Teeth

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Teeth

O argumento do filme era promissor: uma jovem descobre que tem dentes dentro da vagina! Podia ser um bom filme de terror, ou pelo menos um trash legal. Mas não, infelizmente. O filme é fraquinho…

Acompanhamos Dawn, uma jovem que faz parte de um grupo que prega a castidade até o casamento. E que, aos poucos, descobre que tem alguma coisa errada “lá embaixo”.

Mas o filme é leeento… A primeira vez que os “dentes” entram em ação só acontece lá pros 40 min de filme! E são poucas as ocasiões onde isso acontece…

Interpretações fracas (óbvio, né?) e roteiro preguiçoso tornam o filme num drama sonolento. Salvam-se uma ou duas cenas, apenas…

Fim dos Tempos

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Fim dos Tempos

Inexplicavelmente, pessoas nas grandes cidades perdem a vontade de viver e começam a cometer suicídio em massa. A princípio se pensa em atentados terroristas, mas logo se descobre que a natureza está se vingando dos maus-tratos.

Algum tempo, um trailer como o do Fim dos Tempos, seguido da informação “do mesmo diretor de O Sexto Sentido” poderia ser uma boa promessa. O trailer é muito legal, e ainda por cima o cartaz nos remete a Contatos Imediatos do Terceiro Grau.

Mas… Depois do Sexto Sentido, veio Corpo Fechado, que é muito legal, mas apenas copia a idéia do filme anterior. E depois veio Sinais, que é um bom filme, mas com um fim péssimo. E depois tivemos A Vila, que poderia ser um episódio de Twilight Zone, mas não se sustentava como filme longa metragem. E depois veio Dama na Água, que é ruim, muito ruim, mas tão ruim que não vale nem como filme trash.

E aí ficamos com pé atrás: será que o cara conseguiu se recuperar?

Bem, infelizmente, não. O filme é bem fraquinho… Só não é tão ruim quanto o Dama na Água, afinal, se leva menos a sério. (O principal problema do Dama na Água é que o filme é pretensioso e se propõe a ser um filme sério! Se se assumisse trash, talvez fosse divertido…)

M Night Shyamalan, depois do fracasso de seu último filme, prometia aqui uma volta por cima. Mas agora fica uma dúvida no ar: será que ele é um bom diretor vivendo maus momentos, ou apenas um diretor tosco que teve apenas uma grande idéia para um grande filme – O Sexto Sentido?

As cenas são paupérrimas. Os diálogos são fracos, as atuações são fracas… Pouca coisa se salva no filme, talvez a trilha sonora de James Newton Howard.

O elenco todo está ruim. Mark Wahlberg interpreta Elliot Moore, um professor que traça teorias enquanto foge do inexplicado. Talvez se ele se assumisse um pouco mais vagabundo, fosse melhor. Afinal, existe até um monólogo dele com uma planta de plástico! Completam o elenco John Leguizamo e Zoey Deschanel, além da garotinha Ashlyn Sanchez.

Fica a dica: veja pensando que é um filme trash. Talvez você se divirta…

Aliens vs Predador – Requiem

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Aliens vs Predador – Requiem

Às vezes vale mais a pena ver um trailer do que um filme…

Quando surgiu na net o trailer de AVP2, fiquei surpreso com a quantidade de “mortes legais” que estavam na tela! Legal, esse filme prometia ser melhor que o primeiro Alien vs Predador (afinal, o primeiro é muito fraco, ia ser fácil ser melhor).

Que nada…

A idéia do “crossover” das franquias Alien e Predador era interessante. O Alien é um dos “monstros” mais legais criados pelo cinema, um ser alienígena que usa humanos como hospedeiros pra se reproduzir, e que tem ácido correndo nas veias. E o Predador é um caçador genial. Aliás, em uma das cenas de um dos filmes do Predador, aparece o interior da nave dele, onde vemos rapidamente um crânio de Alien!

O encontro dos dois prometia. Mas, parece que Hollywood não sabe fazer “crossovers”, o filme foi tão fraco quanto Freddy vs Jason!

Agora veio um segundo filme, que colocaria os dois seres alienígenas lutando em uma pequena cidade nos EUA. Legal, podemos ver várias situações nunca antes imaginadas nos filmes anteriores, sempre passados em ambientes diferentes.

Mas, infelizmente, a idéia foi jogada fora. As mortes não são tão bem feitas assim, mostra-se pouco o híbrido “alienpredador”. e a motivação do Predador não me convenceu – por que ele veio pra cá?

Veja o trailer pelo youtube, e não perca tempo com o longa – uma hora e meia que não vou ter de volta!

My Name is Bruce

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My Name is Bruce

Um filme para fãs do Bruce Campbell! Legal! Mas, claro, se você se perguntar “Bruce quem?”, esqueça este filme…

Bruce Campbell é um ator canastrão, famoso por ter feito Ash, personagem principal da trilogia Evil Dead, de Sam Raimi. Além de Evil Dead, fez alguns cult movies (como Bubba Ho Tep) e participações especiais em grandes produções (ele está nos três filmes do Homem Aranha, também dirigidos por Sam Raimi). Claro, também fez um monte de filmes ruins. Faz parte… E agora resolveu dirigir uma homenagem a si mesmo, cheio de auto-referências!

A história: um monstro chinês aparece em um cemitério em uma cidade pequena. Quem vamos chamar pra resolver isso? Que tal o próprio Ash? Bem, se não pode ser o Ash, que tal o próprio Bruce Campbell?

É isso que acontece. E Bruce vai, achando que é tudo uma grande brincadeira…

Às vezes o humor do filme é meio bobo, temos alguns momentos “didimocoanos” – por isso não é recomendado pra “não fãs”. Mas no geral, o filme é uma grande e deliciosa bobagem, pra ser visto com galera comendo pipoca e rindo das tosqueiras!

Detalhe interessante: Ted Raimi, irmão de Sam e amigo de infância de Bruce, faz três papéis diferentes!

Planeta Terror

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Planeta Terror

Pra quem não sabe de nada, uma explicacao antes: Quentin Tarantino e Robert Rodriguez resolveram fazer uma homenagem às sessões duplas que rolavam em cinemas poeiras nos anos 70, sempre com filmes vagabundos com roteiros que privilegiavam sexo e violencia gratuitos, não se importando com eventuais erros de continuidade ou falhas no roteiro. O projeto se chamava Grindhouse, e incluía um longa de cada um, e alguns traileres fakes (de filmes que nunca existiram, nem nunca vão existir).

Grindhouse foi lançado assim nos EUA, mas como as sessões ficavam muito longas (mais de 3 horas), resolveram lançar como filmes separados no resto do mundo. O que é uma pena…

Logo no começo da projeção, uma vinheta com cara de anos 70 avisando os traileres. Sim, temos um trailer! Machete, um assassino de aluguel violentíssimo, estrelado por Danny Trejo e Cheech Marin, figurinhas fáceis nos filmes de Rodriguez.

Findo o exagerado e genial trailer (pena que a gente não vai ver o filme), outra vinheta anunciando “our feature presentatio”, Planet Terror!

A historia de Planeta Terror é simples. Um gás venenoso transforma pessoas em zumbis comedores de carne humana. Um grupo forma uma resistência contra os zumbis, e ainda tem que lutar contra militares com motivos para manter o gás.

Mas a história é o menos importante aqui. O que vale é o formato. E um formato cheio de falhas na projeção, com riscos na tela e alterações nas cores. Tudo proposital, claro, pra fazer de conta que a copia do filme é muito velha e surrada. Aliás, no meio da projeção, uma destas “falhas” arrebenta um dos rolos do filme, e perdemos uma parte da história! E perdemos algo importante – de propósito!

Além das falhas, o roteiro é cheio de deliciosas situações caricatas muito engraçadas, como o cientista que coleciona testículos dos seus adversários, ou a médica anestesista com pistolas de seringas, ou ainda o mocinho com mira perfeita andando numa moto miniatura para criancas.

O elenco é otimo. Os televisivos Rose McGowan (Charmed) e Freddy Rodriguez (Six Feet Under) fazem o casal principal, e ainda temos Josh Brolin, Marley Shelton, Naveen Andrews (o Sayid de Lost), Michael Biehn e Stacy Ferguson, além do próprio Tarantino e um não creditado Bruce Willis. Todos eles exercitando ao máximo suas canastrices!

Robert Rodriguez é um gênio sem par em Hollywood. Ele dirige, escreve o roteiro, produz, edita, faz a fotografia e a trilha sonora e ainda trabalha nos efeitos especiais. E não é só isso: o cara tem duas carreiras paralelas. Além dos filmes para adultos (como Sin City e Era uma vez no Mexico), ele ainda faz filmes infantis, como Shark Boy & Lava Girl e a série Pequenos Espiões. Como ele consegue tempo pra isso tudo? Não sei, mas sei que Hollywood ia ser menos divertida se não existissem caras como ele…

O filme é violento e muito escatológico. Não é recomendado para estômagos fracos! Mesmo assim, divertidíssimo. Vários momentos são ao mesmo tempo muito violentos e muito engraçados!

Pena que era pra ser sessão dupla… E À Prova de Morte, a segunda parte de Grindhouse, dirigida pelo Tarantino, inexplicavelmente nunca foi lançada aqui no Brasil…

p.s. – ATUALIZAÇÃO – À Prova de Morte foi lançado no circuito brasileiro em julho de 2010 – três anos de atraso!!!

E estão fazendo um longa Machete! 😀

As Bonecas Safadas de Dasepo

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As Bonecas Safadas de Dasepo

O título em português deste filme sul-coreano de 2006 engana, porque parece tí­tulo de filme de sacanagem. Como não entendo nada de coreano, não sei se foi mal traduzido ou se é por aí­ mesmo… Pelo menos a tradução é fiel ao nome em inglês: Dasepo naughty girls.

O filme fala sobre o dia-a-dia de um grupo de estudantes da escola Dasepo. O visual é kitsch, o clima é uma mistura de filme fantástico, musical e comédia. Tem algo de Porky’s, musiquinhas divertidas com um clima à la Grease, vários personagens bizarros, algumas situações hilariantes – seria um bom filme trash, mas… falta algo…

Pesquisando pela internet, descobri que o filme foi baseado em pequenas histórias publicadas em www.dasepo.com. Então eis o problema: são boas idéias, mas falta um bom roteiro para reuní-las.

Um filme até pode ser muito bom e ser baseado apenas em personagens estranhos e situações esquisitas, como O Grande Lebowski ou Delicatessen, dois bons exemplos de filmes onde a forma é mais importante que o conteúdo. Mas falta ao diretor Je-yong Lee o talento de um Coen ou de um Jeunet…

Dasepo começa bem. A cena inicial e a sequência de abertura são maravilhosas, apresentando-nos a escola multi-religiosa e os vários personagens bizarros, como um cíclope (!), com apenas um olho no meio da testa; ou uma menina pobre com uma “boneca de pobreza” sempre às costas.

Até o meio do filme, as historinhas funcionam muito bem. Mas em certo ponto o diretor se perde, infelizmente.

Ainda tem a genial sequência no fim com o duelo contra o diretor da escola; e um número musical final tão divertido como o inicial.

Vale pela novidade. Afinal, já estamos nos acostumando com filmes sul-coreanos (Oldboy, O Hospedeiro), mas é a primeira vez que vejo um trash coreano!

Bad Taste – Náusea Total

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Bad Taste – Náusea Total

Quando a gente ouve o nome Peter Jackson, a primeira coisa que lembra é a trilogia Senhor dos Anéis, certo? Super produção, recordista de Oscars (ao lado de Titanic e Ben Hur), incluindo um de melhor diretor, recordes de bilheteria…

Quem diria que esse cara começou fazendo filmes trash na distante Nova Zelândia…

Lançado em 1987, Fome Animal durou 4 anos para ser filmado, somente nos fins de semana e usando equipamentos emprestados. O elenco e equipe eram amigos de Peter Jackson.

O resultado? Um dos melhores filmes trash da história!

Um grupo de amigos descobre que a cidade está abandonada. É que um grupo de alienígenas está levando os habitantes para abastecer uma rede de fast food intergalática!

Mas a história aqui é pouco importante. O que importa é a quantidade de sangue jorrando, pedaços de cérebro espalhados, cabeças arrebentadas, vômito verde e tudo o que pode agradar qualquer fã de gore! O filme é realmente um dos mais nojentos da história do cinema…

E o filme é divertidíssimo. Ao mesmo tempo que as cenas são nojentas, também são muito engraçadas. Gargalhadas correm soltas pros de estômago forte.

Curiosidade interessante: o próprio Peter Jackson interpreta dois dos personagens principais, um humano e um alienígena.

Pra quem gostar desse, recomendo Brain Dead – Fome Animal, outro trash neo-zelandês dirigido por Jackson.

House of The Dead

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House of The Dead

O diretor Uwe Boll parece que quer tomar o lugar de Ed Wood como “o pior diretor da história do cinema”. Então, pra que perder tempo vendo um filme dele? Afinal, já sabemos que será ruim!

Mas é que li por aí pela net que a continuação, House of The Dead 2, é um bom filme, apesar do primeiro ser muito ruim. Além disso, queria comparar os dois diretores supracitados…

Um grupo de jovens vai a uma rave numa ilha. Chegando lá, não encontram ninguém, apenas zumbis mortos-vivos assassinos.

Sim, podia ser um bom argumento prum filme trash. Mas nem pra isso serviu… É daqueles que, de tão ruim, é ruim mesmo!

Pra começar: se um morto volta à vida, como é que ele morre de novo levando um tiro? Não estou questionando coisas como a habilidade relâmpago que as pessoas adquirem para artes marciais ou tiro ao alvo quando veem zumbis pela primeira vez; não estou questionando quem carregaria tantas armas “por coincidência”; não estou questionando o método bizarro de se “criar” novos zumbis. Minha questão básica é: se já está morto, não vai sangrar até morrer se levar um tiro!

O filme é baseado num videogame. Nunca joguei esse videogame, não sei se é fiel ou não. Mas posso dizer que, como filme, não funciona. Aliás, de vez em quando flashes do videogame pipocam na tela, para unir cenas… Patético…

Vou ver a continuação, espero que valha a pena!

Sobre o folclórico título de “pior diretor da história”, Uwe Boll está no páreo. Heu, particularmente, acho Ed Wood um injustiçado. ele era picareta sim, e muito. Mas normalmente usam o seu filme Plano 9 do Espaço Sideral como exemplo de pior filme. Mas esse é divertido. Ruim é quando ele tenta ser sério, como em Glenn or Glenda

É, acho que vou deixar essa disputa de lado e ver uns filmes bons… Vai me fazer melhor… 🙂

Dance of the Dead

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Dance of the Dead

Quase toda a população de uma pequena cidade vira zumbi, e logo na famosa “Prom Night”, no dia do baile de formatura da escola!

Sim, o argumento é clichê. Mas é daqueles clichês que, se bem conduzidos, podem ser bem divertidos!

Essa é a onda de Dance of the Dead. Nada demais. Apenas engraçado, divertido e despretensioso. E precisa de algo a mais?

O diretor é desconhecido, assim como o elenco. Os efeitos especiais são simples e eficientes. Situações e personagens clichês desfilam pelo filme. Mas ninguém compromete. E o espectador ganha uma boa diversão, pra se ver com galera e pipoca!

Vi no imdb um box com 8 filmes de terror semi-desconhecidos (será que ainda tem hífen depois da reforma ortográfica?):

http://www.imdb.com/media/rm3528889344/tt0926063

Um é esse Dance of the Dead; outro é O Bosque Maldito, que vi em março do ano passado num festival de cinema trash aqui no Rio (http://www.fotolog.com/helvecioparente/15689461).

Pelos dois que já vi, acho que vou procurar os outros seis…

Tokyo Gore Police

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Tokyo Gore Police

Em agosto do ano passado, falei de um filme trash japonês onde o gore era visto de uma maneira exageradamente exagerada, o Machine Girl. A mesma produtora, a Tokyo Schock, agora nos traz mais um filme no estilo: Tokyo Gore Police!

Se, naquele, tínhamos uma história de vingança com o uso de apetrechos bizarros (como uma guilhotina voadora ou um sutiã-furadeira), aqui os apetrechos bizarros são parte dos personagens! Numa Tokyo do futuro, onde a polícia foi privatizada, aparece um novo tipo de criminoso: os “engenheiros”, pessoas que alteram seus corpos para, quando feridos, seus ferimentos virarem armas perigosas e mortais.

É assim mesmo, cortam a mão do cara e “nasce” uma motosserra no lugar…

Quem curte o estilo vai dar boas gargalhadas. O sangue é exagerado, jorra como hum chuveiro aberto no máximo. Lógica? Não existe. Mas quem vê um filme desses não espera lógica…

Talvez o filme pudesse ser um pouco mais curto, temos uma hora e cinquenta minutos. Mesmo assim, não chega a cansar. E temos gancho pra continuação! Será que a Tokyo Schock quer virar a nova Troma?

Última recomendação: não veja durante as refeições!