpatizar mais quando ela tem um flerte com um humano? Ainda no elenco, Ben Foster, Dominic Cooper e as vozes de Toby Kebbell, Clancy Brown e Daniel Wu.

No final do filme, em vez de uma conclusão da história, temos ganchos para a(s) continuação(ões). Muito chato isso, depois de duas horas arrastadas, o filme poderia ao menos terminar…

Hitman: Agente 47

hitmanCrítica – Hitman: Agente 47

Um assassino, geneticamente modificado, se une a uma misteriosa mulher para encontrar seu pai, que pode revelar os segredos por trás desta engenharia genética.

Filme de estreia do diretor Aleksander Bach, Hitman: Agente 47  é mais um filme baseado em videogame. Na verdade, este mesmo videogame já rendeu outro filme, em 2007, Hitman: Assassino 47. Apesar de ter o mesmo roteirista Skip Woods, este novo filme não é uma continuação, nem uma refilmagem, apenas outro filme usando o mesmo personagem. Se o resultado nas bilheterias for bom, acredito que será um reboot – o fim do filme deixa gancho para uma continuação.

Hitman: Agente 47  tem uma coisa boa: durante boa parte do filme, a trama não deixa claro quem é o vilão e quem é o mocinho, o espectador fica sem saber para quem deve torcer. Boa sacada! As cenas de ação também são muito bem feitas. E, na cena da perseguição de carro, vi algo que sempre me pareceu óbvio, mas quase nunca fazem: se motos estão perseguindo um carro, é só o carro se jogar contra a moto!

No elenco, o papel principal ficou com o pouco conhecido Rupert Friend, que funciona bem para o que o papel pede – o assassino é quase uma máquina, quase sem emoções. Zachary Quinto (o Spock do novo Star Trek) e Hannah Ware (Oldboy) fecham o trio principal. Ainda no elenco, Thomas Kretschmann, Ciarán Hinds, Jürgen Prochnow e Angelababy.

Li críticas negativas vindas de quem jogou o game, dizendo que o filme não é fiel ao jogo. Como nunca joguei, não me incomodou. Sozinho, o filme funciona…

Need For Speed – O Filme

0-Need-for-Speed–O-FilmeCrítica – Need For Speed – O Filme

Estreou o esperado filme baseado no videogame Need For Speed. Mas… em vez de uma crítica convencional, vamos experimentar um formato diferente hoje?

Dez coisas que aprendi vendo Need For Speed:

1- Três carros esporte raros e diferentes fazem um pega por uma estrada cheia de carros comuns, causando inclusive alguns acidentes. Mas se você levar um dos três embora depois do pega, todos vão achar que eram só dois. Não existe nenhuma câmera pela estrada, e nenhuma testemunha verá que são três carros.

2- Quando quiser dar voltas em uma praça com um carro de polícia te seguindo, pode ficar tranquilo que ele não vai chamar reforços.

3- Ande na contramão em alta velocidade e faça manobras arriscadas mesmo que você esteja num carro que vale 3 milhões de dólares.

4- Você pode ter um carro super rápido e fazer manobras arriscadas para ir mais depressa. Ou então, use o trajeto do caminhão que faz o suporte, já que ele está sempre por perto.

5- Mesmo quando não precisar, reabasteça o carro com este em alta velocidade. Você vai arriscar vidas, mas economizar alguns minutos. Só não sei pra que.

6- Você pode estar dirigindo um carro que chega a 370 km/h. Mas se caçadores de recompensas estiverem te seguindo em uma picape e um jipe, vão te alcançar.

7- Tenha amigos bons de lábia. Um deles pode pegar emprestado um helicóptero da tv e outro do exército, se precisar.

8- Você pode dirigir um carro sem vidro traseiro e sem uma das lanternas. Nenhum policial vai te parar.

9- Se colocam uma recompensa pelo seu carro, pode ficar tranquilo depois que se safar da primeira tentativa. Não existe nenhum outro caçador de recompensas.

10- Se você estiver sendo seguido por carros de polícia e um helicóptero, é só deixar os carros para trás, o helicóptero acompanhará os carros e deixará de te seguir.

Se você conseguir desligar todos esses problemas, e também não se incomodar com uma trama previsível e cheia de clichês, nem com um elenco fraaaco, e ainda aguentar mais de duas horas de filme, pode até se divertir. Pelo menos o filme tem algumas boas sequências de corridas de carro, e, para os fãs, ainda tem algumas cenas iguais ao jogo. Aliás, o Aaron Paul disse numa entrevista que não foi usado cgi no filme, legal isso.

Mas não rola. Paul Walker pode descansar tranquilo, Aaron Paul não é uma ameaça ao seu Velozes e Furiosos.

Resident Evil 5 – Retribuição

Crítica – Resident Evil 5 – Retribuição

Mais um Resident Evil!

Alice (Milla Jovovich) é capturada e levada para dentro de uma instalação da Umbrella. Para fugir de lá, terá que passar por vários estágios (que parecem fases de um videogame).

Quando soube que Resident Evil 5 – Retribuição estava pra estrear, resolvi fazer algo que todos deveriam fazer sempre antes de ver uma continuação: revi os quatro filmes anteriores. Só que neste caso em particular, não sei se foi a melhor coisa a se fazer, pois vi muitos defeitos que passariam em branco. Vou chegar lá daqui a pouco!

Primeiro, vamos ao que funciona. A parte técnica é impecável. Os efeitos especiais são de cair o queixo, todas as lutas são bem coreografadas, e a câmera lenta está inspiradíssima. Gostei até do 3D, apesar de atualmente não ter muita paciência pro efeito.

A série Resident Evil sempre foi boa em colocar mulheres bonitas lutando. Agora são várias (Milla Jovovich, Sienna Guillory, Michelle Rodriguez e Bingbing Li), e com roupas colantes de cheias de decotes. Fetichista ao extremo! Me lembrou Sucker Punch

Outra coisa: dos cinco filmes, este é o que mais tem cara de videogame. Cada cena parece uma nova fase do jogo. Só não sei se é igual ao videogame original porque nunca joguei.

Agora, vamos ao que deu errado…

O roteiro, apesar de ser escrito pelo mesmo escritor de todos os outros filmes, não faz o menor sentido. O quarto filme tinha um gancho empolgante, mas, assim como aconteceu entre o terceiro e o quarto filmes, o gancho logo foi esquecido e a história foi recomeçada do zero – como se nada tivesse acontecido, Alice acorda em um novo lugar e temos uma nova trama.

Também achei estranho o papo de usar clones, me pareceu uma desculpa pra tapar buracos no roteiro. Mas criou falhas na lógica: se uma Rain (Michelle Rodriguez) não tem nada a ver com a outra, como Alice sabe usar a linguagem de sinais para falar com a menina?

Outras coisas mudaram também e parecem erros de continuidade. Jill Valentine tinha cabelos pretos no segundo filme, mas reapareceu loura – fato que nos lembra que os cabelos de Alice eram mais claros nos primeiros filmes. Caramba, se é a mesma atriz fazendo a mesma personagem, por que não usar o mesmo cabelo? Isso porque não tô falando dos zumbis, que no primeiro filme eram lentos como os zumbis clássicos do George Romero, mas parece que contrataram um personal trainer e agora correm com o pique do Usain Bolt.

Falando em zumbis: o primeiro Resident Evil era um filme de zumbis; agora não mais. Aparecem alguns tipos de monstros, mas não sei se algum deles é um zumbi. Tem aqueles bichos que a boca se abre em quatro, tem aquele gigante com o machado, tem os soldados zumbis com metralhadoras, tem o monstrão grandão… E cadê os zumbis? Tão em outro filme…

A direção ainda é de Paul W.S.Anderson, o mesmo do primeiro e quarto filmes, e marido de Milla Jovovich. Na direção, ele faz um bom trabalho. Mas ele também é o roteirista, e nesta função, ficou devendo.

O elenco traz um monte de gente de volta de outros filmes da quadrilogia. Além de Milla, temos a volta de Sienna Guillory, Michelle Rodriguez, Oded Fehr, Boris Kodjoe e Colin Salmon, e novos papeis interpretados por Bingbing Li, Aryana Engineer, Johann Urb e Kevin Durand.

Com mais erros que acertos (na minha humilde opinião), este quinto filme se tornou o mais fraco de todos. E, pra piorar, termina com um empolgante gancho. Mas que sabemos que pode ser ignorado no sexto filme…

Resident Evil 3 – A Extinção

Crítica – Resident Evil 3 – Extinção

Depois de Resident Evil – O Hóspede Maldito e Resident Evil 2 – Apocalipse, vamos ao terceiro!

O mundo inteiro foi devastado pelo vírus T, e agora os poucos sobreviventes vagam pelas estradas. Neste cenário, Alice se junta a um grupo que vive em caravana.

Se o primeiro filme se passava dentro da Umbrella e o segundo na cidade Racoon City, o clima agora é meio Mad Max. O planeta virou um deserto e os poucos sobreviventes rodam em carros atrás de água, comida e combustível.

A direção é de Russell Mulcahy, que chamou a atenção nos anos 80 quando deixou de lado uma premiada carreira de diretor de videoclipes e fez o ótimo Highlander, mas depois nunca mais emplacou nada relevante (ele dirigiu a péssima continuação Highlander 2, além de O Sombra, um fraco filme de super herói com o Alec Baldwin). O roteiro continua nas mãos de Paul W.S. Anderson, o mesmo dos outros filmes.

Mais uma vez, Milla Jovovich manda bem. Sua Alice aqui tem quase super poderes, por causa de experiências com o vírus T. E novamente temos uma coadjuvante feminina forte, papel que coube à Ali Larter. Ainda no elenco, Oded Fehr, Iain Glen, Ashanti, Spencer Locke e Mike Epps.

Como acontece nos outros filmes da franquia, Resident Evil 3 – A Extinção tem uma boa edição e traz belas lutas coreografadas. O clima aqui está mais para ação do que para terror, mas os zumbis continuam presentes.

Gostei deste terceiro filme, mas vendo agora todos em sequência, posso dizer que achei este o mais fraco. Nem tudo funciona, algumas coisas são trash demais. Por exemplo, quando eles são atacados por corvos zumbis, pra que diabos eles ficam atirando? Quem teria mira e munição pra se defender de centenas de pássaros ao mesmo tempo? Isso sem contar com o container sem fundo em Las Vegas…

Mesmo assim, gostei do filme. Pode até ser um pouco inferior aos outros dois, mas nada grave, longe de merecer uma vaga no Top 10 de piores sequências.

O texto sobre o quarto filme, Resident Evil 4 Recomeço já está aqui no blog, escrevi na época do lançamento no cinema. Agora pretendo ver o quinto filme. Antes do fim da semana posto a crítica aqui!

Star Wars: The Old Republic

Crítica – Star Wars: The Old Republic

Hoje, 4 de maio, é o “Star Wars Day”! Por causa de um trocadilho infame com a data em inglês (may the fourth), os fãs de Guerra nas Estrelas comemoram o dia de hoje!

Procurei algo novo de Star Wars pra ver e comentar aqui hoje. Achei este Star Wars: The Old Republic. Vamos lá?

Peguei a sinopse que tá no legendas.tv: “É um material ‘histórico’ da mitologia Star Wars a partir dos arquivos dos próprios Jedis, narrado pelo guardião dos arquivos Jedis, Mestre Jedi Gnost-Dural (voz do ator Lance Henriksen), sobre os acontecimentos das eras que antecederam o Tratado de Coruscant, eventos com mais de 3000 anos antes do surgimento de Darth Vader.”

Na verdade, Star Wars: The Old Republic não é um filme nem uma série. São 12 animações curtas, com duração entre 3 e 4 minutos cada. Uma voz em off conta a história, enquanto imagens muito pouco animadas passam na tela.

Sabe qual o problema? As histórias são curtinhas, então a gente fica com a impressão de estar vendo uma introdução para algo legal que viria depois – e nada acontece. É só uma narração em off. Tudo chaaato…

Não saco de videogames. Se cada filminho é a introdução para uma nova fase do game, pode até funcionar. Mas aqui, um filminho atrás do outro fazem de Star Wars: The Old Republic um programa quase insuportável de quase 50 minutos de duração…

Heu deveria ter escolhido os desenhos animados da série Clone Wars. Bem mais interessantes…

Enfim, “May the Forth be with you”!

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo

Dastan era um garoto de rua, órfão, que foi adotado pelo rei da Pérsia. Anos depois, quando o rei morre, Dastan, já adulto, é acusado injustamente pelo assassinato, ao mesmo tempo que descobre uma adaga mágica com poder de voltar no tempo.

Mais um filme baseado em videogame. Quem me lê por aqui sabe que não tenho o hábito de jogar videogames. Quando vejo um filme baseado em jogo, meu foco é o filme, se é bom ou ruim, não me importo se este é fiel ou não ao jogo.

A diferença aqui, pelo menos pra mim, é que conheci a versão “jurássica” deste jogo. Meu primeiro computador, em meados dos anos 90, era um XT daqueles com monitor verde monocromático. E tinha Prince of Persia nele! Joguinho simples, coerente com o hardware da época. Mesmo assim, muito divertido, e impressionantemente bem feito para um computador que só usava disquetes daqueles grandões!

Se o filme é fiel ao jogo? Sei lá. Alguns lances no início, quando Dastan ainda é criança, lembram o jogo tosco. O resto, não sei mesmo…

Deixemos o jogo de lado e falemos do filme. Trata-se de uma parceria Disney com o barulhento produtor Jerry Bruckheimer – a mesma parceria de Piratas do Caribe. Daí dá pra gente ter uma ideia do que vem pela frente: sim, é uma espécie de Piratas da Pérsia

É um eficiente filme-pipoca. Tem alguns momentos muito bons. Também tem suas falhas, claro. Mas, no geral, achei o saldo positivo.

Acho que um dos principais lances negativos é que, como se trata de um filme Disney, a violência é comedida e o sangue, inexistente. Pô, o filme pedia um pouquinho de sangue, né?

Os efeitos especiais, claro, são espetaculares. O efeito da adaga é sensacional! E, nas cenas de luta, rolam vários lances em câmera lenta, dá pra ver tudo, sem o habitual problema de câmeras tremendo. E outra coisa legal é que no jogo Dastan é uma espécie de praticante de parkour, o cara pula, escala paredes, se pendura, pula entre prédios…

Outro ponto alto é a fotografia. Belíssimas paisagens, e rolam uns travellings maneiríssimos pelas cidades – sei que deve ser tudo computador, mas, e daí? Ficou legal!

O elenco tem um problema: por que não usar um ator com ascendência árabe para ser o “príncipe da Pérsia”? Nada contra Jake Gyllenhaal, mas o cara é ocidental demais! Ben Kingsley, pelo menos, tem o physique du rôle necessário… Alfred Molina, como o comerciante 171 bonachão usado como alívio cômico, também funciona bem.

Independente disso, um nome merece um parágrafo à parte: Gemma Arterton. Mesmo sem ter uma beleza que chama a atenção como uma Monica Bellucci ou uma Megan Fox, ela conseguiu algo difícil: emplacou dois blockbusters seguidos – ela também está em cartaz como o principal nome feminino de Fúria de Titãs. Olha, se ela souber capitalizar, será uma estrela de primeira linha logo logo.

Achei o fim do filme meio forçado, mas não vou dizer mais por causa de spoilers. Mesmo assim, é uma boa diversão-pipoca. E tudo indica que, assim como Piratas do Caribe, teremos uma trilogia…

DOA – Vivo ou Morto

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DOA – Vivo ou Morto

Quem me conhece sabe que sei apreciar um filme só pelo formato, mesmo que este filme não seja lá grandes coisas. Este é o caso de “DOA – Vivo ou Morto”.

Vários lutadores são convidados para um torneio numa ilha paradisíaca, onde disputarão uma competição daquelas onde quem perde uma luta é eliminado, e quem ganha vai para a luta seguinte, até sobrar só um.

“DOA – Vivo ou Morto” é baseado num videogame. Nunca joguei o videogame, mas dá pra ter uma ideia de como é, afinal o próprio filme segue a seqüência das lutas.

E por que falei lá em cima sobre o formato? Porque a história deste filme é uma grande bobagem. A graça do filme está no visual, tanto das locações quanto das atrizes. São quatro lutadoras, a princípio rivais: uma ladra de jóias (Holly Valance), uma profissional de luta-livre (Jaime Pressly), uma princesa ninja (Devon Aoki) e a filha de um antigo ganhador do mesmo torneio (Sarah Carter). Cada uma mais bonita e sexy que a outra – a fotografia do filme realça a beleza de cada uma delas, com muita câmera lenta e ângulos bem escolhidos.

É interessante notar que não há uma única cena de nudez no filme, e mesmo assim temos várias cenas, digamos, “interessantes”. Vejam esta cena pelo youtube, onde Holly Valance bate em três ao mesmo tempo, enquanto se veste.

Além disso, ainda tem o lindíssimo visual das locações – não sei exatamente onde foi filmado, apenas sei que foi na China. E, claro, trata-se de um filme de luta, então ainda temos várias lutas muito bem coreografadas. Plasticamente, o visual do filme é muito legal!

Como falei lá no primeiro parágrafo, o filme não é lá grandes coisas. Mas pode ser uma boa diversão para aqueles dias que queremos ver um bom videoclipe!

Max Payne

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Max Payne

Quem me acompanha por aqui sabe que dou valor a filmes com um visual legal, mesmo que a história não seja lá grandes coisas. Mas até que ponto vale a pena a gente ver um longa metragem só porque ele tem meia dúzia de belas cenas?

Sinopse: em mais um filme baseado em videogame, conhecemos o amargurado policial Max Payne, que procura vingança porque sua família foi assassinada.

Mas a história é sem graça… Não sei se é uma falha de roteiro, ou de direção, ou de ambos, mas conseguimos nos envolver com as dores internas de Max.

O elenco também não ajuda. Max Payne é estrelado por Mark Wahlberg. Ele é um cara que já fez alguns filmes muito legais, como Boogie Nights e Rock Star; mas ao mesmo tempo fez filmes não tão legais assim como Planeta dos Macacos e Fim dos Tempos. Ou seja, não é referência… Além de Wahlberg, temos no elenco Beau Bridges (o irmão de Jeff Bridges, o Lebowski!), Chris O’Donnel, Ludacris, e as belas russas Mila Kunis (That 70’s Show e Boot Camp) e Olga Kurilenko (Hitman e Quantum of Solace).

Como disse lá em cima, o filme tem uma ou outra cena belíssima. Efeitos especiais legais, câmera lenta, cores alteradas… Mas é pouco. Muito pouco…